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História Reencarnación - Segundo ato - Espíritos atados, corações conectados


Escrita por: Miss_Amelie

Notas do Autor


Saudações, meus queridos

Antes de iniciar o capítulo, queria me desculpar com os leitores que acompanham a fic ‘Broken Hearts’. Eu estou bem consciente do atraso na atualização. Eu gostaria de ter postado um novo capítulo semana passada, mas infelizmente, uma sequência de situações desfavoráveis me impediram.

Particularmente, eu daria preferência a atualizar BH, ao invés de me dedicar à uma nova publicação. Contudo, infelizmente (ou não), há momentos em que nossas escolhas estão condicionadas à atender aquilo que o coração considera mais urgente. Especialmente nesse caso, em que precisava escrever para lidar com emoções gritando dentro de mim.

Eu estava passando um momento emocional que pede esse tipo de resgate. Então, eu precisava colocar para fora esse amor que tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Um amor capaz de vencer a morte.

Essa semana eu prometo atualizar Broken Hearts.

Boa leitura!
💗🦇😉💋

Capítulo 2 - Segundo ato - Espíritos atados, corações conectados


Fanfic / Fanfiction Reencarnación - Segundo ato - Espíritos atados, corações conectados

Personagens

⏩ Bruce: Comandante Bégalo, intitulado ‘o impiedoso’ por suas tropas. O homem a ocupar o cargo máximo na hierarquia de comando do lendário e temido exército espartano – abaixo apenas do general da brigada, que também é o soberano regente de seu povo, Leônidas.

O melhor guerreiro dentre os melhores. Conselheiro e melhor amigo de Leônidas, rei de Esparta. Filho de Temístocle, o primogênito de Lacedemon, sábio conselheiro de Eurotas, primeiro rei de Esparta.

Bégalo tornara-se ainda mais extraordinário ao somar a sabedoria e engenhosidade que herdara de seu pai, a conduta justa de sua virtuosa mãe e a perfeição impressionante da forma física e habilidades como guerreiro. Chamavam-no implacável porque Bégalo não era apenas um guerreiro forte e hábil, mas genial estrategista.

⏩ Diana de Themyscira: Princesa das amazonas, filha de Hipólita, campeã dos deuses gregos. A melhor guerreira entre as melhores. Forte como Hércules; sábia como Atena; astuta como Deméter; veloz como Hermes e bela como Afrodite.

 

♣♣♣

 

Ah, se pudéssemos contar as voltas que a vida dá

pra que a gente possa encontrar um grande amor.

É como se pudéssemos contar todas estrelas do céu,

os grãos de areia desse mar, ainda assim...

(A miragem – Marcus Viana)

 


SEGUNDO ATO –

Espíritos atados, corações conectados

 


♣ Esparta || Ano 491 a.C ♣

 

– Minha lealdade pertence à Esparta, meu rei. Seu comandante prefere a morte à desonra da recusa às vossas ordens – havia uma imponência indubitável na voz grave que ressoava no ambiente, ecoando por entre a abertura estreita do elmo que cobria-lhe a cabeça.

– Meu comandante está dispensado das formalidades – outra voz igualmente poderosa respondera, estreitando os olhos na direção de seu interlocutor. O dono da voz estudava as reações agora visíveis na expressão do general, que removera a peça que escondia seu rosto. – Você está aborrecido, Bégalo? Estás livre para falar o que o incomoda como meu amigo. Não ao rei.

– Minhas sugestão é que um dos nossos soldados em formação assuma meu lugar na arena, Leônidas... Meu amigo! – A objetividade sem rodeios de seu comandante não surpreendeu o rei espartano. Eles se conheciam desde o nascimento, e sua amizade se solidificou durante a formação de ambos, ainda crianças, submetidos à formação impiedosa aplicada aos meninos espartanos, da infância ao início da idade adulta.

– Eu não desejo provocar a ira dos deuses, Bégalo. Desonrando seu campeão de tal forma – a seriedade de Leônidas convenceria a todos, mas seu melhor amigo não se convencera. Ele percebeu, no brilho de seus olhos, um pouco de divertimento.

