História Reinado - Segredos.

Na manhã seguinte Robin acordou primeiro que Regina. Robin observou a morena dormindo tranquilamente ele nunca havia parado para olhar a esposa desse jeito. Regina estava nua, com uma expressão tranquila no rosto e com os belos cabelos morenos espalhados pelo travesseiro. Robin aproveitou para observar cada traço de Regina, as curvas de seu corpo, ela era uma mulher extremamente linda. Robin se lembrou de quando ouvira falar de Regina pela primeira vez; ele lembrou dos guardas do castelo de Annecy que haviam ido visitar Corning dizerem que a princesa era a mulher mais linda que já colocaram os olhos, porém era extremamente teimosa. Robin sorriu ao lembrar dessa parte, pois nisso ele concordava e muito a teimosia de Regina era tanta que chegava a irrita-lo. E sobre a parte da bela mulher... Bem... Vendo a nua daquele jeito tinha que concordar, Regina era uma das mulheres mais lindas que ele tinha colocado os olhos, obviamente não falaria isso à ela, mas não podia evitar de achá-la bonita. 
 Robin não acordou Regina, levantou de vagar da cama para não acorda-lá, vestiu suas roupas e saiu do quarto. 
— Majestade! — O guarda que cuidava da segurança de Regina se assustou quando viu o rei sair do quarto; nunca vira o rei entrar nos aposentos da rainha.
— Onde estava ontem a noite? — Robin perguntou. Quando ele e Regina entraram para o quarto os guardas não estavam na porta.
— Desculpe, majestade! Houve um imprevisto e eu tive que me retirar peço perdão! 
— Imprevisto? — Robin o olhou mostrando claramente que aquilo não o agradava. — A rainha precisou de você. Onde estava?
— Minha mulher deu a luz ontem a noite! Sai daqui por impulso majestade! Sei que errei e sinto muito...
 Robin encarou o guarda. Sentiu pena do rapaz que com certeza era pai de primeira viagem e também agradeceu por não ter ninguém na porta para ouvir os gemidos que vinham do quarto na noite anterior.
— Tudo bem! Quando for para casa hoje a noite diga a sua mulher que seu bebê foi abençoado pelo rei desejo felicidades. 
 O guarda não pode deixar de sorrir ter um bebê abençoado pelo rei era tudo o que as pessoas queriam. Robin deu um tapinha no ombro do guarda e se retirou.
 Robin seguiu de volta para seu quarto, tomou um banho, se vestiu e logo saiu do castelo sendo acompanhado por Killian.
— Majestade para onde vamos? — Killian perguntou enquanto montava no cavalo. 
— Para a aldeia leste quero ver uma pessoa que deixei lá ontem à noite.
 Killian não discutiu apenas seguiu Robin e juntos foram para a aldeia leste. Ao chegar Robin percebeu que muitos falecidos já haviam sido retirados.
— Amarre os cavalos! — Robin disse a Killian e saiu andando. 
 Robin nunca foi de não ouvir suas intuições sabia que tinha algo errado. O homem que atacou Regina na noite anterior tinha um físico muito familiar, porém por conta da escuridão Robin não conseguiu reconhecer. Robin voltou a casa onde Regina fora atacada e encontrou o homem no chão com a espada ainda enfiada em seu perto. Com um gesto rápido Robin retirou a espada e encarou o homem morto. 
— Você o conhece majestade? —
 Robin olhou para porta e viu Killian parado.
— Infelizmente sim! Este é Jack um dos homens de meu pai. 
 Robin fechou os olhos com força não entendia como alguém do exército de seu pai atacou Regina de uma forma tão bruta. Mas, algo chamou a atenção de Killian algo brilhante preso no cinto de Jack.
— O que é isto? — Killian perguntou olhando uma medalha pequena com uma âncora no meio.
— Isto é usado por todos os soldados do exército de Annecy para localização. — Robin respondeu e viu Killian o olhar assustado. — O que?
— Todos os homens que atacaram essa aldeia tinham um medalhão deste. 
 Robin encarou Killian chocado não acreditava no que estava acontecendo. A aldeia de Corning foi massacrada pelo exército de Annecy. 
— Por que atacariam Corning agora? — Robin sussurrou pensativo.
— Majestade se Annecy destruiu essa aldeia, com certeza, destruíra outras. 
 Robin nada respondeu não estava entendendo absolutamente nada. Por que um soldado de Annecy tentaria matar Regina justamente agora?! 
— Volte para o castelo Killian! — Robin disse saindo da casa e voltando para seu cavalo.
— Aonde vai? 
— Visitar uma pessoa voltarei dentro de três dias certifique que a rainha esteja segura. 
— Mas... Majestade...
— Até breve Killian. — Robin se despediu e partiu.
 Killian ficou observando enquanto o rei se afastava em cavalgadas rápidas e fez o que Robin mandou voltou para o castelo.

