História Reescrevendo - Happy Birthday Emma

Uma semana depois 

-Sabe Gina, é meu aniversário. Gostaria que de presente você acordasse, me olhasse nos olhos e me desse os parabéns. Desde que começamos a namorar eu achei que não precisaria passar meu aniversário sozinha nunca mais, e é irônico porque não estou sozinha, em corpo eu tenho você aqui mas sem o seu sorriso, sem a sua voz rouca é como se você não estivesse aqui, é como se eu estivesse sozinha de novo. E eu odeio isso, odeio estar sozinha, me sinto perdida. Então, acorde, por favor. 

-Emma? - ouvi a voz de Alana e me virei - Está na hora de trocarmos de turno, você precisa descansar, é seu aniversário. 

-Não preciso descansar e não ligo que seja meu aniversário

-Regina não gostaria disso, ela estaria preocupada com o Henry e iria gostar que você descansasse 

-Se você não notou Alana, Regina não tem como querer nada, ela está em coma, a uma semana - soei mais fria do que queria e me senti mal, suspirei - Desculpe, não foi minha intenção, só é difícil. 

-É difícil para todos nós Emms 

-Eu estava planejando pedi-la em casamento - acariciei os cabelos castanhos que tanto amava - No ensaio fotográfico 

-Você terá essa chance, a agência não se importou de esperar. 

-Agradeça a Mônica por mim

-Agradeça você, ela está te esperando lá fora para te levar para o hotel. Você vai descansar 

-Ok ok, mas qualquer coisa você me liga ta? 

-Não se preocupe Emms. Vá logo 

Me levantei, dei um beijo demorado na testa de Regina 

-Eu volto logo 

Sussurrei antes de deixar o quarto, me encontrei com a Mônica e fomos para o apartamento, agradeci pelo ensaio e só voltamos a nos falar quando subimos e nos jogamos no sofá 

-Alana me disse que é seu aniversário. Sei que não é um clima bom e que está em um momento difícil mas mesmo assim, feliz aniversário. 

-Obrigada. Bem, eu acho que já vou dormir, você me acorda em uma hora? Preciso voltar para o hospital 

-Claro, acordo sim 

Segui para o quarto e eu estava tão cansada que dormi assim que deitei a cabeça no travesseiro, quando acordei sozinha olhei meu celular e vi que tinha dormido muito mais que uma hora, tinha dormido oito horas, já se passara a hora do almoço, meu estômago doía. Me levantei e fui até a cozinha onde encontrei Mônica colocando os pratos na mesa 

-Sabe, desde quando uma hora se tornou oito? - perguntei indignada 

-Você precisava descansar, não por você, pelo Henry, Regina vai te dar uma bronca gigantesca quando acordar 

-Se, ela acordar. 

-Ela está em cirurgia - ela disse calmamente o que não ajudou - Os médicos queriam fazer uma última cirurgia para ver se deixaram passar alguma coisa 

-Meu Deus e planejava me contar isso quando?! 

-Eu te contei agora. Olha, a Alana está lá nos dando notícias mas você precisa se acalmar e comer, depois disso nós  iremos ao hospital. E sem discussão 

Bufei e me sentei, logo Mônica colocou na minha frente uma travessa de lasanha, comi dois pedaços sem ver, não fazia uma refeição decente já havia um tempo. Depois de ajudá-la a lavar os pratos nós fomos para o hospital e encontramos Alana falando com o médico que estava cuidando do caso de Regina. Quando eles me viram respiraram fundo e eu pude ver que isso não era um bom sinal. 

Sabe, depois que se passa uma semana no hospital tentando saber qualquer detalhe que não queiram de dar você aprende muita coisa, um sorriso significa uma boa notícia, uma desviada de olhar significa que está escondendo algo e quando se respira fundo significa que nada mudou. 

