História Regras de convivência - Aliado ou inimigo?

Jackson olhava a vista fora dá janela de vidro de maneira triste e cansada, estava sentado num pufe com a pernas dobradas como um índio, tomando um copo de achocolatado, esperando Jin fazer o almoço. Sua mente estava confusa, o deixando preguiçoso, mas feliz, não precisaria voltar para aquele lugar, contudo agora estava dando trabalho para Jaehwan.

- Jack faz um favor pra mim? - Jin perguntou com apenas a cabeça para fora da cozinha, no seu ombro tinha una toalha de prato pendida. O chinês apenas concordou com a cabeça - Vá até o mercado e compre ovos e farinha de trigo, quero fazer empanado de peixe - ele levantou e foi até o mais velho que lhe entregou dinheiro.

Saiu tranqüilamente do prédio e caminhou até o supermercado ali perto. Pegou uma cestinha e caçou pelas seções o que seu Hyung pediu, aproveitando pra pegar alguns biscoitos que gostava. Sua atenção foi direcionada para dois amigos que "discutiam" sobre levar ou não um rabanete? Aproximou-se curioso pronto para interferir caso fosse necessário, mais parou no imediato momento que reconheceu o loiro que acompanhava o amigo magrelo.

- Mark?

Os dois que riam feito hienas, pararam e olharam na direção da voz grossa. E o mais velho deles arregalou os olhos.

- Jackson!

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Hongbin sorriu para Namjoon que explicava alguns verbos nada interessantes ao ver do garoto. O professor revirou os olhos pelo "entusiasmo" do aluno, ainda dobraria do jovem Cha.

- Bom, é isso, estudem para a prova - anunciou quando o sino tocou indicando o término das aulas - Hongbin, fique - depois de todos os alunos saírem o Kim se aproximou puxando um cadeira e sentando em frente ao mais novo - Que cara é essa?

- Nada, ue.

- Fala de uma vez!

- Só quero saber como anda as pesquisas - bufou se irritando.

- Tem certeza, a coisas que não devemos mexer - sorriu debochado.

- Sério. Pare de me tratar como criança! Conte.

Em vez de falar, Namjoon se levantou e foi até sua mesa, logo voltando com alguns papéis e entregando a Hongbin, que analisou um por um, deixando transparecer mais e mais sua fúria a cada palavra que lia. O professor ria observando o aluno, estava claro que um piralho levaria para o lado pessoal.

- O KEN É UM CANALHA!

- Fale baixo e me explique.

- Olha isso, esta bem óbvio que ele esta nos usando!

- Meu Deus, crianças!

O Cha olhou o professor indignado como se não o reconhecesse, as palavras naqueles papéis eram tão claras que ele não entendia como seu professor conseguia confiar em Jaehwan.

- O que você leu Cha Hongbin?

- Eu li verdades que ilustram o quanto estamos sendo manipulados por Lee Jaehwan!

- A é? E por que ele me daria provas que o incriminam? - ergueu as sobrancelhas - Sabendo que foi ele que acusou o Yongguk de ter matado meu namorado, por que ele me mostraria documentos que provam o contrário?

- Não sei...

- Ele é o assassino do Yongguk, o chefe confia cegamente nele, ao ponto de dispensar seus melhores capangas para deixar Ken em seus lugares, mesmo que ele seja apenas um homem.

- Então, por quê?

- Pense, abra seus olhos, pare de enxergar pela viseira de burro! - deu uma tapa na testa do mais novo - Em um exército existe varias patentes, uma melhor que o outra, alguém que desconfia de tal aliança, faria algo contra as ordens de seu chefe. Alguém tentou matar Ken?

- Sim, um tal de Moon Jungup.

- Um atirador? Então o Jae ta mesmo fudido.

Eles se encararam por alguns minutos, ambos permitindo que as peças de engrenagem se encaixassem.

- Então é isso! - Namjoon falou de repente assustando Hongbin - Agora faz sentido, a lista de favoritismo é a chave, afinal lá estão os tópicos de venda!

- Fale meu idioma teacher!

- Normalmente esses tópicos vêm listados com as especiarias que residem no domínio do Bang - contava animado gesticulando com as mãos - Existe um nome que esta lá mesmo sem ter uma especiaria disponível - Binnie concordava começando a compreender - Estão leiloando seu irmão, só existe um ChaYeon, é algum tipo de corrida contra o tempo.

- E Jaehwan esta querendo comprar meu irmão?

- Não exatamente, se não me esqueci das normas, se você matar todos os interessados, ganha a liberdade dá especiaria.

Agora o jovem Cha estava surpreso, principalmente por saber o que Ken planejava.

