História Relações Perigosas *Em revisão* - 140 km Parte I

5 MESES DEPOIS

(Laura POV)

A gente torceu para que os meses passassem depressa e só por isso eles resolveram passar bem devagar, mas passou. Nós terminamos de gravar ontem a terceira temporada da série e contamos com bastante recurso pra esconder a barriga da Tay que acabou crescendo no meio das gravações. Os 8 meses da Tay chegaram e com ele a falta de disposição, alteração no humor e o cansaço fácil, eu até assumo que eu e ela brigamos bastante nesses últimos meses, mas sempre nos entendemos no final.

Eu e a Tay hoje fomos tomar café da manhã no apartamento da Tasha e acabamos passando a tarde inteira lá. Enquanto ela e a Yael resolveram ir tomar banho eu me sentei colocando os pés no sofá, peguei um travesseiro, apoiei em mim e fiz a Tay encostar em mim. Geralmente essa posição vem ajudando bastante ela a aliviar a dor nas costas que ela anda sentindo. Assim que ela se ajeitou no travesseiro ela pegou o celular dela pra mexer e eu acabei vendo sem querer que a Ruby havia mandado uma mensagem pra ela porque desceu a foto dela nas notificações só que a Tay tirou bem rápido, eu então me incomodei um pouco e perguntei bem tranquilamente o porquê dela não ter aberto.

- Posso saber por que você não abriu a mensagem e apagou rapidinho a notificação?

- Porque deve ser algo irrelevante.

- Então vamos ver juntas o que de tão irrelevante ela tem pra te dizer já que até seu Whatsapp ela tem.

- Eu não passei, ela deve ter pegado do celular da irmã dela.

- Tudo bem, me dá o seu celular aqui então.

- Você não vai fazer cena na casa doa outros não né?

- Eu não vou fazer cena e outra, elas estão bem ocupadas tomando banho juntas. Me dá o seu celular.

- É até estranho você querer discutir comigo por causa de ciúme, eu estando com esse tamanho de barriga.

- A princípio eu só quero seu celular, depois eu vou ver se a gente vai discutir ou não.

- Você não muda Laura, vamos embora!

- Primeiro me dá o celular!

- Não vou dar! - Se levantou

- Vai dar sim!

Eu me levantei, mas não usei a força e mesmo assim consegui pegar o celular da mão dela e abri a mensagem da Ruby que continha uma foto dela segurando a revista da Rolling Stone que fomos capa, fazendo um bico como se estivesse triste. Não contente em mandar isso, ela ainda disse algumas coisas após mandar a foto.

"Essa é a cara da Stella vendo a Piper e a Alex juntas, ou seria a Ruby vendo a Tay e a Laura juntas? Você que decidi rs. Na verdade, eu estou brincando, eu sei que a revista foi lançada há meses, mas só hoje eu consegui olhar porque estava aqui na casa de uma amiga. As fotos ficaram ótimas, é até difícil saber se você está mais linda antes de estar com barriga ou agora com esse barrigão que nem é tão grande assim. Tudo de bom pra vocês Tay, tenho certeza que esses bebês virão com muita saúde, se cuida. Um beijo”.

Eu respirei fundo e entreguei o celular de volta pra ela.

- Vamos embora!

- O que você viu de mais na mensagem?

- Abre e lê, mas no caminho, por favor. Vou avisar que estamos indo embora.

- OK.

Eu fui até a porta do banheiro e disse que estávamos indo e a Tasha disse que não era pra gente ir e abriu um frecha da porta pra falar comigo, mas eu inventei que a Taylor estava sentindo um desconforto e aí ela acabou entendendo. A Tasha entrou de volta e eu e a Taylor fomos embora e pra variar fomos o caminho inteiro discutindo e ainda quando chegamos em casa continuamos a discussão, mas quando ela começa a chorar é que eu percebo que eu estou exagerando e apesar de estar muito puta com tudo o que eu vi, eu vou pedir desculpa pelas grosserias ditas.

