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História Reflexos de uma Injustiça - Inocência


Escrita por: Mumble

Capítulo 12 - Inocência


Fanfic / Fanfiction Reflexos de uma Injustiça - Inocência

Capítulo 12

EU TINHA DE IMPEDI-LA CASO CONTRÁRIO MORRERIA de dor na barriga.

— Para Lexi, para, para — implorava entre as risadas, mas estava ficando difícil falar.

Lexi tinha me achado atrás do chafariz onde eu havia me escondido, brincávamos de pique esconde só que da nossa maneira e ao me encontrar começou a tortura, a princípio gostosa, das cócegas, contudo depois minha barriga começou doer, meu ponto sensível.

Quando minha babá por fim parou recuperei o fôlego, mas antes que eu pudesse planejar alguma vingança contra ela, ouvi alguém chamando por mim.

Foi uma vezinha só e eu não demorei a achar de onde vinha a voz, no começo eu não a reconheci, mas mesmo de longe seu rosto era familiar para mim, pois eu já tinha visto-a em algum lugar, tentei vasculhar minha mente para identificá-la.

— Conhece essa mulher Bella? — perguntou Lexi também olhando em direção ao portão.

Assenti balançando a cabeça tentando lembrar onde a tinha visto.

Eu não entendia o que estava acontecendo, uma outra mulher que usava óculos segurava seus braços como se não quisesse que a mulher que me chamou entrasse, não gostei de sua atitude, pois se essa segunda mulher deixasse ela chegar mais perto talvez eu conseguisse lembrar mais rápido; ela queria entrar tanto que até chorava, mas era impedida, fiquei triste por ela.

— Quem é ela Bella? — Lexi tornou a questionar se abaixando até nivelar sua altura com a minha olhando de mim para o portão e do portão de novo para mim.

Eu sabia quem era ela, eu sabia, a resposta estava na ponta da língua, mas não saia. Dei um passo decidida a ir até ela e vê-la de pertinho, mas Lexi agarrou meus braços, igual à mulher de óculos fazia com, com a minha, com a minha… mamãe.

— Lexi é a minha mãe! — disse tentando me livrar de suas mãos querendo correr para perto daquela mulher. — Me solta Lexi, é a mamãe.

Era ela, era ela sim.

Meu coração começou a bater que nem um tambor de tanta alegria que senti.

Uma das muitas vezes que fui na casa de meus avós eu, brincado de pique esconde com a Anna, filha da empregada de lá, acabei entrando no quarto que diziam ser da tia Rebekah para me esconder, eu não a conheci, mas meus avós me explicaram que ela tinha feito uma viagem e que não voltaria nunca mais, nunquinha. Lembro que quando entrei para me esconder lá dentro do enorme closet acabei deixando uma caixa cair e quando fui arrumar encontrei umas fotos da titia com o papai, mas uma em especial chamou minha atenção, nela estavam o papai, a titia e essa mesma mulher que me chamou no portão, ela, assim como a titia estava abraçada ao papai e quando eu perguntei pro vovô quem era aquela moça ele disse que se chamava Caroline e que era a minha mãe, claro a vovó Esther ficou brava com o vovô Mikael e disse que ele não podia ter me dito, coisa que não entendi, acho que a vovó não gosta da minha mãe. Ela tomou a foto de mim a rasgando-a não sei por que, mas eu nunca esqueci aquele rosto e nem o nome, pois papai sempre me enrolava quando o assunto era minha mãe, ou melhor, todos me enrolavam.

Adultos são mais complicados que as crianças!

— Arabella, eu sou a Caroline, sua mãe… eu voltei! — gritou só para me dá a certeza de que era mesmo ela.

— M a m ã e… — gritei de volta tentando me livrar das mãos de Lexi, mas eu sou pequena e não consegui.

— Não Bella deve ser alguém parecida... não é ela docinho, vem vamos pra dentro! — insistia Lexi a me dissuadir a crer que eu estava enganada, mas eu não estava.

— É ela sim Lexi, você não ouviu? É ela!

