As lágrimas pesadas rolavam por sua face pálida, manchando o novo estilo de maquiagem que inventara para si naquela semana massacrante. Seus olhos azuis fitavam seu reflexo refletido em seu pequeno espelho de bolso com raiva e desagrado de sua própria aparência.
─ Sou bonita. Todos me elogiam pela beleza que possuo. Então, por qual razão ninguém consegue ficar ao meu lado por mais de dois minutos? ─ Questionou para seu próprio reflexo.
A indignação em seu coração era forte demais, levando-a à um questionamento muito conhecido pelas crianças: "Espelho, espelho meu, por qual motivo outras que não são tão belas possuem mais amor e atenção do que eu?"
Nenhuma resposta, obviamente, foi dada para Alice. Espelhos não podiam falar. Pensando estar chegando aos limites de sua sanidade mental por questionar um mero espelho, a jovem o coloca em cima de seu criado-mudo, deitando-se de costas para ele.
Horas foram se passando, Alice ainda se mantinha acordada, pois seu pranto não a deixa dormir. Em um determinado momento, presa entre a consciência e a inconsciência, o passado egoísta, fútil e narcisista da jovem invadiu sua mente semiconsciente, mostrando-lhe a verdadeira beleza que uma pessoa pode possuir: A beleza da alma.
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