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História Reflexões da Alma - Epílogo


Escrita por: Dasf-chan

Notas do Autor


Olá!

Chegamos ao epílogo... Ao final desta missão à Sibéria russa...
Contudo, não chegamos ao final dos argumentos dessa história pós-Hades...

Agradeço a todos que acompanharam os nossos escritos durante essas reflexões.
Com carinho especial, agradeço às pessoas que comentaram, estimulando a escrita e participando do processo de construção desta história.

Então, nos vemos pelas fics afora...
Bjs! ;-)

Capítulo 34 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Reflexões da Alma - Epílogo

Meu anjo sorria diante daquela situação, suspirando profundamente. Posso dizer que tenho certeza do que ele pensava naquele momento.

Sabia que seu sorriso doce expressava-se em agradecimento aos deuses ao perceber todos ali reunidos. Se novamente precisasse elevar seu cosmo em batalha, estando ao lado daqueles que amava, unidos em prol da justiça e da paz, sei que ele não terá dúvidas ou receios. Lutaria. Lutaria mais uma vez por Athena e pela Terra. Lutaria ao lado de seus irmãos e de seus amigos. Os maiores bens que poderíamos pensar conquistar neste mundo. O amor fraterno e sinceras amizades eternamente regadas por nossa fé no futuro de paz.

-----*-----

EPÍLOGO

As cores alaranjadas do crepúsculo esvaíram-se como os grãos de areia que escorrem pela estreita passagem que une as duas partes de uma ampulheta. A tarde deu lugar à noite fria de inverno, com nuvens altas emoldurando a paisagem brilhante como os pequenos astros constelares que esforçavam-se em fazer suas luzes chegarem aos sentidos dos quais guardavam a vida.

A deusa, ao despedir-se de todos, emanou seu cosmo calmo e amoroso, de maneira que os presentes na arena antiga se aquietassem e deixassem as dúvidas e questionamentos para o dia seguinte. Desejava proporcionar um pouco de paz aos cinco que haviam chegado da missão cumprida com êxito, apesar da insistência de alguns em continuar os assuntos não resolvidos, como os dourados de Câncer e Escorpião, assim como Fênix, que não arredava nem um centímetro do irmão.

Em especial, mirou nosso querido amigo de cosmo róseo e doce, orgulhosa e satisfeita de como ele havia conseguido unir todo o Santuário, fazendo cada um daqueles presentes na pequena arena pensar sobre suas ações a fim de encontrarem-se em suas vidas.

Cada cavaleiro e amazona, ao iniciar da noite, procurara seu recanto, ainda intrigados com os fatos presenciados. Tentavam fazer, cada um a seu modo o que a deusa pedira.

Os dourados seguiram para suas moradas, inclusive meu mestre Camus, que se despedira de mim de maneira tão paternal que emocionou-me a alma dolorida.

Aqueles três meses desde o Equinócio de Outono, no qual Shun havia se sacrificado para trazer de volta à vida os cavaleiros de ouro, estava distante mais de três meses e o final do ano se aproximava.

Tantas batalhas e guerras...

Tantas novas informações e habilidades a serem descobertas e aprimoradas...

Nunca imaginei que o despertar de um pesadelo pudesse ser tão intenso...

Shion e Athena já haviam seguido para o Templo desde o fim da tarde. No alojamento dos cavaleiros de bronze, uma estranha calmaria deixara a todos meio sonolentos. O cosmo da deusa pedia-nos que procurássemos descansar, nos recolher ao sono tão logo terminássemos nossas refeições.

Era como se estivéssemos anestesiados por uma estranha sensação de bem-estar. Até Ikki estava mais calmo, mesmo percebendo a fisionomia ruborizada e ainda febril de Shun.

O que meu anjo precisava mesmo era de umas noites bem dormidas e alguns dias de descanso. Graças às novas habilidades de seu cosmo, herdadas quando teve o corpo tomado pelo deus do submundo, conseguimos extirpar o mal que ergueu-se nas geladas terras da minha amada Sibéria. O lago Baikal e as doces águas que o formam estavam novamente límpidas e livre de qualquer miasma maligno.

No caminho para meu quarto, onde dividia o beliche com Shiryu, pude passar pela porta entreaberta do quarto onde dormiam os irmãos Amamiya. Eu ainda agradecia aos deuses e ao Deus de minha mãe por poder ter a certeza de que meu anjo estava bem, depois do que quase aconteceu a ele por causa de minha teimosia em não deixar minha mãe seguir seu caminho como um ser liberto das amarras do corpo.

Ver Shun dormindo serenamente aconchegado no abraço do irmão, longe de incomodar-me, causava-me uma sensação de paz em vê-lo seguro. Mais paz que essa cena, só a lembrança de que Mu havia levado Kiki para dormir com ele em Áries. Ter aquele pestinha como companhia nos últimos dias havia sido uma provação das mais difíceis... Talvez por ele ter o que eu nunca havia tido até hoje. O carinho paterno, mesmo que não fosse consanguíneo.

Ah...

Como eu invejava aquele ruivinho sapeca...

Mu realmente parece amá-lo com a um filho...

Se bem que, depois do dia de hoje, acho que posso começar a me permitir sentir-me um pouco filho de meu mestre Camus...

Shiryu já havia dormido quando entrei no quarto e deitei na minha cama, no beliche. Fechei os olhos e ainda pude escutar, com meu cosmo e em meu coração o último recado de Saori, que parecia inaugurar uma nova fase celeste com o Solstício de Inverno, após a missão bem sucedida na Sibéria russa.

Dizia a deusa de seu cosmo à nossa mente:

– Meus amados cavaleiros e amazonas.

Ninguém vive só.

Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.

Nossos atos possuem linguagem positiva.

Nossas palavras atuam a distância.

Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.

Ações e reações caracterizam-nos a marcha.

É preciso saber, portanto, que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.

Nossa conduta é um livro aberto.

Quantos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções!

Quantas frases, aparentemente inexpressivas, arrojadas de nossa boca, estabelecem grandes acontecimentos!

Cada dia, emitimos sugestões para o bem ou para o mal...

Qual é o caminho que a nossa atitude está indicando?

Meditem...

Para onde nossos corações estão nos guiando?

Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos lhe examinar a qualidade essencial.

Tenham cautela, pois, com o alimento invisível que fornecem às vidas que os rodeiam.

O destino se desdobra à nossa frente em correntes luminosas de fluxo e refluxo, da mesma forma que as ondas do mar que, ao mesmo tempo que levam, trazem o aroma salgado do oceano. Correntes que nos levam a refletir os sentimentos que realmente inundam nossa alma.

Descansem em paz com a certeza de que as qualidades que hoje exteriorizamos voltarão ao centro de nossa vida, amanhã.

~~~~~ Fim ~~~~~


Notas Finais


A figura de capa: http://www.edreams.de/blog/wp-content/uploads/sites/2/2014/03/susies_ithaca-564x564.jpg

Muito obrigada pelo carinho dos comentários, vcs são uns amores. De verdade!

E obrigada também pelo apoio com a nova fanfic 'Fragmentos de cosmo'
https://spiritfanfics.com/historia/fragmentos-de-cosmo-8285942

Quando penso no que vou escrever, sempre lembro das carinhosas palavras de apoio e me sinto muito feliz.
Obrigada tb aos que favoritam e aos que leem em suas bibliotecas. Muito obrigada.

Chegamos mesmo ao fim...
Tantas reflexões nestes capítulos...
Tantos sentimentos derramados nestas linhas...
Vou sentir saudades...


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