– Jamais testemunhei Leônidas curvar-se a reis ou deuses. Nem o filho do Leão, nem o rei de Esparta – Bégalo provocou a vaidade de seu rei – Se queres uma distração, sugiro que tome Eródites para luta. Ele é jovem, mas um guerreiro formidável. Terás a chance de vê-lo em combate.

– Se não o conhecesse, Bégalo, tomaria tua insistente objeção como ofensa quanto ao mérito do meu julgamento – Leônidas encheu o peito, igualando-se em altura e notável robustez física de Bégalo – Minha escolha não foi tomada para agradar os deuses. Se não fostes meu amigo, tua cabeça seria imediatamente empalada pela minha espada... Eu não sou uma marionete dos deuses. Minha decisão, além de apropriada, é sobretudo política.

– Devo reverenciá-lo, meu rei, por me expor à vergonha desse engodo, que chamais de confronto, para provar os limites da minha obediência? Ou agradecê-lo, meu amigo, a honestidade do teu caráter, ao revelar-me que minha honra é menos importante que questões políticas. – Bégalo manteve a voz rígida e firme, no volume habitual. Contudo, apesar da firmeza do tom imperativo de barítono, a modulação ecoava tão precisamente inalterada, que só Leônidas e seus falecidos pais não julgavam-no um homem frio, indiferente e insensível, como a maioria absoluta dos que o conheceram.

– Bégalo, após todos esses anos, aprendi que meu julgamento como regente de meu povo deve ser priorizado, quando contrário às decisões de qualquer outra condição: amigo, general, pai ou marido. – Leônidas colocou a mão sobre o ombro de Bégalo – Tua irritação te cegou para impedi-lo de enxergar o óbvio: Ainda que tua honra estivesse abaixo das relações políticas, desonrar-te publicamente teria consequências políticas irreparáveis à Esparta. A humilhação do lendário comandante do exército espartano, diante de uma plateia com centenas de pessoas, envergonharia mais teu rei e teu povo. Desonraria nosso legado como os maiores guerreiros de toda Grécia para sempre.

Leônidas estava certo, mas Bégalo não mostrou nenhum sinal de aceitação.

– Toda Grécia ouviu histórias sobre as amazonas. A lenda das guerreiras imortais, comparadas em bravura, disciplina militar e lealdade à nós. – Leônidas viu seu amigo assentir – Eu compreendo teu receio sobre a exibição de amanhã e tua vergonha de ter uma mulher como adversária...

– Mas minha decisão, como rei, é obviamente política. Somos poucos para enfrentar o exército de milhares de Xérxes. A guerra exige alianças e as amazonas serão grandes aliadas. Desonrar a rainha e sua campeã, designando outro, senão o campeão de Esparta, para um confronto de exibição pública, poria tudo a perder – Bégalo deu-se por resignar-se ao cumprimento do que lhe fora ordenado.

– Compreendo! – Ele respondeu objetivamente, inclinando o tronco e a cabeça em reverência, tomando o caminho da saída, sem esperar a ordem para retirar-se.

– Comandante... – O rei o chamara, antes que alcançasse a porta – Lhe traria algum conforto saber que eu desejaria estar em seu lugar amanhã? – Bégalo tentou reprimir a expressão de curiosidade diante da confissão de seu amigo. – Amanhã tu saberás o porquê.

“Se tu a tivestes visto, meu amigo... Tu não te oporias tanto”, Leônidas disse para o salão vazio, após a saída de Bégalo.

 

♣ Grécia || Esparta || Arena Central ♣

 

Ele fracassou ao tentar esconder completamente o leve divertimento que experimentava – pela primeira vez, frente a um adversário. O espartano podia sentir seu corpo estalar, seus músculos se contraírem, suas pupilas dilatarem com a excitação das descargas de adrenalina correndo em suas veias, naquele momento. Uma excitação totalmente diferente da reação biológica habitual que seu corpo assume em batalha. Uma sensação que o comandante não se importara em reprimir.

