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História Reencontro do Destino - Os Sentimentos de Uma Bijuu


Escrita por: Ryuusou

Notas do Autor


Eles ficam surpresos, quando...

Capítulo 2 - Os Sentimentos de Uma Bijuu


Fanfic / Fanfiction Reencontro do Destino - Os Sentimentos de Uma Bijuu

 

Hiruzen, naquele momento, tinha certeza que o seu coração era forte como um touro, para não ter enfartado ao ver um bijuu na sua frente.

Um momento de silêncio se instaurou no recinto, com Naruto olhando um para o outro, arqueando o cenho.

No corredor, próximo do quarto onde Naruto se encontrava, Iruka se lembrava de uma conversa com o Hokage, já que iria lecionar antes do que estava sendo planejado e que dali a três anos, teria Naruto em sua turma, sendo que o jovem era conhecido por pregar peças, sendo considerado por muitos como um garoto problemático e que para agravar, tinha a Kyuubi no Youko em seu corpo.

Na verdade, era para ele partir em uma missão por três anos, antes de ficar em Konoha, lecionando.

Porém, havia se ferido gravemente em uma emboscada com ninjas que brilhavam roxo, de repente, de uma forma estranha e que não morreu, graças a Kakashi, que estava em uma missão ali perto com um grupo e o socorreu.

Normalmente, os ninjas que devia enfrentar, não eram fortes. Tanto, que ele conseguia lutar contra eles, junto com o seu grupo e antes que o seu time e ele, conseguissem finalizar a luta, os poderes deles aumentaram, subitamente, quando brilharam roxo, sendo que ele podia jurar que havia visto uma espécie de mulher estranha, cuja pele era azul claro, com cabelos brancos e roupas colantes na cor preta e vermelha, próximo dali, que depois desapareceu entre as folhagens.

Na missão, ele teve a certeza, absoluta, que era gentil demais e por causa disso, não conseguia matar o seu inimigo. Ele havia achado que seria capaz de matar alguém. Mas, descobriu que não.

Portanto, mesmo não tendo qualquer culpa sobre o aumento de poder súbito deles, Sandaime concordava que ele era gentil demais para uma missão que poderia envolver mortes e que por isso, seria melhor, ele ser professor da academia.

Enquanto estava preso no hospital, o seu grupo partiu na missão de três anos e como estava confinado em Konoha, ficou estudando no hospital as disciplinas que iria ensinar, para ser o melhor professor de todos.

Naquele instante, era inevitável não se lembrar de seu comportamento vergonhoso quando via Naruto na rua, olhando para ele com os mesmos olhos que os outros, pelo menos, até Sarutobi chama-lo a sua sala, para depois irem até o terraço, comentando sobre o início das aulas no próximo ano, até que o Sandaime perguntou para ele, conforme olhava o rosto de Minato na montanha dos Hokages, se ele sabia como era o olhar daqueles que não reconheciam a existência de alguém e a odiavam, também.

Naquele instante, ele não compreendeu a pergunta, até que o próprio Sandaime respondeu que eram olhos assustadoramente frios e que Naruto sempre via tais olhos. Todos o olhavam dessa forma e depois perguntou se ele sabia qual era a dor de nunca ter conhecido os pais, pois, ele, Iruka, havia conhecido os pais e experimentou o amor por algum tempo e que Naruto nunca experimentou o amor de um pai e de uma mãe e falou que com certeza, ele devia chorar todas as noites, não compreendendo o motivo de tanto ódio para com ele, enquanto sentia a solidão o envolvendo como um manto.

Naquele instante, conforme ouvia o Hokage, ele começou a pensar em suas palavras, passando a se recordar de sua infância, após ficar órfão, sendo que ninguém o via e que para lidar com a dor da solidão, ele se tornou um idiota, fazendo os outros rirem dele, sendo assim notado, enquanto que no íntimo chorava em sua casa, assim como Naruto fazia, após pregar peças para que o vissem, sabendo que ele teve sorte ao se reerguer, graças ao Hokage.

Então, ele comparou a sua vida com a de Naruto, que experimentou uma dor mais intensa do que ele e que nunca provou o amor de uma família, com o adicional dos olhos assustadoramente frios, juntamente com o ódio dos moradores. Ele era uma criança, assim como ele já foi, com ninguém reconhecendo a sua existência.

Porém, ele, Iruka, não precisou enfrentar tais olhares e nunca lidou com o ódio dos outros.