- Ei, chega. Vem cá! - Puxei ela

- O que você acha Laura? Que alguém vai me querer com uma barriga desse tamanho? Você acha que eu vou trair você estando grávida? Sem contar os olhos cheios de olheiras por noites mal dormidas, o cabelo péssimo, as unhas de qualquer jeito. Me poupe né? Só se alguém estivesse muito louco pra me querer assim.

- Ela disse que você está linda grávida e realmente está.

- Não me interessa o que ela acha, me importa o que você acha.

- Eu acho, melhor dizendo, eu tenho certeza que você está linda. Agora me fala como eu posso te compensar por toda a minha grosseria.

- Levando eu e seus filhos que estão aqui dentro pra comer comida japonesa.

- Eu sempre te ganho com comida. Tá bom, quando você quiser ir me avisa pra eu me arrumar.

- Tá bom!

Eu engoli toda a raiva sentida e me acalmei e tenho certeza que esse foi o melhor a fazer do que continuar discutindo com ela. Eu me deitei um pouco na cama, mas ela logo decidiu sair e começou a se arrumar, quando ela terminou eu tomei um banho rápido e me arrumei também.

- Vamos?

- Vamos. Só que antes de sairmos, um combinado, nada de mexer em celular, nem eu e nem você. Vamos comer e interagir entre nós ok Taylor?

- OK Laura!

- Então vamos!

Eu guardei meu celular no bolso da minha jaqueta e ela na bolsa dela e fomos embora acompanhadas de nosso segurança. Ao chegar lá, nós entramos, nos sentamos e fizemos logo o nosso pedido e comemos super bem, sem dúvida foi um jantar maravilhoso porque a minha mulher comeu de tudo que estava com vontade. Ao sair do restaurante para irmos embora eu notei de longe que nosso segurança estava dormindo e de vidro aberto ainda, então eu mandei a Tay ir para o nosso carro que estava em frente ao restaurante e fui até o carro dele que não estava muito distante. Assim que eu me aproximei dele eu vi que do lado dele no banco do passageiro, havia um copo vazio de suco e um bilhete que dizia: "De Laura e Taylor" e na hora que eu vi isso meu coração já quase pulou pra fora, isso só pode ser coisa da Carrie, isso é mais um atentado, eu corri para o meu carro, mas não deu tempo, ao me aproximar dele uma mulher totalmente de preto entrou e arrancou com o carro com a Taylor dentro e sem dúvida é ela, eu então voltei para o carro do nosso segurança empurrei ele com toda a força do mundo para o banco do passageiro e arranquei com o carro também. Eu consegui alcançar ela um pouco porque estava um pequeno trânsito na saída do restaurante, pois a rua era de duas mãos então era impossível ela ultrapassar. Por sorte eu não deixei o celular na bolsa e coloquei ele no bolso da minha jaqueta, então enquanto eu dirigia eu liguei imediatamente para o Bryan que já tinha me ligado muitas vezes.

- Laura, onde vocês estão?

- Bryan, aconteceu outra vez. A Carrie sequestrou a Tay, levou ela dentro do meu carro, mas eu estou atrás. Ela deve ter dado alguma bebida para o segurança e ele acreditou que fosse a gente que mandou e bebeu.

- Eu imaginei. Eu tentei falar com vocês, ela foi vista no aeroporto hoje, mas por falha da segurança conseguiu fugir junto com o comparsa.

- Bryan pelo amor de Deus, a minha mulher está grávida, ela deve estar desesperada.

- Calma Laura, continua seguindo elas, tenta colocar o celular no Bluetooth do carro pra você não ficar segurando o celular e continua atrás delas que eu vou rastrear seu celular.

- OK!

Eu conectei meu celular no Bluetooth e continuei seguindo o meu carro. Eu preciso dar um jeito de manter a calma e tentar fazer essa louca parar o carro. Eu só espero que nada de ruim aconteça!

(Taylor POV)

Assim que a Carrie entrou no carro eu levei um susto muito grande e comecei a gritar, mas ela disse que se eu gritasse seria pior e arrancou com o carro, eu só sabia chorar e a passara mão na minha barriga, pois até algumas cólicas eu comecei a sentir.

