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História Reflection - Kim Junmyeon


Escrita por: BubbleTeaPark

Notas do Autor


Olá pessoal <3

Atualizei rapidão porque esse é mais um capítulo diferenciado
O anterior foi revelado o plottwist, e eu conversei com uma leitora e ela fez perguntas em relação a situação do SuHo na fanfic, e eu ia explicar o resto no próximo capítulo, mas resolvi explicar de um modo mais aberto.

Fiquei com receio de escrever algo desse tipo de novo, não quero que pensem que to forçando a história pra ter mais capítulos. Até porque a treta já ta ai, ta quase no fim.

De novo, esse capítulo é narrado pelo Baekhyun, mas como vcs podem ver no título, ele é mais focado em ver a posição do nosso líder no meio de toda essa treta, sua relação com Baekhyun. Afinal, o fato da fanfic ser narrada pelo ChanYeol é uma tática pra fazer vcs verem o lado mais inocente da história, o lado que não sabe nada, sem saber o que realmente acontece além do protagonista. Vcs descobrem, quando ele descobre.

Então ás vezes é bom saber o que acontece além do ChanYeol.

Boa leitura ^^

Capítulo 17 - Kim Junmyeon


Fanfic / Fanfiction Reflection - Kim Junmyeon

Eu queria ser a estrela que vai te proteger 

Mesmo em um local invisível 

Starlight – SuHo

 

 

 

 

As coisas estavam meio estranhas. 

Eu me mudei para o prédio ao lado e ChanYeol me notou rápido demais. Talvez eu estivesse perdendo a habilidade de ser discreto. Como ele poderia saber? Ele me observava mais do que eu o observava. 

Mesmo sendo estranho, eu não me preocupava muito, desse modo seria ainda melhor para me aproximar dele. 

Eu já estava até mesmo indo para a poltrona ler meu livro para ver se 'capturava' mais coisas do outro apartamento, mais sobre Park ChanYeol, mas a campainha tocou. 

Fiquei receoso, ninguém sabia que eu estava aqui, seria alguma vizinho? 

Mas não, não era vizinho nenhum. 

Quando abri a porta, lá estava ele. 

— Junmyeon... — quando vi que quem era, fiz uma expressão de surpresa. — O que está fazendo aqui?  

Quando vim para cá, eu não tinha certeza se ele estava ou não com ChanYeol, mas quando cheguei, confirmei o que eu achava.  

Fingi surpresa, mas ele não estava muito amigável. 

— O que você está fazendo aqui, Baekhyun? 

— Eu vim visitar o país, tirar um tempo de folga. — eu abri mais a porta — Entre.  

Ele suspirou e entrou. 

— Você veio me procurar? — ele perguntou. 

— Não, por que eu te procuraria? A gente não se fala a muito tempo, eu sabia que havia parado e resolveu estudar, mas não sabia que seria no Japão. 

— Então você veio só parar tirar umas férias? 

— Claro. 

— No Japão? Você não gosta do país, tem medo dos terremotos. 

— Eu decidi arriscar, eu nunca vim aqui, então por que não? Eu não odeio o Japão, eu só tenho medo dos terremotos. Por enquanto não teve nenhum, está bem tranquilo.  

Ele me encarou desconfiado. 

— Então foi coincidência aparecer no prédio ao lado do meu? 

— O que? — eu dei risada — Você mora no prédio ao lado? Desculpa, eu não sabia. 

— Sério? 

— Como eu saberia?  

Junmyeon suspirou, desviando o olhar, se acalmando mais.  

Ele sabia que o que eu dizia fazia sentido. Ele não conseguia capturar pequenas mentiras assim. 

— Eu não estava sabendo que o garoto que o ChanYeol tá observando da janela é você. Quando eu ouvi o seu nome, eu pensei: "Não é possível, deve ser outra pessoa." Mas não, você está realmente aqui. 

— ChanYeol? O garoto que fica na janela? Realmente... — eu fiz uma careta — Qual o problema dele comigo? 

— Ele está afim de você, ele é gay. 

— Ah, então é por isso. 

— Ele vai se cansar logo, porque ele não vai ter coragem de chegar em você, ele é tímido demais para isso.  

— Tudo bem. — dei de ombros. — Foi bom te ver, passe aqui mais vezes, a gente pode conversar mais.  

Eu estava sendo simpático, mas na real não queria ser incomodado. 

