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História Relações Cruzadas - No Hospital - Parte II


Escrita por: fuckwriter

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 6 - No Hospital - Parte II


Fanfic / Fanfiction Relações Cruzadas - No Hospital - Parte II

NÃO PODE SER
NÃO PODE SER
NÃO PODE SER

O médico se aproximou com ressentimento, com passos leves e estendendo a mão para tocar o ombro de Marcelo. Filipe estava paralisado em pé, seus olhos pareciam janelas ensaboadas.

Tocou o ombro de Marcelo.
  - Marcelo,...
Marcelo empurrou o médico para longe, fazendo-o cair no chão. Íris começava a abrir o olho. Filipe viu o médico cair aos seus pés e o ajudou a levantar.

  - Eu não estou com essa doença... - olhava para o chão. Os olhos pareciam estar em outro lugar. Estava com o celular na mão. - Doutor... - queria uma luz no fim do túnel.
  - Há tratamento, Marcelo. Assim os sintomas diminuirão. Mas você jamais será curado.

Marcelo caiu de joelhos como Filipe quando ignorou-o. Apertava o celular com muita força, mas não quebrava. Apertava os dentes enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto e caiam na lisa lajota do quarto. Filipe já estava  sentado na poltrona ao lado de Íris, com a mão no rosto sentindo-se cair num burco negro, sombrio e sem fundo para uma vida também negra e sombria.

Íris acordara.

O médico observava.

Ainda avulsa de onde estava, Íris começava a olhar para os lados tentando estudar o ambiente. Sentia em seus ombros um peso enorme, a energia daquele quarto estava pesada. Olhou para o médico e o identificou. Olhou para um homem que estava sentado na poltrona ao seu lado, pensou que fosse Marcelo, mas não podia vê-lo direito pois estava com a mão no rosto. Olhou para seu outro lado e enxergou um homem ajoelhado no chão de forma estranha, os joelhos formavam um M, as mãos no rosto e o chão quase ensopado. Queria saber quem era. Algo branco se prostrou ao seu lado. Virou rapidamente seu rosto e viu a grande parede de pano branco, olhou para cima, era o médico. Sentiu sua mão tocar seu ombro. Estava enxergando melhor.

  - Íris... - falou suavemente.
Íris o olhou de relance. Marcelo levantou e se virou para a esposa.

  - Meu amor... - falou Marcelo como se implorando um cafuné. A abraçou e beijou-a.
Filipe olhou de canto de olho e se levantou.
  - Por quê ainda não sentimos os sintomas, doutor?

VADIA

  - Talvez vocês receberam o vírus HIV há poucas semanas, talvez um de vocês já portava o vírus mas não sentia os sintomas da AIDS, ou algum de vocês recebeu de outro parceiro e compartilhou entre vocês.
  - Nunca fui portador desse vírus. E pelo que sei nem Marcelo e nem Íris. Durante todos esses meses só fodi com Marcelo duas vezes.

Marcelo virou-se para o médico e para o amado.

  - Foi Íris... - falou diretamente e friamente.
Filipe e o dutor tentaram mastigar o que Marcelo disse.
  - Como assim, amor? - perguntou Filipe.

AMOR?

  - Íris é garota de programa... - abaixou a cabeça. Ainda estava com os cotovelos apoiados na cama da esposa, sobre ela.

Íris estava sem entender nada. Seu rosto machucado e roxo. Melhor do antes. Olhava para os diversos cantos e rostos tentando interpretar o que falavam. Marcelo saiu de cima dela e ficou de pé observando-a com uma expressão macabra.

  - Quer dizer que... - Filipe colocou as mãos na boca. Estava surpreso sobre Íris. - Essa vadia de cabaré... nos infectou?
  - O que estão falando? - Íris perguntou bem alto. - Estão falando de mim?
  - Íris... - disse o médico. - Infelizmente... você... e... seu marido, Marcelo e o ... o amigo dele, Filipe, estão portando o vírus HIV, e logo vocês começarão a sentir os sintomas da AIDS.

Íris franziu a sobrancelha olhando para o doutor.
  - Está brincando comigo, doutor... - abriu um sorriso. - Não é?... Marcelo... que brincadeira de mal gosto não é mesmo?! - seu sorriso se desfez como uma chuva passageira.
  - Eu tenho nojo de você... sua PUTA. - falou Marcelo com uma voz sombria.

Íris sentiu a tempestade de frio chegar sem avisar em seu estômago.

Ele descobrira.

  - Marcelo... - começou a chorar. Prendia os dentes com força, os lábios desenhados abertos ao lado dos dentes, os olhos apertados e as lágrimas querendo sair daqurle globo branco e azul. - Me desculpe... - soltou o choro de vez.
  - Não tenho nada a te desculpar. Se essa é a vida que você quer eu não posso fazer nada... Você é adulta, e sabe muito bem o que fazer. Ligue para virem buscá-la. Vou deixar suas malas na frente de casa. Não quero mais olhar para sua cara.

Marcelo saiu. Filipe o seguiu. Íris olhou Marcelo atravessar a porta como se visse o sol se pondo.

E ele se pôs.

As noites serão sombrias.

A escuridão será eterna.

O sol jamais nascerá.

E a vida dura será.


Notas Finais


O que achou babe?? Acha que Marcelo foi justo? E como você gostaria que terminasse a fic, queria ter uma noção. Nos proximos capitulos teremos flashback e sexo a quatro. Espero que tenham gostado do cap.


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