- Sentiu minha falta Taylor?

- Carrie, para esse carro, por favor!

- Vocês juraram que iam conseguir me deter né? A tonta da Kendall caiu primeiro porque eu fiquei sabendo que ela foi presa pelo meu amigo, mas é muito burra mesmo, mas enfim né? Aqui estou e o melhor, juntinho com você. Então quer dizer que você está grávida?

- Carrie, por favor...

- Você está linda grávida! – Passou a mão na minha barriga

- Tira a mão de mim. – Joguei a sua mão

- Calma Tay. Sem estupidez. É melhor você se comportar bem direitinho. Agora pega o seu celular e deixa ele bem visível pra que eu possa ver.

- Carrie, por que você está fazendo isso? Uma hora dessa já devem estar atrás de você!

- Porque eu quero me vingar de você, é uma pena que tudo tenha acabado assim Tay, eu gostava tanto de você, ou eu ainda gosto? Enfim, você me sacaneou, me traiu e isso não se faz.

- Me perdoa, por favor, eu sei o quanto você sofreu com tudo isso, mas já passou muito tempo, você deveria ter seguido em frente e ter encontrado alguém pra te fazer feliz.

- Só você me fazia feliz, era com você que eu tinha planos e me sonhava casar, agora olha pra mim, eu estou aqui e nem me reconheço mais, eu enlouqueci por sua causa. – Deu um murro no volante e começou a chorar

- Me perdoa, por favor, para esse carro, eu estou com muita dor e não quero que aconteça nada aconteça com os meus bebês. – Chorando descontroladamente

- Uau, gêmeos ainda? Pra que nada aconteça com os seus filhos, liga agora pra Laura.

- O que você quer falar com ela?

- Liga agora e conecta no Bluetooth do carro pra eu falar com ela. – Gritou

- Ok!

Eu estava tão nervosa que eu simplesmente não conseguia nem digitar o número da Laura que eu sabia de cor, mas depois de muito tentar eu consegui e fiz exatamente o que ela pediu e prontamente a Laura atendeu.

- Oi amor!

- Não é seu amor Laura. Sou eu, a Carrie.

- O que você quer?

- Primeiro saber se você sentiu a minha falta.

- Para de jogo Carrie, desacelera esse carro e vamos conversar.

- Você acha que eu vou cair nessa? Eu não vou parar o carro.

- A Tay está grávida, pelo amor de Deus, deixa ela e me leva junto.

- Não Laurinha, eu prefiro a companhia dela e vamos deixar de conversa fiada e vamos logo ao assunto, eu quero que você pare de me seguir pra segurança dos seus filhos.

- Impossível Carrie, eu não vou sair de trás de você.

- Tá bom. Você quem sabe!

- Carrie? – Gritou a Laura do outro lado da linha

- Tchauzinho!

Ela desligou a ligação e acelerou ainda mais e começou a fazer movimentos bruscos com o carro tentando despistar a Laura e nesse momento eu comecei a passar muito mal e a chorar desesperada e pedindo loucamente pra ela parar o carro.

- Carrie, por favor, você vai bater o carro!

- Ai que delicia, é melhor mesmo acabarmos logo com essa palhaçada!

- Não fala isso, pelo amor de Deus!

- Está com medinho?

- Estou passando mal!

- Passando mal? Ah, para faz favor. Não inventa de parir aqui não, manda esses bebês aguentarem mais um pouco, porque eu não vou parar o carro tão cedo.

- Eu faço o que você quiser, mas para o carro, pelo amor de Deus que eu não estou aguentando.

- Aqui quem dita às regras sou eu, cala a boca Taylor!

- Carrie, cuidado... - Gritei

Nesse momento em que eu gritei, eu apenas senti um impacto muito forte e o carro sair do chão, uma luz forte branca também surgiu e a partir desse momento um silêncio imenso tomou conta de mim juntamente com uma sensação de desmaio. Daqui pra frente não consigo dizer mais nada em relação ao que houve.

Continua ...