Eu não estava errada, depois de muita enrolação ele falou que o caso de Regina não havia mudado e que não havia mais nada que eles pudessem fazer, perguntei se já podia vê-lá e segui para o quarto depois de ouvir um sim 

-Sabe, os médicos desistiram de você, eles disseram que não há nada que a medicina possa fazer, que precisamos sentar e esperar mas é isso que eu estou fazendo a uma semana, acho que eles não perceberam. - suspirei, e isso significava cansaço, emocional e físico. Me sentei na cadeira e deitei minha cabeça nos braços que estavam firmados na cama. Era hora de falar com alguém maior - Pai, já faz uma semana que minhas orações estão sendo frequentes e que meu desespero é maior. Minha fé em ti triplicou mas sinto como se não fosse o suficiente, a mulher da minha vida com quem escolhi passar o resto dela, está deitada em uma cama de hospital sem poder fazer nada mas sinto como se ela estivesse lutando a cada dia para não se deixar ir, sei que ela quer acordar e pegar nosso filho no colo mas ela precisa da tua ajuda Senhor. Lhe peço que não a leve de mim, que a deixe comigo e quando chegar a hora de levá-la que me leve com ela, que possamos morrer de mãos dadas vendo nossos netos correrem pelo quintal mas nenhum minuto antes disso. Eu a amo, finalmente achei alguém que me ama também e não aguento ficar sem ela. Por isso mais um dia lhe peço que me ajude como um presente de aniversário. Amém 

Ouvi batidas na porta e vi Mônica e Alana entrarem com um bolo em suas mãos

-Eu sei que não estamos em clima mas Regina já tinha encomendado esse bolo antes mesmo de viajarmos. - A morena rapidamente se explicou e colocou o bolo em uma mesinha ao meu lado para eu poder ver o que estava escrito 

-Feliz aniversário princesa - li em voz alta sentindo meus olhos marejarem, malditos hormônios - Não era para ela me dizer isso? - olhei para as duas que estava a minha frente - Não era para ela olhar em meus olhos e desejar parabéns? Falar que me ama? Não era para ela me abraçar? Não era para ela estar em coma, não era, nunca fez parte dos meus planos - firmei meus cotovelos em minha perna e escondi meu rosto em minhas mãos, senti o carinho das minhas amigas o que me fez chorar ainda mais - Eu fiz tantos planos, casamento, o nascimento do Henry, adoção, mais bebês, eu pensei em tudo mas um tiro, um coma, não estavam nos meus planos. Eu só quero que ela acorde 

-Ela vai acordar pequena, eu sei que vai. 

-Ninguém me avisou que isso poderia acontecer, eu me deixei levar, eu me perdi nela, perdi todo meu senso e me entreguei de uma forma que eu não consigo achar o caminho sem ela. Se eu soubesse, teria amado mais, beijados mais, feito mais companhia, teria a feito dar mais risadas, teria brigado menos. Se eu apenas soubesse que poderia perdê-la...

-Você não sabia, ninguém sabia, essas coisas não veem com um aviso prévio querida, e é com isso que aprendemos. Ela vai acordar, e vocês irão amar mais, beijar mais, ter a companhia uma da outra, irão rir mais e não irão brigar porque agora você sabe que não temos o amanhã garantido - Mônica tentava me consolar 

Depois que pude me recompor nós partimos o bolo e comemos, nos deixamos até rir em algum momento. 

-Sabe, ninguém vai comer esse bolo, o que acha de levarmos para as crianças do orfanato? - a ruiva deu a ideia 

-Claro, é uma ótima ideia. Deu um beijo em Sofia por mim. - Adquiri um carinho muito grande por essa menina desde que a conheci, e Regina também. 

-Pode deixar que damos sim 

Elas saíram e eu fiquei mexendo em meu celular procurando me distrair, uma hora depois ouvi uma voz conhecida 

-Tia Emma? 

-Sofia? - a olhei e ela deu um largo sorriso, quando olhei um pouco mais atras vi Mônica, Alana e uma Irmã. Sorri em resposta - Pequena, o que faz aqui? 

