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História Redtale - Capítulo 5- Susto.


Escrita por: Usagi17 e cecifrazier

Notas do Autor


Oi oi gente!
É a Usagi, a Ceci não está bem hoje, então estou atualizando <3
Espero que gostem, boa leitura.

Capítulo 27 - Capítulo 5- Susto.


O dia seguinte estava particularmente estranho para Frisk. Ele começara a sentir algo ruim, um pressentimento péssimo e um enorme receio por seus filhotes. Era como se algo ou alguém estivesse os ameaçando. O comportamento de Eridan entregava tudo, pois certos filhotes tinham sentidos mais aguçados que os mais velhos, então Frisk teve certeza de que algo estava errado.

Não contaria nada à Chara, pois além de não querer preocupa-la, aquilo faria mal para o bebê.

Frisk estava em frente à janela, observando os flocos de neve caírem e o chão completamente branco. Riu nasalmente quando uma brisa fria bateu contra seu rosto, aquilo lembrava muito sua infância, quando corria pela neve e Papyrus saia desesperado atrás de si.

— Amor. — Chara o chamou e então caminhou até o marido.

Ela tocou os ombros de Frisk e o fez sentar, logo se aconchegou nos braços do mesmo e fechou os olhos.

— Tô com dor. — A moça sussurrou enquanto respirava fundo e caía no sono aos poucos. — Posso dormir hoje?

— Não tem problema, Cherry. — O mesmo sorriu com carinho, então acariciou as madeixas de Chara. — Durma, eu cuido da casa.

— E se meus filhotinhos precisarem de mim, você pede pra eles me chamarem?

Viu Frisk lhe dar um beijo na nuca e um sorriso doce tomou conta de seu rosto. Continuavam apaixonados como quando eram jovens, ela amava isso.

Chara levantou e deu ao rapaz alguns beijos curtos nos lábios, então ela tocou a barriga e apoiou a outra mão no quadril.

— Frisk... O que acha da Fuku?

— É uma menina bem inteligente, pena que nosso filho não gosta dela.— Ele riu baixo. — Por que?

— Grillby parecia tão decepcionado com o que Eridan disse...Me sinto culpada por não ter ajudado mais.

Chara suspirou de forma pesada e respirou fundo.

— Ela é tão nova...

— Bem... nosso filho está passando por um período de transição, é normal a personalidade dele mudar um pouco. — Frisk respondeu calmamente. — Mas não se preocupe, isso logo vai passar e os dois vão acabar se entendendo, você vai ver.

— Sei não...Ele parece não estar interessado nela, puxou sua personalidade de bocó.

A moça inclinou-se para deitar-se novamente nos braços de seu lobinho.

— Mas ele está bem, isso é o que importa.

Ouviram o som de passos apressados descendo as escadas e lá estavam seus filhotes.

Eridan segurou a mão da irmã para não tropeçar e respirou fundo ao esticar as perninhas e subir no colo de Frisk. Merian por sua vez saltou nos braços de Chara para tocar sua barriga.

— Vai machucar seu irmãozinho se continuar assim. — A mais velha repreendeu a atitude da menor.

— Irmãzinha!!!

— É menino. — Eridan murmurou, apertando a camisa do pai com as mãozinhas. — Eu já te falei isso, dá pra sentir o cheiro daqui.

— Não dá nada!

— Cheiro? — Chara perguntou com a expressão confusa.

— Papai, quando ele nascer, coloca a sementinha na mamãe de novo pra ela ter uma menina?

— Depende da sua mãe quiser. — Frisk riu baixo e olhou para o menino que estava em seu colo. — Então, filho... quer nos falar sobre o cheiro que está sentindo?

— É cheiro de menino. — Eridan encarou o pai e colocou as mãozinhas no rosto do mais velho. — Tem nosso cheiro, não tem cheiro da mamãe e nem da Merian.

— Entendi. — Ele olhou para Chara, que estava confusa com a situação. — Crianças, deixem sua mãe descansar, ela não está muito bem.

— Podem ficar com o papai, só vou descansar um pouquinho.

A moça sorriu de forma gentil e apoiou a destra na barriga, ela beijou a testa de Eridan e a pontinha do nariz de Merian, depois beijou o queixo de Frisk e foi para o quarto.

