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História Relações Perigosas *Em revisão* - Pós operatório


Escrita por: luvstory

Notas do Autor


Hello gente!

Atendendo a pedido o cap de hoje é um pouquinho longo, espero que gostem!

Boa leitura 😘

Capítulo 47 - Pós operatório


Fanfic / Fanfiction Relações Perigosas *Em revisão* - Pós operatório

(Taylor POV)

Hoje eu despertei ainda com um leve incomodo. Eu olhei e vi que o John estava sentado de cabeça baixa e quando me viu acordada ele levantou e veio até mim.

- Como você está se sentindo minha princesa?

- Ainda dói. Só que bem menos. Cadê a Laura?

- Ela disse que já volta.

- Tá bom. Quando é que eu vou poder voltar para o hotel?

- Quando você estiver bem e você ainda não está.

- Dessa vez foi bem pior que a outra vez.

- Suponho que tenha sido mesmo. O médico já está vindo pra falar com você. 

- Tá bom.

Antes do médico vir a Laura voltou e veio direto até mim.

- Acordou? Como é que você está? - Disse ela sorrindo.

- Sinto menos dor que antes, mas não ainda não estou bem.

- Mas vai ficar. Você confia em mim?

- Confio! - Disse sorrindo

- Então fica tranquila, que essa sua dor vai passar sempre e nunca mais você vai precisar sofrer desse jeito.

- Assim espero.

Ela sorriu, me deu um beijo na testa e se sentou. É tão bom sentir que ela está preocupada comigo, eu me sinto completamente segura ao sentir que ela está aqui.

(Laura POV)

Eu fiz todos os exames necessários e esperei pacientemente os resultados. O Doutor veio até mim me chamou pra conversar fora da sala e a Tay estranhou.

- O que ele quer com você? 

- Não sei Tay. Eu vou ver o que é.

- É alguma coisa comigo? 

- Calma meu amor. Deixa eu ir ver o que é.

- Tá bom.

Eu sai rapidinho e o Doutor resolveu falar comigo ali no corredor mesmo.

- Laura, vamos conversar?

- Vamos!

- Tenho boas noticias. Seus resultados não poderiam ser melhores, você é totalmente compatível com a Taylor. Podemos marcar a cirurgia pra amanhã?

- Que noticia maravilhosa. Claro que podemos!

- Então tá bom. Mais tarde faremos a sua internação ok? 

- Ok.

- Vamos conversar com ela agora?

- Claro!

O Doutor entrou e ela imediatamente começou a questionar sobre o que estávamos falando e ele explicou que ela precisaria de um novo rim e ela se desesperou e começou a chorar.

- Calma. Não precisa chorar e nem se desesperar. - Disse abraçando ela

- Eu vou morrer Lau, eu sei.

- Não vai meu amor e sabe por quê? Porque eu não vou deixar. Eu vou doar esse rim pra você, enquanto você dormia eu fiz todos os exames necessários pra verificar a compatibilidade entre a gente e pra minha alegria eu sou totalmente compatível.

- Você vai fazer isso por mim? - Disse ela com espanto

- Faria muito mais se preciso fosse e você sabe disso, mas vamos deixar de conversa fiada que eu preciso adiantar algumas coisas, pegar roupa e fazer algumas ligações porque vão me internar daqui a pouco. John fica com ela que eu vou em casa e em breve estarei de volta. 

- Ok. - Disse ele balançando a cabeça sorrindo.

Eu ia sair só que a Tay segurou minha mão e ficou me olhando, eu então sorri pra ela e sem me importar com a enfermeira e o médico que estavam ali eu me inclinei e dei um selinho bem demorado nela e fui embora. Eu fui pra minha casa e fiz uma mala pequena com algumas roupas, mas antes de retornar ao hospital eu preciso falar com a Lexa e com a minha mãe que por incrível que pareça ainda não sabe que eu a Tay terminamos, minha família pensa que estamos juntas até hoje. Primeiro eu liguei pra Lexa.

- Lê?

- Oi Lau.

- Com você está?

- Estou melhor, meu pai está melhor e já saiu da UTI essa madrugada.

- Que noticia boa Lê. Fico muito feliz por você. Eu falei que ia dar tudo certo.