-Eu queria ver a Tia Regina, a Tia Mônica falou que ela está com muito sono e não vai acordar por enquanto. 

-Sim minha Flor, ela se cansou muito enquanto estava sendo uma heroína. Sabe Sofi, eu li em algum lugar que se a gente cantar a pessoa pode acordar mais rápido, tem alguma música em mente? - ela afirmou com a cabeça e eu a peguei no colo, deitou a cabeça no meu ombro e começou com sua voz infantil 

-Meu amor, essa é a última oração, pra salvar seu coração, coração não é tão simples quanto pensa nele cabe o que não cabe na despensa. Cabe o meu amor, cabe três vidas inteiras, cabe uma penteadeira, cabe nós dois, cabe até o meu amor essa é a última oração, pra salvar seu coração, coração não é tão simples quanto pensa, nele cabe o que não cabe na despensa. Cabe o meu amor, cabe três vidas inteiras, cabe uma penteadeira, cabe essa oração. - ela finalizou e suspirou, pelo mesmo motivo que eu suspiro, por não ter mudança. 

-Onde aprendeu essa música pequena? - limpei rapidamente a lágrima que escorria no meu rosto e a olhei com o melhor sorriso que pude dar 

-Minha mamãe cantava para mim. 

-É uma linda música. 

-Sim, e o coração da Tia Regina é tão grande que cabe o amor que ela sente por você, as três vidas inteiras são você, o bebê e ela, mas não é tão grande para caber uma penteadeira - ela fez uma carinha pensativa coçando a cabeça 

-Acho que cabe sim, o coração da Tia Regina é enorme - fomos andando até as mulheres que esperavam do lado de fora do quarto e a coloquei no chão 

-Mas eu não quero ir tia Emma

-A Tia Emma precisa cuidar da Tia Regina agora mas depois eu vou te visitar está bem? - abaixei na sua altura e ela afirmou antes de beijar minha bochecha e ir embora com as minhas amigas e a freira 

Voltei para o quarto e estava tudo da mesma maneira, como poderia estar diferente? Me sentei na mesma cadeira e fiquei observando, esperando qualquer mínimo movimento, mas nenhum deles aconteceu 

-Isso não é justo com você

-O que faz aqui Daniel? - respirei fundo me controlando e o olhei 

-Eu vim ver como você está, fiquei sabendo da....sua companheira e queria saber como você está 

-Agora que já viu vá embora, não quero você aqui 

-Sabe Emma, isso não é certo, perante Deus, perante a igreja, isso não é certo, na Bíblia fala 

-Seu hipócrita, ignorante, você não é meu salvador e Deus estaria com vergonha de você, somente Ele pode me julgar e eu tenho certeza que Ele não me julgaria, Ele me amaria sem condição, não nos julgaria, teria vergonha de pessoas como você.

-Se é isso que você precisa fazer para achar que vai para o céu, faça. Mas comigo você vai ter a chance de ser perdoada, faça o que é certo Emma. 

-Vá a merda Daniel - disse pousadamente - Saia! Agora! Não quero te ver nem pintado das cores da bandeira gay na minha frente. 

Ele saiu com as mãos em rendição e me deixou bufando. Como eu queria Regina aqui agora para dar um soco nesse idiota, nem sei porque eu mesma não dei, ele merecia. 

Pouco tempo depois Alana chegou falando que era a vez dela e eu sai de bom grado, precisava me acalmar. 

Narrador. 

Alana beijou a testa de Regina e se sentou ao lado dela 

-Sabia que você é como uma mãe para mim? Me acolheu, me deu carinho, me aconselhou, me ajudou. Coisas que minha mãe nunca faria. Eu ainda lembro de quando roubei sua bolsa e você me ajudou, me levou pra sua casa, me deu sua confiança e eu sou eternamente grata. Lembro-me que foi você quem me mostrou que está tudo bem em ser eu mesma e que não preciso da aprovação de ninguém. Sabe, esses dias para trás eu estava ouvindo uma música que dizia exatamente o que você me disse aquele dia. 

