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História Reencontro do Destino - Raposas e Sapos


Escrita por: Ryuusou

Notas do Autor


Antes da final do exame chuunin, Naruto decide...

Jiraya fica surpreso, quando...

Capítulo 20 - Raposas e Sapos


Fanfic / Fanfiction Reencontro do Destino - Raposas e Sapos

Shion e Taruho, seu guarda-costas, conseguiram alugar uma casa em Konoha, sendo que ele arranjou trabalho. Shion também queria arranjar algum bico ou algo assim, mas, Tahuro negou a ajuda, dizendo que ela era jovem e devia se dedicar a estudar, uma vez que não precisava mais ficar confinada em um templo.

Karin estava morando ao lado de Shion e as duas se tornaram grandes amigas, sendo que estudavam juntas.

Naruto e Kurama, assim como os seus amigos, faziam um treino árduo para a fase final do exame, sendo que o casal tirou um tempo para se encontrarem com Jiraya (自来也), já que ele ainda estava na vila.

O loiro sabia o local onde provavelmente estaria e acertou, pois, viu o sennin pervertido, escondido dentre as árvore, próximo de termas femininas e exibia um sorriso bobo no rosto.

Ele fala a bijuu, a detendo próximo de onde estava:

— Vou ver o meu “querido” padrinho. Por favor, espere aqui.

— O que ele está fazendo, Naruto-kun? Por que sorri de forma boba? - ela pergunta com uma face no mínimo fofa para o loiro.

— Está observando os pássaros. Ele adora pássaros, sabe?

— Entendi. - ela concorda, sorrindo meigamente.

Ele se aproxima do sennin pervertido, que estava tão envolvido em olhar as mulheres nuas, que não percebe a aproximação do afilhado, apesar de que, em uma situação que ele não estivesse distraído, não poderia localizá-lo, pois, Naruto treinou o suficiente, para se aproximar furtivamente de sua presa, sem que a mesma percebesse a sua presença, com exceção de um tipo sensor, que poderia rastrear o chakra dele, por mais que suprimisse o seu chakra e qualquer intenção para com o seu alvo.

Ele se posiciona, lentamente, atrás do sennin e junta os dois dedos da mão, concentrando o seu chakra na ponta, para depois exclamar:

— Konohagakure Hiden Taijutsu Ōgi: Sennen Goroshi (木ノ葉隠れ秘伝体術奥義・千年殺し, Taijutsu Secreto da técnica suprema de Konohagakure: Mil Anos de Morte)!

O sennin grita de dor, pondo a mão em sua bunda, enquanto voava até cair dentro da terma.

Então, tudo o que se ouve são os gritos das mulheres, para depois elas se armarem com tudo o que tinham próximos de suas mãos, sendo que algumas eram kunochis.

Naruto vê, enquanto sorri malignamente, o sennin, mancando, fugindo de vários objetos, muitos afiados, além de shurikens e kunais, enquanto tentava se proteger, até que em uma curva, ele usa um jutsu doton, o Doton - Dochuu Eigyo no Jutsu (土遁・土中映魚の術), entrando no solo, conseguindo assim escapar do grupo de mulheres furiosas, que desejam tirar o couro dele, literalmente falando.

O grupo que o perseguia ficou frustrado, sendo que Naruto observou atentamente o local que ele fugiu, conseguindo avistar ele longe dali, vendo o mesmo se dirigir a uma das áreas verdes de Konoha, sendo que fica satisfeito ao ver que ele ainda mancava.

Naruto se afasta dali, voltando para a bijuu, que pergunta preocupada:

— O que houve, Naruto-kun? Eu ouvi a voz do seu padrinho.

— Ele acabou escorregando e caiu em cima de vários objetos, que pertenciam a algumas pessoas que ficaram iradas com ele e o perseguiram, atirando objetos nele.

— Bem, qualquer um ficaria nervoso se tivesse os seus objetos quebrados. - ela fala pensativa.