Quando Junmyeon foi embora, desejei que ele não voltasse de novo. Eu não tinha nada contra ele, muito pelo contrário, eu até gostava dele. Era o irmão preferido depois de Jongin. 

Mas eu não queria causar mais confusão, de jeito nenhum, queria tirar esse tempo no Japão para descansar também. Era a primeira vez em muitos anos que eu não tinha uma folga de verdade na minha vida, tirando a época do coma que eu fiquei desacordado. 

O sequestro podia esperar, eu não estava com pressa. 

Agora que eu descobri o motivo de Park ChanYeol me observar, as coisas poderiam ficar mais divertidas. Eu poderia andar de toalha mais vezes pelo quarto quando eu tivesse certeza que ele estaria olhando. 

Se ele não viesse falar comigo, até quando ele levaria essa perseguição?  

 

 

~  ~   

 

 

Aparentemente, Park ChanYeol estava obcecado.  

Ele havia comprado um binóculo, só para me ver, e isso com certeza havia passado um pouquinho dos limites. Se eu não soubesse que ele era inofensivo, eu ficaria preocupado.  

O garoto até chegou a me perseguir na rua, quando eu esbarrei nele de propósito. Quando sua amiga veio dar em cima de mim, eu tive certeza que era para saber se eu era hétero ou não, ficou tão óbvio. Então deixei claro que era gay. 

Se ele soubesse isso, poderia vir falar comigo, não é? 

Não, é claro que não poderia. 

Observei mais ou menos a hora que ele saia para ir para a faculdade e consegui encontra-lo na rua, consegui fazer com que nos esbarrássemos toda manhã quando ele saia sozinho. Até pensei que ele poderia me seguir, mas não aconteceu. 

Então notei que SuHo tinha razão, ele nunca viria falar comigo. Eu poderia até mesmo pedir uma pizza do restaurante onde ele trabalha, e mesmo assim, ele nem abriria a boca.  

Eu teria que me aproximar e falar. 

E foi o que eu fiz, do modo mais real possível, eu briguei com ele, como qualquer pessoa brigaria e ficaria na defensiva se estivesse sendo perseguido por alguém que nem puxa assunto contigo. Mas nem comigo brigando, ele foi capaz de falar. 

Ah, era realmente irritante. Como alguém poderia ser tão tímido assim?  

Porém, eu consegui, eu fiz ele vir falar comigo, fiz ele vir pedir desculpas. 

Tudo bem, foi por uma cartinha, mas valia, achei até fofinho. 

Park ChanYeol com certeza não fazia o meu tipo, mas eu não ficava com ninguém deste o SeHun. Eu estava em um tempo livre no Japão, e ele era bonitinho, então por que não? Eu precisava aproveitar.  

Eu precisava relaxar e me divertir um pouco. 

 

~  ~  

 

— O que você está fazendo?  

E de novo Junmyeon apareceu na minha porta. 

— No momento? Fumando, você quer um? — ofereci o cigarro a ele, mas ele apenas afastou a minha mão com uma careta e entrou na minha casa. — Poderia avisar antes de aparecer, eu agradeceria. 

— O ChanYeol... Por que você está ficando com ele?  

— Sei lá, eu me interessei.  

— Ele não faz o seu tipo.  

— A gente não se fala há algum tempo, meu tipo ideal pode ter mudado, não é? Você não o acha bonito? Eu posso dizer que ele tem um certo charme, eu gosto de caras altos. 

— A questão não é isso, é o que você pode fazer para ele.  

— O que? Eu não entendi. 

— O ChanYeol já é um adulto, ele fica com quem ele quiser, eu não vou dizer a ele para não se envolver com você, mas eu só quero deixar claro que não gosto desse envolvimento. É estranho ver vocês dois juntos. 

— Não precisa ficar assim, não é nada sério. Simplesmente aconteceu, eu fiquei afim também. Não é nenhum pecado. — apaguei o cigarro no cinzeiro — Você tem que parar de se preocupar tanto com essas coisas, quando o assunto são pessoas que você gosta, sua preocupação é muito grande. Ás vezes até exagerada.... 

Ele suspirou. 

— O Chanyeol é uma boa pessoa, Baekkie. Ele é sensível e tem o coração mole, não o ilude. É sério, não o ilude.  

Eu assenti.  

— Se preocupe menos.  