- Sim. Ainda bem, amanhã se der tudo certo eu estou voltando pra LA. E ai como está tudo por ai? Novidades?

- Tudo indo. Eu tenho uma novidade sim, mas não sei se você vai gostar muito.

- Fala logo Lau, já até imagino que seja algo relacionado à Taylor.

- É sobre ela mesmo, você acertou, mas não  é algo tão simples assim, é um assunto delicado.

- Vocês voltaram?

- Não.

- E o que é? Fala logo!

- Ela está com um problema sério em um dos rins e vai precisar de um transplante e eu fiz os testes e vou me internar hoje pra doar pra ela esse rim.

- Eu como a sua namorada deveria te falar um monte e ter uma crise de ciúmes, mas como eu sei que essa mulher vai ser sempre uma pedra no seu sapato e que a situação é seria eu simplesmente pulo fora, faz o que você quiser Lau e como você quiser. Espero que você saia bem dessa.

- Lexa deixa de ser tão grossa, você não está entendendo que a situação é seria?

- Estou Laura, mas não vou discutir com você, assim que eu voltar pra LA eu pego as minhas coisas que ficaram ai na sua casa e vou embora.

- Lexa. Calma!

- Tchau Laura.

Eu até entendo a irritação da Lexa, no fundo é impossível negar, eu sei que ela gosta de mim, mas eu não posso fazer nada, entre ficar mal com ela e salvar a vida da mulher que eu amo é óbvio que eu fico com a última opção. Agora é hora de avisar a minha mãe, preciso deixar minha família ciente da decisão que eu tomei. Peguei meu celular e liguei.

- Oi filha.

- Oi mãe. Tudo bem?

- Tudo filha e você?

- Bem também. Mãe eu vou doar um rim!

- O que? Como assim? Você está bêbada?

- Não né mãe. A Taylor está no hospital com um problema renal num estado avançado já e ela precisa de um rim. Eu fiz o teste de compatibilidade e eu sou compatível com ela.

- Mais que loucura minha filha, você nem falou que ela estava doente e agora de repente aparece com uma noticia dessa. Você quer que eu vá pra ficar com você?

- Não mãe. Não precisa vir de Jersey até aqui. Me disseram que não é nada tão preocupante.

- Não sei não Laura. Eu vou até ai sim, eu quero acompanhar de perto.

- Ok mãe. Eu só não vou poder buscar você no aeroporto porque eu vou internar hoje à noite.

- Não tem problema. Vou sair daqui e pegar o primeiro voo pra LA. Mais tarde estarei ai no hospital, por favor, mande o endereço mensagem.

- Tá bom teimosa. Amo você mãe!

- Também te amo.

Eu sabia que minha mãe ia querer ficar comigo, ela nunca mede esforços. Eu fiz uma pequena mala e voltei para o hospital. Quando eu cheguei o John e a Tay estavam dormindo e ao me ouvir chegar apenas ele acordou.

- Como ela está? - Disse em voz baixa

- Ela reclamou bastante de dor, tomou remédio e dormiu.

- Já está acabando esse sofrimento. John, vai até o hotel que vocês estavam faça check-out, leve as coisas de vocês para a minha casa e aproveita e descansa. Ah e eu vi que vocês estão com um carro, devolva e fique com o meu. Eu vou deixar a chave da minha casa com você. A minha mãe está vindo pra cá, eu quero que vocês fiquem a vontade pra ir pra lá pra casa pra descansar.

- Ok, obrigada Prepon. Eu vou resolver o hotel já que você chegou e só vai ser internada daqui a pouco. Volto logo!

- Ok. Vai lá que eu fico com ela!

O John foi embora e eu fiquei com a Tay que dormia tranquilamente. Eu nem mexi com ela pra não acordá-la e apenas me sentei e esperei dar a hora de poder acabar com o sofrimento do amor da minha vida.

(Taylor POV)

Eu acordei após ter ido dormir com dor e quando abri o olho mais uma vez só estava o John.

- A Lau ainda não voltou?

- Voltou sim amor, mas já foi pra outra sala pra se preparar e em breve é você.

- Ela nem me acordou.

- Ela não quis te acordar Tay.

- Tá bom. 

