História Regras de convivência - Regras não se aplicam a Cha Hakyeon

O moreno olhava tudo com certo desdém. Hongbin havia o deixado na casa de Taekwoon e depois ido para a escola. Já estava bem e foi liberado do hospital a cerca de 8 dias e se recusava a não trabalhar. Então sem avisar o dono dá casa, seu dongsaeng deu a chave reserva a Hakyeon, que agora se perguntava como arrumar tudo aquilo. A sala em si não lhe trazia lembranças, mas quando se dirigiu a cozinha algo começou a lhe incomodar. O alvo​ segurando sua cintura enquanto cozinhava, isso o fez rir incrédulo. Não podia negar que sentia uma simpatia por Leo, mas isso não deixava que se permitisse balancear seu coração novamente.

Suspirou alto quando chegou até o quarto dele e viu uma bagunça de roupas sapatos e papéis.

- Meu Deus, que homem bagunceiro!

(XxxxxxxX)

- Isso é mesmo preciso?

Bambam andava de um lado para o outro deixando o pobre Mark tonto. Estavam discutindo sobre acreditar ou não nas palavras de Jaehwan. Quando chegaram a cidade visitaram a tal bar e não viram nada demais nele.

- Sabe, eu acredito neles.

- Sério? Mark acorda, isso é coisa do seu ex que tá inconformado.

- Mas ele não chegou a falar com Ken!

- Ele pode muito bem ter ligado!

- Qual seu problema? Quer se fuder que vá sozinho, prefiro acreditar em meias palavras deles do que virar uma prostituta - levantou irritado com o tom que seu amigo usava - Lembre-se do que Ken falou, ele trabalha ou trabalhava, não lembro, mas pediu pra ficarmos cientes de que ele é um assassino treinado, por que iria mentir?

- E se ele mentiu sobre só pra nós assustar?

- Então morra tentando descobrir se ele é ou não, mas daqui eu não saiu, e já vou avisando que visitarei Jackson você gostando ou não!

Ficaram de costas um para o outro emburrados. Não eram namorados, eram amigos que se pegavam quando batia vontade e Bambam sabia que seu amigo ainda amava o chinês, por isso tinha medo que ele se decepciona-se. Quando Jackson sumiu pela primeira vez, Mark ficou arrasado e inconsolável, principalmente por ninguém saber nada dele. Agora que o encontraram queria entregar seu amigo de bandeja para o deleite do Wang, mas não conseguia acreditar naquela história tosca, ao seu ver era fantasiosa demais para esta acontecendo. Virou-se e abraçou-o pela cintura.

- Desculpa, só acho muito bizarro, não parece ser verdade.

- Hunf, pode parar seu Tailandês metido!

(XxxxxxxX)

Namjoon atirava contra o pôster pendurado na extremidade mais distante dá sala de tiro. Recarregava a arma com agilidade e voltava a disparar contra os desenhos de boneco. Com precisão acertava os pontos que marcavam morte imediata e sorria ao terminar.

- Ótimo, por que não tenta com a ak47! - Jaehwan sugeriu.

- A favoritado do Yoongi? Por que não né.

Pegou a arma e verificou sua munição, logo mirando os pôsteres intactos e os presenteando com buracos feito pelas balas.

- Essa arma é uma destruição, Namjoon!

- Nas palavras do Yoongi: "Máquina mortífera".

Gargalharam alto lembrando das perípecias do mais velho. Assim como Namjoon, ele era um espião, mandado para se infiltrar em outras bases e encontrar traidores coisa do tipo, mas ele próprio foi traído pelo chefe.

- Já decidiu como atrair Sunggyu?

- Hum.

- Matar Top?

- Hum.

- Tirar Yifan do caminho?

- Isso está nas mãos do chefe.

- O que quer dizer com isso, hyung?

- Nammie entenda, com os recursos que tenho hoje, não posso fazer quase nada, Kris é influente e estrategista, saberá prever meus passos, por isso estou sendo cauteloso sobre a morte de Top, talvez ele já saiba o que pretendo, então estou fazendo novos cálculos para poder enfim concluir meu serviço.