Naquele instante, o shinobi se sentiu a menor das criaturas e duvidava que nem mesmo poderia ser chamado de verme, pois, seria uma ofensa ao animal.

Afinal, ele conheceu a dor da solidão, sendo em uma escala bem menor do que a de Naruto.

Portanto, sabia o quanto era dolorido e mesmo assim, quando via Naruto recebendo tais olhares, não o protegeu ou procurou ser seu amigo. Simplesmente, o olhava como os outros, tratando-o pior, do que lhe trataram quando era uma criança.

Naquele instante, prometeu a si mesmo, que seria como um pai para Naruto, pois, era o mínimo que podia fazer. Por isso, estava visitando ele no hospital, após saber do que aconteceu, sentindo muito ódio e nojo ao se recordar de ouvir várias pessoas lastimando-se pelos perseguidores não terem matado o “moleque raposa”, como chamavam Naruto, quando ele foi em um bar, beber algo.

Ele queria agredi-los, mas, seria um professor e queria ser um, para ensinar ao Naruto, para que ele pudesse ter um futuro diferente do dele.

Para a sua sorte, enquanto sentia que em breve perderia o controle, Kakashi chegou e agrediu todos, que nem souberam o que os atingiu, enquanto comentava que eles eram apenas lixos.

Ele olhou para Iruka por um tempo, até que ele pode ver um sorriso em seu rosto, por baixo da máscara, para depois sentar ao lado dele, começando a conversar alguns assuntos e para saber do boato que ele seria um professor da academia.

Ele sai de seus pensamentos, ao se aproximar do quarto de Naruto e quando ia abrir a porta, Kakashi chega e fala:

— Sabia que iria ver Naruto. Eu também vim ver como ele está.

— Eu já superei os acontecimentos. Não sou como os outros.

— Excelente. Vamos entrar.

Então, eles entram e fecham a porta, para depois se depararem com uma cena inusitada.

Uma criança com orelhas e nove caudas felpudas, assim como cabelos alaranjados e olhos vermelhos com presas e garras, estava ao lado da cama de Naruto, sendo que na frente dela estava Sarutobi, cujo cachimbo caiu no chão, demonstrando assim o quanto estava estarrecido.

— Ela estava sendo controlada por um tal de Madara, Jiji. – Naruto fala, até que os três olham para os recém-chegados.

Kakashi tirou o seu tampão do olho, enquanto ativava o seu sharingan, fazendo Kurama tremer de medo e se encolher contra Naruto, pelas péssimas recordações de ver um sharingan em sua vida.

O loiro a abraça e olha com raiva para Kakashi, reconhecendo o sharingan, pois, Kurama lhe ensinou sobre doujutsus, além de jutsus, enquanto estava na mente dele com ela, sendo que Naruto criou uma campina verdejante que recriava o lugar em que ela vivia com os seus irmãos, antes deles serem separados e escravizados, para serem usados como armas.

— Kyuubi no Youko... – Iruka fala estarrecido, até que arregala os olhos e exclama – Se afaste dela, Naruto! Ela é um monstro!

— Monstros são quem escraviza outros seres! Como fizeram com ela e seus irmãos, após separá-los! – o loiro exclama.

— Escravizam... como assim? – Iruka não entende.

Sarutobi, sabiamente, havia erguido um jutsu para abafar o som, assim como, para impedir que outras pessoas entrassem ou vissem algo pela janela, após Kakashi e Iruka entrarem, enquanto que olhava discretamente para um canto do quarto, onde havia uma sombra, fazendo um discreto sinal com a cabeça para que a pessoa com máscara ficasse parada, sendo acatado, prontamente.

— Você sabe o que é viver feliz com a sua família, no meu caso, com os meus irmãos, em família e depois, sermos separados brutalmente um dos outros, ao sermos escravizados, quando fomos capturados, para que pudéssemos ser usado como armas nas lutas dos humanos? Sabe qual é a dor de não ter a sua família, ser presa em uma jaula e ser controlada para causar dor e sofrimento, contra a sua vontade? Sabe como é essa dor? Sabe o que é a revolta? Sabe o que é chorar? Por acaso, você sabe a dor que nós bijuus sentimos? Não somos algo. Não somos uma coisa. Somos seres vivos e temos sentimentos. Ficamos felizes, choramos, temos medo, nos desesperamos e temos esperança. No meu caso, nunca tive. Achei que seria uma escrava para sempre e frente a minha revolta e dor, assim como saudade de meus amados irmãos, nunca procurei baixar as minhas defesas para nenhum humano. Mito tentou falar comigo, mas, nunca quis ouvir. Sentia ódio por causa da dor. Sentia ira por ser privada da minha família. Sentia revolta por ser considerada algo e não um ser vivo com sentimentos. No meu lugar, agiriam diferente? – ela pergunta dentre lágrimas, sendo possível ver a dor e desolação nos olhos dela, demonstrando que estava sendo sincera.

