História Reinado - Aceito.

 Regina deu uma rápida olhada pelo salão, mas seu olhar logo já parou em Robin novamente. Nunca tinha o visto e agora sua aparência no fundo lhe agradou. Regina e Robin se encararam por um breve momento até que ela começou a caminhar em direção ao altar. Robin não tirava os olhos de Regina e ela não sabia se isso era bom ou ruim. Ela o odiava disso tinha certeza, mas ainda sim o achou bonito. Robin estava vestido todo de branco, com os cabelos bem penteados para trás e um olhar misterioso. Assim que chegou ao altar Regina ficou ao lado de Robin e os dois não se encararam mais.
 — Estamos aqui hoje para celebrar um dos dias mais esperados em séculos... O dia em que a união de dois reinos distintos irá ser estabelecida. — O mestre de cerimônia começou seu discurso. — Regina assim como Robin escolheram passar suas vidas juntos e assim fazendo dois reinos se tornarem um só.
— Escolheram? — Robin sussurrou quase sem voz. O mestre de cerimônia não escutou, porém Regina escutou e naquele momento soube que Robin também não queria estar ali. Não com ela ao seu lado. Ele também a odiava.
— Regina! — O mestre de cerimônia sussurrou tirando Regina de seus pensamentos. — Repita comigo.
— Eu Regina aceito Robin como meu legítimo esposo e rei! — Regina ouvia o mestre de cerimônia e repetia. — Para amar e respeitar todos os dias de minha vida até que a morte nos separe.
 A voz de Regina estava completamente trêmula aquele juramento de nada valia para a mesma, pois não seria cumprido. Ela não queria amar ninguém, não desse jeito.
 — Sua vez! — O mestre de cerimônia olhou para o Robin. — Eu Robin aceito...
 Robin não repetiu a frase. Houve um silêncio que não parecia ter fim. Robin olhou para o fundo do castelo e Regina acompanhou seu olhar havia uma mulher morena, alta e com um belo corpo parada atrás da pilastra olhando para Robin com os olhos cheios de lágrimas. Robin a encarou por um breve momento antes da mulher sair correndo do salão. Robin suspirou e encarou Regina com um olhar ameaçador antes de declarar:
— Eu Robin aceito você Regina como minha legítima esposa e rainha até que a morte nos separe! — Robin disse rapidamente pulando a parte de "amar e respeitar". 
 Com aplausos e vivas a cerimônia foi encerrada. Robin saiu na frente e Regina logo atrás. O salão de festas estava lotado com gente comendo, bebendo, dançando; porém essa animação não contagiava Robin e Regina que permaneciam em cantos diferentes com seus amigos.
— Está na hora da dança! — Emma sussurrou para Regina que se preparou para dançar. Tudo era tradicional, cada detalhe do casamento já havia sido feito por outros casamentos reais. A dança era uma das partes principais e a outra parte bem logo aconteceria. 
 Regina e Robin se posicionaram no meio do salão e os convidados fizeram uma roda ao redor dos noivos. A música começou a tocar. Regina fez o cumprimento e Robin fez o mesmo, logo em seguida deram as mãos e juntaram os corpos os movimentando em ritmos iguais.
— Você dança muito bem! — Regina tentou puxar assunto na tentativa de tornar aquilo menos constrangedor.
— Não posso dizer o mesmo. — Robin sussurrou de volta no ouvido dela antes de rodopia-la e trazê-la de volta para si.
— Sei que me odeia, mas mesmo contra sua vontade temos que fazer isso! — Regina disse se movimentando conforme a música.
— Não te odeio, majestade! Apenas não queria estar ao seu lado preferiria a morte! — Robin sorriu irônico.
— Posso tornar essa parte mais fácil para você. — Regina respondeu no mesmo tom.
— Sabe Regina já me falaram muito de você, mas esqueceram de falar que a filha amada de Henry era tão... — Robin fez cara de pensamento. Regina o fuzilou com o olhar. — Tão... Cheia de si.
— Cheia de si? — Regina perguntou surpresa, pois achava que ele falaria algo pior.
— Odeio pessoas cheias de si. — Robin sussurrou e a música parou. 
 Os convidados aplaudiram. Robin voltou para junto de seus amigos e Regina para suas amigas.
— Vocês dançaram muito bem. — Branca sorriu levemente.
— Estou com um problemão... Onde eu fui me meter? Ele é tão... Tão... — Regina procurava uma palavra para descrever aquele ser humano que a tirava do sério.
— Majestade? — Maria uma de suas damas a chamou.
 Regina e Branca olharam para Maria que chegou perto de Regina e sussurrou em seu ouvido: — O quarto já está pronto. Os conselheiros já esperam.
 Regina perdeu o ar, suas pernas tremeram. Não suportaria ser tocada por ele não agora precisava evitar, mas como? Ninguém nunca havia evitado a consumação antes isso era uma tradição real e precisava acontecer. Regina segurou a mão de Branca procurando apoio, a amiga a abraçou dando o conforto que podia. Regina suspirou e seguiu para seu quarto, trocou a roupa colocando uma camisola mais transparente e foi para o quarto reservado. Quando entrou viu a enorme cama e havia cortinas transparentes que estavam em volta da cama. Os conselheiros que precisavam ver a consumação estavam parados perto da janela. Regina viu por trás das cortinas que Robin já estava lá, com passos lentos se aproximou, atravessou as cortinas e sentou de frente para Robin.
— Não quero fazer isso e sei que também não quer, mas...
— Iremos fazer! — Robin disse tirando a camisa.
— Posso te pedir uma coisa? — Regina sussurrou com um nó na garganta só queria chorar. Robin acenou dando permissão. — Não me machuque.
— Não posso prometer. — Robin respondeu.
 Regina se deitou e Robin se deitou por cima. Regina olhou para o lado não queria encarar Robin, suas mãos ficaram apoiadas ao lado de seu corpo. E então Robin começou a abrir sua camisola.