— Vou me encontrar com ele. Poderia esperar alguns minutos, antes de ir até nós?

— Claro. Mas, por quê?

— Quero falar algo em particular com ele, rapidinho.

— Tá. Pode deixar, Naruto-kun. - ela fala sorrindo meigamente, com ele resistindo a face fofa de sua namorada.

Ele a beija, para depois se afastar dali, rapidamente.

Não muito longe dali, Jiraya tentava se refazer da dor do Konohagakure Hiden Taijutsu Ōgi: Sennen Goroshi, quando Naruto aparece ao lado dele, o surpreendendo, sendo que ele fala:

— Hiruzen contou sobre as suas reais habilidades. Foi você que se aproximou de seu padrinho e fez isso? - ele pergunta, chateado.

— Depois que você e Tsunade, não cumprirem com as suas obrigações de padrinhos, me deixando nessa vila para sofrer, apenas porque, você queria continuar sendo um pervertido e ela na jogatina, ainda reclama? Mesmo agindo como espião, poderia me deixar em um lugar seguro, enquanto espionava. Poderia dar algum jeito. Se bem, que ela teria mais disponibilidade do que você. Meus pais devem se arrepender, amargamente, no Outro mundo, de terem elegido vocês meus padrinhos. - ele fala, estreitando os olhos para Jiraya, que fica cabisbaixo.

— Você tem razão. Nós falhamos com os seus pais e com você. - ele fala em um suspiro - De fato, não posso achar ruim o seu ato para comigo.

— Que bom que entramos em um acordo sobre isso. Vim alertá-lo para não falar nada impróprio, assim como para conter a sua mão pervertida, pois, virá uma garota e ela é a minha namorada. Ela é totalmente inocente e meiga e eu desejo que seja assim. Portanto, tente agir de maneira imprópria ou falar algo impróprio, que garanto que irá experimentar a pior dor que já sentiu na vida.

Ele olha para Naruto e vê um olhar homicida, com toques de insanidade, sendo um olhar que o aterrorizou mais do que tudo e quando o sorriso do loiro não chega as orelhas, sendo um sorriso demoníaco, ele sente que quase perde o controle dos seus esfíncteres, enquanto suava frio, confirmando com a cabeça, uma vez que Naruto estava simplesmente, aterrorizante. Ele engole em seco, várias vezes e confirma com a cabeça, pois, tinha amor a sua vida. Se fosse escolher entre enfrentar Tsunade e Naruto, preferia enfrentar a fúria de Tsunade.

Afinal, com ela ficaria vivo. Quanto em relação ao loiro, tinha sérias dúvidas.

— Pelo visto, não é suicida e nem louco.

— Não sou nenhum dos dois, Naruto.

Ele se levanta e se ajeita, sendo que alguns minutos depois, uma jovem de cabelos laranjas com olhos vermelhos, aparece na frente do sennin, sendo que sorria meigamente, com ele achando ela muito fofa e meiga.

Automaticamente, seu corpo começa a reagir por ele ser um pervertido há muito tempo, até que se lembra do aviso e do rosto do loiro, fazendo o mesmo refrear o seu lado pervertido, enquanto cumprimentava a jovem, perguntando:

— Qual o seu nome?

— Kurama. - ela fala com um sorriso meigo.

“Que fofa... tão meiga...”.

Ele começa a olhar abobado para ela, até que um rosnado baixo de aviso de Naruto é ouvido pelo mesmo, que sente o sangue gelar nas veias.

— Está tudo bem, Naruto-kun? Você rosnou. - Kurama pergunta preocupada.

— Apenas estava limpando a garganta, Kurama-chan.

Ela sorri, acreditando no que o seu amado disse.

— Vamos para um lugar mais reservado. - o loiro fala.

Então, Jiraya segue o casal, reconhecendo que estavam se aproximando de uma floresta com várias armadilhas, ficando surpreso ao ver que eles evitavam armá-las, facilmente.