— Eu... eu... – Iruka gagueja, não conseguindo articular nada, assim como Kakashi.

Ambos abandonaram a posição ofensiva e estavam estarrecidos com a explosão dela.

— Eu odiei os humanos. Eu odiei os monstros que me escravizaram. Sim, monstros. É fácil me chamar de monstro. Afinal, sou a temível Kyuubi no youko, a raposa demoníaca de nove caudas. Mas, no meu ponto de vista, os humanos é que são monstros. Para uma lebre, mesmo um cachorro pequeno, é um monstro. – os três ficam surpresos com o que ela falava - Por que a surpresa? Acha que para mim não eram monstros? Monstros que tiraram a minha liberdade e me escravizaram. Não obstante, me controlaram com o sharingan, como se tivessem um prazer doentio de fazer um grande bijuu se curvar como um animal adestrado. Não somos animais. Não somos “algo”. Somos seres vivos e sofremos. Kushina sempre pedia perdão para mim, quando tive que ficar selada com estacas em cima de um globo por causa da gestação dela, sendo que ela não sabia que isso aconteceria comigo, quando o selo se moldasse para a gestação. Minato pedia perdão, também. Nunca quis ouvir. Eram monstros. Eu sentia raiva e ódio. Porém, conforme via humanos se humilhando ao pedir perdão, me tratando como um ser vivo, como alguém que chorava e sentia dor, assim como que possuía sentimentos como qualquer ser vivo, meu ódio foi aplacado. Eu nunca quis sair do selo. Madara usou o sharingan e me controlou. Eu ainda estava desorientada pelo maldito doujutsu. Caso não saibam, controlar um bijuu exige uma carga imensa de controle e por causa disso, a nossa mente fica descontrolada e todos os sentimentos vêm a tona de uma só vez, como se a nossa mente fosse conectada, violentamente e abruptamente, fazendo emergir vários sentimentos. O bastardo nunca se preocupou em dosar. Não precisava usar tamanha violência contra mim. Ele é brutal com o sharingan. Eu estava semi-inconsciente e quando recobrei a consciência e controle total da minha mente e sentimentos, eu estava selada em Naruto, enquanto lembrava-me de tudo o que fiz, principalmente contra os pais dele. Justo eles, que como Mito, me viam como alguém e não algo. Justo eles. Para me redimir ou tentar, ao menos, olhar nos olhos do filho deles, eu sempre protegi Naruto, desde que ele era um bebê. Eles tentaram fazer maldade com ele. Eu sei que estupro é ruim, mas, não sei como se faz ou o que é. Só sei que é algo que machuca, fisicamente e emocionalmente. Portanto, liberava o meu chakra no corpo dele, impedindo que se aproximassem dele, sendo que os seus ferimentos eram curados graças ao meu chakra.

Kurama ainda chorava, sendo que Naruto a abraçava e a confortava.

— Peraí... Minato e Kushina, pais de Naruto. O Minato que fala é... não... não pode ser... Por favor, digam que não é o que estou pensando!

Iruka cai de joelhos no chão, com lágrimas escorrendo de seus olhos, olhando um ponto qualquer, em choque,  enquanto que Kakashi, tampando o sharingan, fala, tristemente, se sentindo a menor das criaturas, por não ter estado presente para proteger o Naruto:

— Isso mesmo. Eles a selaram em seu filho, para salvar a vila, impedindo que Madara a controlasse novamente, pelo visto. Eu pensei que era para detê-la. Mas, na verdade, era para salvar Kyuubi no Youko, de certa forma, ao dar um jinchuuriki a ela, ao mesmo tempo que impediria que ela fosse controlada, novamente.