Foi inútil minha babá por ser maior e mais forte conseguiu me arrastar para dentro de casa e por mais que eu pedisse, chorasse e me debatesse em seus braços para que me deixasse sair eu não era ouvida. Tentei correr por diversas vezes, mas ela sempre me alcançava e me impedia.

— Era sim Lexi, era ela sim eu sei que era e ela ainda disse meu nome, disse quem era, era ela sim! — reafirmei batendo o pé mais uma vez na tentativa de convencê-la.

Lexi me olhava como se eu estivesse louca.

— A mamãe é minha, como eu não vou saber quem é ela? Você é uma mentirosa que quer que eu me passe por louca, que coisa feia Lexi… quem devia estar de castigo é você, não eu! — resmunguei brava correndo pra longe dela.

— Não era ela Arabe... — não deixei que ela terminasse, frustrada a deixei sozinha correndo escada acima.

Ao chegar ao meu quarto joguei minhas bonecas de cima da cadeira de balanço – visando deixá-la mais leve – e a arrastei deixando-a de frente à porta que dava acesso a sacada, empurrei a cortina cor-de-rosa para o lado encontrando, por fim, a maçaneta a abrindo.

— Mamãe — choraminguei caindo de joelhos quando não vi mais ela no portão através da sacada.

Olhei pro céu azul e pedi pro papai do céu e pro filhinho dele que deixasse que a mamãe voltasse.

Eu enterrei meu rosto em minhas mãos e chorei ainda mais.

[…]

— Está boa a macarronada Bella? — perguntou Lexi, minha babá, me observando comer sentada frente a mim.

Papai estava demorando para chegar, nos sábados ele sempre chegava cedo e justamente hoje, quando eu queria ter uma conversa de filha para pai ele demora.

Estava impaciente.

— Está — disse sorrindo em resposta. — Minha comida favorita, macarrão com queijo.

Eu já tinha perdoado a Lexi, não conseguia ficar com raiva de ninguém por muito tempo e aliás, eu conversaria com papai, ele sim poderia me levar para vê-la.

— Que horas o papai chega Lexi? — perguntei pela nona vez. — Você disse que ele já estava vindo e isso tem um tempão.

Outra garfada deliciosa e após outra risada de Lexi...

— Isso não foi nem há dez minutos Bella — disse suspirando audivelmente. — Vamos termine de comer, seu pai já está vindo.

Mal terminei de enrolar o macarrão no garfo papai irrompeu na sala de estar com sua habitual pasta nas mãos a deixando em uma cadeira distante. A fome foi embora neste exato momento, e eu com toda a minha expectativa de falar com ele larguei o garfo abandonando a mesa correndo em sua direção.

— Papai você chegou — disse animada contornando a mesa e chegando até ele. — Por que demorou tanto?

Ele sorriu me pegando no colo.

— Reuniões e mais reuniões pequena, e essa boca suja de molho em mocinha? — peguntou em tom de repreensão fazendo careta de nojo.

Sorri imaginando a bagunça envolta da minha boca, minha vontade era passar a manga do pijama que eu usava, mas se eu fizesse isso papai se zangaria, pois segundo ele tínhamos muitos guardanapos para isso.

— Já terminou de jantar filha? — questionou trivialmente, mas com o semblante preocupado.

Não soube o que dizer. Na verdade não tinha acabado de comer, mas também não tinha mais fome.

— Bella venha e termine de comer o que está no prato! — advertiu minha babá olhando de mim para o prato ainda com a metade do macarrão.

Lexi e papai se cumprimentaram e trocaram olhares sugestivos enquanto ele me descia de seu colo me levando de mãos dadas até o lugar que eu ocupava na mesa de jantar.

— Papai eu não quero terminar de comer — impus fazendo beicinho. — Eu quero ter uma conversa com você sobre...

Ele suspirou longamente.

— Eu sei, Lexi já me ligou e contou tudo. Termine de comer Bella, enquanto isso eu vou tomar um banho, te encontro no seu quarto, está bem? — objetou por fim.