Quando ele era adolescente, SuHo tinha uma imagem mais dura e fria, logo quando ele descobriu tudo. Mas quando eu me aproximei dele, percebi que no fundo ele era uma pessoa muito boa. 

Isso me fez vê-lo de outro jeito, porque no começo eu simplesmente o odiava. 

Ele era alguns meses mais velho do que eu, então ele deveria ser o primogênito, o filho mais velho do meu pai, ele que deveria ter sofrido todas as coisas que eu sofri, toda a pressão. Ele teve sorte e se livrou disso, porque a sua mãe teve consciência.  

Eu só não entendi o porquê que ele resolveu se juntar a nós enquanto teve a sorte de viver longe daquilo. Era um idiota, eu tive um pouco de inveja dele e ele simplesmente quase jogou tudo fora.  

Mas ele era só um adolescente confuso e problemático, e jovens assim só fazem merda. Eu sei que ele se arrependeu disso depois, quando eu vi que ele era alguém legal. E depois ele simplesmente desistiu e ninguém o impediu. Nunca o consideraram muito da família, nem mesmo meu pai. 

O modo como ele teve bons pais, amigos e estudos. O modo como era inteligente e esforçado para ajudar aqueles que ele amava, ou apenas tinha um grande coração para ajudar os outros.  

Eu sempre tive inveja dele. 

Junmyeon já havia me salvado várias vezes, ele era realmente um guardião. 

Park ChanYeol tinha sorte de ter alguém como ele se preocupando. Mas infelizmente, o plano de WooBin deveria seguir adiante. O garoto precisava ser sequestrado, depois disso, eu poderia cortar todas as minhas ligações com aquela família. 

Nunca mais. 

SuHo não entenderia se eu contasse, protegeria o Park. Mas não era como se eu estivesse levando o garoto para a morte, ele só seria sequestrado e depois faria parte da troca. Sua vida não estava em perigo. 

Eu não posso me sentir culpado. 

Precisava ser feito. 

 

 

~  ~  

 

 

Park Chanyeol era tímido e inseguro, mas ele com certeza não era nada inocente. 

Ele era esperto e muito bom de cama. Além disso, o fato dele ser tímido não o deixava conversar direito comigo, então ele mal tentava.  

Era perfeito para a diversão.  

No entanto, ele começou a conversar comigo, a puxar assunto, praticamente todo dia. E isso me surpreendeu muito, pois eu esperava uma relação rápida e objetiva a base de sexo, mas então ele deixou óbvio que queria me conhecer melhor. 

Minha primeira reação foi: cortar a relação. 

Eu não estava ali para me envolver com ele, não daquele jeito. Eu estava ali para me divertir e completar a minha missão. 

Porém, eu não consegui cortar nada. Passar aquele tempo com ele na cama era tão bom, que eu decidi lhe dar uma chance para conversamos mais. E lhe contei todas as coisas sinceras sobre os meus gostos, mentindo apenas sobre as minhas origens. 

E eu percebi que Park ChanYeol era simplesmente... Incrível.  

Na realidade, incrível era até pouco para aquele garoto. Ele era exatamente a personificação da simplicidade. Com uma vida comum, pais comuns, amigos comuns, objetivos comuns, gostos e medos comuns.  

E eu sendo um amante do simples, acabei me encantando com ele. 

Eu gostava tanto de vê-lo falar de seus problemas, como notas baixas na escola, castigo por semanas, pais divorciados. Eram todas as coisas que eu queria ter passado e ele passou, e me contava como se fosse problemas enormes. Porque eram enormes para ele. 

E sua fobia social era o que mais me intrigava.  

Ele tinha medo de pessoas, sem nem ter visto o pior lado delas de verdade. E eu tinha medo de pessoas por todas as coisas horríveis que já presenciei. Mas ele não tinha ideia.  

Eu tive medo do meu pai e tinha medo da minha família, pois eles poderiam e podem me matar. Enquanto Chanyeol tinha medo de falar ao telefone, medo de marcar uma consulta no médico, medo de falar em público.  

Eu queria ter esses medos.  

O seu jeito todo atrapalhado e tímido, seu lado ironicamente mórbido. De repente, tudo nele ficou ainda mais atraente. Seu sorriso, sua voz, seus olhos... 

Diferente e incrível. 

Ele era verdadeiro e sincero. 

Park ChanYeol era exatamente como aparentava ser. 