- Então se apresse, você tem apenas uma semana.

- Você acha que relaxei?

- Por que não pede ajuda de Daesung?

Agora Ken olhava para o outro como se ele estivesse falado um absurdo.

- Ficou maluco! Um assassino de aluguel que pode se vender a quem der mais dinheiro?

- Você tem "aliados" muito bem remunerados, Daesung não seria tolo de abusar dá sorte de ser contratado por eles.

Piscou sugestivo, e o mais velho entendeu a mensagem. Sendo contratado por Leo e Ravi, o "faz tudo" nunca abriria o bico ou deixaria qualquer dinheiro oferecido lhe convencer que não deve terminar seu trabalho. Top estava morto.

(XxxxxxxX)

Jackson saiu dá escola ao lado do amigo. Jin o convenceu a voltar a estudar e ingressar numa faculdade ou escola técnica. Ele optou pela segundo, e desde então conversa por horas com Yugyeom, tanto que o convidou a conhecer seu Hyung, e aproveitavam pra jantar.

Quando entraram foram recebidos, não pelo mais velhos, mas por dois pares de olhos curiosos, quer dizer só o de Bambam estava curioso, os de Mark chegavam a faiscar com a aproximação do mais novo ao seu Jackson.

- O que fazem aqui? - perguntou puxando Yugyeom pela mão e o levando até a cozinha, não sem antes virar para ter sua resposta.

- Viemos te visitar.

Ele apenas concordou com a cabeça e terminou seu caminho até onde Jin estava. Apresentou seu amigo e perguntou se teria problema ele jantar por ali, Seokjin disse que não, que ele ficasse a vontade. Jackson pediu pra ele ajudar seu Hyung enquanto ele conversava com os outros agregados que estavam na sala. Bambam ao notar a presença do chinês se retirou para onde o cheiro de comida era mais forte.

- Por que essa cara? Você vive agarrado com essa coisa magra e eu não falo nada. E mesmo assim não temos nada, você deixou claro dá última vez.

- Dá pra parar! Eu não gostei dele!

- E eu não gosto do Bambam! Você por acaso se afastou dele?

Se encaram por alguns minutos, lutando contra os próprios sentimentos.

- Eu não vou me afastar dá única pessoa que esteve comigo quando você sumiu!

- Eu não sumi caramba! Uma vez na vida para pra me escutar e acredita em algo que seu namorado fala, cansei de ouvir seus resmungos sobre o que outros dizem, será que você não tem opinião própria!?!

Mark encarava alegre o chinês irritado. Inconscientemente ele tinha dito que era seu namorado, isso significava que pra ele nada tinha mudado.

- Então, eu ainda sou seu namorado?

Se aproximou cauteloso do Wang que tinha a cabeça baixa. Segurou seus ombros e sorriu animado. Com um beicinho de criança birrenta, Jackson apenas moveu a cabeça, confirmando.

- Oh, Jackson!

Abraçou seu "namorado" como se fosse sufoca-lo.

- Me desculpe, eu estou inseguro, ainda é difícil acreditar, e ter um Tailandês no seu pé do ouvido querendo desmentir o óbvio, complica.

- Tá tudo bem, senhor Tuan, eu também teria minhas desconfianças.

Se olharam um pouco até que inclinaram um pouco a cabeça, na intenção de se beijar, se não fosse por Bambam que chegou separando e os puxando para a mesa, alegando que deveriam comer comida e não se fazerem de comida.

- Ôh varapau filho dá mãe! - esbravejou Jackson, mas o outro nem ligou.