- A Prepon pediu quando ela chegou que eu fizesse check-out no hotel, devolvesse o carro e levasse nossas coisas pra casa dela e eu fiz tudo isso.

- Ela sempre pensa em tudo. Que bom que você fez isso John, não vamos conseguir voltar pra NYC tão cedo, alias eu pelo menos não, se você quiser ir eu não vou te segurar aqui.

- Claro que eu vou ficar sua louca, eu não saio daqui por nada nesse mundo.

- Te amo amigo, obrigada pela força.

- Eu também te amo.

A hora chegou, era o momento de começar a me preparar pra receber o rim da Lau. Depois de toda a preparação na madrugada eu fui finalmente receber o rim dela e da sala de cirurgia eu só sai depois de 04:30 de acordo com nefrologista responsável pelo transplante. A cirurgia foi um sucesso e eu voltei para um quarto duplo, pois eu queria que a Laura se recuperasse junto comigo, eu quero sentir ela por perto. O médico responsável pelo transplante veio até mim pra ver como eu me sentia.

- Taylor como você está se sentindo?

- Um pouco sonolenta e fraca.

- É normal, é o efeito da anestesia em breve você se sentirá melhor.

- Cadê a Laura?

- Em breve ela retornará para o quarto também, assim como você.

- Ela está bem?

- Sim. Ela só precisou de uns cuidados a mais.

- Como assim cuidados a mais?

- Ela está sob nosso cuidado fique tranquila e descanse.

Eu achei muito estranha essa história e apesar de estar com essa moleza eu chamei o John e pedi pra ele ver como ela estava.

- John?

- Oi Tay? - Disse ele se levantando

- Eu quero que você vá ver como a Lau está. Eu estou preocupada.

- O médico não acabou de falar que ela está bem? Fica tranquila, em breve ela estará aqui no quarto com você.

- Vai ver como ela está, onde ela está e vem me falar.

- Ok teimosa.

Ele saiu, foi fazer o que eu pedi e demorou um pouco pra voltar. Quando ele chegou eu estava quase dormindo, mas despertei imediatamente quando vi ele entrar e notei que a cara dele não estava muito boa.

- Que cara é essa John? Cadê a Laura?

- Que cara? Minha cara está normal. A Laura está se recuperando em outra sala. Assim que ela estiver melhor ela vai vir pra cá terminar de se recuperar com você.

- Melhor do que? O que aconteceu com ela?

- Tay você precisa ficar calma, você acabou de sair de uma cirurgia. Me disseram que ela está bem e em breve vem pra cá.

- Estou muito preocupada!

- Não precisa!

Eu estava realmente muito preocupada, se eu que já recebi o rim dela estou aqui, por que ela ainda não veio pra cá? Eu só vou sossegar quando ela estiver aqui do meu lado. 

Depois de muito brigar com o sono eu não resisti e acabei dormindo e quando acordei além de perceber que já era noite eu notei que a Laura ainda não tinha vindo pra cá. Eu estava sozinha no quarto e ouvi uma conversa bem distante e parecia à voz do John e da mãe da Laura.

- John? - Chamei em voz alta

- Oi Tay. Estou indo. - Respondeu ele ainda do lado de fora

- Vem logo! 

- Oi. Está sentindo alguma coisa? - Disse ele entrando passando a mão nos olhos

- Eu não. Você estava chorando? Com quem você estava falando?

- Minha lente irritou um pouco meus olhos, preciso tirar pra limpar só isso. Eu estava com a mãe da Laura.

- A dona Marjorie está aqui? Cadê a Laura?

- Sim. Ela veio ver a filha. A Prepon a avisou que doaria um rim pra você e ela quis acompanhar de perto.

- Entendi, mas o que eu ainda não entendi foi o porquê da Laura ainda não ter vindo pra cá pra poder se recuperar.

- Tay eles não garantiram que ela viria de imediato. Cada caso é um caso, você tem que ser paciente, assim que der talvez ela venha.

- Eu não estou com uma sensação muito boa e enquanto eu não ver que ela está bem eu não vou sossegar.

- Você deveria se acalmar. Você acabou de fazer um transplante e por enquanto está tudo bem, mas se você não sossegar, eles vão vir até aqui e vão te dar um calmante. Você tem que estar de repouso total.

- Está difícil.