E o modo como ele me olhava, o modo como ficava envergonhado ou quando eu o beijava, quando me elogiava... 

Eu não era mais capaz de descreve-lo. 

— Você vai levar essas flores, Senhor? — a moça da floricultura se aproximou. 

— Estou pensando, elas são bem bonitas. 

— O nome é Peônias. 

— Elas têm algum significado? Eu gosto de flores com significados. 

Porque sempre existe a flor certa para dar para a pessoa certa. 

E aquela era perfeita para o ChanYeol. 

Quando eu comprei as flores especificamente para ele, eu tive certeza absoluta que eu estava completamente apaixonado. Senti medo e culpa, mas eu deixava tudo para trás quando ficava com ele. 

Eu não seria mais capaz de ficar longe.  

 

 

~  ~  

 

 

— Eu descobri tudo. 

Junmyeon apareceu na porta da minha casa e soltou essa frase. Eu o encarei confuso, franzindo o cenho, esperando a continuação. 

Ele apenas me empurrou para dentro e entrou no meu apartamento. 

— Deste que você apareceu, eu fiquei meio desconfiado. — voltou a falar — Você no Japão, no prédio ao lado, era coincidência demais. Porém, coincidências existem e deixei para lá. Continuei desconfiado, achei estranho quando você e ChanYeol começaram a se envolver e não gostei nenhum pouco, mas também deixei para lá... Agora eu descubro que você pediu ele em namoro? Que vocês estão namorando? 

— O que? Você veio aqui deixar claro que não apoia? Eu acho que já deixou isso bem claro quando fui almoçar com vocês e você me fez perguntas sobre a minha vida na Coreia, sobre a minha família... Que no caso você sabe e faz parte dela. 

— Você deve ter mentido muito para ele, não é? 

— Então realmente veio até aqui para demonstrar o seu desgosto pelo meu namoro? 

— Eu procurei saber, eu liguei para alguns contatos na Coreia. O seu pai nunca deixaria você tirar férias por tanto tempo aqui no Japão, e se você o pediu em namoro, é porque não pretende voltar tão cedo. Mas bem... Você agora não precisa se preocupar com ele, até porque você o matou. 

Eu suspirei.  

Ele estava muito bravo, mas mesmo assim conseguia ser calmo. Eu tinha certeza que sua vontade de me bater era grande.  

— Tudo bem. — eu disse — Você descobriu tudo. 

— Você está enganando o ChanYeol. WooBin está no comando e você está aqui para sequestra-lo. É óbvio que era isso, eu deveria ter notado antes, não existem coincidências com você. Não deveria ter deixado isso chegar tão longe. 

— Junmyeon, eu abandonei essa missão.  

Eu falei de modo sincero, mas ele me olhou desconfiado. 

— É mentira. 

— É verdade. Confesso que minhas intenções no começo não eram boas, mas eu abandonei, não farei mais. 

— Eu sinto que há arrependimento nisso. 

— Sim, eu queria terminar a missão. — suspirei, andando devagar pela minha sala — Eu matei nosso pai para ficar livre, mas WooBin nunca me deixaria em paz, completar essa missão significaria minha liberdade. Mas eu resolvi abrir mão disso. 

— Por que? Não vai me dizer que você se apaixonou... 

— Foi exatamente isso. 

Ele hesitou em acreditar, mas Junmyeon sabia quando eu era sincero de verdade. Ele poderia acreditar em algumas mentiras, mas quando eu falava de coração, ele entendia, ele conseguia perceber. 

— Baekhyun, você... Você realmente gosta de complicar as coisas, não é?  

— É, talvez... — eu dei de ombros. 

— O que você vai fazer agora?  

— Namorar o ChanYeol e ser feliz com ele.  

SuHo riu. 

— Por mais que você tente acreditar que isso vai dar certo, vai chegar uma hora que eles vão descobrir, que eles vão vir atrás de você. Afinal, você veio a uma missão e abandonou ela porque se apaixonou por ele. Você é realmente maluco. 

— Então o que você quer que eu faça? Se eu terminar com o ChanYeol e ir embora, WooBin irá me caçar e vai mandar outra pessoa aqui para sequestra-lo. O que iria adiantar? Não faria diferença.  

Ele ficou em silêncio e sentou no sofá. 

Sabia que eu estava certo. 