Não sei por que ele perguntava se eu concordaria ou não, afinal sempre acabava sendo do seu jeito.

Fiz como o combinado. Relutante terminei de jantar levando algumas broncas de Lexi por comer com pressa demais e fui para o meu quarto ansiosa.

Voltei a escovar os dentes por insistência da minha babá controladora e depois finalmente sentei em minha cama esperando por papai.

Ele gostava de judiar de mim, pois eu tive de esperar muito. Se eu não estivesse nervosa certamente teria dormido a sua espera, mas esta noite não era assim, pois sabia que tão cedo eu não dormiria.

— Papai aí está você — disse com o tom de voz sereno e diferente quando ele inesperadamente entrou em meu quarto. — Já não era sem tem tempo não é mesmo?

Ele sorriu abertamente caminhando até a cama e sentando-se nela me arrastando para seus braços, ato que aceitei de bom grado.

— Pois bem Bella aqui estou eu, mas antes que comecemos já advirto que seu comportamento quando nos falamos hoje mais cedo no telefone eu não aprovei nadinha.

Arregalei os olhos.

Santa Cassilda, começamos mal.

— Desculpa ter te deixado falando sozinho papai, é que você me tira do sério as vezes — confessei suspirando, mas dizendo a verdade.

Outra risada, desta vez mais estrondosa, papai sabia me surpreender.

— E eu achando que fosse o contrário... — rebateu em meio a risos, não entendi muito bem então ignorei, deixando que ele prosseguisse. — Lexi me disse que vocês hoje foram ao jardim, brincar, claro contrariando o castigo que te impus, certo?

Dei de ombros, a culpa não foi minha, Lexi quem insistiu e eu só concordei.

— É papai, foi assim mesmo, brincávamos de pique esconde quando...

— Quando uma mulher chamou no portão e você achou que fosse Caroline, certo? — acrescentou me interrompendo me colocando em seus braços para que eu pudesse olhá-lo bem de pertinho.

Me ajeitei em seu colo, ficando confortável.

— Não era uma mulher papai e eu não achei nada, eu tenho certeza e ela mesma admitiu — lhe corrigi. — Era a minha mamãe!

Ele deu um meio sorriso fraco.

— Filha, não era ela, devia ser alguém parecida, não era...

Franzi o cenho.

— Era ela sim! — confirmei mais uma vez o olhando seriamente. — Ela era a mesma e me chamou de filha e disse que era minha mãe!

— Foi uma brincadeira Arabella...

— Não papai, não foi assim e meu avô Mikael me mostrou uma foto uma vez, era ela sim papai acredite em mim, por favor — supliquei.

Papai me fitou por um longo momento com a sobrancelha erguida, a mesma expressão que Lexi fez.

Ele não acreditava em mim.

— Definitivamente aquela mulher não é sua mãe minha filha, não era ela, você se enganou querida.

Puxei o ar pelo nariz, uma respiração profunda e longa, mas este ato não foi o suficiente para conter a raiva que eu sentia por todos acharem que eu era uma louca.

— Era ela sim papai, você está mentindo seu mentiroso! — Cuspi essas palavras saindo de seu colo revoltada já começando a chorar. — Ela chamou por mim, disse meu nome, disse quem era e era a mesma da foto, se não fosse ela não teria como saber como me chamo, vocês todos são uns mentirosos pensando que eu sou boba.

Papai levantou da cama fechando ainda mais a carranca, me encolhi minimamente quando ele se aproximou de mim, temi que eu fosse levar minha primeira surra, assim como uma amiguinha minha me contou no colégio depois de aprontar, mas isso não aconteceu.

— Jamais volte a falar neste tom comigo e nem a me desafiar Arabella. — disse severamente segurando meus braços firmemente. — Tudo o que eu faço é pensando em seu bem. Jamais volte a me contrariar dessa maneira se não vou te mostrar como te educar de outra maneira, entendeu?

Sacudi a cabeça incapaz de falar com os dentes trincados.