— Yondaime Hokage... – Sarutobi fala em um suspiro – Ele desejou que seu filho fosse visto como um herói. Se o povo soubesse que tratam dessa forma o filho do grande Yondaime e o que ele esperava da vila, muitos sentiriam vergonha. Outros, não estariam nem aí e continuaram vendo o pobre Naruto como um demônio. Pelo que compreendi, os bijuus são vítimas e tem sentimentos. De fato, é mais fácil culpar um bijuu do que um homem. Afinal, muitos os veem como monstros e é mais fácil culpar os ditos monstros e não os verdadeiros monstros que vivem entre nós e que ousam usar a alcunha de humanos.

Ele pega o charuto e volta a fumar, pensativo, enquanto que Kurama se acalmava, lentamente.

Iruka se levanta, enquanto assimilava o que ouviu, secando as suas lágrimas, após alguns minutos.

Claro que ele sabia que a dívida que tinha era monstruosa com Naruto e que mesmo que se dedicasse a cuidar dele a sua vida inteira, não poderia pagar um décimo do débito que tinha e restaurar a sua honra como homem, sendo que descobriu que o seu ódio pela Kyuubi no Youko sumiu e foi transferido para Madara, que foi o verdadeiro assassino de seus pais e aquele que destruiu Konoha e não Kurama, que foi controlada de forma sórdida por ele, sendo que era apenas mais uma vítima.

De fato, agora ele reconhecia ela era como sendo mais uma vítima e se tivesse passado um terço do que ela passou, teria se revoltado, assim como seria tomado por muito ódio. Os olhos dela transmitiram o seu espirito e o sofrimento que de tão intenso era palpável, por ter que viver por séculos, sendo usada, meramente, como uma arma por conveniência dos humanos ao ser escravizada, a privando de sua liberdade.

Além disso, ela era fofa. Principalmente com as orelhas felpudas e caudas.

Ao seu lado, Kakashi estava pensativo.

Ele sempre soube sobre Naruto e naquele instante, ao saber que ele correu o risco de ser estuprado, seu ódio pelos moradores cresceu e jurou a si mesmo, que usaria Paikuhan e seus outros cachorros, para achar aqueles que surraram e caçaram Naruto como se ele fosse um monstro, para aplicar um genjutsu violento, matando-os pela dor lacerante, pois, assim, a sua raiva iria diminuir, enquanto que se sentia culpado, mesmo sabendo que não tinha como recusar a missão que o afastou por anos da vila, deixando o filho de seu sensei e daquele que via quase como um pai, além de possuir um profundo respeito e admiração por Minato, ser maltratado daquela forma e quase sofrer estupros, além de conviver com a violência e perseguição diárias.

Inclusive, se os ex-Anbus não tivessem ido parar na prisão, ele faria questão de aplicar o seu genjutsu mais torturante, para leva-los a insanidade e posterior morte pela dor lacerante e brutal. Saber que viraram prostitutos de vários homens aplacava a sua raiva para com eles, enquanto que havia decidido que iria se dedicar a treinar Naruto, pois, com certeza, herdou o talento dos pais e se fosse lapidado, seria muito talentoso.

Afinal, ajudar o filho de Yondaime, era o mínimo que podia fazer.

Além disso, tinha que confessar que sentia muita vontade de apalpar uma das caudas da Kyuubi, além de achar ela muito fofinha, passando a se sentir mal, por ver algo tão fofo, chorar.

Mal sabia que esse pensamento era compartilhado por Sarutobi e Iruka.

— Está tudo bem, Kurama-chan. – Naruto fala gentilmente a sua amiga, que se acalma.

— Kurama? – Kakashi pergunta.

— O nome que o pai dela deu para ela e seus irmãos. Cada um deles tem um nome. Os nomes Kyuubi no youko e todos os demais foram dados por aqueles que os escravizaram, pois, eram vistos como algo e não um ser vivo, consciente. Portanto, julgaram que não tinham nomes próprios e que deveriam se sujeitar aos nomes que deram a eles.

— Muitos homens são deploráveis. Há humanos bons. É uma pena que eles são poucos nesse mundo. – Sarutobi fala em um suspiro.

Iruka se aproxima de Naruto e se prostra, sendo algo esperado por Kakashi e Sandaime, que fazem a mesma coisa, surpreendendo o casal.

Então, Iruka fala:

— Quero pedir perdão por exibir olhos assustadoramente frios para você, Naruto. Eu fui um bastardo, assim como os outros. Ainda mais contra uma criança inocente e que, ainda por cima, é filho de Yondaime Hokage, o relâmpago dourado e da pimenta vermelha, Kushina Uzumaki. Os meus atos são piores do que os dos outros, pois, conheci a dor da solidão, assim como sei a dor de ninguém reconhecer a existência de alguém.