A morena respirou fundo acariciando o cabelo da amiga tentando não chorar 

-Wait a second, why should I care what they think of you? When you're all alone. By yourself, do you like you? You don't have to try so hard, you don't have to give it all away. You just have to get up get up get up. You don't have to change a single thing. You don't have to try, try, try, try. - todas as tentativas de manter as lágrimas foram falhas pois ela chorava lembrando da voz de Regina falando as mesmas palavras, lembrava do sorriso da amiga e lembrava da blusa que estava em sua mala. - Take your makeup off, let your hair down, take a breath, look into the mirror, at yourself, don't you like you? Cause I like you - ela deitou a cabeça entre os braços e se deixou chorar, sua garganta doia por ter segurado o choro por tanto tempo, só levantou a cabeça quando os soluços pararam - Eu gosto de mim agora Gina, graças a você, eu gosto e..eu acho que estou começando a gostar de alguém. Se isso está acontecendo é por sua causa, então por favor acorde para eu poder lhe agradecer. 

Alana foi no banheiro onde enxaguou o rosto e respirou fundo. 

Enquanto isso Emma estava sentada em um banco no jardim do hospital quando Mônica se sentou ao seu lado e a entregou uma caixinha preta que quando foi aberta revelou um colar e a loira olhava sem entender 

-Abra o colar - a ruiva disse e a loira o fez, dentro do colar que era uma rosa havia uma foto de algum santo que Emma não reconhecia 

-Continuo sem entender Mônica 

-Santa Rita de Cassia, é considerada a Santa das causas impossíveis, eu venho rezando a ela e pedindo por Regina desde o primeiro dia. De alguma forma ela me dá segurança, calma, uma certa tranquilidade no meio de tudo isso, você precisa dessa tranquilidade tanto quanto eu. - a mais velha tirou do bolso um papel que estava dobrado e o entregou - Essa é a oração que eu faço todo dia, de uma chance ok? 

Ela se levantou dando um beijo na testa de Emma e foi ver como Alana estava. A loira desdobrou o papel e passou os olhos pela caligrafia, respirou fundo e começou a oração enquanto tinha o colar em sua mão 

-Ó poderosa e gloriosa Santa Rita chamada Santa das causas impossíveis, advogada dos casos desesperados, auxiliadora da última hora, refúgio e abrigo da dor que arrasta para o abismo do pecado e da desesperança, com toda a confiança em Vosso poder junto ao Coração Sagrado de Jesus, a Vós recorro no caso difícil e imprevisto, que dolorosamente oprime o meu coração. Ajude Regina a encontrar o caminho certo e acordar, a se curar e sair desse coma para que possamos ser felizes como tanto queremos. Obtenha a graça que desejo, pois sendo-me necessária, eu a quero. Apresentada por Vós a minha oração, o meu pedido, por Vós que sois tão amada por Deus, certamente será atendido. Dizei a Nosso Senhor que me valerei da graça para melhorar a minha vida e os meus costumes e para cantar na Terra e no Céu a Divina Misericórdia. Santa Rita das causas impossíveis, intercedei por nós! Amém.

Colocou o colar em seu pescoço e guardou a oração em seu bolso, Mônica estava certa, uma certa tranquilidade a atingiu, lógico que não por completo mas ela já estava mais calma, mais confiante, sabia que se fosse a vontade de Deus, Regina acordaria. Incrível como uma tragedia faz nossa fé aumentar tanto em tão pouco tempo 

A loira se levantou e foi até o quarto de Regina onde Mônica e Alana conversavam 

-Eu não queria deixar vocês aqui mas se importa de ficarem um pouco para eu poder fazer uma visita para Sofia? Prometi a ela que a veria 