- Um preço caro, posso afirmar, mas para um assassino treinado é algo que vale a pena - acariciou a bochecha do mais baixo - Ele esta correndo perigo, por que esta sendo usado como fantoche num ato que ele sabe que vai ser apunhalado pelas costas.

- Do que esta falando?

- Acha mesmo que o chefe da máfia deixaria escapar uma especiaria tão cara pelo serviço de apenas algumas mortes que pra ele são como pulgas?

- Então por que ainda esta la? Se sabe disso tudo, por que continua andando como um deles?

- Tudo tem um preço Hongbin, eu jurei vingar meu amor, e você mataria quem quer que fosse para proteger seu Hyung, mas tente entender que não posso simplesmente chegar atirando, preciso que Jaehwan me dê ordens para poder agir, já sei de muita coisa, no entanto só mato com ordens explicitas.

- Você sabe quem são os próximos na lista do Ken?

- Não, Yongguk esta muito em cima dele, por isso prefere que mais ninguém saiba.

- Então, devo considerá-lo amigo ou inimigo?

- Julgue você mesmo, afinal a qualquer momento ele pode virar as costas.

Piscou e se retirou da sala, deixando Binnie atônito e apreensivo.

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Os 4 rapazes se encaravam aturdidos. Jin preferiu deixar os, que ele considerava serem amigos, a sós e chamou Bambam para cozinha. Agora sozinhos ambos mordiam os lábios sem deixar o contato visual. Já fazia anos depois de algumas brigas.

- O que esta fazendo aqui? - o chinês foi o primeiro a se pronunciar.

- Vim a trabalho.

- Aonde?

- Por que se importa?

- Caralho Mark! - se levantou e bateu na mesa com as mãos espalmadas - Por sua causa, eu passei 2 anos naquele lugar sujo e mesmo assim te trouxe até aqui na casa do meu amigo, acha mesmo que não me importo?

- Do que você ta falando? O que fazia?

- Me responda primeiro caramba!

O americano se retraiu na cadeira, temendo responder.

- Recebi uma proposta de emprego num bar que vai inaugurar daqui 2 semanas - sua voz ia morrendo cada palavra proferida.

Wang buscou na mente quantos bares iriam abrir nessa data e só um lhe vinha à mente. Arregalou os olhos com a possibilidade da emboscada que essa inauguração seria, Yongguk estava visando recrutar novos garotos de países estrangeiros. Segurou Mark pela gola negando diversas vezes com a cabeça, soltando as primeiras lagrimas, não conseguindo ver seu amado fazendo coisas que ele próprio foi obrigado a fazer.

- Você não pode ir, é uma emboscada, não é o tipo de emprego que você acha - sua voz saia tremula - Por favor, prometa não ir, prometa!

- Jackson eu... - Tuan estava desconcertado com a proximidade.

- Ta tudo bem ai? - Bambam apareceu na sala e foi logo se agarrando ao americano e beijando seu pescoço.

Jackson ao ver tal cena, se afastou fungando e limpando as lagrimas com as costas da mão.

- Só peço que fique até Ken chegar, ele vai te explicar melhor. Boa noite.

Não era noite, mas o pobre Wang estava destruído ao ver seu amado nos braços de outro. A 2 anos atrás, quando ainda era um garoto normal morando em L.A e namorando Mark, tiveram uma briga feia numa cafeteria perto do centro da cidade, depois alguns homens engraçados chegaram e ficaram fazendo perguntas estranhas, mas não foram capazes de concluir por que o local foi assaltado e durante a correria, para proteger o namorado, Jackson derrubou dois homens e permitiu que Tuan corresse, porem não foi capaz de ver seu progresso, pois foi desacordado e quando abriu os olhos, estava em lugar estranho e sendo obrigado a fazer coisas sujas para pessoas desconhecidas. Obviamente que nem seus pais conseguiram lhe localizar, contudo Mark estava ali diante de seus olhos e parecia indiferente, e pelo que pôde notar, já tinha seguido em frente, só ele permanecia amando.

Trancou a porta do quarto de Ken e se encostou à porta, arrastando por ela até o chão, chorando calado.

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Impressionante, era isso que passava na cabeça de Hongbin ao analisar a Historia que Namjoon lhe contou. Olhava seu caderno, mesmo que não o visse, apenas mirava o fundo branco com alguns riscos pretos para refletir. Mesmo que fizesse sentido, sua mente trabalha em tentar desmentir tudo, era impossível que ele estivesse fazendo tudo àquilo sem querer uma recompensa. Bagunçou os cabelos bufando irritado por não conseguir uma resposta plausível as suas duvidas. Nessa hora a porta se abriu e a mãe de Hyuk entrou soltando fogo pela boca, como se quisesse matar alguém.