Eles pousam em um lugar, após saltarem pelos galhos, com Jiraya olhando em volta, reconhecendo como sendo um campo de treino. O sennin olha para trás, pois, sabia que havia alguns Anbu Ne os seguindo, sendo que o loiro fala, como se lesse o pensamento dele:

— O desgraçado do Danzou, há muito tempo, tenta nos rastrear com a Anbu Ne. Desnecessário dizer que já ganhamos experiência em despistá-los. Caso isso não funcione, eu adoto outras medidas mais energéticas, digamos assim. - ele fala o final com um sorriso maligno.

Jiraya olha o sorriso e já imaginava o que ele fazia com os Anbu Ne. Na verdade, ele não queria imaginar em mais detalhes, o que ele fazia com eles.

De fato, segundo o que Kakashi falou, Naruto mudou naquela missão e o canino branco se lastimava por não ter sido ele a entrar naquele local e não o loiro.

— Eu imagino. Bem, o que queria me mostrar?

O loiro faz vários selos complexos na área, sendo que após finalizar, Jiraya sente que o ar pareceu ficar mais denso em volta deles, com ele tendo a sensação de que uma espécie de manto invisível se erguia sobre eles. Era uma sensação vívida e forte.

— Toda essa área se tornou impossível de ser rastreada. Se alguém olhar para esse local, verá apenas a floresta. É um jutsu de distorção temporal. No clã Uzumaki, somente os mais poderosos conseguiam executar tal técnica e só tiveram sucesso em destruir o meu clã, pois, devido a inúmeras guerras, haviam sobrados apenas alguns Uzumakis com essa habilidade e estes foram os primeiro a serem assassinados, provavelmente. Há em pergaminhos que foram ocultados, uma narração da invasão, até certo ponto. Eu sei que foi a Anbu Ne que fez o ataque mortal, se aproveitando do fato de que a vila estava enfraquecida. Eles sabiam onde e como atacar, ao contrário das outras vilas.

— Eu já desconfiava disso. Hiruzen também. Mas, ele estava de mãos atadas. A Anbu Ne são como ratos. São ratos que vivem no subsolo e que já tomaram Konoha. Não seria algo simples, atacar Danzou, embora ele tenha perdido influência com a morte dos conselheiros mais antigos.

— Se Danzou for eliminado, os ratos irão perder o seu líder. Ele os controla com mãos de ferro e como eles não possuem vontade própria, são incapazes de se organizarem sem ele. Ele se preocupou tanto de tornar a Anbu Ne poderosa, que fez a mesma ter um ponto fraco mortal. Ou seja. Ele mesmo. Sem o seu líder, ficariam vulneráveis e se ele percebeu esse ponto fraco mortal que ele mesmo representa, deve ter pensado em fazer alguma coisa para se tornar poderoso, conseguindo proteger por si mesmo, caso a sua escolta caísse perante o inimigo. Hiruzen poderia ordenar um ataque, após limpar a própria Anbu e outros jounnins, da infestação de ratos dentre eles. Ou seja, espiões da Anbu Ne.

Jiraya está surpreso por ele saber tudo isso, sendo que o loiro fala, arqueando o cenho:

— Quem disse que é o único espião aqui? Eu quero justiça para com o meu clã. Eu e meu tio, Kazuma.

— Então, era isso que queria falar comigo? - Jiraya pergunta, arqueando o cenho.

— Não. Kurama-chan? - ele olha para a ela, sorrindo.

Jiraya vê a jovem sorrindo, acenando positivamente com a cabeça e o sennin fica surpreso ao ver um par de orelhas e nove caudas felpudas alaranjadas surgindo, sendo que as orelhas fazem um som fofo, ao ver dele, quando se mexem.

Então, após a surpresa, o sennin pervertido acha Kurama mais fofa ainda e de fato, tem vontade de pegar as orelhas e caudas felpudas dela, sendo que a face meiga, apenas adicionava mais fofura, enquanto questionava o que ela era, pois, não conseguia associá-la a Kyuubi no Youko.