— Eu quero pedir perdão, por não ter estado com você, Naruto. Mesmo que eu não pudesse fazer nada em relação a missão, não muda o fato que eu falhei, miseravelmente. Com certeza, Minato-sama, nunca iria falhar com um filho meu, se estivéssemos em uma situação oposta. O pegaria para criar como seu filho, sem pensar duas vezes e daria todo o amparo, a ele. – Kakashi fala cabisbaixo, sentindo muita vergonha por ter falhado com Minato.

— Eu também quero pedir perdão, Naruto. Perdão por não ter notado antes que os ANBUS que destaquei para você eram tão monstros quanto os outros. Não sabe o quanto sinto vergonha, quando olho para o rosto de Minato na montanha dos Hokages.

Naruto fica surpreso, sendo que Kurama seca os seus olhos, enquanto que o loiro fala, sorrindo emocionado:

— Não precisam se curvar. Fiquem de pé, por favor. Não culpo nenhum de vocês. O que importa é o presente. O passado deve ser deixado onde ele pertence.

Todos ficam surpresos, sendo que Kurama sorria feliz, enquanto que os três a achavam mais fofa, ainda, e se controlavam o máximo possível, para não pegarem em uma das caudas dela. De fato, estavam agradavelmente surpresos por ela ser tão fofa. Nunca sequer imaginaram que ela pudesse ter tanta fofura e que era uma garota.

— Durante o tempo que fiquei inconsciente, eu treinei. Kurama está sentindo uma grande mudança no entorno. Um evento drástico em Konoha. Um pouco antes de eu nascer, ela estava agitada, pois, sentia que algo muito ruim aconteceria.

Sarutobi fica surpreso, enquanto que tentava compreender o que ele estava falando.

Claro que há alguns dias, sentia que havia algo de errado, mas, julgava que era impressão sua. Agora que soube que Kurama também havia sentido, sendo que já sentiu algo, antes da noite fatídica que foi controlada por Madara, ele estava começando a ficar preocupado que não fosse impressão sua e que de fato, algo de muito grave estava ocorrendo em Konoha.

Naruto fica de pé e resolve mostrar as técnicas que aprendeu, deixando todos surpresos, sendo que a quantidade de chakra era o esperado.

Afinal, era um Uzumaki e ainda por cima, tinha Kurama, que explicou que o selo foi contornado para permitir que ela saísse, sendo que ambos ainda estavam interligados, compartilhando chakra e que assumiu uma versão filhote, por causa de sua idade, condizente com a do jinchuuriki. Não poderia assumir a forma imensa, surpreendendo eles, até que crescesse, segundo a explicação dela, uma vez que se assumisse a sua forma verdadeira, seria de um filhote.

— Jiji... Como sei usar o jutsu Rank S Kage tori no jutsu (影鳥の術 - técnica dos pássaros da sombra), sendo que para isso precisa usar o Kage bushin no jutsu (影分身の術 – técnica dos clones das sombras), ao fundir os selos, poderia supervisionar o que acontece em Konoha. Eu tenho chakra abundante para fazer isso. Kurama-chan também irá ajudar.

— Essa técnica converte cada um dos Kage bushins em um pequeno pássaro com inteligência e que quando é desfeita, passa o conhecimento e o que viu para você, sendo que precisa haver a fusão de selos, para usar as técnicas simultaneamente. Como conseguiu descobrir essas técnicas? – Sarutobi pergunta, estarrecido.

— A resposta está no que falou. Kage bushin no jutsu. Graças a ele, posso aprender várias técnicas, usando inúmeros Kage Bushins para treinar técnicas diferentes, para depois assimilar elas. É uma pena que só dominei o jutsu Rank S, Kage tori no jutsu (影鳥の術) técnica dos pássaros da sombra) e o jutsu Rank B, Kage bushin no jutsu (影分身の術). – Naruto fala sorrindo, ao lado de Kurama – Minha amiga viveu muito tempo e conhece muitos jutsus. Como sentiu essa ameaça, nos achamos melhor aprender esses jutsus, ideais para espionagem. Se me permitir, poderemos saber o que acontece em Konoha, graças aos milhares de pássaros. Kurama-chan vai criar pássaros, também.

— Sim. – ela fala com um sorriso meigo.

“Dá para resistir a tanta fofura? Não.”— os três pensam ao mesmo tempo, respondendo a própria pergunta deles.