— Se eu deixar as coisas como estão, eu irei protege-lo. Eu vou estar ao lado dele, bloqueando tudo de ruim que possa chegar. 

— E você realmente faria isso? 

— Junmyeon... — eu me sentei na mesa de centro, o encarando — Eu tenho certo arrependimento, eu não deveria ter me envolvido com o ChanYeol a esse ponto, eu deveria tê-lo entregado. Ele ficaria bem, ele não morreria, ninguém o mataria porque o trocariam vivo para o Senhor Park. Daria tudo certo e ele só teria um eterno ódio de mim. — suspirei — No entanto, eu não sou capaz de imaginar o ChanYeol nas mãos de WooBin, sendo machucado. Eu não conseguiria entrega-lo, mesmo se eu quisesse muito isso. Só que no momento que eu assumi os meus sentimentos, o que eu sinto por ele, eu não vou parar ou voltar atrás. Eu vou seguir em frente e enfrentar os obstáculos. 

Junmyeon desviou o olhar, se encostando no sofá, abaixou a cabeça e suspirou fundo. 

— Quando eu descobri tudo... Sobre quem era meu pai de verdade, sobre o que a minha mãe escondeu de mim e do meu pai de criação, eu fiquei com tanta raiva, foi um dos maiores motivos de eu ter me juntado a vocês. E eu também fui até os pais do ChanYeol e briguei com eles, dizendo que eles deveriam contar a verdade, para acabar com todas aquelas mentiras. Mas eles imploraram para mim, de joelhos, para não contar nada. E eu repensei melhor, me encontrei com o Channie e desisti de contar. Eu não tinha muito contato com ele na época, mas ele sempre era tão bobo, inocente, até meio mimado quando era mais novo, já que os seus pais o protegeram tanto. Eu fiquei com pena, sabe? Eu pensei "Se ele descobrir, talvez seja um choque tão grande para ele, que ele vai mudar o modo como ele é." Eu descobri e acabei mudando, me revoltando. Sei lá, eu gostava do jeito dele, não queria que ele mudasse, que ele tivesse uma perspectiva diferente de como foi gerado. Fiquei com medo de afeta-lo ainda mais do que me afetou. Eu não me arrependo de não ter contado, mas eu imaginei que um dia ele iria descobrir tudo. 

Eu sorri. 

— Ele é estupidamente simples e comum vivendo no seu mundinho, não é? Ele nunca nem sequer foi assaltado em sua vida inteira, ele não sabe o que é violência de verdade, não fora dos filmes que vê. E nem deveria saber, eu também não seria capaz de contar suas origens, não quero que ele abrange o seu mundinho de inseguranças e simplicidade para algo... Algo como aquilo... Prefiro até esquecer que ele tem algum tipo de relação com a vida que eu levava. Se eu soubesse que viveria tudo o que eu vivi, eu nem sequer teria nascido. Mas não da para impedir isso, eu tive que viver e tive que conhecer tudo o que eu conheci. Porém, ChanYeol não precisa conhecer essas coisas. Sua mãe escolheu não contar e ele vive sem saber, então tem que continuar assim. 

— Ele vai saber, Baekkie, uma hora ou outra. 

— Eu vou fazer o possível para que ele não descubra. Ele não merece saber dessas coisas... Ele só merece todas as coisas boas do mundo. 

Junmyeon cruzou os braços. 

— Eu sempre admirei a sua determinação. — ele disse — Mas isso não vai durar para sempre. 

— Jongin está lá, fingindo que está ao lado de WooBin, ele irá atrasa-lo. 

— Atrasa-lo, não pará-lo. Eles vão descobrir a relação de vocês dois, vão ficar muito bravos, pode demorar, mas vai chegar um momento... 

— É por isso que eu iria precisar da sua ajuda — o interrompi — Quando eles descobrirem... 

— Eles vão mata-lo, igual mataram o SeHun. Você está arriscando a vida dele.  

— Eu não vou terminar com ele, eu disse que não volto atrás nos meus sentimentos. Se eles descobrirem e vierem atrás... Eu vou proteger o ChanYeol, com tudo o que eu tiver, ele não vai descobrir, ele não vai sofrer.  

Minha determinação sempre deixava Junmyeon mais confiante. 

— E quer que eu ajude em que? 

— Ainda sabe usar uma arma? 