— Papai, por quê a mamãe tá assim?

— Porque ela está carregando seu irmãozinho, querida. — Frisk afagou os cabelos tanto da filha quanto do filho. — Papai vai ter que ir caçar, mas em compensação deixou vocês acabarem com o pote de biscoitos.

— Melhor não ir. — Eridan bocejou e desviou o olhar para a janela. — Tem lobos lá fora.

— Não se preocupe. — Ele foi até a porta e suspirou baixo antes de abri-la. — Já lidei com coisas muito piores na minha vida. Mas não diga nada à sua mãe, deixa-a descansar.

Frisk sorriu para seus filhos e saiu de casa, logo trancando a porta e deixando a chave debaixo do tapete. Do lado de fora, realmente ficava perceptível o cheiro de lobos na área, porém, não entendia como Eridan conseguia sentir e ele mesmo tardou a perceber.

De qualquer forma, não deixaria de caçar por isso.

O rapaz caminhou lentamente até detrás da casa, onde o cheiro ficava mais forte. Não havia ninguém ou nada ali, nem conseguia determinar uma distância aproximada de quão longe estava os tais lobos. Frisk suspirou e olhou para cima, contemplando um céu totalmente branco.

— Não se preocupe. — Ele foi até a porta e suspirou baixo antes de abri-la. — Já lidei com coisas muito piores na minha vida. Mas não diga nada à sua mãe, deixa-a descansar.

Frisk sorriu para seus filhos e saiu de casa, logo trancando a porta e deixando a chave debaixo do tapete. Do lado de fora, realmente ficava perceptível o cheiro de lobos na área, porém, não entendia como Eridan conseguia sentir e ele mesmo tardou a perceber.

De qualquer forma, não deixaria de caçar por isso.

O rapaz caminhou lentamente até detrás da casa, onde o cheiro ficava mais forte. Não havia ninguém ou nada ali, nem conseguia determinar uma distância aproximada de quão longe estava os tais lobos. Frisk suspirou e olhou para cima, contemplando um céu totalmente branco.

Viu que não seria seguro demorar, estava com um mau pressentimento. Rapidamente tirou suas roupas e assumiu a forma de lobo. Sentiu uma leve dor de cabeça após a transformação, entretanto, relevou.

Correu em direção à floresta e embora os animais estivesse em suas tocas nesse frio, já era final de inverno, o clima estava esquentando. Talvez conseguiria achar um veado ou outro animal.

Tudo estava estranhamente calmo, calmo até demais. Frisk não conseguia ouvir nada além de um silêncio agoniante, quase ensurdecedor. Ele se sentia extremamente desconfortável ali, mas Frisk não desistia fácil, ele voltaria nem que fosse com um coelho apenas.

Mas...

Ele percebeu um único detalhe: estava sendo seguido. Apenas se deu conta quando um lobo pulou em cima de si, mordendo seu ombro com força. Na hora, Frisk soltou um grunhido e se debateu, conseguindo afastar aquele animal. Era um lobo grande, aparentemente bem mais velho que ele, de olhos vermelhos e semblante ameaçador. Frisk rosnou para ele, mas ao perceber alguns lobos se aproximarem, recuou um pouco.

Seu ombro doía muito, talvez mais do que um tiro de espingarda.

Aqueles animais ficaram lhe cercando por alguns instantes, e quando o lobo de olhos vermelho pularia para lhe atacar novamente, algo o fez hesitar. Ele olhou para os demais, que assentiram e correram para longe de Frisk. O que aparentava ser o líder, o encarou mais um pouco e logo correu na mesma direção que os outros.

Frisk não conseguiu entender o que acabara de acontecer, ele apenas sabia de uma coisa: estava sentindo muita dor.

Cambaleou até sua casa e quando viu a porta de entrada sendo praticamente escancarada, ele fechou os olhos e caiu em um sono forçado.

Passou algumas horas até que recuperasse a consciência, viu sua 'menina' o abraçando com força e chorando, seus dois lobinhos faziam o mesmo e olhavam para o pai com preocupação.

— Eu...E-Eu estou...

— Amor! — Chara praticamente gritou e passou a distribuir diversos beijos no rosto do rapaz.

Frisk se afastou um pouco de Chara e olhou para os lados.

