História Reencarnações - Despertar e Início

     Em um quarto relativamente simples, uma loira acordava, com os raios de sol batendo em seu rosto. Mas a própria não reclamava. Não estava com cabeça para isso, e sim, no sonho que acabara de ter.

     "Um sonho?" Pensava a loira confusa. E era isso que estava em sua cabeça até sentir seu cabelo muito mais pesado que antes. E aquilo só significava uma coisa.

     - MENTIRA!! - Gritou, antes de sair correndo para o espelho mais próximo e ver seu reflexo, além de ter outra surpresa.

     Seus olhos estavam perolados, o tal Byakugan, seu cabelo estava muito maior do que antes, e a coisa mais excitante: o chakra percorria seu corpo e tenketsus.

      - Que foda! - exclamou Lucy. E ficou admirando seus olhos e cabelo por um tempo até se lembrar de algo. Não podia simplesmente virar uma ninja e maga sem conversar com seus queridos espíritos celestiais.

     Pegou uma chave de ouro de seu cinto de chaves em que repousava na escrivaninha, suspirou e disse:

     - Abra-te! Portão do leão! Loke! - E a chave brilhou com uma luz dourada, enchendo o quarto momentaneamente de um brilho dourado, até que uma pessoa, ou melhor, um espírito celestial ruivo usando óculos e um terno estava em pé. Esse era o rei do zodíaco e das chaves de ouro, Leo, o espírito do leão. Mas como Lucy chamava-o, Loke.

     O espírito começou a observar Lucy, da cabeça aos pés, olhando principalmente o longo cabelo e os olhos perolados. A loira suspirou, pensando que teria que explicar tudo do começo, mas se surpreendeu com o que Loke disse em seguida:

     - Vejo que finalmente despertou o lado da reencarnação, Lucy. E já estava na hora. - Ele concluiu, e nossa protagonista ficou muito pistola.

     - Então vocês já sabiam?! E não me contaram?! - Disse Lucy putassa, e Loke ficou com uma cômica gota na cabeça, depois suspirou e falou:

     - O Rei dos espíritos pediu para que eu te levasse no mundo dos espíritos celestiais. - Estendeu a mão. - Quer vir?

     A loira, sem nada a perder, aceitou a mão do espírito, ao mesmo tempo em que um clarão ofuscou a luz do sol, que penetrava sobre a janela.

     Já no mundo do espíritos, em que Lucy já conheceu em uma expedição agradável e com uma grande consequência no passado, onde um dia naquele mundo equivale a três meses no mundo real.

     Quando chegaram lá, a loira percebeu que todos seus espíritos celestiais estavam lá, até o rei dos espíritos. Desde as chaves de ouro até as chaves de prata.

     Tava um silêncio do carai. Tava todo mundo sério e encarando a protagonista.

     - Então... - Começou Lucy. - presumo que já saibam de tudo, não é?

     - Já sabíamos. Eu até conheci a deusa coelho uma vez, quando ela veio até esse mundo procurando uma reencarnação foda. Primeiro foi Anna, se não me lembro - O Rei dos Espíritos falou.

     - Nossa, bigodudo. Eu sabia que você era muito velho, mas não tanto assim! - Lucy disse na maior cara de pau, e o Rei ficou meio pistola por ter sido chamado de bigodudo. Mas deixou quieto.

     - Eu sou velho mesmo e foda-se. Agora vamos conversar sobre o que aconteceu.

     Então Lucy começou a contar sobre o sonho que teve, até os mínimos detalhes. E também disse o quanto era foda por ser a reencarnação de uma deusa fodona, e os espíritos ouviam atentamente. Quando ela acabou, encarou o rei, esperando algo vindo dele. E nem percebeu alguns espíritos de boca aberta e o do escorpião murmurar um "sem nexo".

     O espírito celestial esperou um tempo, refletindo, suspirou e disse:

     - Bem, você terá que procurar os dois, isso é fato, vai que você destrói o mundo inteiro quando perde o controle do poder. Mas o que você fará conosco? Você sabe que é uma das últimas magas celestiais de Fiore. Se você for usar seu poder, vai nos abandonar?

