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História Refúgio e liberdade - Algo para afligir


Escrita por: juvcamil

Capítulo 73 - Algo para afligir


{Angélica}

Descemos de volta até a sala. Terminamos de comer nosso bolo com sorvete que a esse ponto já estava todo derretido, no entanto, nós dois fomos pegar mais na cozinha logo em seguida. Estava delicioso que se deixasse, comeríamos inteiro facilmente. 

O tempo foi passando e até que demorou pra passar. Resolvemos ver um filme juntos na sala, depois que comemos. Fiz Jaime tirar os sapatos dos pés e se esticar no sofá pra eu poder ficar no meio de suas pernas e me encostar nele e nessa brincadeira de nos encostar no sofá, assistindo filme acabamos dormindo, os dois juntos. E acho que dormimos bastante, porque acordei meio rápido e já fui olhando pra cortina da sala. O céu estava escuro e com um cobertor em cima das minhas pernas, cobrindo eu e Jaime. Vou abrindo melhor os olhos e logo olho para o lado. Jaime me observava atento. Sorri pra ele, ele sorri pra mim e eu só puxo seu rosto para encostar nossos narizes e deixar um selinho em seus lábios. 

Jaime: Acho que nosso cochilo durou bastante. Olha já é de noite! – ele aponta pra janela.

Angélica: Sim... – jogo meu braço pra cima dele fechando os olhos. Ele me abraça.

Maria: Dorminhocos, o jantar já está na mesa. – minha mãe se aproxima de nós. 

Angélica: Porque não acordou a gente antes mamãe? – reclamo, me virando ainda deitada para a direção que ela estava. – Queria te ajudar com o jantar.

Maria: Ah não filha! Eu jamais faria isso, vendo vocês tão bonitinhos dormindo. Minha única reação foi jogar o cobertor em cima de vocês. – agora está explicado porque estávamos cobertos. Jaime fica todo sem graça quando minha mãe diz. Ele sorri largo e suas bochechas coram. 

Jaime: Éh, foi maravilhoso esse momento com vocês aqui, mas acho que está tarde. Preciso ir embora! 

Angélica: Ah não amor! Vamos jantar primeiro, por favor...  – saio de cima dele e ele vai se ajeitando, após nos descobrimos.

Jaime: Eu acho melhor não, Angie! – ele vai colocando seus sapatos. Faço bico e cruzo os braços. 

Angélica: Jaime... – digo mais séria e desanimada. Ele me olha meio palhaço, querendo rir e não querendo ao mesmo tempo. – Você vai ficar? – pergunto de novo.

Jaime: Você acha que eu ia te deixar chateada mesmo? – ele pega em minha mão. Minha mãe sorri colocando a mão na boca. 

Angélica: Não sei...  – entorto os lábios desviando o olhar. Jaime vira meu rosto rapidamente e deposita um beijo rápido em meus lábios. 

Jaime: Sabe sim! – ele diz sério segurando meu queixo. 

Maria: Bem, os espero na cozinha. – minha mãe estava de camarote vendo nossa ceninha infantil. Que vergonha! 

Angélica: Minha mãe tava aqui, Jaime! – tiro sua mão do meu queixo, assim que ela sai.

Jaime: Mas o que que tem? – ele se levanta e ergue suas duas mãos em minha direção para me ajudar a levantar. 

Angélica: Vamos jantar logo antes que você queira me deixar... – me levanto sem ajuda de suas mãos, caminhando em sua frente. Fazendo pouco caso de sua presença.

Jaime: Ei mocinha... – ele vem atrás de mim e abraça a minha cintura com força, puxando meu corpo para ele me parando. Eu gargalho por impulso e pelo susto do impacto do meu corpo e do Jaime. Assim que ele impede meu caminhar, fasta meu cabelo para o lado e coloca a boca em meu ouvido. – Te amo! – em seguida que ele diz, beija a cartilagem da minha orelha carinhosamente. Fecho meus olhos, sentindo meu corpo reagir ao seu jeito de falar comigo e a sua voz tão gostosa, grossa e sedutora, dizendo que me ama bem baixinho no ouvido. Os pelinhos do meu braço se ouriçaram. Jaime sorri, passando a mão neles, sentindo meu arrepio. – Isso foi bom pra você? – pergunta pela forma que fiquei após ele dizer tão poucas palavras e que não deixavam de ser clichê, mas que para mim, era a coisa mais maravilhosa de se ouvir de quem se ama de verdade. 

Angélica: Você não tem ideia do quanto tudo que você fala, faz, demonstra e faz por mim me deixa louca. – digo me virando aos poucos para ele, até ficar rente aos seus olhos. 

