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História Reflexos de uma Injustiça - A decisão do juiz


Escrita por: Mumble

Notas do Autor


Primeira vez que exploro a Categoria Séries de TV; enfim que crio um Crossover.
Apesar de utilizar ambas categorias nesta história vinda dos confins de minha criatividade importante eu citar que de nada tem a ver com a série em si e nem o contexto da mesma o enredo é totalmente meu.
Atualizo de acordo com meu tempo e ânimo, porém já tenho metade da história escrita, assim sendo, bem provável que haja 2 atualizações na semana.
Bora ao que interessa… Boa leitura!

Capítulo 1 - A decisão do juiz


Fanfic / Fanfiction Reflexos de uma Injustiça - A decisão do juiz

 

O flagra

A prisão

O julgamento

"O que fizeram comigo me criou, é um princípio básico do universo,

que toda ação cria uma reação igual e oposta!"

V de Vingança

Capítulo 1

O TRIBUNAL ESTAVA ABARROTADO DE GENTE.

O juiz havia promulgado outro recesso, o último, e este para o meu e o alívio de todos os presentes havia chegado ao fim.

Estava inquieta, transtornada e desejava com ardor que esse pesadelo terminasse o quanto antes e que eu fosse declarada inocente voltando assim para o seio de meu lar.

Nasci em Vancouver, mas mudei com minha mãe, ainda pequena, para Seattle quando meu pai recebeu uma proposta de emprego. A beleza dessa região impressiona: picos cobertos de neve, um vulcão altíssimo ao fundo de uma baía imensa. Uma cidade espalhada por colinas, pontilhada por lagos e pinheiros, sempre gostei daqui principalmente pelo fato de não fazer um frio absurdo e nem um calor de verdade, é cinza a maior parte do tempo e está sempre meio friozinho.

Sou noiva de Niklaus Mikaelson.

Conheci Klaus na universidade três anos atrás através de sua irmã Rebekah quando ainda era uma caloura, estávamos no mesmo curso, mas Klaus no quarto semestre sendo que já havia se formado em engenharia e cursava administração para gerir o negócio da família. Não demorou muito para iniciarmos um namoro e toda minha convicção de só me relacionar com alguém depois de me formar e me estabilizar veio por água abaixo – estávamos predestinados – até porque quando a vida te dá belos limões ignorá-los é tolice. O último ano se tornou uma avalanche de surpresas. Após Klaus ter se formado descobrimos a gravidez, algo que nos pegou de surpresa, visto que me prevenia. E novamente nossos planos de só nos casarmos depois que eu também me formasse ruíram.  Tive de trancar a faculdade me dedicando aos preparativos do casamento e chegada da nossa primogênita, contudo, por mais que a situação tenha fugido do nosso controle e que a ordem cronológica de nossos planos tivessem se embaralhado estávamos prontos para o que der e vier e eu acreditava que conseguiria lidar com elas da mesma forma que também achei que conseguiria lidar com minha atual situação.

Fui presa três meses antes quando – tentando embarcar de volta para casa de Oregon depois de uma visita a meu pai e seu mais novo rolo – um guarda me interceptou no aeroporto levando-me a uma sala reservada encontrando, para minha total surpresa, uma grande quantidade de entorpecentes em um fundo falso, além de duas pistolas em minha mala, drogas e armamentos estes que não faço ideia de como foi parar lá dentro.

Tempo depois fui transferida para o presídio de mulheres e agora, quase dois meses depois aqui estou sendo julgada sob a acusação de tráfico de drogas e porte ilegal de armas, contudo, sou inocente.

Inocente. Todos que acompanhavam meu julgamento e me via nesta situação acreditavam nisto, afinal eu não tinha motivos para ter envolvimento com drogas ou armas. Levava uma vida ao qual muitos queriam ter, repleta de felicidade, planos e ainda mais agora com a chegada de minha primeira filha. Fato, eu jamais toquei em entorpecente algum, muito embora já tenham me oferecido, como a boa parte dos jovens e a única arma ao qual toquei fora a de meu pai na infância, por descuido do mesmo, atitude esta que me rendeu uma boa bronca e uns tapas.

Sou vítima de uma armadilha e não faço a miníma ideia de quem possa ter feito isto comigo.

Ao regresso de todos os presentes e após se acomodarem em seus lugares, dentro do tribunal, voltamos todos a nos levantar em reverência ao juiz quando o mesmo, por último, acompanhado pelo escrivão adentrou no recinto.

Meu nervosismo neste momento havia alcançado seu ápice.

