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História Refugio na Bibiloteca - Refugio na Biblioteca


Escrita por: Lchernp

Capítulo 1 - Refugio na Biblioteca


Como um dia normal, entrei na biblioteca, o local cujo era meu refúgio. Refúgio da vida, dos problemas, de tudo. Era onde eu podia me sentar, ficar quieto e sem necessidade de nenhuma interação com outras pessoas. Eu sou uma pessoa muito retraída e não me sinto muito confortável ao ter que me socializar com muitas pessoas.

-Shownu!  - Ouvi me chamarem. Assim como os chiados pedindo silêncio direcionados ao garoto de cabelo platinado.

- Minhyuk, você sabe que tem que fazer silêncio aqui – Falou olhando torto para o menino que se aproximava

-Você sabe como eu sou – Falou dando de ombros

- Sim, ainda vão te expulsar daqui e eu vou fingir que não conheço – Falou se dirigindo para as cadeiras de descanso. Era uma área de biblioteca onde se podia relaxar, com cadeiras reclinadas e coloridas, mais apropriado para livros recreativos.

A biblioteca em si era muito grande, com enormes prateleiras e escadas para ajudar os livros mais altos e várias mesas de estudos com suas próprias divisórias, ou sem elas para poder se realizar trabalhos em grupo. Também haviam computadores de uso público. As janelas grandes permitiam a entrada da luz natural e a luz proveniente das luminárias era fraca, deixando um ambiente bem tranquilo e iluminado para leitura. Me sentei em uma das poltronas reclinadas colocando os fones de ouvido

- Não entendo hyung, por que vem até a biblioteca e não lê nada? – Minhyuk falou se sentado na cadeira do lado

-Você diz isso como se eu nunca lesse – Falou lembrando dos livros que sempre lia e que o outro tinha conhecimento

- Mas hoje você não está

- Você me desconcentra – Falou arqueando uma sobrancelha. Coloquei os dois braços atrás da cabeça me dando um apoio extra

- Ow hyung, será que não está apaixonado por mim? – Falou brincando. Ao virar minha cabeça na direção dele mantive uma expressão séria. Não sabia bem o que responder já que não sabia bem o que sentia por ele. Minhyuk estava sempre ao meu lado, sempre me acompanhando quando vinha descansar e nunca insistia em saber sobre meus problemas quando estava de mau humor, apesar de sempre deixar explícito em seu rosto a curiosidade. Ainda mais agora com aquele cabelo platinado e a luz que sai da janela, sua presença parecia angelical, parecia que a pureza de sua alma refletia para o exterior. Não sei explicar, só é confuso. – Não precisa me olhar serio assim, foi só uma brincadeira. – Falou dando uma risada sem graça. Então percebi a expressão que fazia a ele, desviando o meu olhar. Coloquei os fones, me bloqueando do mundo e fechando meus olhos. Mesmo que meus sentimentos fossem mais do que amizade por Minhyuk, não saberia como expressar, nem como ele reagiria; como havia dito, não sou bom em me relacionar com os outros, apesar de que com ele era mais fácil. Fiquei assim por um bom tempo, até acabei cochilando. Quando abri os olhos, virei meu rosto me deparando com aquele que sempre estava lá. Minhyuk agora estava rabiscando em um caderno

- O que está fazendo?

- Escrevendo – respondeu sem tirar os olhos do caderno

-Isto posso ver, quero dizer, o que? – me intriguei. Normalmente eu nem precisaria perguntar que ele já teria me falado até os detalhes.  Essa era uma das vantagens de se conversar com ele; sozinho, ele praticamente carregava a conversa intei0ia.

- Segredo - Falou agora me olhando e dando uma piscada.

- Yah! Não vale ficar de segredinho – falei me levantando e tentando espiar o caderno, mas ele tirou-o de perto.

- Você não me conta das suas coisas quando está de mal humor, por que tenho que te mostrar o que não quero?

- Ok ok – me rendi saindo de perto. Ele então abriu novamente o caderno e olhando onde parou. Foi ai que eu rapidamente furtei o seu caderno de suas mãos o deixando indignado.

- Hyung!!! Nã... – Ele não conseguiu me impedir de ler pelo menos os primeiros dois versos

-Então é uma canção.... por que tanta vergonha, parece bem interessante – falei analisando a letra. Ele não tentou pegar de volta, só ficou parado olhando para baixo com vergonha. Após ler um pouco mais da letra ,entendi o por que ele não queria me mostrar

- Essa letra.... parece que foi feita para mim... – Falei analisando o que ele havia escrito. Ele não se pronunciou nem levantou a cabeça. Apenas ficando estático – era nessas horas que você tinha que rir e falar que estou ficando louco – Falei meio sem graça. Mas depois de olhar que ele continuava sem se mexer pude comprovar que era realmente verdade

- Min, você .... realmente escreveu isso..... para mim? – perguntei chegando um pouco mais perto. Ele então me encarou, vermelho, e com brutalidade arrancou o caderno de minha mão

- Falei que não era para ver! – Falou alterado, mas sem gritar por respeito a biblioteca, não queria chamar atenção assim. E assim saiu correndo se escondendo entre as estantes. Fui atrás dele olhando cada corredor de livros, um por um, até acha-lo. Ele estava encolhido no chão agarrado em seu caderno.

- Minhyuk – Falei me aproximando e sentando ao seu lado

- Deve me odiar – Falou tristonho, com sua cabeça entre as pernas.

- Te odiar? – Parei por um minuto. Era impossível odiá-lo.  Ele sempre estava lá por mim, como odiar alguém assim? Mas olhar ele tão triste partia o meu coração. Não tinha mais dúvidas... – Lee Minkyuk – Falei sério. Com medo do que eu ia falar, ele levantou a cabeça e me encarou com uma expressão de cachorro que fez algo errado. Por eu chamar ele pelo nome completo, obviamente ele pensaria que estava revoltado, ainda mais pelo meu tom de seriedade. Mas essa era a intenção, de que outra forma o faria me encarar? Assim olhei nos olhos dele e com uma mão o puxei para um beijo. Não havia mais dúvidas de que eu estava gostava dele. Ele sempre me acompanhou em tudo e me ouviu, me alegrava quando precisava. Não queria perder ele, jamais. Assim que nossos lábios se separaram ele ficou um pouco envergonhado, mas não pode deixar de mostrar um sorriso sincero, quando dava um sorriso de lado. Olhando para frente, puxei sua mão e entrelaçamos nossos dedos. Assim ficamos. Sentados no meio do corredor da biblioteca. Acabou que a biblioteca realmente era o lugar onde eu podia fugir de tudo, menos ele. Talvez nunca tenha sido a biblioteca que era o meu refugio, mas sim ele. 


Notas Finais


Se gostarem deixem um comentario ou favoritem para eu saber e criar mais histórias assim. ;D


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