Jaime: Quem me deixa louco é você com esse seu jeito doce. – ele acaricia minha bochecha com as costas de seus dedos. Sorrio terna, desviando meu olhar do seu. 

Angélica: Vamos jantar? Mamãe deve estar nos esperando. 

Jaime: Vamos amor. – sorrimos de modo sincronizado demos um selinho em seguida e de mãos dadas, seguimos até a cozinha.


 

Maria: Pensei que vocês não iam vir mais. – disse mamãe, terminando de arrumar a linda mesa do jantar finalizando a arrumação com uma jarra de suco ao meio.

Angélica: Eu também mamãe, mas vinhemos. Não foi demorado para convencer esse moço aqui. – digo irônica me referindo ao Jaime que puxava uma das cadeiras da mesa para eu poder sentar. 

Jaime: Ah, mentira! Eu nem fui resistente. Você conhece todos os meus pontos fracos e conhece todo o jeito de me atingir com suas carinhas, trejeitos, expressões. – ele puxa a cadeira para minha mãe sentar conforme falava. Minha mãe ri. Eu reviro os olhos, sorrindo. 

Angélica: Agora chega, chega! Vamos comer que eu estou faminta. – digo já revirando as panelas, no entanto eu sirvo primeiro minha mãe e me sirvo em seguida. 

Começamos a comer. Comíamos em silêncio. Por vezes meu olhar se cruzava com o de Jaime que dava garfadas fartas na salada de seu prato. A comida da minha mãe estava divina como sempre. Ela tinha o dom na cozinha e tudo que eu sabia, tinha aprendido com ela. 

Maria: Vocês estão muito quietinhos, o que acontece? – minha mãe nos estranha. 

Jaime: Sua comida está maravilhosa, sogrinha.

Maria: Obrigada querido! – minha mãe sorri. Eu sorrio junto, ainda degustando a comida do meu prato. 

Angélica: Sim, mãe. Está incrível! – toquei sua mão sobre a mesa e sorrimos juntas.

Após terminarmos nosso jantar, descansamos um pouco e logo Jaime resolve mesmo ir embora. Não queria, mas ele precisava. 

Jaime:  A conversa está ótima, mas agora eu preciso ir mesmo. – diz se levantando do sofá. Entortei os lábios, mas me levanto junto dele. 

Maria: Fica mais querido. Pra que essa pressa toda?

Angélica: Minha mãe tem razão. Amanhã você nem vai fazer nada de importante. 

Jaime: Vou sim, vou descansar pra poder ficar o dia todo com você, claro, se sua mãe me permitir vir de novo aqui.  – ele diz acariciando meu rosto, em seguida virando pra falar com a minha mãe. 

Maria: As portas daqui de casa estão abertas pra você, Jaime! 

Jaime: Eu sabia que sim! – rimos os três. 

Angélica: Bem, te acompanho no portão, então... – pego em sua mão. Ele assenti.

Jaime: Boa noite Maria! Nos vemos... – se ergue beijando a bochecha dela.

Maria: Descansa querido e venha quando quiser.

Jaime: Pode deixar. Obrigado! – ele volta sua atenção a mim. – Me leva então? – movo a cabeça positivamente. 

Abro a porta da sala girando a maçaneta e fecho assim que ele passa pela mesma. Fomos descendo uns poucos degrauzinhos ali, até chegar no portão de baixo, o abro com a chave e Jaime passa para fora do mesmo, virando-se para mim. 

Angélica: Descansa bem... – digo enquanto sentia uma de suas mãos acariciando meu rosto, enquanto a oposta apertava carinhosamente minha cintura.

Jaime: Vou descansar bem, porque não vou parar de pensar em seus olhos, em seu sorriso e no seu amor. – meu sorriso sai automático e eu simplesmente me aproximo mais dele e o abraço, encostando minha cabeça em seu peito o apertando bem firme em meus braços. Jaime por sua vez me envolve pela cintura me subindo um dos degrauzinhos para ficar mais a altura dele. – Com esse abraço, você está me fazendo ficar com mais vontade de ficar.

{Jaime}

Angélica: Queria tanto. – diz pregada em meu abraço, toda manhosinha. 

Jaime: Eu também, mas por enquanto vamos deixar assim. – vou me desprendendo e pego em seus antebraços a medida que me afasto dela. – Amanhã chega logo, procura dormir, eu também vou fazer isso quando chegar. – ela move a cabeça positivamente, olhando para baixo. Levanto seu rosto com os dedos em seu queixo. – Eu te amo! – digo olhando para seus lábios e para seu rosto Angelical e sem ao menos eu esperar, ela se aproxima com sua boca do canto da minha, depositando um beijo calmo e demorado. Ela afastá-se por uns segundos, me olha nos olho e foca novamente para meus lábios, dessa vez induzindo sua cabeça para tomá-los de verdade.