     A pergunta pegou Lucy de surpresa, assim como alguns espíritos, que abaixaram a cabeça em sinal de tristeza. Pensavam que Lucy ia abandoná-los, afinal, o poder novo dela é incrível. Mas Lucy, pistolassa com a pergunta, gritou algo que surpreendeu-os.

     - QUE PORRA DE PERGUNTA É ESSA, MANO? CÊ FUMOU ESTRELA? NUNCA QUE EU ABANDONARIA VOCÊS! Até porquê eu preciso de ajuda né. - Até umas lágrimas de alguns espíritos e sorrisos de outros, principalmente do rei dos espíritos, e Lucy continuava pistola, encarando o bigodão do rei, que devia dar três vezes seu apartamento.

     - Bom saber. - Disse ele enquanto dava um sorriso, e Lucy se acalmou. - Mas velha amiga, é bom você voltar pro seu mundo, já passou um dia lá.

     - Ah é. Esqueci que aqui é muito mais lento do que lá. - Disse Lucy, já meio apressada.

     - Mas... - O rei começou e a loira esperou ele acabar. - Kaguya não voava?

     - É mesmo, lek. Por quê será que eu não flutuo? - Lucy ficou divagando e nem percebeu que tinha saído do chão, e os espíritos olhando com cara de quem achou que ia bem na prova e tirou um fodendo zero. Só depois que ela percebeu que tava mó distante do chão.

     - Ai, carai. ALGUEM ME AJUDAAAA! - Áries lançou uma corrente de lã fofinha pra segurar e saiu levitando junto. Nem dava. Aí o resto dos espíritos pegaram a "corda" pra ajudar e saíram voando também. É a vida.

     Depois de juntar uma quantidade fudida de chakra nos pés, ela conseguiu descer, e foi assim que ela conseguiu aprender a voar. Só jogar o chakra dela pra direção que ela queria. Só isso. Muito izi. Quando ela conseguiu controlar o chakra ela já tava lá na casa do caralho.

     - Hora de ir, velha amiga. Se precisar de algo, é só nos chamar! - disse o Rei dos Espíritos.

     - Beleza! Tchaau! - Lucy se despediu enquanto era envolvida com uma luz dourada, vendo que estava de dia. Passou dois dias no mundo real, sendo dez minutos no mundo dos espíritos. Foda.

     Começaria sua jornada para encontrar os jovens, mas antes se despediria dos seus amiguinhos, além de ver a reação deles quando ela brotasse por uma janela voando. É muito foda voar.

     Como tava com preguiça de procurar e não queria ir para a Fairy Tail, resolveu usar seu maravilhoso doujutsu, seu Byakugan divoso, que vê tudo. Seguindo novamente o tutorial imposto por Kaguya, exclamou "Byakugan" enquanto seus olhos se tornavam mais brancos ainda e várias veias surgiam perto de seus olhos. Lucy ainda estava maravilhada com o que um simples olho conseguia fazer. Imagina quando ela despertar o olho mais foderoso na testa, aí ela ficaria muito fodástica.

     Depois de um tempo procurando, viu que Wendy nem estava em Magnólia. "Deve ter ido em uma missão com meu antigo time." Pensou Lucy com seus botões, mas pensou em deixar um bilhete. Viu que Mira estava na guilda, juntamente com o mestre. Podia fazer alguma distração louca para conseguir isso. Procurou por Laxus, e não o vira na guilda, e por isso, chegou a pensar que saíra em uma missão classe S com o seu time, o Raijinshuu, a tribo do deus do trovão. Mas, para a sua surpesa, encontrou Laxus em sua casa, meio distante da guilda. Com um sorriso, saiu pela janela, voando no foda-se mesmo, sem se preocupar se seria vista.

     Chegando perto, percebeu que ele tava admirando a janela.

     - Caralho, que parapeito perfeito, olha esse vidro também! Meu deus, que perfeição! - E ele nem percebeu a loira do seu lado, até ela gritar:

     - KOÉÉÉÉ LAXUUUUUSSSSSS! - O nego levou um puta sustão, tanto que quase caiu da sua janela perfeita. Lucy flutuou um pouco mais pra cima para Laxus não vê-la, só de zoas.