— É claro que sim, eu era bem melhor que todos vocês. — sorriu. — Mas eu não quero matar ninguém, a não ser que seja realmente necessário. 

—Tudo bem, deixa isso comigo. — suspirei — Eu matarei cada pessoa que vier atrás da gente para nos machucar. 

— Você realmente gosta tanto dele assim?  

Eu me levantei, tirando o cabelo dos olhos. 

— Eu só sei que não me sinto assim deste o SeHun. — o encarei — E quando ele morreu eu sempre pensei que ele seria para sempre o amor da minha vida. Eu duvidei que fosse encontrar outra pessoa, mas depois que acordei do coma, pensei que fosse possível sim me apaixonar de novo. Então eu jurei a mim mesmo, que se eu me apaixonasse novamente, eu faria dar certo.  

— Seu coração fez uma escolha bem arriscada. 

— É como se eu estivesse sendo testado várias e várias vezes. — murmurei — A situação é complicada, mas eu não vou desistir. Nem do ChanYeol, nem do que eu sinto. 

 

 

~  ~ 

 

 

 

— Como ele está? — eu perguntei, o encarando. 

— Você terminou com ele, como acha que ele ficaria?  

— Foi necessário, Junmyeon. 

— Eu sabia que isso ia acontecer algum dia, durou bastante. Ele vai ficar bem, está mal agora, mas vai ficar bem uma hora. Se você terminou com ele desse jeito, significa que vocês têm um plano, não é? 

— Nós gravamos o término, vamos mandar para WooBin. — eu apontei para Jongin com os olhos — Jongin vai mandar para ele. Isso não vai pará-lo, mas ele vai hesitar um pouco. Talvez dê tempo o suficiente de eu encontrar o pai do ChanYeol, dizer o que está acontecendo e ter a ajuda dele para destruir a nossa família. 

— Se você demorar muito, Chanyeol vai ser pego. Com você longe daqui, eles vão aparecer. 

— Você vai estar aqui, os japoneses estão de olho, tanto em ChanYeol, como em Momo. Você não precisa ficar 24h com ele, mas pode pelo menos busca-lo no trabalho, não é? Já que os dois saem tarde. 

— É claro que sim. 

— Nós temos que ser rápidos, é arriscado, mas vai dar certo.  

— Esse ChanYeol é sortudo. — disse Jongin — Ter duas pessoas como vocês dois querendo o proteger.  

— Não somos grande coisa. — SuHo suspirou — Ele é meu amigo, não quero que sofra. Então eu vou sim fazer o possível para que ele fique bem. 

— O possível e o impossível. — eu disse sério, o encarando — Você não me parece muito determinado. 

— Por causa do namoro de vocês, eu estou sendo obrigado a usar uma arma de novo. — reclamou — Eu aceitei a relação de vocês depois de um tempo, eu sei que o Chan gosta demais de você. Mas o que está acontecendo agora, poderia ter sido evitado. E se você... Sei lá, logo que abandonou sua missão, tivesse voltado para a Coreia, se juntado ao Senhor Park e destruído a sua família, a nossa família, e depois voltado e continuado sua relação com ele? Não seria muito mais fácil? Tudo já teria terminado.

— As pessoas erram, não fique o julgando. Ele estava com medo. — Jongin me defendeu — Se você não quiser ajudar, pode ir embora. 

— Eu já estou nessa a bastante tempo para sair agora. — desviou o olhar — Eu estou com medo. Medo pelo Channie, pela Momo que é grudada nele. Medo de tudo sair do nosso controle. 

— Eu também tenho medo, muito medo. — eu disse — Eu errei, sei disso, mas não tem mais como resolver o passado, então iremos resolver hoje, no presente. Por mais complicado e difícil que esteja sendo o agora. 

— Você é bem determinado, Baekkie, mas até onde você chegaria para salva-lo? 

— Eu daria a minha vida para salva-lo. 

Eu disse sem hesitar, encarando-o nos olhos, sem piscar ou desviar.  

Estava sendo sincero deste o começo, eu faria o possível e tentaria até o impossível. 

Junmyeon suspirou e se levantou. 

— Tudo bem, estamos preparados. — ele disse — A gente vai ganhar. 


Notas Finais


Então é isso ae ~
Esses irmãos conspirando sem a gente saber, é cada coisa que aconteceu

Enfim, gostaram do capítulo? :3
Comentem o que acharam, por favor <3

Até a próxima ~


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