Nossas bocas se abrem e nossas línguas se cruzam sutilmente a medida que nossos lábios também se roçavam. Sinto uma respiração mais intensa de Angie se formar e bater em meu rosto. Aperto nossos corpos através de nossas cinturas e sinto ela tremer. Mordo seu lábio inferior e em seguida o chupo, puxando levemente com a minha boca. Angie aperta meus ombros e aos poucos vamos terminando o beijo com dois selinhos intentos. Assim que desencostamos nossas bocas, nossos olhos se cruzam bem de perto. A lua estava cheia nessa noite, iluminando nosso altar nesse clima de puro amor. Ela estava séria, mas eu queria ver seu sorriso. Nossas respirações se misturavam por estarmos com os rostos muitos próximos ainda. 

Angélica: É verdade o que você disse sobre a gente casar e ter filhos um dia? – ela indaga de repente. 

Jaime: Sim. É a nossa verdade e a nossa realidade futura. – era a coisa mais linda do mundo ver a Angie sorrir e eu adorava causar isso nela, e principalmente, em seguida receber um abraço apertado de seus braços e um “Eu te amo” em forma de sussurro. 

 

{Angélica}

Entrei dentro de casa. Jaime era minha paz simplesmente. Me sentia até mais confiante e tranquila em ficar longe dele. Assim que entro, encosto minhas costas na porta da sala, esquecendo completamente que minha mãe estava na sala ainda. Ela me olha perplexa. Acho que demonstrei demais minha satisfação, pós despedida.

Maria: Está bem filha? – ela pergunta. Suspiro e saio do meu transe. 

Angélica: Ah, sim, sim mamãe! Estou ótima! – sorrio, desencostando da porta da sala e indo até o sofá para me sentar.

Maria: Seus olhos até brilham! Não tenho dúvida de que Jaime é o principal causador disso. – sorrio boba.

Angélica: Ele sempre é o causador de muitas coisas em mim mamãe. Hoje eu posso dizer que estou realmente apaixonada. Sou a apaixonada mais boba, chata e babona que existe sim, mas... Tenho orgulho de saber que tudo é pelo amor que sinto.

 

{Jaime}

Cheguei no meu quarto de hotel. Lógico, depois de um dia inteiro com a minha Angie, era terrível o vazio que se sentia em chegar num lugar onde você estava só e no máximo a companhia que tinha era televisão de quarto. Deixei as chaves do quarto sobre a cômoda junto do meu celular e fui até as minhas malas no canto direito da cama, no qual eu nem tinha tirado minhas roupas de dentro, e fui até elas para pegar um moleton e uma regata para usar após meu banho. 

Deixei tudo separado sobre cama me desnudei rapidamente, tirando peça por peça das roupas com que cheguei e me direcionei ao banheiro. 

Encosto a porta sem trancá-la e vou até o box de vidro arrastando aquela porta ao lado esquerdo. Entro e encosto metade da porta. O ligo rapidamente e por incrível que pareça a primeira remeça de água sai quentinha. Aproveito e me jogo de baixo da maravilhosa temperatura da água que passou a cair sobre meu corpo. Apreciei ao máximo e relaxei bastante o meu banho, mesmo imaginando que seria muito melhor se a Angie estivesse aqui comigo. 

Quando terminei, sai do box do banheiro, passo as mãos em meus cabelos jogando-os para trás fazendo a água escorrer dos fios. Minha mão também passa pelo meu rosto, tirando o excesso das gotículas de água do mesmo e depois desse típico ritual, puxo a toalha pendurada, me seco um pouco e depois a enrolo em minha cintura a medida que já vou saindo o banheiro. A primeira coisa que noto ao sair era meu celular que acende e depois de duas vibrações que aparentemente parecia somente mensagem, ele começa a tocar. Não estranho meu celular chamar a essa hora porque logo imaginei que era a Angélica, mas para a minha surpresa, não era ela. Olhei bem o número e não o tinha salvo nos meus contatos, aparecia como desconhecido, no entanto, resolvo atender. 

Jaime: Pois não? 

– Está ouvindo ela, ESTÁ OUVINDO? Eu tô com ela! – um cara de voz bem grossa falava ao telefone. Meu coração simplesmente gela e minha boca seca no mesmo instante. Meu corpo meio que involuntariamente se senta sozinho na cama e eu fico sem ação, só escutando. – Me ajudaaaaa amor! Me ajudaaaaa!!! – o que de fato me intimidou foi escutar essa voz tão feminina e inconfundível pedindo ajuda. Ela gritava forte. Meu Deus, eu não queria acreditar que a Angie estava em apuros. Mas como? 



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