- Eu imagino, mas vamos mudar de assunto um pouquinho? Eu falei com a Tasha e ela e a namorada estão vindo pra cá, elas provavelmente já estão chegando.

- A Tasha é doida, ela não precisava ter se preocupado e ter vindo pra cá.

- Amigos são pra isso meu amor. Elas ficaram bem preocupadas com você e não pensaram duas vezes em vir pra cá e outra coisa, seus pais também estão cientes do que houve porque eu liguei pra sua mãe e falei com ela por telefone a sua cirurgia inteira. Ela não conseguiu pegar um voo a tempo, mas acredite ela está vindo com seu pai e provavelmente chegue ainda essa noite.

- Não acredito. Os dois virão? Juntos ainda? Meu Deus.

- Pois é. Tudo pela filhinha amada.

- Eu fiquei bem feliz por todas essas pessoas que eu amo estarem vindo, mas eu ainda não me sinto completa sem a Laura.

- Amor, pensamento positivo ok?

- Como assim pensamento positivo? Você sabe de alguma coisa e está me escondendo?

- Taylor para de ser maluca, claro que não. Foi só um modo de falar, a única coisa que eu sei é que ela está se recuperando em outro andar desse hospital.

- Ai John...

Nesse momento a mãe da Laura deu duas batidas na porta e eu ele imediatamente olhamos pra ela. A cara que ela trazia não era das melhores também, mas assim como o John ela me jurou que nada havia acontecido.

- Posso entrar?

- Deve Dona Marjorie. Entra por favor!

- Como você está minha barbie? – Disse ela me dando um beijo na testa

- Eu bem, mas agoniada, eu quero saber da Laura. Como ela está? Por que ela não está aqui?

- A Laura? Ela está bem – Disse ela olhando para o John

- Então por que ela não está aqui?

- Pelo simples fato que decidiram que é melhor que ela se recupere em outro quarto. Jamais entenderemos, mas foi necessário.

- A senhora jura pra mim que ela está bem?

- Sim Tay, fique tranquila. Agora eu vou subir pra ficar com ela tá bom? Eu só vim dar uma passadinha pra saber como você estava.

- Ok. Manda um recado pra ela?

- Claro. – Disse ela olhando para o John outra vez

- Diz pra ela que eu amo muito e que não vejo a hora de vê-la aqui do meu lado.

- Pode deixar. – Disse ela com lágrimas nos olhos

- A senhora está bem Dona Marjorie?

- Sim. Estou indo Tay, Tchau.

Ela saiu apressada e eu achei esquisito. O John estava que estava sentado, veio até mim e me deu um beijo na testa.

- Você percebeu que ela ficou meio esquisita quando eu falei pra ela dizer pra Lau que eu a amo?

- Eu não.

- Eu vi, os olhos dela encheram de lágrima e ela saiu apressada pra ir embora.

- Impressão sua, deixa de ser doida.

- Isso só aumenta mais o meu medo da Lau não estar bem.

- Não tem porque pensar assim. Está tudo bem.

- John se eu sonhar que alguma coisa está acontecendo e você está me escondendo eu juro que coloco você no olho da rua e não vou querer mais saber da nossa amizade.

- Relaxa.

O celular dele tocou e era a Tasha avisando que tinha chegado e o John foi receber ela lá embaixo.

- Amor a Tasha e a Yael chegaram. Eu preciso descer e autorizar a entrada delas lá na recepção.

- Ok, mas não demora que eu não quero ficar sozinha.

-Tá bom.

Foi inútil pedir isso pra ele porque ele demorou e muito. Quando eles subiram a Tasha veio como todo cuidado e me abraçou com os olhos brilhando.

- Ai que susto que você nos deu mocinha mais uma vez. Agora você vai precisar torcer e repousar.

- Repousar com certeza, mas torcer? Não entendi.

- Torcer pra que a Laura...

- Pra que a Laura venha logo te fazer companhia né Tay? Ela em breve vai estar aqui, foi isso né Tasha que você quis dizer? – Disse o John interrompendo ela

- Claro. Torcer bastante pra ela vir logo e a gente fazer uma zoeira nesse quarto de hospital.