(XxxxxxxX)

Leo entrou em casa estranhado o fato de ter outro sapato na entrada, caminhou lento pela casa e ela estava toda organizada, o que de fato era estranho, ha semanas que ele ficou de chamar um arrumadeira e sempre deixava pra depois, então tudo devia estar revirado, bom pelo menos seu quarto, que foi seu pior desespero. Todo seu trabalho estava em uma ordem que desconhecia, suas roupas separadas para o evento de mais tarde, guardadas; e para piorar tudo que sempre pediu para Hakyeon não mexer, estava em lugares diferentes. Um tique nervoso começou no seu olho direito, preste a explodir. Mas ai o nome do mais velho preencheu seus ouvidos, só ele tinha acesso a sua casa, ou Hongbin, contudo ele não seria tão atrevido. Correu de volta pela casa até chegar ao quartinho onde N normalmente ficava, o encontrando engomando algumas roupas.

- Hakyeon? O que faz aqui?

- Fui liberado, agora posso trabalhar.

Respirou fundo e se concentrou em não brigar.

- Hakyeon, minhas roupas do quarto?

- Dobradas e guardadas.

- Meus papéis?

- Empilhados e postos no canto da estante.

- Minhas agendas e caixas?

- Coloquei todas agendas nas gavetas do móvel onde fica seu Notebook e as caixas no espaço vazio, abaixo das gavetas, no seu guarda roupas.

- Posso saber por que está tão calmo?

Taekwoon já começava a se irritar com indiferença do mais velho.

- Que eu saiba fui contratado para manter essa casa arrumado, suas coisas estavam atrapalhando.

- Então não arrumava meu quarto, porra! Sabe que bagunçou meu trabalho, guardou as roupas que usarei para um evento daqui a pouco e mexeu em coisas que sempre pedi pra não mexer!

- Oh me desculpe, eu não sabia de nada disso! E abaixe esse tom, não tenho culpa se você é irresponsável!

- Saberia de tudo isso se lesse a porra das regras que nesse momento acabou de quebrar todas!

- Vai fazer o que bonitão? Me demitir? Faça isso e prove ser o otário que me mostrou!

Ficaram calados, bufando e se encarando. Depois Hakyeon desligou o ferro dá tomada e puxou Taekwoon para o quarto pela orelha.

- Fala pra onde porra você vai.

- Do que-

- Só me fala pra onde você vai, Porra!

- Espaço cultural, reunião dos assessores.

- Evento importante. Fique aí!

Manteve Taekwoon sentado na cama e abriu o guarda roupas, analisando as peças que gostava, até encontrar a combinação perfeita, colocou sobre a cama e mandou Leo tomar banho. Enquanto ele estava no banheiro, tratou de engomar as roupas que escolheu e juntar o par de sapatos que combinavam. Separou também duas pulseiras finas de aço que achou perfeitas, dois anéis pretos com listras pratas e um brinco em formato de cruz. Depois pegou os papéis e olhando por cima do que entendia, colocou na ordem que achou plausível. Minutos depois Leo saiu do banheiro com uma toalha amarrada na cintura.

- Vista isso, espero que esteja do seu agrado.

Logo saiu batendo a porta. Leo não deixou de sorrir, lembrou dá última vez que isso aconteceu e ao pegar os papéis viu que ele não mudou em nada nesse aspecto. Do mesmo jeito que a meses atrás, N tinha deixado alguns em ordens e os que ele não conhecia apenas enfiava por último. Ao olhar pra cama ficou surpreso com o que tinha escolhido. Era perfeito e os acessórios estavam em sintonia. Realmente Hakyeon o conhecia.

- Obrigado, foi uma escolha perfeita - agradeceu ao chegar na sala.

- Seu corpo é bonito e se torna fácil ajustar peças nele. Seu porte físico permite isso.

Leo riu um pouco alto e só agora N se tocou do que falou. Acabou de chamar seu patrão de "gostoso" com palavras mais sutis. Abaixou a cabeça envergonhado, mas não desmentiu, por que realmente achava.

- Bom, estou indo, te vejo depois de amanhã?

- Ah, então eu trabalho dia sim, dia não? - o alvo confirmou - Então até depois de amanhã Taekwoon-ssi.