     - PORRA, LUCY! QUE SUSTO DO CARAI! -Disse ele gritando enquanto olhava para baixo, procurando a loira. Mas não achava, obviamente. - Ué. Cadê?

     O loiro estava tão ocupado procurando a loira da sua janela perfeita, que recebeu um pescotapa do "além". Logo depois do pescotapa, Lucy voou para longe mais rápido do que o Flash. Alan Barros, pros íntimos.

     Laxus estava pensando que tinha um fantasma assombrando ele e já tava se cagando, enquanto Lucy estava morrendo de vontade de rir. Até que não aguentou e começou a gargalhar que nem uma doente, fazendo o loiro olhar, descrente, para a loira voadora, a qual ficou meio sem graça por estar sendo encarada.

     - Quê que foi? - Perguntou Lucy e Laxus ficou com uma cara de mongo.

     - Lucy... - Fez uma pausa. - POR QUÊ VOCÊ ESTÁ VOANDO? CÊ MORREU? - Gritou todo apavorado, enquanto a loira estava com uma cômica gota em sua cabeça.

     - Calma aê. Bora entrar, aí eu te explico.

     E aí Lucy repassou todos os detalhes do seu sonho, de novo. E Laxus ficou de boca aberta.

     - Nossa... Deve ser foda ter um olho assim. Você vai atrás deles, Loirinha? - Perguntou Laxus.

     - Vou sim! Aí eu controlo meu poder e fico mais forte que o mestre! - Disse a loira de um jeito sonhador, sendo que Laxus nem duvidava. Ela realmente poderia ficar muito forte.

     - Então, boa sorte, você vai precisar. - Falou o loiro com um sorriso de canto. - Vai da falar com a Mira, Wendy e o velhote?

     - Lógico que sim! Mas nem sei como. A Wendy nem em Magnólia tá, e os outros dois estão na guilda. Não quero chamar atenção. - Laxus suspirou.

     - Se você quiser eu peço lá para eles virem.

     - Relaxa, Laxus. Eu até já sei o quê fazer. - Disse Lucy com um sorriso meio estranho no rosto.

     Logo depois de despedir-se de Laxus, Lucy foi para perto da guilda, com o Byakugan ativado, suprimindo sua magia, afinal, só sabia controlar o chakra. Nada avançado, nem muito perto do básico. Se instalou em uma árvore a aproximadamente um quilômetro da guilda. Viu que Mira tinha ido para a sala do mestre, provavelmente perguntar se este queria algo. A chance perfeita.

     A loira começou a colocar seu plano em ação. Com uma grande dificultade, e de uma forma que nem mesmo ela sabia, concentrou chakra na mão e tentou liberá-lo em uma rocha grande que havia por lá, bem mais perto da Fairy Tail, ocasionando em ela se rachar e se quebrar, em um estrondo gigante. Foi quase imediato. Com o Byakugan ativado, viu que o povo da guilda tinha parado de tretar entre si, para prestar mais atenção. Deixou um pouco de magia ecoar pelo local.

     Deu bem certo, deixaram a guilda vazia para correr até lá.

     A parte mais difícil no momento estava para ser feita, chamaria a atenção de Mira e o mestre, que seriam os últimos a sair por estarem no escritório. Um plano bem simples. Só queria testar o chakra em algo, na verdade.

     A loira voou adentro uma floresta que se encontrava por aí e contornou o grupo da Fairy Tail, parando na janela do mestre e vendo o coitado assinar papéis de destruições causadas pelo bando de fadas, com Mirajane o ajudando.

     - Esses pirralhos loucos podiam destruir menos, não é? - Perguntou o mestre para ninguém em especial, com o desespero assolando-o ao ver todos os prejuízos causados pelo bando de magos. Mira apenas suspirou. Sabia das merdas que os amigos faziam. E incluía abandonar a Rushi.