Segundo o advogado de defesa meu caso era fácil e ao mesmo tempo difícil de ser solucionado. Fácil, pois sou considerada ré primária e tinha os testemunhos daqueles que conviveram comigo e atestaram jamais notar um comportamento que me denunciasse como usuária de drogas ou portadora de alguma arma ilegal, sem contar que exames toxicológicos foram feitos e não encontraram drogas em meu organismo Difícil, pois a companhia aérea investiu na acusação enviando ao tribunal Adam Hillman, pelo que soube, um excelente e renomado advogado criminalista conhecido por jamais perder um caso.

Havia provas contundentes contra mim, afinal houve o flagra e a presença de testemunhas.

Pelas imagens capturadas nas câmeras do aeroporto em que estive em momento algum foi mostrado que minha mala fora substituída por outra ou tocada por terceiros, o que aparentemente, levaram todos a acreditarem que eu estava ciente do conteúdo que carregava comigo, mesmo não sabendo. Como se não bastasse, duas das testemunhas advertiram que eu estava inquieta e parecia estar ansiosa na hora do chek in, o que de fato não é uma mentira, pois não aguentando esperar minha próxima consulta do pré-natal acabei indo a uma clínica e soube finalmente qual era o sexo de meu bebê horas antes e estava ansiosa para contar a Klaus, minha mãe e a família dele que era uma menina, claro foi explicado diante de todos as minhas razões e apresentando provas agora restava saber se as mesmas são plausíveis perante o conselho de sentença que deliberariam meu destino.

A promotora do Ministério Público Roberta Perkash, antes da votação, pediu pela minha absolvição ou atenuante aplicável à provável pena, fora isto, o único argumento que me favorecia era o depoimento dos quais conviveram comigo, já que não havia alguém ao qual pudesse redirecionar as investigações, tendo em vista que, não tinha ideia de quem ou em que momento as armas e drogas foram depositados em um fundo falso em minha mala.

— Podem se sentar! — ordenou o juiz e instantes depois todos tornamos a nos acomodar.

Um oficial de justiça recolheu as cédulas de votação e as entregou para o juiz que tornou a se retirar do auditório para contabilizar os votos.

Estava nervosa e tentava, a todo custo me acalmar, por mim e mais ainda por Arabella, minha filha de 7 meses. Acariciava meu ventre, minha filha se remexia muito como se soubesse que a decisão do conselho de sentença argumentada em instantes pelo juiz comprometeria nossas vidas para sempre.

Podia ver minha família, amigos e a família de meu noivo. Estavam todos ali presentes no tribunal, porém alguns rostos eu não conhecia, deduzi serem estudantes de direito, mas boa parte eu sabia quem eram.

Ao lado da bancada podia ver Klaus, o pai de minha filha acompanhado por Rebekah, sua irmã e seu namorado Stefan, minha futura cunhada e junto deles também estavam Esther e Mikael, pais de meu noivo além de Liz, minha mãe. Todos me fitavam apreensivos e entusiasmada, crente no fim desse terrível pesadelo, acabei por lhes lançar um olhar sereno, visando não preocupá-los, pois estava convicta que justiça seria feita.

Todos aguardávamos ansiosos pelo veredicto final.

O juiz não demorou a retornar ao plenário e assim que ocupou seu posto se pronunciou:

— Que fiquem de pé! — ordenou e rapidamente todos levantaram novamente com os olhos fixos nele.

Um burburinho de vozes começou a preencher o ambiente todos murmurando em expectativa à espera da decisão final.

— Silêncio no tribunal... silêncio! — exigiu o juiz e todos se calaram.

Mais uma vez fitei Klaus, meu futuro esposo, que me observava atentamente.

— Vistos e analisados os fatos correspondentes a esta causa, considerando e revisando todas as provas criminais juntamente aos depoimentos das testemunhas decido que o pedido condenatório da ré Caroline Forbes, sobre a acusação de tráfico de drogas e porte ilegal de armas... procedentes! — pausou minimamente quando um burburinho se iniciou, mas logo prosseguiu. — Levando-se em consideração o apelo da promotora do Mistério Público Roberta Perkash informo aos presentes que a pena fica dosada em 7 anos de reclusão a ser cumprida na penitenciária feminina do condado de Oregon em regime fechado.

A comoção fora grande. Todos começaram a chorar e por mais que gritasse que era inocente e que tinham condenado a pessoa errada era em vão, pois o juiz já havia encerrado sessão.

Minha vida estava prestes a mudar completamente.



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