História Reinado - O Rei se foi.

 As folhas que estavam no chão da floresta flutuavam na medida em que o cavalo passava rapidamente. Regina segurava as rédeas com força e se concentrava no caminho para ir o mais rápido possível. Estava muito longe do castelo, mas seu pai precisava urgentemente da menina. Regina possui apenas 19 anos, porém apesar de sua pouca idade era uma mulher extremamente forte e madura; Seu povo de Corning a adorava principalmente pela sua bravura. Depois de cavalgar rapidamente de volta para o castelo adentrou em passos largos. 
— Majestade! —
 Regina se virou ao ouvir o grito a chamando. Era Branca sua dama de companhia e sua melhor amiga. Branca foi apelidada desse jeito assim que nasceu por causa de sua pele clara, os cabelos negros e o físico não muito exagerado; Era magra e se vestia muito bem.
— Branca, onde está meu pai? — Regina perguntou sentindo um nó na garganta sua voz não era mais alta que um sussurro.
— Seu pai está no seu aposento, mas infelizmente não há sinal de melhora. — Branca deixou que uma lágrima escorresse pelo seu rosto antes de sussurrar. — O rei está morrendo, Regina.
 Regina sentiu seu mundo desmoronar não saberia o que fazer sem seu pai. Sua mãe morrera muito cedo e infelizmente não tivera chance de conhecê-la. Apesar de mão sentir suas pernas, Regina correu para os aposentos de seu pai. Assim que entrou o viu deitado na cama, com as mãos na barriga, os pés juntos e as pernas cobertas com uma leve manta.
— Papai? 
 Henry abriu os olhos e com um fraco sorriso esticou os braços chamando a filha para se sentar ao seu lado. Regina não resistiu sentou-se ao lado do pai e o abraçou.
 — Eu amo você, minha menina! — Henry sussurrou e depositou um beijo delicado na testa da filha. 
 — Seja forte papai, por favor. Você irá sobreviver eu sei! — Regina sorriu apesar de nem ela mesma levar fé em suas palavras.
— Você sabe que não! Mas, preciso que seja forte e tome conta do reino. Olhe para mim. — Henry ordenou e Regina obedeceu. — Sei que será difícil, mas o reino precisa de você mais do que nunca! Com a minha morte tentarão roubar Corning de nossa família e é sua responsabilidade não deixar! Faça alianças filha encontre exércitos. Você foi treinada para isso não deixe que roubem Corning e matem nosso povo.
 Regina tentava processar as palavras de seu pai. Ela era muito bem treinada sim, mas nunca governara nada antes; Sempre podia contar com a ajuda de seu pai, mas agora ela estava prestes a ficar sozinha e com uma batalha na mão.
 — Pai, eu não saberei o que fazer, por favor você...
— Você não precisa mais de mim, Regina. — Henry a interrompeu. — Olhe, o rei Adam de Annecy tem uma dívida comigo, porém não vem ao caso o porquê, mas ele irá te oferecer ajuda.
— Papai, ele é nosso inimigo. — Regina disse convicta.
— Ás vezes nossos inimigos são nossos melhores aliados! Com a união dos reinos conseguiremos a ajuda para defender Corning.
— União? Papai olha você não está pensando direito eu...
— Você se casará com Robin. — Henry disse com uma voz autoritária, porém fraca. Sua voz ia ficando cada vez mais fraca.
— O que? Nunca! — Regina aumentou a voz. — Nunca irei me casar com aquele príncipe ridículo de quinta categoria que não sabe nem apontar uma flecha. 
— Regina a vida é sacrifício! — Henry fechou os olhos.
— Pai?! — Regina o chamou várias vezes, mas ele não se mexia mais. O rei estava morto. Regina começou a chorar o sacudindo levemente na esperança do mesmo acordar. Não houve respostas. Regina abraçou seu pai e desabou a chorar sem saber o que fazer. Ficou horas ali até que Branca entrou no quarto.
— Regina... Precisam levar seu pai! — Branca disse com a voz embargada em meio ao choro.
— O que eu vou fazer sem ele? — Regina sussurrou agarrada ao rei.
— Você sobrevivera para defender o reino que seu pai tanto amava. — Branca disse com a voz suave e um leve sorriso.
 Regina olhou pela janela e viu o sol se pondo. Levantou de vagar e olhou para fora e observou Corning seu povo precisava de uma rainha. Ela não saberia como iria ser uma boa rainha, mas tentaria. Sua expressão facial mudou quando lembrou das últimas palavras de seu pai: "A vida é sacrifício". Regina olhou para o lado leste da janela e viu as montanhas atrás dela ficava Annecy o reino de Adam e pai do príncipe Robin. Apesar do seu coração estar apertado e não concordar com sua decisão, Regina seguiu apenas sua consciência e olhou para Branca.
— Chame o Conselho me casarei com o príncipe de Annecy o mais breve possível! — Regina disse autoritária e aparentemente decida, mas por dentro estava destruída. 
 Apesar de sofrer uma perda Regina precisava ser forte para seguir seu destino e defender Corning e, por isso, se casaria com aquele que ela mais odiava.