— Cadê... — Ele tentou se levantar da cama, porém foi impedido pela moça. — Cadê eles...?

— O que? Meu amor, você está em casa. — Chara sussurrou e o abraçou com carinho. — Já acabou.

Ele a abraçou de volta, também sentindo seus filhotes fazerem o mesmo.

— Eu fiquei com medo... — Merian disse em meio a um choro. — Eu achei que você nunca mais fosse acordar!

— Já estou melhor. — Frisk sorriu com gentileza e afagou as madeixas da filha. Desviou o olhar para Eridan, que estava calado mas com os olhos marejados. — Não se preocupem.

Frisk murmurou e acariciou o rosto do menino.

— Eu avisei que tinha lobos, por quê você não confiou em mim?

Chara beijou o rostinho de cada filhote e pediu para que eles saíssem do quarto.

Ela sabia que Frisk tinha uma forma diferente de pensar, ele via a família como principal...Então ela sabia muito bem o que dizer nesses momentos.

— O que seria de mim sem você? — Ela murmurou ao fechar os olhos e deslizar os dedos pelo curativo.

— Desculpa, não queria que você tivesse esse tipo de preocupação. — Frisk a puxou para se deitar ao seu lado, então a abraçou e beijou seu queixo. — Eu podia ter resolvido tudo sozinho.

— Mas você não precisa resolver sozinho, eu estou aqui... Assim parece que não me acha necessária.

Ela novamente fechou os olhos e soluçou.

— Ainda mais agora que vamos ter mais um lobinho...

— Ei... — Ele pôs a destra em seu queixo e o levantou, dando um selinho em Chara. — Desculpe, não vai acontecer mais.

— Mas você não precisa resolver sozinho, eu estou aqui... Assim parece que não me acha necessária.

Ela novamente fechou os olhos e soluçou.

— Ainda mais agora que vamos ter mais um lobinho...

— Ei... — Ele pôs a destra em seu queixo e o levantou, dando um selinho em Chara. — Desculpe, não vai acontecer mais.

— Você me disse isso da última vez...Aquela vez.

Chara suspirou e o ajeitou debaixo das cobertas.

— Vou trazer algo pra você comer, espera um pouquinho.

— Não, só... Fica aqui. — Sussurrou, abraçando sua 'menina' com firmeza.

— ...Espere só eu colocar as crianças na cama, então eu não saio mais daqui, pode ser?

— Na cama? — Franziu as sobrancelhas. — Já é noite? Por quanto tempo eu dormi?

— Umas quatro horas...

— Droga... — Frisk estalou a língua e suspirou pesado. — Desculpa... Eu nem consegui caçar nada pra vocês hoje.

— ... Eu quero que você pare de achar que carne é mais importante que a sua vida, se soubesse o quanto isso deixa magoada, nunca mais diria.

Chara fechou os punhos e levantou, logo saiu so quarto e bateu a porta.

Frisk novamente suspirou. A culpa não era dele se queria apenas dar o melhor a sua família e não queria que nada faltasse. Chara talvez estivesse exagerando por não entender, mas já estava acostumado com aquele jeitinho.

Fechou os olhos e cobriu-se ainda mais com a manta. Tocou seu ombro com a mão e grunhiu ao sentir doer.

Após alguns minutos de espera, a porta novamente foi aberta e a "moça" voltou para a cama, ela entrelaçou as mãos ao redor da cintura do rapaz e fechou seus olhos afim de se aconchegar ao lado dele.

— Me desculpa...Eu só fiquei assustada, não queria ser ingrata.

— Não se desculpe. — Frisk soltou uma risada fraca. — Eu sei que não é ingrata.

— Eu te amo, ouviu?

Chara beijou o ombro do mais alto e suspirou.

— ...Como vamos lidar com aqueles seus primos distantes?

— Não tenho nenhum primo. — Suspirou. — Você sabe que minha família toda está morta, aqueles devem ser só uns lobos que não gostaram de ver outro pelas redondezas.

Chara arregalou os olhos e assentiu de forma arrependida, então logo fechou os olhos e se enrolou debaixo das cobertas.

— ...Boa noite, querido.




Notas Finais


Gostaram? Nos digam!
Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo.
Ah! Deixe o comentário ♡♡
~Beijinhos com Flores de Maracujá da Usagi~


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