Em sua defesa, nenhum homem, nem o mais bravo guerreiro grego, poderia conter a força violenta da onda de emoções que os atinge pela primeira vez. Bégalo tentou, mas não pode camuflar completamente o sorriso. Como se dividido ao meio, apenas o canto esquerdo dos lábios, selados em uma linha fina, elevou-se para formar um meio sorriso sedutor escondido por baixo de seu elmo.

Bégalo vasculhou seu baú de memórias qualquer lembrança sobre o uso de feitiços ou encantamentos feitos pelas amazonas. Ele estava tão hipnotizado pela imagem da figura à sua frente, que não seria tolice considerar-se enfeitiçado por ela.

Diana estreitou ainda mais os olhos, franziu ainda mais o cenho, fechou os lábios com mais força. Seu sangue ferveu quando ela viu a sombra de um sorriso que ela supunha ser desdenhoso. Sua mãe a alertara sobre como as mulheres eram vistas na sociedade patriarcal – à época, a grande maioria das mulheres não tinham quaisquer relevância, à exceção dos aspectos reprodutivos – Sentindo-se subestimada, ela estava ainda mais disposta a vencê-lo – mas não para saciar seu orgulho; tampouco, para alimentar vaidades insignificantes; ou para humilhá-lo.

Vencê-lo, para ela, tinha um significado muito maior que ganhar a luta. Derrotar o melhor guerreiro de Esparta (lendária pelo legado de seus guerreiros) os obrigaria a respeitá-la, ainda que a contra-gosto, se não como uma igual mulher, ao menos como uma igual guerreira.

O combate entre a campeã dos deuses e o maior guerreiro de Esparta, depois de alguns minutos de lentidão, em que ambos se movimentavam observando um ao outro, foi ganhando um ritmo cada vez mais vibrante.

A numerosa plateia que se aglomerava ao redor da arena não precisou esperar muito para apreciar a luta, em pé de igualdade, entre o comandante e a amazona – cujo desempenho memorável conquistara a admiração dos rei e rainha espartanos, as graças do público e o respeito de seu adversário, um feito raro, considerando que apenas seu pai e Leônidas o mereceram, nunca uma mulher.

Nem mesmo sua mãe. Ela fora a única mulher a quem amou... Até então. Mas o respeito de um homem espartano, criado para guerra, em uma sociedade patriarcal, é dedicado exclusivamente aos raros homens cujas ações foram dignas de merecerem sua admiração. As mulheres tinham quase nenhuma importância para ele. Diferentemente dos romanos, cujas orgias, e outras práticas sexuais, ultrapassaram tanto os limites da devassidão e da perversão, que exagero é um eufemismo. Era comum homens que não tinham interesse em gerar filho, permanecerem solteiros. Seu envolvimento com mulheres se resumia às casas de prazeres e nada mais.

O espetáculo proporcionado pela amazona e o espartano fora exuberante, porém, após horas de combate sem um vencedor, Leônidas encerrou o confronto e declarou o empate.

Bégalo travara uma batalha interna, a fim de camuflar o sentimento de arrebatamento que ela provocou dentro dele. Tarefa ainda mais hercúlea quando seus olhos puderam contemplá-la de perto, de pé, ao seu lado, convidados a subirem ao camarote real, para formalidades de condecorações. Ele deu-se o crédito de ter sido sábio ao manter seu rosto coberto pelo elmo. Se não fosse por isso, ele teria sido pego exibindo um rápido sorriso tolo em seu rosto, ao vê-la voltar-se para ele, para cumprimentá-lo com um aceno da cabeça e o sorriso mais bonito que ele vira na vida.

Ninguém, além de Leônidas, seria capaz de enxergar nele qualquer sinal de que Diana o havia impressionado. Entretanto, a pausa de 3s que ele fez, olhando para ela, antes de cumprimentá-la em resposta ao seu agradecimento, era uma evidência clara.