- Certamente seria uma grande zoeira mesmo. A mãe dela disse que ela está bem, vamos ver se eles a liberam logo pra terminar de se recuperar aqui.

- Aguenta firme Chaylito.

Nós mudamos de assunto e ficamos papeando bastante até a madrugada. A Tasha e a Yael decidiram ir embora e mais uma vez só sobrou eu e o John. Ele que havia trazido algumas roupas pra cá decidiu tomar um banho e eu esperei ele terminar o dele pra ele me ajudar a tomar o meu como ele tem feito desde ontem. De banhos tomados, ele me ajudou a deitar cuidadosamente novamente na cama e foi para o sofá pra descansar um pouco. Enquanto ele dormia vieram trocar a minha medicação e quando começou a fazer efeito eu acabei dormindo junto com ele e só acordei quando ouvi uma batida muito forte na porta e quando olhei eu vi que era a Lexa a suposta namorada da Laura.

- Sua vagabunda, piranha. Você não tem vergonha na sua cara mesmo né? Fez a Laura de gato e sapato, fez ela sofrer horrores e ainda teve a cara de pau de receber um rim dela. Por que você não pediu pro seu namoradinho vir fazer isso por você? Só te digo uma coisa, torça mais torça bastante pra Laura se recuperar logo porque se alguma coisa pior acontecer com ela, eu juro que a sua vida vai virar um inferno.

- Você está louca garota vai embora antes que eu chame um segurança. – Disse o John colocando ela pra fora

- Recado está dado Taylor começa a orar pra que ela...

Eu até queria ouvir o que ela ia terminar de falar, mas o John saiu arrastando ela corredor a fora e eu não consegui terminar de ouvir. Quando ele voltou eu o questionei sobre o que ela estava gritando.

- O que ela estava dizendo quando você arrastou ela pra fora?

- Nada de mais Tay, nem prestei atenção.

- Impossível. Por que ela estava tão irritada e falando pra eu torcer bastante pra Laura se recuperar logo?

- Ela disse isso? Eu nem prestei atenção, fiquei até fora de mim, eu não estava esperando mesmo.

- Deixa de ser sonso. Como você não ouviu? Ela disse exatamente com essas palavras.

- Tay, ela deve estar louca de ciúmes pela Laura ter doado um rim pra você é só isso. Você não sabe como é mulher? Então. Nem encuca com isso, deixa ela pra lá, do seu quarto ela não se aproxima mais eu deixei um segurança avisado.

- Eu não estou nem um pouco preocupada se ela vai vir até aqui ou não, o que mais intrigou foi ela ter falado aquilo.

- E o que tem de mais no que ela disse?

- Não sei. Deu a impressão que a Laura não está bem, é como se ela quisesse dizer que a aconteceu alguma coisa e ela está me culpando por isso.

- Ai ai, pode parar com essa neura ok? Já foi. Agora vê se volta a dormir pelo amor de Deus!

- Tá bom. Vai descansar que você está precisando. Está muito estressadinho pro meu gosto.

- Não é estresse Tay, é que você é teimosa.

- Tá bom. Boa noite!

Eu odeio quando eu encasqueto com alguma coisa, porque quase sempre no final das contas eu estou certa e eu não posso negar, como eu já disse eu não estou com um pressentimento nada bom, é como se a qualquer momento eu fosse saber de alguma coisa que alguém está me escondendo. Será que alguém seria capaz de me esconder se alguma coisa acontecesse com a Laura só pra não me preocupar? Não, não é possível que fossem capazes de tanto. Mas e se ela teve alguma complicação realmente e esse fosse o real motivo dela não ter descido ainda? Se alguma coisa acontecer com ela eu enlouqueço, ela só quis me fazer o bem, não seria justo alguma coisa ter acontecido com ela. Quantos pensamentos ruins, é melhor eu parar de pensar besteira, nada aconteceu com ela. Depois de muito tentar eu acabei dormindo, mas acordei bem cedo com a minha mãe e meu pai na porta do quarto.

- Podemos entrar minha garotinha? – Disse meu pai batendo na porta

- Claro pai. Que bom que vocês vieram! – Disse sorrindo

- Você quase nos matou de susto minha filha. Por que você não nos avisou que você estava tendo essas crises novamente? – Disse minha mãe me abraçando

- Primeiro porque eu não queria preocupar ninguém, ainda mais vocês que estão tão longe e segundo porque eu não imaginei que seria tão grave assim.