— Escute... você não tem mãe Arabella, você só tem a mim, seus avós e sua babá — alegou ficando de joelhos frente a mim fazendo com que eu chorasse ainda mais. — Esqueça o que aconteceu hoje.

Soltei um grande suspiro de dor em seguida esfregando minhas mãos em meus olhinhos.

— Eu tenho mamãe sim! — choraminguei. — Todo mundo tem papai, todo mundo e eu quero a minha, por favor, não minta mais se não vou contar pro vovô para ele te castigar. — adverti disposta a fazer isso mesmo, ele é meu pai, mas estava merecendo.

Papai me abraçou fortemente depositando beijos estalados na minha testa me levando de volta para a cama.

— Não, com você é diferente amor…

— Mas eu não quero ser d i f e r e n t e papai!

— Filha você teve uma mãe, mas não tem mais.

Ele mentia, ele mentia, quem deveria estar de castigo era ele e não tão somente eu.

Tentei sair de seus braços, mas ele não permitiu.

— Seu pai está fazendo o melhor para você querida, o melhor, nunca duvide disso — disse afagando meus cabelos me consolando.

Sua respiração assim como a minha estava ofegante.

— O melhor seria eu ter a mamãe comigo papai, traz ela, ou me leva até ela — supliquei soluçando. — Por favor, é só o que eu quero, o que mais quero.

Seu silêncio já me deu a resposta que eu não queria.

— Conversarei com seus avós amanhã Bella, eles estão pensando em viajar para o Canadá, e eu quero que você e sua babá vá com eles, que tal? — sugeriu fazendo com que eu me animasse.

Era para eu ficar contente, e era o que o papai esperava, mas agora que minha mãe sabia onde eu estava eu não iria querer ir mais para lugar nenhum que não fosse esperar seu regresso.

— E a escola... ainda falta muito para as férias papai! — tentei arranjar desculpas.

Papai passou a me ajeitar na cama me preparando para dormir.

— Não se preocupe filha, eu converso com a diretora, você vai com seus avós sem problemas.

Fechei a cara fazendo bico, papai nunca abriria uma exceção dessas, ele queria que eu fosse para longe para minha mãe não voltar ou se voltasse queria que não estivesse aqui, eu tinha certeza.

— Eu não quero ir papai, quero ficar aqui e esperar a mamãe vir de novo! — disse firmemente sabendo quais eram suas reais intenções, posso ser pequena e não saber a tabuada de cor e nem conjugar alguns verbos, mas não era burra.

Papai fungou e seus olhos se estreitaram um pouco, avaliando minha expressão por um tempinho que julguei ser muito.

— Você é muito perspicaz pro meu gosto mocinha! — indagou voltando a sorrir.

O olhei confusa, não sabia o que ele queria dizer, mas tinha certeza que não era nada daquilo.

— E isso é ruim? — perguntei curiosa.

Papai ficou em um impasse.

— Não sei o que responder — disse dando de ombros. — O que sei é que essa mulher que você acredita ser sua mãe não voltará e você vai nessa viagem com seus avós e ponto.

Meus olhos voltaram a arder.

— Não... eu não vou! Ninguém vai me tirar daqui, ninguém — esperneei ficando brava de novo jogando o cobertor que papai tinha me coberto para longe cruzando os braços.

Papai bufou, novamente ficando estressado.

— Arabella — repreendeu-me zangado. — Pare de birra, quer levar umas palmadas, quer?

Não o respondi joguei os travesseiros no chão junto com alguns de meus ursos.

— Você sabe que será você quem arrumará essa bagunça, não sabe? — disse sem gritos enquanto me deixava descontar minha raiva.

Comecei a chorar de novo, ele não me entendia, ninguém me entendia.

Cansada desisti de arremessar minhas coisas no chão.

— Eu vou embora papai, se você não me levar até a mamãe eu vou embora para ir atrás dela — sentenciei, por fim, decidida a fazer isso mesmo.

Ele estava se avolumando sobre mim num instante.

Me encolhi sobre seu olhar severo.