– Alteza, seja nossa hóspede pelo tempo que vossa vontade determinar! – A beleza de olhos verdes deu à Diana um sorriso preso por lábios selados. Mas não era um sorriso desonesto. Parecia simplesmente triste. E Diana sentiu pela da rainha Alyah. – Vou pedir aos criados que preparem-lhe um dos quartos do palácio.

– Obrigada, majestade – Diana respondeu.

– Acredito que ainda não foram devidamente apresentados – Leônidas podia jurar que seu comandante estava um tanto apreensivo.

– Comandante, esta é Diana de Themyscira, princesa das amazonas, filha de Hipólita, campeã dos deuses. – Ela sorriu novamente para cumprimentar o comandante e, ao ver seu sorriso pela segunda vez, ele desejou a sorte de acordar todas as manhãs do resto de sua vida para vê-la sorrir para ele.

– Diana... Conheça Bégalo de Esparta, comandante do exército espartano, o grande campeão de Esparta, o mais leal amigo, a quem devo minha vida uma dezena de vezes.

As apresentações do rei obrigaram-no a retirar a peça que cobria seu rosto. Leônidas sorriu satisfeito ao ver o olhar de Diana demorar-se sobre seu amigo. Em seguida, tomando consciência de que pôs-se a observá-lo por tempo demais para uma apresentação, girou seu corpo para frente de forma tão brusca, com os olhos baixos fitando os degrais do púlpito, expusera ainda mais seus sentimentos em relação ao comandante. 

Diana esperava uma sensação diferente ao se deparar com as primeiras imagens de homens. Ela os observou rapidamente, para satisfazer sua curiosidade. Mas nenhum deles deteve seu olhar por mais que alguns segundos. Nem mesmo a figura impressionante do monarca espartano.

Nenhum homem, roubara-lhe a capacidade de pensar, ou o domínio dos sentidos. Até então... Até pôr os olhos nele.

 

♣ Esparta || 6 meses depois ♣

 

A noite deixara boa parte de sua imensa casa na escuridão. Que ele insistia em manter, porque inexplicavelmente, sempre se sentira à vontade nas sombras.

“Esconder-se de mim é sua melhor opção para manter-se vivo, espião”, Bégalo sussurrou, atravessando o átrio na entrada da casa, engolido pelo breu.

Seus batimentos cardíacos aceleraram quando o eco de um sussurro macio ressoou no ambiente. Ele inalou devagar e seu corpo reagiu imediatamente ao reconhecer o perfume familiar.

Ela caminhou em direção a ele com a marcha ondulante de uma dançarina. Seus olhos rastrearam sua nudez, das pontas dos dedos dos pés ao topo da cabeça. A luz da lua contornou a silhueta dela com seu brilho perolado, quando ela posara em frente à imensa janela.

As pernas longas, quadris voluptuosos, a cintura fina... Os seios na medida ideal, as aureolas de uma cor entre o roso e canela, a pele bronzeada... Os lábios suculentos, os olhos curiosos, os dentes perfeitos mordendo o lábio inferior.

– Eis que aquele que me escrutina faz sua presença conhecida – Bégalo deixara-se engolir pela escuridão da sala. – Eu não sou uma presa, princesa!

Diana respondera-lhe com uma risadinha divertida, quase infantil, que o fazia se maldizer em silêncio. Se os romanos vissem seus pensamentos agora...

Ela deixou o lugar que estava e se embrenhou na escuridão do cômodo. E seus olhos imediatamente sentiram saudade de sua imagem. Movendo-se à procura dela.

– Você está caçando ou sendo caçado, comandante? – A voz macia e sedutora sussurrou em seu ouvido, arrepiando-lhe os pêlos.

– Só há uma resposta possível para sua pergunta, princesa. Você é a presa, amazona!

– Você está insinuando que uma mulher ou uma amazona está abaixo de você, homenzinho?

– Somente as mulheres espartanas dão à luz a verdadeiros guerreiros, Princesa – Bégalo soltou com desdém.

