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História Reencontro na escuridão - Stella


Escrita por: MiaaSLTRA

Notas do Autor


A inspiração veio não sei de onde nem como. Mais foi num momento de crise. Digamos que são lágrimas de uma alma confusa. Eu disse, confusa.

Capítulo 1 - Stella


Era Noite. Como deve ser a noite. Vazia, escura, misteriosa, silenciosa, com aroma de medo a cada sombra, e arrepios a cada ruído. Noite, assim ela é.

Stella. Cabelos negros, olhar profundo, pensamentos distantes. Quem era ela? Nem ela sabia. Deitada no sofá do seu apartamento, olhando para o teto. Tédio. Náuseas. Confusões.

Só se lembrava de uma coisa: O naufrágio.

Aquelas aguas estavam calmas demais para serem de verdade. As ondas estavam tao harmônicas que ate dava sono. Deus, Física, quimica, forças superiores, destino, acaso... Não havia explicação aparente. O fato era que o vento não soprava. Deixando tudo em paz, zen. Stella, nome que recebera da sua mae quando deu a luz, sob uma árvore, olhando as estrelas. Cenário lindo, porem não para aquela situação. Stella, estrela, luz, brilho... No meio de um mar, calmo demais, sem vento. Aquilo estava muito bom. Aquilo era a única coisa que ela precisava. Estava no barco certo, no mar certo, o vento estava soprando certo... Havia algo mais que pudesse exigir? 

Pobre garota inocente. O tempo passa menina, passa que você nem vê. Passa dançando, uma valsa suave, com perfeita sintonia com o universo. O tempo não passa sozinho. Ele passa transformando tudo o que se foi feito...

O vento começa a soprar! Estranho! Estava tudo tao calmo. Sopra. As ondas no mesmo ritmo. O barco no mesmo compasso. O coração de Stella também. Como se esquecera? Menina do nome estrelar, que estavas em alto mar? E o mar nunca deixaria de ser mar? Tudo tende a ser o que lhe foi feito. E o mar volta a ser mar. Furioso, querendo libertar-se.

Stela olha para o horizonte. Vê o infinito. E, junto com o infinito, dúvidas, muitas duvidas. Isso vai sessar? Sera apenas mais uma tempestade?

Barco certo... Mar certo... Vento soprando certo...

Pessoa certa... Vida certa... Tudo ocorrendo certo...

Mais o vento sopra forte, o mar se agita, e o barco simplismete vira...

Não foi o fim

Foi, uma vírgula, ou reticencias...

Uma sobrevivente.

Stella, num sofá negro, numa noite negra... Repassa todos os acontecimentos de sua vida. Tudo que já teve, tudo que pensou ter e não tinha. Seu café que estava numa xícara ao seu lado esfria. Seu coração também. E a noite, em sintonia.

Onde estava o sentido de tudo aquilo? A dias vinha buscando. Porque viver? Pra que viver? Porque acordar? Pra que acordar? Pra que tomar café da manha? Quem disse que a terra e redonda? ETs? Ninguém pode dizer que não existem. Porque menino não pode usar roupa rosa? Porque os grilos cantam assim tao irritantemente? Porque não consigo ver o vento? Porque o céu e azul? De que são feitas as nuvens? Porque saber o porque de tudo?

Crises, perguntas, dúvidas, e poucas respostas. Depois do naufrágio, só sobrou o corpo de uma mulher. Inerte a sua alma. Vazio, vagando na escuridão dos dias que passam. Os sonhos se afogaram junto com tudo que havia no seu barco. Pode ver uma única coisa que foi salva. Seu medalhão de prata. Presente se seu primeiro e único amor, que se foi também no naufrágio. Tudo se foi... Restaram apenas dúvidas. E a missão de um recomeço, em terra firme.

Stella.  Estrela, o brilho, a luz. Se apagou. Era agora apenas um ponto invisível na escuridão, buscando o sentido das coisas. Tentado entender o porque e pra que de tudo.

Buscava se encontrar.

Crise existencial, depressão, mal-humor, pensamentos vagos... Nem dava pra saber o nome...

Buscar recomeço no vôo de uma borboleta, no abrir de uma torneira, no calcar de um tênis, no nascer de uma criança, na partida pra uma viagem, nos sinos de uma igreja, nos farelos de pao sobre a mesa, na letra de uma canção, no abrir de uma porta, no apagar de uma vela, no tudo, no nada, no sim, no não... Compreensão! Isso lhe bastava!

Era apenas uma mente em formação, buscando seu lugar no mundo. O alarme já havia soado, luzes piscavam, estado de emergência! Um minuto de atraso poderia ser perda total! 

Uma luz...

Aquela escuridão da noite, dos olhos de Stella, dos seus pensametos foi ofuscada por uma luz. Um ser. Um ser invisível. Penetrante. Seria em envio do destino? Seri sua resposta? Ainda haviam dúvidas!

Derrepente, a escuridão da noite voltou. A dos olhos de Stella também, porem, seus pensamentos nunca estiveram tao claros assim!

Se levantou, caminhou ate a janela do quarto. Escuridão. Mais podia se sentir feliz na escuridão. Estrelas. Brilhavam como a muito tempo não via. O vento soprava calmo de novo. Aquilo era paz. Era reencontro com a alma.

Stella. Voltou a ser a menina luz, brilho. Estrela. O naufrágio? Serviu para ela dar mais valor a terra firme. As respostas que tanto procurava? Estava na sua frente o tempo todo. A escuridão a impedia de vê-las. 

A escuridão da noite? Dos seus olhos?

Não.

A escuridão dos seus pensamentos.


Notas Finais


Ficou muito confusa, foi como um desabafo meu com as palavras. Estava precisando...


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