- Foi você!

- Oi?

- MEU FILHO ESTA CEGO! NEM SE QUER LEMBRA-SE DO PAI QUE MORREU HÁ POUCO TEMPO, MAS AGORA EU SEI O PORQUÊ, FOI VOCÊ QUE COLOCOU CARAMILHOLAS NA CABEÇA DELE!

- Minha senhora, primeiro abaixe o tom, eu não fiz nada pra você ta me julgando, seu filho tem capacidade de pensar sozinho, segundo, quem fez merda foi seu marido, quando seu mais velho for estuprado você venha gritar, agora se retire desse quarto!

- Estou na minha casa!

- Mãe! Saia!

- Sanghyuk!

- Se você não aceita que seu marido lhe traia com Deus e o mundo, problema seu, agora saia do meu quarto! - a mulher encarou o filho mais novo por alguns segundos e saiu pisando duro ao ver o olhar mortal dele - Desculpe por isso. Ta tudo bem?

- Sim, só que sua velha é louca!

Hyuk sentou numa cadeira atrás de Hongbin e apoiou a cabeça em seu ombro. Estavam se curtindo enquanto Hakyeon fazia uma bateria de exames, onde se tudo estivesse certo, seria liberado.

- Dorme aqui, sem malicia, só dorme comigo - pediu acariciando a cintura do mais baixo.

- Se tentar alguma gracinha, nunca mais olho na sua cara!

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Jaehwan suspirou e respirou fundo, entrou no salão lotado ao lado de Namjoon e pediu pra ele procurar o talvez aliado deles. Vagou por traz das cortinas escuras atrás de caras não convencionais e parou ao ver alguém que nunca esperou voltar tão cedo, o que poderia atrapalhar seus planos, se é que já não tinha começado a agir, pois nem mesmo Yongguk notou sua chegada. O espião voltou e sussurrou que já tinha conseguido a informação e estava na hora de saírem, mas Ken apontou com o nariz para a figura juvenil e distraída do seu outro listado para morrer e assim poder concluir seus planos.

- Como? Pensei que nunca mais ele colocaria os pés aqui!

- Shh, quieto Kim! Eu também pensei isso, mas agora estou de mãos atadas, tenho menos de 2 semanas para matar Top esse cara apareceu justo agora?

- Não me diga que ele também...

- Sim, mas se ele esta aqui já tem uma carta na manga, e provavelmente vai tentar me deter.

- Mas Jae-hyung..

- Namjoon não, Wu Yifan não é brincadeira, vamos embora.

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Depois de deixar o Kim perto de casa, se dirigiu a sua e se surpreendeu ao ver dois seres diferente sentado no seu sofá. Olhou pra Jin num pedido mudo de explicação, mas este só saiu do recinto e foi para o quarto. Franziu as sobrancelhas pela atitude e sentou de frente para os jovens novatos.

- Alguém pode me dizer o que merda esta acontecendo? – perguntou com a boca torta.

- Bem, eles disseram que você iria nos explicar por que não podemos trabalhar no novo bar que ira inaugurar – quem falou foi o loiro, pois o magrelo encarava Ken com uma cara suspeita.

- Qual o nome do bar?

- Breathe.

- Agora eu entendi, mas vocês não vão mesmo!

- E por quê? – perguntou Bambam com desdém, não gostando nada daquela conversa.

- Primeiro olhe o tom que esta usando comigo se não quiser ser morto! – rosnou fazendo-o se encolher – Segundo, se não quiserem trabalhar como putas ficarão longe daquele lugar.

- Poderia explicar melhor – o americano perguntou piscando atordoado.

- Vocês provavelmente são de países estrangeiros e as pessoas que os convidaram são caçadores de especiarias, que são as putas mais requisitadas pelos canalhas que freqüentam aquele lugar, o "bar" é só uma fachada para o governo não cair em cima. Vocês serão obrigados a dormi com pessoas que não conhecem e vender seus corpos para conseguir dinheiro para o Bang. Esse foi o nome que deram a vocês não foi?

- Como você....? Impossível! Esta mentindo! Como sabe de tudo isso? – Bambam se alterou apontando o dedo para Jaehwan.

- Esta falando com um assassino que já trabalhou para essa máfia, volto a pedir que meça seu tom! – falou entre dentes – Deveriam agradecer, eles não terão pena de vocês quando entrarem la, Jackson e Jin são a prova disso.

- O Jack também foi vitima disso? – Mark perguntou com voz tremula.

O Lee apenas confirmou com a cabeça, sendo isso o suficiente para o Tuan cair aos prantos sendo amparado pelo ficante.