Diana não poderia dizer se ele queria realmente irritá-la ou feri-la. Ele costumava provocá-la com insinuações sobre tudo que a irritava. Mas ela aprendera a reconhecer seus jogos de sedução na voz dele – carregada de luxúria – no mesmo tom dos gemidos que ele faz ao se amarem.

Ela não sabia se ele pretendia magoá-la propositalmente ou não...

– Sendo assim, sinta-se livre para trazê-las para servirem-lhe de companhia enquanto você chafurda sua lama imunda, com os porcos – Ela tentou ir embora, mas ele agarrou seu pulso rapidamente. – Solte-me... Escolha sua espartana e faça dezenas de pequenos demônios arrogantes como você.

– Não!

– Solte-me, espartano!

– Obrigue-me, amaozona?!

Foi a pior coisa a se dizer a uma amazona. Com um rosnado feroz, Diana se lançou sobre Bégalo. O que se seguiu foi uma dança mortal de força entre dois lutadores extremamente habilidosos no combate corpo a corpo. Foram jogados socos, os chutes foram esquivados. E Diana nunca se sentiu mais viva em toda sua vida.

Havia algo em seu oponente que a enfurecia e, no entanto, ela sabia, ele sempre fazia isso de propósito. Porque ele adorava irritá-la.

Bégalo torceu o braço dela e prendeu seu corpo contra ele, com um braço em seu pescoço. Uma súbita sensação de excitação que ele tanto ansiava surgiu pelo seu corpo, a sensação da pele nua de Diana pressionada contra a dele. Seu corpo se endureceu ainda mais quando notou que seu peito subia e descia com esforço e excitação.

– Considere sua derrota, amazona! – a respiração do comandante estava quente contra sua bochecha.

Com um grunhido pesado, Diana conseguiu libertar-se do seu aperto e jogá-lo sobre o ombro. Em um instante, ela o tinha de costas e o empurrava, segurando seus pulsos ao lado do rosto.

– Nunca!

– Você irá, mulher! – Diana ofegou quando sentiu-se levemente distraída quando sentiu a rigidez esfregando-se entre suas pernas. – Renda-se! – Bégalo disse com um traço preguiçoso e sensual na voz que fez o coração de Diana vibrar.

Diana ofegou quando Bélago uniu seus braços sobre a cabeça. Era como se ela perdesse as forças para lutar contra ele, agora nu, junto ao seu corpo.

Ela lutou contra seu peso, sem sucesso.

– Renda-se! – Ele sorriu, olhando para os olhos da mulher que amava, com que passara a viver desde que se enfrentaram pela primeira vez.

– Nunca! – Diana encontrou-se com o olhar de açoite do homem que amava, desafiando-o.

Seus lábios caíram sobre os dela em um beijo selvagem, castigando-a, subjugando-a. Diana sentiu seus lábios machucados. Quando ela respirou fundo, a língua de Bégalo mergulhou em sua boca, invadindo-a, provocando-a e desafiando-a.

A paixão e a lógica colidiram em seus pensamentos. “Não o deixe fazer isso”, a parte dela que tinha um tênue controle sobre a sanidade protestou desesperadamente. “Eu não me importo”, sua paixão gritou com igual desespero. Com o tambor do coração batendo nas orelhas, ela tocou sua própria língua em seus lábios. O beijo explodiu com uma fome tão primitiva que ameaçava superar seus sentidos.

Ela podia sentir a evidência do desejo de Bégalo pressionar insistentemente contra as coxas dela. Ele gemeu com prazer quando ela instintivamente esfregou-se contra ele. Diana sentiu que ele soltara seus pulsos, suas mãos quentes viajavam até o molde de seus seios cheios, provocando os mamilos sensíveis.

Ela se deleitava com seus dedos fortes e ásperos em sua pele aquecida, arqueando de prazer contra ele, querendo aproximar-se, mesmo quando ela estava esmagada contra seu corpo com tanta força que mal conseguia respirar. Quando Bégalo tirou os lábios os lábios dela, ela lamentou a perda.