-Claro loira, não se preocupe, qualquer coisa te ligamos - a ruiva sorriu fraco 

-Obrigada 

Emma saiu e seguiu seu caminho para o orfanato, chegando lá pediu permissão para a irmã e levou Sofia para tomar um sorvete 

-Também gosta de baunilha? - a loira riu se sentando com a pequena em um banco 

-É o melhor sabor 

-Acredita que a Regina não concorda? Ela prefere chocolate 

-Ela tomou errado, deve que tomou um que estava estragado - a mais nova deu uma gargalhada gostosa de se ouvir - Ela já acordou? 

-Ainda não bebê, mas vai acordar, sinto isso - Emma levou a mão ao colar e sorriu fraco - Sabe quem é essa Sofia? - mostrou a Santa 

-Sim, as irmãs já nos deram uma aula falando das Santas e suas causas, essa é a Santa das causa....das causas - a mais nova pensou e suspirou - não lembro 

-Está tudo bem, ela é a Santa das causas impossíveis e você já sabe muito para uma menininha de 5 anos - disse a loira provocando 

-Hey! Eu tenho 7 

-Me perdoe, achei que você só tinha 5 anos. 

-Você me adotaria? - a pequena mudou de assunto rapidamente e olhou para a loira 

-Claro, mas não é tão fácil assim Sofia 

-Eu sei, muitas pessoas já tentaram me adotar mas desistiram, já tive muitos pais mas nenhum permanente. 

-Sei como é, também morava em um orfanato 

-E você foi adotada? - a menininha perguntou cheia de esperança olhando nos olhos da loira 

-Sim - respondeu sorrindo, não queria acabar com a alegria da menina - Você também vai ser. 
Depois que deixou a menina no orfanato e estava despedindo da irmã ela se lembrou da conversa que teve com Sofia

-Tem alguém na fila para adota-la? 

-Quem? Sofia? - a loira afirmou - Infelizmente não, ela é um doce de menina mas ninguém está querendo adota-la 

-Se eu entrasse na fila, demoraria quanto tempo? 

-Com uma boa ajuda, menos de um ano, mas precisaria de muita influência. Está cogitando essa ideia? 

-Sim, estive pensando. O que eu preciso fazer? 

-Bem, primeiro você deve contratar um advogado, juntar os documentos necessário e ir até a Vara da Infância. Depois disso eles farão um testes com você e com a sua influência você poderá adotar e então ela será sua. 

-Darei início nos papéis então - a loira já ia saindo quando a Irmã a chamou 

-Emma, não está fazendo isso por desespero né? Pelo medo de ficar sozinha. Sofia se apega muito fácil aos pais, não gostaria que acontecesse de novo 

-Não se preocupe com isso Irmã, voltarei para Nova York com Sofia com o meu sobrenome. 

-Assim espero. 

A loira foi embora e percebeu que já estava escurecendo, quando chegou no hospital viu Mônica cochilar na cadeira

-Hey, já cheguei, pode ir descansar - abaixou na frente da ruiva e sorriu fraco - Obrigada por ficar com ela 

-Não precisa agradecer, precisando estou aqui. Amanhã de manhã eu venho para trocarmos de turno

A ruiva foi embora e Emma - que havia passado rapidamente em seu apartamento para tomar banho - se sentou sorridente 

-É Regina, se tudo der certo, quando você acordar estará com uma filha. 
 

How long will I love you?

As long as stars are above you

And longer if I can

How long will I need you?

As long as the seasons need to

Follow their plan

How long will I be with you?

As long as the sea is bound to

Wash upon the sand

How long will I want you?

As long as you want me to

And longer by far

How long will I hold you?

As long as your father told you

As long as you can

How long will I give to you?

As long as I live through you

However long you say

How long will I love you?

As long as stars are above you

And longer if I may

We're all traveling through time together

Every day of our lives

All we can do is do our best

To relish this remarkable ride