História Reinado - Socorro!

— Noiva? — Regina repetiu. Não estava conseguindo acreditar. Não fez questão nenhuma de esconder seu aborrecimento. Regina sempre ouvira histórias sobre o encantador Robin, mas nunca realmente acreditou nessas histórias. Numa dessas histórias mal contadas, Regina lembra que uma de suas criadas comentou que o príncipe de Annecy havia se apaixonado por uma plebeia muito bonita, porém o pai do príncipe não aceitou muito bem a união dos dois os forçando a se encontrarem escondidos de tudo e de todos. Regina lembra que na época achou a história completamente ridícula, pois sabia que Robin era arrogante demais para se apaixonar por uma mera plebeia. Não que há algo de errado com plebeias, mas ela queria que Robin tivesse um fraco por princesas não que isso venha ao caso agora. Regina encarou Robin seus pensamentos estavam a milhão não sabia muito bem como reagir estava com medo de tomar uma atitude muito exagerada, mas espera, aquilo já era exagerado. Regina se repreendeu imediatamente por ter entrado naquele quarto, mas já que estava ali não deu o braço a torcer. 
— Senta aqui. — Robin foi um pouco para o lado dando espaço para Regina que sentou do seu lado.
— Eu não sabia que iria me casar, Regina. Foi tudo muito rápido, meu pai sempre quis Corning e quando ele teve oportunidade simplesmente me jogou para cima de você. Aceitei por nossos povos. Mas eu estava comprometido.
— Ainda está eu vi vocês se beijando. — Regina disse mostrando claramente que aquilo não a agradava. — Quero que pelo menos me respeite, Robin.
— Ela ira voltar para Annecy não precisa se preocupar! Já disse que sei de minhas responsabilidades. — Robin disse pegando o mapa.
— O mapa do meu pai.
— Sim, seu pai era um homem sábio marcou todos os territórios já atacados em Corning...
— E? —
— Há uma coisa bem estranha... — Robin disse mostrando o mapa para Regina e apontou para a região leste. — Eles já atacaram essa região mais de cinco vezes em um ano.
— Por que? — Regina perguntou olhando o mapa atentamente havia anotações de seu pai.
— É o que temos que descobrir, porém é a região mais próxima do castelo pode ser que tenha uma ligação...
— Robin precisamos descobrir antes que haja um novo ataque. — Regina disse soltando o mapa.
— Irei investigar! 
— Quero ir junto! — Regina disse decidida.
— Não! — Robin respondeu seco. Regina revirou os olhos, mas não discutiu, ela nunca precisou da autorização de ninguém para fazer algo e não seria agora que precisaria. 
— Como é o nome dela? — Regina perguntou voltando ao assunto da mulher.
— Regina...
— Só o nome! 
— Marian. 
— Você a ama? — Regina sussurrou.
— Pode se dizer que sim. 
— Boa noite, Robin. — Regina se levantou e se retirou do quarto sem dizer mais nada.
— Boa noite, Regina! — Robin sussurrou já sozinho no quarto. 
 

 Regina voltou para seu quarto colocou um macacão preto justo com uma capa preta por cima e escondida saiu do castelo. Regina cuidadosamente pegou Trovão e partiu. Por mais que cavalgar a noite fosse perigoso aquilo era extremamente prazeroso para ela. Os ventos em seus cabelos, os barulhos das cavalgadas eram libertador. Regina seguiu até a aldeia leste. Quando chegou não havia ninguém, estava tudo completamente escuro. Regina procurou por uma lanterna na bolsa que trouxera e seguiu para dentro da aldeia. As ruas estavam vazias, não havia nenhum ruído, Regina caminhou em passos lentos quando de repente bateu em alguma coisa e caiu.
— AHHH! — Regina gritou assustada quando viu que tinha caído em cima de um falecido. Rapidamente Regina levantou e iluminou toda a sua volta com a lanterna e observou que havia alguns mortos ainda que não fora retirados. Regina caminhou mais um pouco até entrar em uma das casas. Estava tudo escuro e a luz da lanterna começava a falhar. Regina olhou a casa com cuidado quando de repente a lanterna apagou e alguém a agarrou.
— Olá, majestade! — O homem sussurrou em seu ouvido.