— Concordo, Naruto. Ainda mais por causa do Danzou. Sinto que ele está escondendo algo. – Sarutobi comenta.

— Eu confesso que senti certa inquietação no clã Uchiha, agora que mencionou Danzou e a sensação semelhante ao que Kurama-chan conheceu quando estava no selo. Se eu fosse procurar ou concentrar minha busca, seria na Raiz e nos Uchihas. – Kakashi fala pensativo.

— Os Uchihas são poderosos. Se estiverem fazendo algo, precisamos de provas. – Iruka comenta.

— Concordo com Iruka. – uma voz feminina é ouvida.

Todos, com exceção do Sandaime, ficam surpresos quando Yugao se revela das sombras.

— Yugao? – Kakashi fica surpreso.

Ela tira a máscara e fala:

— Já faz algum tempo, amigo... Eu estou aqui a pedido do Hokage, pois, era a ANBU mais próxima e a nova designada para cuidar do Naruto. Ele me chamou através de um simples jutsu, feito discretamente com uma mão, ao ver a Kurama-chan. Confesso que fiquei feliz em ouvir tudo. Kurama-chan é tão fofa! Nunca imaginei que ela seria uma vitima, assim como os seus irmãos.

Ela fala se aproximando de Kurama, para depois perguntar, hesitante:

— Posso tocar em uma das suas caudas?

A raposa fica sem jeito e concorda.

Ela afaga a cauda e exclama:

— É tão fofinha! É como imaginei! É mais macio do que seda! Sugoi (incrível)!

Sandaime, Kakashi e Iruka se entreolham, sendo que em poucos minutos, cedem ao seu desejo e apalpam as outras caudas dela que começa a rir, os surpreendendo, sendo que ela fala que faz cócegas.

Eles param, enquanto acharam ela ainda mais fofa, sendo que Naruto não compreendeu o motivo de não ter gostado, quando os homens acarinharam a cauda de sua amiga. Quando a mulher tocou uma das caudas dela, ele não se importou.

Porém, quando os homens tocaram na cauda dela, ele se sentiu, demasiadamente, incomodado, embora não compreendesse o motivo de não gostar que homens tocassem em Kurama.

Então, após combinarem, sendo que Hiruzen o levaria até a casa dos pais dele, assim como daria acesso a ele aos jutsus, Kakashi iria ajuda-lo, assim como Iruka, enquanto que Kurama e os outros dois o treinariam, sendo que descobriram, enquanto conversavam que ela parecia tão inocente quando uma criança, principalmente em vários aspectos, enquanto tinha a sabedoria secular de jutsus, sendo um contraste fascinante ao ver deles.

Eles descobriram, também, que ela podia ocultar as orelhas e caudas, desde que não precisasse usar muito chakra e graças a isso, podia se passar por uma humana.

Em um dos campos de treinamento, Naruto e Kurama usaram o jutsu Rank S, espalhando inúmeros pássaros pequenos, ao transformar os Kage bushins, inclusive dela, em pequenos pássaros que pareciam reais, para reunir informações.

Normalmente, a exigência de chakra do jutsu, já que eram dois jutsus Rank S, exigia demasiado chakra. Normalmente, mesmo os jounnins, conseguiam criar apenas dois. Um Kage podia criar três. Graças a ele ser um Uzumaki e também jinchuriki, recebendo chakra da Kurama e vice-versa, o casal criou inúmeros pássaros.

— Agora, é questão de tempo. Mas, acho que em breve, teremos algo. Graças a localização da Raiz, alguns vão conseguir se infiltrar, ativando o modo oculto, para se esconderem nas sombras. – Naruto fala feliz.

— Não aguento mais ser o último a saber ou então, ter que aceitar as explicações de Danzou. O conheço desde jovem e sei quando o bastardo mente.

— Se me permite falar, os Conselheiros não prestam, também – Kakashi fala.

— Eu sei... – ao ver a mudança em Naruto, ele questiona a si mesmo senão era o momento de pensar em algo.

Afinal, os conselheiros impediam tudo o que ele fazia, relacionado ao bem estar de Naruto. Tudo o que queria fazer pelo filho de Minato, era criticado e barrado pelos conselheiros.

Porém, para isso, eles precisariam de algumas pessoas em locais certos e como se lesse os pensamentos dele, Kakashi sorri, sendo que ambos se entreolham como se estivessem fazendo um acordo mutuo silencioso.



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