Então, vê Kurama brilhar alaranjado, para depois o corpo ser envolto pelo brilho, que fica maior e revela uma enorme raposa de nove caudas, com ele ficando boquiaberto, murmurando:

— Kyuubi no youko?

— Não. Esse nome foi o que os humanos deram. Ela se chama Kurama-chan. Foi assim que o pai dela, Rikudou sennin a chama, sendo que os demais filhos dele têm os seus próprios nomes. – o loiro fala com as mãos no bolso.

Então, Kurama abaixa o focinho, se aproximando de Jiraya, que acaba tocando, sentindo a maciez do pelo que parecia ser feito da mais pura seda, para depois a bijuu voltar a forma semelhante a humana, ocultando as suas orelhas e caudas.

— Isso é incrível... Ela não está atacando.

Naruto explica sobre Kurama e Jiraya se sente muito mal, por considerar ela um monstro, em vez de considerar como monstros, aqueles que a aprisionaram, a reduzindo a uma mera escrava, que era uma ferramenta, privando-a da liberdade, enquanto a usavam para o seu bel prazer, ao utiliza-la como arma em diversas batalhas. Se ele passasse um terço do que ela passou, também ficaria revoltado e com muito ódio da humanidade como um todo. Não era certo culpa-la, enquanto que os verdadeiros culpados eram Madara e os outros, que a usaram como desejaram.

De fato, era mais fácil chamar um bijuu de monstro, do que aqueles que eram verdadeiros monstros, sendo estes humanos e não duvidava que se soubessem da forma humana, usariam o sharingan para ela assumir uma forma humana, a fim de estuprarem ela. No caso, Madara e qualquer outro com sharingan, para subjuga-la, reduzindo-a a uma escrava. Ashura fez bem em pedir para não demonstrar a forma humana a ninguém, após o pedido de Rikudou. Ashura somente fortaleceu o pedido e fez os bijuus prometerem.

— Se eu passasse um terço do sofrimento e dor que você vivenciou, seria muito revoltado e sentiria ódio da humanidade.

— Eu sentia isso no passado. Agora, tudo o que quero é viver em paz com o Naruto-kun em algum momento do futuro e se puder, com os meus irmãos juntos. - ela fala com um imenso sorriso, abraçando o loiro, que corresponde.

— No mundo atual que vivemos, é impossível, Kurama-chan. O ciclo do ódio no mundo é muito poderoso. Essa corrente não pode ser quebrada, facilmente. Eu também sonho em um dia sermos unidos e que esse mundo viverá em paz. É o meu sonho, embora muitos vejam como uma utopia, impossível de ser realizada. Mesmo assim, eu procuro tentar mudar um pouco, através dos livros.

— Você é escritor? - ela pergunta animada.

— Sim. - ele mexe no seu haori, para depois estender um livro - Esse foi o meu primeiro livro. Nunca fui muito famoso, a não ser com as versões atuais dos meus livros.

Jiraya nota o olhar do loiro e fala:

— É um livro antigo. Não se preocupe. Foi só depois dele que mudei.

Kurama folheia o livro e Naruto pede o mesmo, com ela emprestando, sendo que folheia e fica aliviado em ver que era um livro aceitável para a sua amada ler. Não havia nada que poderia acabar com a inocência fofa dela.

A bijuu guarda o livro, falando que iria ler depois, sendo que pediu um autografo a Jiraya, que autografou o livro.

— Imagino que não queria me mostrar, apenas, a verdadeira identidade da Kurama-chan.

— Não. Meus pais devem ter confiado algum pergaminho com as suas técnicas para você.

Jiraya suspira e fala, sorrindo orgulhoso:

— Seus pais sentiriam orgulho de você. De fato, os seus pais deixaram todas as suas técnicas escritas em um pergaminho que confiaram a mim, sendo que no momento certo eu deveria entregar a você. Vejo que chegou o momento de entregar a você. Dentre elas, tem o hiraishin e o rasengan.