  Regina estava no jardim do castelo junto com Emma e Branca estava sorridente e animada. Quando acordou procurou Robin por todas as partes, mas não achou. Regina sorriu ao ver Killian voltar, porém não viu Robin.
— Majestade! — Killian deu um leve sorriso descendo do cavalo.
— Killian onde está o Robin quero muito falar com ele. — Regina perguntou com o coração acelerado. Ela sentia que algo havia mudado entre ela e Robin desde a noite anterior. 
— Majestade o Rei partiu em uma viagem curta de três dias, mas não me informou seu destino.
— Robin viajou? — Emma perguntou. 
— Sim! 
— Mas, ele nem falou comigo! — Regina argumentou e toda a sua animação já havia ido embora. Mas uma vez Robin mostrava que realmente não se importava.
— Majestade...
— Que seja Killian! — Regina o interrompeu. — Não quero saber pode ir fazer seu trabalho.
 Regina se virou e deixou Branca, Emma e Killian para trás e novamente seu ódio por Robin estava evidente. 

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 Robin segurava as rédeas do cavalo com força enquanto ia rapidamente pela floresta. Não entendia o motivo de Annecy ter atacado Corning sendo que agora pertencia a ele também. Outra coisa que não conseguia entender era por que a Jack atacou Regina; Conhecia Jack desde pequenos ambos cresceram juntos, Robin e Jack tinham uma boa relação, Jack era um bom soldado e sempre cumpria devidamente suas ordens. Jack sabia lutar como ninguém e tinha um físico que o favorecia. Robin quando matou Jack sentiu um aperto no coração por ter matado um de seus melhores soldados, mas infelizmente não tivera outra opção Jack estava descontrolado.  Enquanto Regina, Robin já não sabia mais o que sentia não podia negar que ainda sentia um ódio em relação a mulher por todos esses anos de guerra envolvendo sua família, mas ao mesmo tempo era extremamente excitante estar com ela. Robin não sabia se isso era uma coisa boa ou extremamente ruim. 
 Depois de quase um dia de cavalgada Robin chegou a uma pequena cabana no meio da florestas esta já ficava nas terras de Annecy.
— Marie? — Robin chamou assim que amarrou o cavalo numa árvore.
Uma senhora apareceu sorridente.
— Robin quanto tempo entre, entre, por favor!
 Robin deu um leve beijo no rosto da senhora e entrou para dentro da cabana. Marie entrou logo atrás e trancou a porta.
— Realmente fiquei surpresa com sua visita o que o trás aqui? — Marie perguntou começando a preparar um chá.
— O que há em Corning de tão importante? — Robin perguntou sem enrolação aquele mistério estava o matando.
— Eu não sei me diga você. — Marie sorriu convidativa, mas Robin permaneceu sério sabia que a velha amiga estava mentindo.
— Robin... Meu querido, Corning é uma cidade como qualquer outra.
— Eu fiz o que você me orientou a fazer! Casei com Regina, obedeci as ordens de meu pai e ainda sim Corning foi atacada sobre meus cuidados.
— Sinto muito! — Marie segurou levemente a mão de Robin e o conduziu até um sofá que tinha ali. 
— Marie preciso que me conte a verdade! Pelo menos de algo você sabe. — Robin disse assim que se sentaram no sofá.
— Não sei de muitas coisas. — Marie deu ombros. — Sei só o que me interessava saber.
— O que?
— Corning foi fundada por um grupo de protestantes, pessoas que eram de Annecy que não concordavam com o governo de seu bisavô! Seu bisavô era um homem rude e que punia a todos por motivos ignorantes. — Marie levantou e desligou o fogo do chá antes de continuar: — Pois bem, no meio dessas pessoas havia uma mulher que era extremamente... Habilidosa. Ela fundou Corning com a ajuda dos protestantes e protegia Corning de tudo e de todos, porém Corning estava nas terras de Annecy o que fez com que uma guerra terrível acontecesse.
— E então?
— No meio da guerra essa mulher mostrava habilidades fora do comum, conseguia derrotar com facilidade vários cavalheiros ao mesmo tempo. — Marie terminou o chá e colocou em duas xícaras.
— Que tipo de habilidades? — Robin perguntou assim que Marie entregou uma das xícaras a ele.
— Ela era uma bruxa extremamente poderosa. — Marie deu um gole em sua bebida.
— Bruxa? Que tipo de bruxa?
— Do tipo que qualquer um a temia e deveria temer mesmo, pois com um estalar de dedos ela acabou com a guerra e tomou as terras que ficava em Annecy assim Corning começou a realmente existir. 
— Era por isso que meu pai odiava tanto Corning? — Robin perguntou pensativo.
— Creio que sim, ele quer o que um dia pertenceu a Annecy. 
— Quem era essa mulher? — Robin perguntou e Marie o encarou. — Você sabe quem era não sabe?
— Seu nome era Cora. Um bom tempo depois, ela teve uma filha. 
— A princesa de Corning. — Robin sussurrou fechando os olhos.
— Exato! Regina. 
 Robin abriu os olhos novamente e encarou Marie só podia ser brincadeira.
— Pelo que eu sei Regina não conhece esse lado da mãe e também não tem conhecimento sobre suas habilidades, Henry fez questão de não contar.
— Por que ele mentiu para a filha?
— Para não ter o mesmo destino que Cora. — Marie suspirou. — Seu pai matou Cora e fez Henry prometer que Regina seria sua esposa, pois isso faria com que...
— Corning fosse dele novamente. — Robin concluiu.
— Exatamente! 
 Robin não sabia o que pensar tudo o que estava vivendo fora planejado por seu pai desde que ele era um bebê. Marie e Robin se entre olharam quando escutaram uma batida na porta. Marie foi abriu e olhou para a pessoa surpresa.
— Marian! — Robin exclamou assim que viu a morena.