Seu olhar ardente a manteve cativa. Seus lábios sensuais formaram uma pergunta. “Rende-se?”

E quando os lábios de Begalo se fecharam firmemente ao redor de sua boca e ele a penetrou, Diana caiu em derrota. Ela estava rendida.

 

♣ A batalha de Termópilas ♣

 

Ambos estavam cercados pelos soldados de Xérxes. Ela já havia sido ferida por seis golpes de espadas. Estava sangrando, mas bem. Já que nenhum ferimento mortal havia sido bem sucedido. Mas Bélgalo não. Ele queria protegê-la. Não importava quantas vezes Diana tentasse afastá-lo. Ele não suportava ver a pele de seda de sua musa ser cortada, vilipendiada, ferida.

Foi em uma das tentativas de protege-la que ele sofreu o ferimento de morte, apunhalado pelas costas, pela covardia de um demônio que não tolera amantes nos campos de batalha.

Ela matou todos ao seu redor com um grito feroz de dor. Uma dor aguda que seu coração experimentava, pela primeira vez.

Tomando-o em seus braços, ela o ouviu engasgar, com o sangue saindo de sua boca.

“Não me deixe, meu guerreiro. Não me deixe, meu amor”, Diana sussurrou, entre lágrimas.

“Não irei a lugar nenhum sem você, Diana”, ele respondera-lhe.

Com a pausa entre soluços e lágrimas de Diana, Bégalo tomou os restos de seu fôlego para dedicar-lhe uma promessa.

“Tu hás de tomar meu juramento, amazona, como Lei – irrevogável, indeferível, inviolável. As mais estimadas riquezas de um guerreiro são sua espada e sua palavra. (...) Esta é minha promessa: Não me importam quantas vidas meu espírito cansado seja sentenciado a viver para cumpri-la: Tu estarás ao meu lado quando os portões celestiais dos Elísios se abrirem para nós, princesa”.

“Eu te esperarei, meu guerreiro escuro... Por todas as vidas. Meu coração irá ao teu encontro, onde quer que tu estejas”, Diana sussurrou. “Meu coração irá contigo, meu amor. Juro-te eterna aliança, porque sou tua esperança, como tu és todo meu amor”, Diana o viu fechar os olhos e diminuir o aperto de sua mão, partindo para o breu da penumbra, recusando-se a entrar nos Campos Elísios sem ela.

Ele esperaria no limbo. Até ser chamado à nova vida. Onde seu coração chamaria por ela, que o encontraria novamente.


Notas Finais


⏺️Toda fic terá esta trilha sonora:

A miragem – Marcus Viana
https://www.youtube.com/watch?v=Cx8ltcT5eOE

Minha recomendação é que vejam o vídeo e entendam o motivo.


⏺️A famosa batalha de Termópilas, que serviu de inspiração para a história em quadrinhos e o filme "300", foi uma das várias guerras travadas entre gregos e persas, durante as chamadas Guerras Médicas.

A principal razão dessas guerras foi o expansionismo persa. Durante a segunda metade do século 6 a.C. e o início do século 5 a.C., os persas conquistaram todo o território da Ásia Menor até o vale do rio Indo, bem como o Egito. Ao dominarem a Ásia Menor, os persas oprimiram as colônias gregas na região.

O expansionismo persa era uma ameaça tanto à independência das cidades-estado gregas, quanto um obstáculo aos interesses dos comerciantes gregos na região do mar Egeu. O exército de Xerxes uma "legião estrangeira", formada por soldados de todas as nações conquistadas pelo Império Persa: assírios, egípcios, babilônios, colonos gregos que viviam na Ásia.

Leônidas I (em grego antigo: Λεωνίδας, significando "Filho de Leão" ou "Similar a Leão"), oriundo da dinastia ágida, foi rei e general de Esparta de 491 até a data de sua morte em 480 a.C, durante a batalha de Termópilas.


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