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História Reencontro - Body and Soul - Despertar


Escrita por: Sonia_Dell

Notas do Autor


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Oi Amados

Penúltimo Capitulo, ai meu coraçãozinho!
Espero que gostem.

Boa Leitura.

Bjks Mil!
Sônia Dell.
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Capítulo 9 - Despertar


Fanfic / Fanfiction Reencontro - Body and Soul - Despertar

           Não pude deixar de sentir enquanto Andrew contava sua história uma torrente de lembranças me inundando, todos os momentos que passamos junto, a espera por ele no bosque, a fuga pelo caminho estreito, o medo e até mesmo o momento final que antecedeu minha morte viera-me a mente.
                        Respirei fundo ainda com olhos fechados assimilando todos os sentimentos e novas memórias que me preenchiam, ao abri-los percebi que Andrew mesmo após terminar de contar seu relato permaneceu de cabeça baixa em silêncio,  levantei-me e caminhei ficando mais próxima, sentei-me ao seu lado virando meu corpo para ficar de frente para ele, percebi que ele me olhou de soslaio.
                        Estendi minha mão em direção de seu rosto fazendo olhar timidamente pra mim e sorri.
                        "- Ooiii, e bom te ver novamente, depois de tanto tempo!"
                        Ele estalou seus olhos em minha direção abrindo um largo sorriso.
                        "- Você se lembrou!"
                        "- Sim, cada sentimento, cada beijo e cada abraço!" Falei retribuindo o seu sorriso saltando em seus braços beijando com paixão.
                        Ao nos desvencilhar do beijo permanecemos abraçados e percebi que Andrew chorava com o rosto afundado em meu pescoço, passei a mão em seus cabelos consolando.
                        "- Desculpe por ter feito você sofrer por tanto tempo!"
                        "- Você não me fez sofrer de forma alguma, quem nos proporcionou esta dor foi aquele homem!"
                        Respirou fundo se afastando a me olhar, sequei suas lágrimas com meus beijos encostando sua testa na minha, ao que ele me perguntou.
                        "- E como devo chamá-la de agora em diante?"
                        "- Posso ser igual fisicamente a Sophi, mas daquele corpo somente estão suas lembranças e sentimentos enraizados em mim, a Suzan que você conheceu continua ainda mais viva do que nunca e feliz por ter reencontrado aquele que me fez despertar!"
                        Dei-lhe um sutil beijo, completando.

            “- Finalmente ficaremos bem, não é?”

           “- Eu não sei se podemos pensar assim, não estou seguro sobre tal harmonia repentina!”
                        "- Pelas regras citadas por aquele homem, você me encontrou e está junto a mim, ele perdeu, agora só nos resta viver em paz!"
                        "- Gostaria que fosse assim tão simples Suzan, ele é ardiloso!
                        "- Faz dias que não ouvimos falar dele, nem quando fomos a vila vimos ele por lá, o armazém estava fechado e a pobre Sarah junto com a bebê estava na casa dos pais, nem mesmo ela sabia de seu paradeiro!"
                        "- Que seja, mas não vou deixar de me preocupar com aquele crápula até que tenha a certeza que esteja morto!"
                        "- Tá bom, tá bom, não vamos mais falar dele, prefiro falar de nós!"
                        "- Como assim, falar de nós?"
                        "- É que tem uma coisa que não ficou clara pra mim ainda, está história de você se transformar em lobo, você é um lobisomem?
                        "- Não, não é bem assim, eu não fui mordido por um para ser um, eu nasci assim! Deu pra entender?
                        "- Não, eu não entendi? E melhor você começar do início e com calma, esta bem!"