- Mas filha desde pequena você sempre teve esse problema e nós sempre alertamos você que um dia isso talvez fosse necessário, mas agora você ficou adulta e nós perdemos o controle sobre você.

- Não é bem assim pai, meu problema foi acreditar que eu não ia sofrer mais com isso, ainda mais depois de velha, mas enfim, agora já está tudo bem.

- E esse anjo que salvou a sua vida, quem é?

- Uma história longa. Querem ouvir?

- Sim.- Disse os dois ao mesmo tempo

Antes que eu começasse a falar o John se levantou e eu perguntei pra onde ele ia.

- Já conto gente. John, aonde você vai?

- Vou fumar um cigarro e deixar vocês a vontade pra conversarem.

- Tá bom. Se você souber de alguma novidade corre pra me contar.

- Pode deixar.

Ele saiu e eu voltei a falar  com meus pais.

- Então, eu e a Laura temos uma história complicadinha, a princípio era só pra sermos parceiras de cena, mas acabamos nos envolvendo e ela largou a noiva dela e eu a pessoa que namorava e decidimos ficar juntas, mas acabamos terminando tem pouco tempo, mas de certa forma, não conseguimos ficar longe uma da outra por uma série de razões, e a vida acabou nos pregando essa peça, ela não pensou duas vezes e se ofereceu pra me doar um rim.

- A minha nora tem um grande coração então e te ama pra caramba. Quando vou poder sair pra tomar uma cerveja com ela?

- Nem tão cedo né Pai? Primeiro porque que eu não sei se vamos ficar juntas mesmo e segundo porque ela precisa se recuperar e muito.

- Dá atenção pro seu pai não filha, mas enfim, que bom que ela fez isso por você, porque geralmente que doa é alguém da família, mas até chegarmos aqui o seu sofrimento ia ser muito maior. Eu quero muito conhecê-la em breve.

- Pode deixar mãe. Mas então gente, vocês não querem ir comer alguma coisa? Descansar um pouco?

- Vamos sim né Tish? Precisamos fazer check-in no hotel, mas voltamos logo filha, se seu amigo estiver lá embaixo eu mando ele subir pra você não ficar sozinha.

- Tá bom pai. Até daqui a pouco gente!

- Até minha filha, - Disse minha mãe dando um beijo na minha testa.

Eles saíram e eu fiquei sozinha por uns instantes e logo o John subiu.

- E ai matou a saudade dos papais?

- Matei amigo. Fazia tanto tempo que eu não via os dois e ainda mais juntos, eu juro, desde quando eles se separaram na minha infância eles não saiam juntos pra nenhum lugar.

- Mas por uma filha numa cama de hospital eles são capazes de qualquer coisa, pode ter certeza!

- Pois é, mas mudando de assunto, alguma novidade da Laura?

- Não Tay. Eu nem subi e também nem vi a mãe dela fumando lá embaixo.

- Tá bom. Tive uma ideia, e se eu mandar mensagem pra ela? Ela deve estar com o celular, ela está só em repouso assim como eu.

- Então Tay, eu também tinha pensado nisso, mas a mãe dela me falou ontem que ela não trouxe o carregador do iphone dela e a mãe dela tem outro modelo.

- Que não seja por isso. Leva o meu até lá e fala que fui eu que mandei pra ela poder falar comigo.

- Tá bom. Daqui a pouco eu faço isso.

- Daqui a pouco não John, faz agora.

- Ok. 

O John abriu minha bolsa, pegou o carregador e saiu e voltou bem rápido.

- Já?

- Encontrei a mãe dela no elevador e eu pedi pra que entregasse.

- Tá bom.

- A Tasha está ai embaixo e disse que está subindo com a Yael pra te fazer companhia, eu vou aproveitar pra dar uma saída porque esse clima de hospital está me deixando louco.

- Tá bom.

Assim que o John desceu a Tasha subiu com a Yael.

- Oi TayTay.  - Disse a Yael entrando

- Oi coisa linda!                              

- E ai Chaylito! 

- Oi Tasho.

- E ai como você está se sentindo hoje?