— Eu já domino ambos. Estou interessado em outras técnicas.

— Já domina ambos? - ele olha o local mais atentamente e vê kunais ocultas, sendo que tinham papeis.

— Eu inclusive aperfeiçoei o hiraishin e estou aperfeiçoando o rasengan. Mas, evito mostrar. Quero surpreender o meu oponente.

— Seus pais sentiriam tanto orgulho de você. Eu sinto orgulho de você. - Jiraya fala, sorrindo, olhando de forma orgulhosa para o seu afilhado.

Ele faz selos, rapidamente, com a mão, após fazer um corte no dedo, batendo com a palma no chão, surgindo um circulo que se propaga para o lado, para em seguida, uma fumaça e após a mesma se dispersar, revela um sapo alaranjado que abre a boca, com Jiraya tirando um pergaminho dentro dele, para depois entregar ao loiro, que pega um pergaminho pequeno e abre, apoiando o pergaminho maior no pergaminho menor, de pé, fazendo selos rápidos, para depois bater com a mão no pergaminho menor.

Então, surge um selo embaixo do pergaminho maior, o tragando para o pergaminho menor, como se afundasse, para depois ele recolher o pergaminho menor, fazendo um corte no dedo e passando em um símbolo que surgiu no mesmo que brilha, para depois, o loiro guardar dentro da roupa.

— Pelo visto, andou estudando vários pergaminhos do seu clã. Eu sempre via eles fazendo isso, sendo que muitos fuuin jutsus deles, nunca foram revelados, pois, eles guardavam muito bem os seus segredos.

— Danzou deve ter ficado irado, quando não conseguiu colocar as mãos nos jutsus do meu clã. Ele pensava em usá-los contra os bijuus.

— De fato, ele deve ter ficado furioso. Mas fico feliz em saber que ele se ferrou, ao menos, de certa forma, pois, o outro motivo, além de neutralizar o seu clã, era roubar os jutsus deles. No final, ficou sem qualquer jutsu.

— Sim.

Então, quando Jiraya ia oferecer o contrato dos sapos para Naruto, a atenção deles é quebrada por uma nuvem de fumaça, surpreendendo eles, até que a mesma revela uma raposa de pêlos cinzas, sendo possível notar que era idosa e que usava uma espécie de manto, enquanto era possível ver as suas nove caudas que repousavam placidamente atrás dela, com a mesma de pé, se apoiando em um cajado nodoso, cuja ponta lembrava uma lua crescente em posição horizontal.

Ela olha para Kurama e pergunta, respeitosamente:

— É Kurama-sama, certo?

— Sim.

— A lendária raposa de nove caudas? Filha de Rikudou sennin-sama?

— Isso mesmo.

— Ele é seu jinchuuriki, correto? - a raposa idosa aponta para o loiro.

— Sim, senhora. Por acaso, eu a conheço?

— Não. Eu me chamo Yue. Sou a sennin das raposas. Nós viemos oferecer um contrato a você, Naruto, jinchuuriki da lendária Kurama-sama. Nós precisávamos ter certeza da verdadeira identidade de Kurama-sama, antes de oferecemos o nosso contrato, assim como do modo como ela é tratada por você. Daqui a uns dois anos, quando for mais velho, iremos treiná-lo usando senjutsu e o estilo de luta das raposas. Eu irei treiná-lo, pessoalmente.

“Claro que há outro motivo, jovem. Mas, ainda não é o momento para revelar.”— a raposa anciã completa em pensamento.

— Já tinha ouvido falar do contrato das raposas. É raríssimo ter esse contrato. - Jiraya comenta surpreso.