           "- Você não quer descansar um pouquinho antes de eu te explicar...."
                        "- Não, eu não quero, estou ótima e muito bem disposta, agora me conte, não ligo que seja resumido desde que eu entenda!" 
                        "- Tá bom... eu pertenço ao um clã em que todos os homens de transformam em lobo mas não  desde que nascem ....."
                        "- Por que só os homens e as mulheres não se transformavam?"
                        "- Algumas sim se transformavam, mas era raro isso acontecer....”
                        "- Por que só algumas, por que não todas?"
                        "- Para que todas pudessem se transformar elas tinham que ser de famílias de puro sangue! Mais alguma pergunta?"
                        "- Não, e seja gentil comigo eu estava somente curiosa, e pode continuar agora, não vou mais te interromper!"  Sorri mandando um  beijinho.
                        "- Como eu estava falando, não nos transformamos em lobo desde que nascemos só depois de uma certa idade, até esta idade nos crescemos normal como qualquer  humano, depois da primeira transformação começam a envelhecer lentamente."
                        "- E vocês tem controle, quero dizer consciência das coisas quando estão na forma de lobo?"
                        "- Com o tempo e conforme a idade se adquiri esta consciência!"
                        "- Desculpe perguntar, mas quantos anos você tem na realidade?"
                        "- Deixa eu pensar.... uns 250 se não me falhe a memória!
                        "- Huumm... Então você tem bastante experiência em se transformar, não é?
                        "- Sim, por quê?”
                        "- Então me mostre!"
                        "- Te mostrar o que?" Já esboçando um rosto de preocupado.
                        "- Você em forma de lobo oras, e não me venha falar que não tem consciência ou controle pois você acabou de falar que tem!" 
                        Começou a coçar a cabeça tentando encontrar uma forma de escapulir do meu pedido, meneou a cabeça me olhando.
                        "- Você me pede cada coisa Suzan!?
                        "- Ah, por favor, você disse que tem consciência, e eu sei que você não vai me fazer mal!"
                        "- Esta bem, mas eu não vou me transformar na sua frente, Ok?
                        Parei pra pensar, ele deve ter seus motivos para não querer se transformar na minha frente.
                        "- Esta bem, eu concordo!"
                        "- Espera aqui um pouco no quarto, depois você pode sair!"
                        Assenti com a cabeça, ao que ele saiu fechando a porta, passou-se uns dez minutos e já não aguentava mais esperar.
                        Abri a porta devagar, sai pé ante pé, ao que vejo no chão a calça de Andrew jogada no corredor próximo ao lavabo, andei mais um pouco e ouvi um barulho vindo do banheiro, ao que vi sair um lobo cinzento que me olhou fixo de cabeça baixa, comecei a dar passos pra trás ao que fechei meus olhos a menear a cabeça falando para mim mesma.
                        "- É o Andrew sua boba, é o Andrew!
                        Parei e abri meus olhos bem devagar, ele estava sentado olhando pra mim, quando eu o chamei pelo nome ele entortou a cabeça abanando o rabo.
                        Caminhei em sua direção devagar me ajoelhando próximo dele, o mesmo choramingava como um filhotinho, comecei a afagar seus pelos e vi que ele chegava a fechar o olhos em contentamento.  
                        "- É você mesmo!"
                        Ele começou a lamber o meu rosto e abanar o rabo freneticamente, sentei-me sobre minhas pernas e lhe pedi calma  segurando com as duas mãos um pouco, e o mesmo atendeu, o tecido do lençol que cobria a parte de cima de meu corpo já estava sobre minhas coxas, ao que bati sobre as mesmas e  Andrew deitou sua cabeça em meu colo, fiquei a afagar atrás de suas orelhas, ficamos assim durante um bom tempo.
                        Ao que pensei em voz alta.
                        "- Se tivermos filhos, eles vão se transformar em lobinhos?"
                        Andrew levantou a cabeça, olhando pra mim soltando um grunhido e entortando a cabeça.
                        "- Desculpe, só foi um pensamento alto."  Sorri para ele passando a mão em sua cabeça.
                        A que ao longe ouvimos um uivar, que  fez Andrew se levantar por completo e prestar mais atenção, pensei  "" instinto é instinto"", ele olhou pra mim soltando um grunhido.
                        "- Quer ir lá fora? Você pode ir eu vou ficar bem!"

          Ele ficou olhando-me e lambeu meu rosto, levantei-me ajeitando o lençol ao meu corpo e segui até a porta abrindo-a, ele seguiu para fora e olhou pra mim.
                        "- Vá, eu vou ficar bem!" 
                        Ele titubeou, mas seguiu correndo em direção a floresta, ao que pensei em voz alta.
                        "- Além de um marido, agora eu tenho um lobo de estimação!"  Meneei com a cabeça sorrindo.
                        Após ver Andrew sumir na escuridão, observei em volta e o silêncio predominou quase que ensurdecedor, fechando a porta em seguida.
                       

          Sobre uma árvore próxima um corvo com olhos atentos e perspicazes estavam a observar a cabana atentamente, após Suzan fechar a porta o mesmo alçou vôo sumindo entre a escuridão.
                        



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