     - Pois é né! - A loira disse e foi fitada pelos dois com mistos de descrença, alegria e surpresa, afinal ela não ia na guilda faz umas vidas. Ela entrou pela janela, e só assim eles notaram que ela estava voando.

     - VOCÊ LEVITA?! - exclamaram os dois, assustados. Lucy suspirou e contou sobre Kaguya. Tudo de novo para variar.

     - É isso. Também vim para pedir um afastamento da Fairy Tail, além de me despedir de vocês.

     Os dois refletiram sobre isso por mais algum tempo, e por fim, Mira deu um abraço em Lucy murmurando um "boa sorte", enquanto o mestre só lhe deu um sorriso e pediu para que sua filha de consideração se cuidar.

     A loira já estava para sair pela janela voando de novo, mas se lembrou de duas coisas:

     - Eu também gostaria se vocês pudessem falar para a Wendy, além de deixarem isso oculto da guilda. E quando eu voltar, eu vou bater de frente com você mestre! Só espere! - E Lucy saiu pela janela de lá, percebendo o desafio aceito por parte de Makarov e um sorriso por parte de Mira.

     A loira chegou em casa, chamou seu Querido espírito celestial de virgem, Virgo, para ajudá-la com as roupas.

     - Hime! - Virgo cumprimentou. - Hora da punição? - Seus olhos brilharam um pouco com expectativa, embora Lucy não gostasse de punir a espírito masoquista.

     - Não, Virgo. Pode me ajudar com as roupas pra jornada?

     - Tudo bem. Me pune depois?

     - NÃO!

     Logo depois, ao parar no portão de Magnólia, Lucy olha para trás, relembrando todos os momentos bons que passou na guilda.

     "Eu vou ficar mais forte... Todos verão!" Pensou antes de adentrar a floresta, com seu cinto de chaves nas mãos e roupas no mundo espiritual.

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     - Por quê você acha isso, menino Uchiha? - Uma voz grossa e sombria pode ser escutada, revelando ter origem em uma gigantesca raposa alaranjada de nove caudas.

     - Explique-nos seu raciocínio, por favor. - Uma voz feminina, porém grossa, soou de outra gigantesca figura que parecia um gato feito de chamas azuis e detalhes pretos, com duas caudas. Os dois exalavam poder e respeito, além dos outros seis que haviam lá, naquele lugar. Bastante semelhantes e bem diferentes, mas nada que o jovem de cabelos negros temesse, por estar perto daquelas oito criaturas em sua frente.

     - É bem simples. Kaguya tinha poder para atravessar dimensões, além de colocar pessoas para dormir infinitamente, em um mundo de sonhos. Suponho que estejamos em outra dimensão, como um genjutsu que só se ativa ao entregarmo-nos ao sono. - Argumentou o garoto, discutindo com os seres.

     - É bem provável - Disse outra voz, revelando ser uma tartaruga cinza de barriga com uma tonalidade vermelho-vinho, e três caudas balançando livremente pelo ar. - Eu concordo com o garoto. Vocês devem saber que o Rinnesharingan tem um poder absurdo, ainda mais se for usado pela Deusa Coelho.

     A raposa suspirou. Embora não gostasse da situação que estava passando, eles tinham que discutir. Seus oito irmãos e o garoto Uchiha. O pirralho loiro já estava dormindo, sendo que estes estavam em uma espécie de esgoto.

     - Todos concordam? - Perguntou a enorme raposa. Alguns hesitaram, porém todos acenaram em concordância. - Mas por quê Kaguya faria isso?

     - Ela deve querer algo conosco nesse lugar. Afinal, o quê ela ganharia fazendo o que fez? - Disse um enorme gorila de quatro caudas.

      - Eu não faço a mínima ideia, mas é bom mantermos os olhos abertos. Sinto que a causa já vai chegar. - afirmou o jovem, antes de desaparecer do tal esgoto.

     Voltou a caverna onde estava antes, enquanto seu olho esquerdo cintilava, vermelho, em direção a barriga do loiro. Para voltar para o mundo shinobi, todos, incluindo as criaturas, teriam que estar repousando.

     "Só não espero que sejam problemas." Pensou, para adormecer logo em seguida.

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