Faz tempo que não venho até a casa da vovó, e uma coisa intrigava-me sempre que vinha. Um dos espelhos parecia não ‘funcionar’ como deveria. Quando criança, via sempre uma mancha esbranquiçada no meio de tudo, não era sequer possível ver a minha própria imagem infantil. Hoje, ao passo que estou de luto pela sua ida, achei novamente esse espelho peculiar. Tirei-lhe o lençol que cobria sua forma decorada e arcaica: vovó sempre foi colecionadora de objetos. Dei uma longa olhada o objeto, e agora podia ler:
Olhe, veja. Sinta o peso de suas ações.
A mancha? Enegrecida. Podre. Estragada.
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