— É que não deixamos o nosso contrato com ninguém, ao contrário dos sapos, já que o pergaminho que está em suas costas é o contrato de invocação dos sapos que aceitam todos aqueles que fazem contrato com eles. Nós escolhemos aquele que iremos oferecer o contrato e cabe a este nos aceitar. Somos mais seletivos. Por isso, muitos consideram o contrato com as raposas, uma lenda.

— Eu aceito fazer o contrato com as raposas! - o loiro exclama animado.

— Ótimo.

A raposa fica sentada nas pernas traseiras e as suas patas que eram como mãos, por causa dos dedos das patas alongados, usa para fazer um selo, fazendo surgir um pergaminho ao seu lado, que flutua, quando Yue brilha, com o mesmo abrindo na frente do loiro.

— Há aquelas invocações básicas, que quase tudo mundo tem e aquelas que são raras. Normalmente, as raras vêm a partir da escolha deles.

— Devo escrever o meu nome com o meu sangue?

— Sim. Aqui. - ela aponta com os dedos da pata alongados.

Ele escreve o seu nome e o contrato desaparece em uma fumaça, com Yue falando:

— Quando precisar, basta fazer um corte e fazer os selos necessários, para que um de nós apareça. Com o tempo, poderá invocar mais de um, simultaneamente.

— É uma pena que não possa fazer o contrato dos sapos, como o seu pai fez. - Jiraya comenta chateado, olhando para o seu pergaminho.

Yue nota o olhar dele e fala:

— Não vejo porque não podemos dividi-lo, por assim dizer.

— Dividir o Naruto-kun? Como assim? - Kurama pergunta curiosa.

— Pode ser feito dois contratos. Alguns de nós, seres de invocação, podemos aceitar um segundo contrato. Nós, raposas, não temos problema quanto a isso. Portanto, não há qualquer objeção em um segundo contrato.

— O que acha, Naruto? - Jiraya pergunta esperançoso.

— O meu pai tinha esse contrato?

— O seu avô materno também tinha contrato com eles.

— Então, eu aceito.

Nisso, é feito o procedimento e Jiraya pergunta:

— Como é feito nesses casos?

— Basta a pessoa se concentrar em qual ou quem deseja invocar. O ideal nesses casos é ele conhecer a maioria dos seres que habitam a vila do qual ele tem contrato, para que possa haver uma maior distinção, no momento que usará kuchyouse. - Yue fala, calmamente.

Então, ele abre o pergaminho e Naruto escreve o seu nome, com o seu sangue, para depois o sennin fechar o pergaminho.

— Precisaríamos de uma kuchyose reversa. - Jiraya fala.

Yue faz surgir um pergaminho de suas chamas azuladas e o mesmo desparece, com ela falando:

— Enviei uma mensagem a Fugaku-san. Ele irá realizar a kuchyose reversa com vocês. Quando for teleportado para o Monte Myoboku, Kurama irá segui-lo. A kuchyose só invocará você, Naruto e Jiraya.

Então, antes que falassem algo, eles desaparecem em fumaça e com Kurama é a mesma coisa, enquanto que a sennin das raposas, fazia um sinal de selo e sumia em um turbilhão de chamas azuladas.

Um minuto depois, que Jiraya e Naruto chegaram ao Monte Myaboku, Kurama aparece ao lado do seu amado, com ambos dando as mãos, enquanto conheciam os montes e os sapos.

Gamabunta, o líder dos sapos, fica surpreso ao saber que Naruto havia feito um contrato com as raposas, que eram extremamente criteriosas na escolha de seus invocadores, por si mesmas, que decide testar o loiro, falando, após eles conhecerem os dois filhos dele, que ainda eram pequenos:

— Então, pensa em me invocar? Saiba que não será fácil. Duvido que consiga ficar em cima de mim.

— Quer apostar que consigo? - Naruto pergunta, sorrindo confiante.

— Vejo que tem confiança, garoto. Mas, saiba que não será fácil.

Então, em um piscar de olhos, o loiro está na cabeça dele e fala:

— Eu já subi.