— Você... isso não será tolerado Arabella, fazer chantagem comigo? — repetiu em nítido tom de decepção. — Você está de castigo por mais uma semana, fora a que você já estava menina rebelde.

Dei de ombros, não me importando só ficando magoada com sua atitude.

— Arrume essa bagunça antes de dormir — ordenou me olhando ainda com o olhar zangado parado na porta. — E tenha uma ótima noite.

Ele não disse mais nada, somente abandonou o quarto tempestuosamente e me deixou chorando sozinha.

Me atirei na cama e comecei a gritar o mais alto que eu podia; era tão injusto.

Não sei quanto tempo fiquei ali soluçando e chorando só sei que quando ouvi um barulho de chave na porta corri até ela e me dei conta que ela estava trancada. Eu tentava abrir, mas não conseguia.

Eu tinha de sair e ir procurar por minha mãe, não poderia viajar e correr o risco dela vir me ver de novo e não me encontrar, definitivamente não podia.

Tirei meu pijama colocando uma roupa qualquer, a primeira que avistei e sentei por um tempo agarrando meu urso de pelúcia decidindo o que eu faria para sair dali, estranhamente a bagunça não me deixava pensar em outra coisa, então relutante passei a ajeitar o quarto e quando peguei o lençol nas mãos e ia estendê-lo na cama inesperadamente algo me veio à mente.

Não pensei, somente fui em direção à cadeira de balanço novamente a afastando e quando abri a porta que dava para a sacada fiquei analisando, não era lá muito alto, dizia minha mente para mim mesma a fim de me encorajar.

Acabei levando a cadeira de balanço até meu armário abri as portas, subi na cadeira e puxei os outros lençóis dobrados jogando-os no chão. Quando julguei que a quantidade era boa desci da cadeira e rapidamente os desdobrei e comecei amarrar o mais forte que eu podia todas as pontas formando uma corda, quando terminei peguei minha mochila da escola a esvaziei e coloquei tudo o que eu precisaria para a fuga.

Após colocar escova de dente, pasta, algumas roupas, meu cofrinho e meu urso panda fechei o zíper e com uma das mãos arrastei a mochila e com a outra a corda de lençóis até a porta que dava a sacada.

Fiquei indecisa por um momento olhando a altura da sacada para o gramado, mas não o suficiente para me fazer desistir.

Primeiro eu joguei a mochila que caiu fazendo um estrondo horrível e abafado por causa das moedas, temi por alguém ter ouvido e esperei voltando ao quarto, contudo depois de um tempão sem ninguém aparecer fui novamente até a sacada dessa vez atirando a corda de lençóis sobre o parapeito, que não era muito alto, amarrando a ponta na grade de ferro.

Voltei ao quarto peguei meu caderno de escola jogados em um canto e uma canetinha rosa sentei na cadeira da mesinha, que geralmente eu brincava de tomar chá com minhas bonecas, e com a letra mais legível que pude deixei uma mensagem pro papai.

Queria não ter de ir, queria não deixar minhas bonecas, mas papai não poderia me separar da mamãe, não poderia.

Deixei a carta na escrivaninha ao lado da minha cama entre meu despertador e meu globo de neve e voltei até a mesinha ao qual estava pegando a cadeira de plástico e a levei comigo.

Olhei mais uma vez para a altura não me permitindo ficar com medo.

— Se o príncipe da Rapunzel conseguiu, e o Flynn Rider de Enrolados também... comigo também tem de dar certo! — murmurei confiante na calada da noite subindo encima da cadeira.

Não foi tão difícil me pendurar na sacada e me agarrar ao lençol, isso foi moleza, o difícil era olhar para baixo e não poder voltar para trás.

Com as pernas e os braços enrolados comecei a descer lentamente, com muito cuidado, o vento que batia me fazia tremer, não sei se de frio ou medo. Quando cheguei quase na metade do caminho duas coisas simultaneamente ocorreram, um dos lençóis acima se desprendeu um do outro e em segundos tudo ficou preto.



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