- Eu estou ótima e não vejo a hora de sair daqui com a Laura.

- Entendi. Mas me fala fiquei sabendo que seus pais estão aqui também.

- Sim Tasho. Estou sendo muito paparicada, estou bem feliz que eles vieram, assim como vocês meninas.

- Que bom que você gostou Tay Tay, mas queremos você fora daqui logo.

- Eu também não vejo a hora de sair daqui Yael, eu definitivamente odeio hospital.

- E quem gosta Chaylito?

- Verdade. Ninguém!

O papo entre a gente continuou durante toda a tarde e já bem no finalzinho dia as minhas amigas foram embora e meus pais chegaram junto com o John.

- Vocês combinaram pra chegar juntos John?

- Eu estava fumando antes de subir e encontrei com eles lá embaixo.

- Como você está se sentindo filha?

- Bem mãe. Eu quero sair logo desse hospital e terminar de me cuidar em casa e de preferencia em NYC.

- Falta pouco filha, tenha paciência. – Disse meu pai segurando a minha mão

- Difícil Pai, difícil.

Enquanto eu continuava conversando com meus pais o médico responsável pelo transplante veio até meu quarto pra saber como eu estava me sentindo hoje.

- Posso saber como está a minha paciente?

- Bem Doutor!

- Sentiu alguma dor?  Algum incomodo?

- Nadinha. Estou louca de vontade de voltar pra NYC.

- NYC vai ter que esperar um pouquinho só por precaução, mas se tudo der certo e você continuar assim, amanhã já te liberamos pra repousar por aqui em LA.

- Ok Doutor, pelo menos já uma boa noticia saber que eu vou poder sair do hospital pelo menos. A Laura também né?

- A Laura está sendo avaliada por um outro médico, mas se eu souber de alguma coisa eu venho avisar.

- Tá bom avisa sim Doutor!

- Qualquer coisa me chamem.

- Ok!

O Doutor foi embora e eu continuei ali conversando com meus pais e o John. No inicio da noite meus pais foram até a cafeteria do hospital comer alguma coisa e o John aproveitou pra descer em seguida  pra fumar.

- Tay, vou aproveitar que seus pais foram comer e eu vou fumar rapidinho e já volto. Qualquer coisa grita alguém.

- Relaxa meu amorzinho, pode ir lá!

Ele desceu e eu fiquei sozinha pensando na Laura, espero que o celular dela já tenha carregado porque eu estou louca de vontade de falar com ela. Eu me ajustei na cama e quando me virei para o lado vi que debaixo da almofada que tinha no sofá tinha um carregador e era o meu porque eu tinha colado um adesivo nele, então se o meu carregador está aqui e em nenhum momento o John saiu pra buscar ele de volta, isso quer dizer que ele nem chegou a levar, mas o que eu não consigo entender é por que ele faria isso comigo, não tem explicação, ou melhor, deve ter uma explicação e eu exijo que ele me explique. O John subiu se sentou no sofá e eu comecei a conversar com ele como quem não quer nada.

- Será que o celular da Lau já carregou?

- Não sei Tay, mas é meio chato ir agora à noite lá, talvez a mãe dela esteja descansando.

- Eu acho que ele não carregou.

- Como assim?

- Você vai se fazer de cínico até quando John?

- Não estou entendo Tay.

- O meu carregador está debaixo da almofada atrás de você. Você foi tão burro, tentou esconder e você mesmo ao levantar deixou ele aparecer.

- Tay, calma.

- Calma John? O que está acontecendo? Por que caramba você mentiu pra mim? Está torcendo contra a gente é isso? Ah não, já sei, é a namorada dela que deve ser o problema.

- Taylor, chega. Eu não vou mentir mais pra você. Os médicos pediram pra que eu e nem ninguém falasse nada pra você porque você está de repouso e não seria nada bom que você ficasse nervosa, mas eu não aguento mais, por isso eu vou falar o que houve.

- Anda, desembucha.

Nesse momento o John abaixou a cabeça e passou a mão nos olhos e em seguida coçou a cabeça extremamente nervoso. Eu sabia que a minha intuição não estava errada, algo de muito ruim aconteceu com a Laura e só ele vai poder me dizer o que houve.


Notas Finais


😰 💋


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