— Seu insolente... - ele fala, aspirando um pouco mais do seu imenso cachimbo, para depois começar a saltar pela floresta adjacente ao monte.

— Ganbare, Naruto-kun! - Kurama exclama animada.

Após alguns minutos, Naruto fala:

— É tudo o que pode fazer, Gamabunta?

— Acha mesmo que pode ficar em cima do grande Gamabunta, moleque insolente?

Então, ao longe, todos observavam a disputa, enquanto que Naruto ficava facilmente em cima da cabeça de Gamabunta, sendo que Fugaku se aproxima e fala, sorrindo:

— Vejo que já começou o teste.

— Sim.

— Naruto-kun vai conseguir! - nisso, as orelhas e caudas felpudas aparecem, com ela abanando animadamente.

— Recebi a mensagem de Yue-san. Quando o teste terminar, vocês serão levados ao Vale das raposas, um lugar com um vale e montanhas. No caso, só Naruto e Kurama. Você, Jiraya, não possui contrato com eles. Portanto, não pode ser invocado. Além disso, eles somente permitem aqueles que têm contrato com eles, a pisarem no local onde eles vivem. Youko-sama é a líder das raposas. Gamabunta sempre perde no shouji contra ela. São amigos e rivais de infância. O Vale delas não fica longe daqui.

Então, quase dois dias depois, com Kurama comendo tranquilamente a comida dos sapos, achando exótica, Gamabunta se cansa, enquanto que Naruto estava sentado tranquilamente e fala:

— Consegui ficar em cima de você. Então, ganhei o direito de ficar em cima de você, após convoca-lo, certo?

— Sim. Você é incrível. Ninguém jamais ficou tanto tempo assim em cima do líder dos sapos. Inclusive, nenhum dos que subiram em meus ancestrais, conseguiram essa proeza.

Então, Naruto salta para o chão e abraça Kurama, com eles se beijando, enquanto a cauda dela os envolvia, até que Fugaku pigarreia e fala:

— Há outro sapo que devia conhecer, Naruto. Ele pode ser muito útil.

Ele segue Fugaku e avista um sapo enorme, sendo que havia baldes e pelo cheiro, tinha sake neles.

— O nome dele é Gamameitei ( 酩酊 - meitei – bêbado). Ele sabe o estilo de luta Suiken (punho bêbado), juntamente com o nosso taijutsu. Ele também tem uma kodashi, que é uma espada curta. Ou melhor, duas. Quanto mais bêbado, mais poderoso.

— Por isso ele fica embriagado o tempo inteiro.

— Sim. Bem, creio que é hora de vocês partirem. Você precisa conhecer todas as raposas do vale, para saber qual convoca-la. Assim como nós, elas usam ninjutsus, embora tenham todas as chamas azuladas de berço, assim como muitas tem a neve, ao nascerem.

Ele conhece todas as raposas e depois, a líder deles, uma imensa raposa alva de nove caudas e orbes azuis, sendo que usava um manto e tinha uma espada japonesa na cintura.

— Lhe apresento, Youko-sama, nossa líder há mais de mil anos. Dentre as suas habilidades, ela pode usar o raro elemento madeira, além dos tradicionais, chamas azuis e neve. Ela também pode usar outros ninjutsus.

A imensa raposa olha para o loiro e depois, quando os seus olhos pousam em Kurama, ela se curva, levemente, em sinal de respeito, com o seu gesto sendo seguido por todos, enquanto Kurama corava com o ato, com loiro achando ela linda quando corava.

— Fico feliz em ver que Kurama-sama está bem. Estávamos em dúvida se devíamos ou não fazer o acordo com você, pois, era um jinchuuriki. Outros fatores nos inclinavam a fazer o pacto com você, mas, não nos sentíamos bem, por causa do fato dela estar selada em você. Mas, notamos que não é como os outros, que pretendiam usá-la como arma, inclusive tentando extrair o chakra dela, em busca de poder. Portanto, estamos bem mais confortáveis, por assim dizer.

— Que outros fatores são esses?

— Prometemos contar, quando chegar o momento. Por enquanto, não.

Talvez fosse pela forma imensa dela ou então, pela áurea de puro poder e sabedoria que ela exalava que a tornava diferente de Gamabunta, que parecia intimidar, sendo que com ele, não era o suficiente e por causa disso, subiu tranquilamente nele. Agora, em relação à raposa imensa, talvez por sua imponência e puro poder que exalava, não conseguia se imaginar em cima dela. Teria sérias dificuldades em subir nela, caso a invocasse no campo de batalha.

Eles conversam sobre os tipos de raposas, habilidades e outros assuntos de interesse ao Naruto, com o mesmo passando a conhecer todas as raposas, para depois, Yue usar kuchyose reversa, sendo que estava na mesma floresta que Naruto e Kurama apareceram, sendo que Jiraya os esperava, junto de Fugaku, que após se despedir, retorna ao Monte Myaboku.

Então, Jiraya se despede do casal, pois, iria partir em uma missão, sendo que o loiro falou de Kabuto e do comportamento estranho dele, assim como comentou sobre o fato dele cheirar a cobra, alarmando o sennin.

Nesse interim, a vila amanhece com uma notícia no mínimo chocante.

Hayate, o juiz da segunda fase, aparece morto no topo de um telhado e uma investigação é aberta, enquanto que próximo dali, Kabuto sorria ao ver que o plano de Orochimaru, em conjunto com Danzou, estava correndo como planejado, pois, Danzou albergava o titulo de Hokage e para isso, aceitou se unir, novamente, a Orochimaru, como foi no passado.

Próximo dele, Jiraya usava as suas habilidades de espião e o seguia, sem que Kabuto percebesse.

No subsolo de Konoha, mais precisamente no escritório de Danzou, ele lia os relatórios dos Anbu Ne que enviou ao país do demônio e achou estranho as habilidades de Naruto, já que as suas habilidades eram tidas como inferiores e achava que as habilidades de Shion ajudaram na batalha e por isso, houve tal resultado.

Afinal, não acreditava que um fracassado como o Naruto, tivesse poder e habilidade, ainda mais considerando o fato de que Kyuubi no Youko odiava a humanidade e o mesmo teria dificuldades em usar o chakra dela.

Porém, ao pensar melhor, julgou que o Uzumaki demonstrou um nível elevado, não para os padrões de um Anbu, a seu ver, mas, simplesmente, um nível não condizente com ele. Confessava que queria saber aonde ele conseguiu tais habilidades, julgando que talvez fosse as habilidades herdadas do pai dele, que era tido como um gênio na academia, com a mãe dele conseguindo excelentes notas e uma boa colocação.

Por mais surreal que fosse tal pensamento ao Danzou, considerando a mediocridade de Naruto, ele decidiu não arriscar, pois, o Uzumaki podia ter despertado, tardiamente, a genialidade do pai. Essa era uma hipótese plausível. Danzou precisava ter certeza se ele era um gênio ou um idiota.

— Preciso saber como a nossa arma, o moleque raposa conseguiu tal nível, não condizente com a sua ficha. Não acho que, somente com o treinamento de Kakashi, quando fazia parte do time dele, o moleque conseguiria tal nível. Parece que a jovem chamada Kurama, também possuí um nível considerável. Isso é preocupante. Se bem, que pode ser exagero. Mas, não vou arriscar.

Então, após falar consigo mesmo, tomando uma decisão, ele chama alguns Anbu Ne e ordena que passem a investigar, mais atentamente, Naruto. Não lhe interessou Kurama, pois, segundo o registro, ela tinha Uzumaki em seu sobrenome, sendo que foi resgatada de um ataque de bandidos, segundo a ficha dela.

Após dar as suas ordens, ele passa a sentar e começa a ler os relatórios de outras pessoas que estavam em observação.



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