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História Relações Perigosas *Em revisão* - Unidade de Terapia Intensiva


Escrita por: luvstory

Capítulo 48 - Unidade de Terapia Intensiva


Fanfic / Fanfiction Relações Perigosas *Em revisão* - Unidade de Terapia Intensiva

(Taylor POV) 

Ele continuou sem falar e o meu desespero começou a aumentar.

- O que aconteceu com a Laura? - Disse seriamente olhando pra ele

- Ela teve duas paradas cardíacas ontem após a cirurgia. Dizem os médicos que pode ter sido uma rara reação à anestesia geral. Isso é extremamente raro acontecer, mas é possível, na verdade nem eles mesmos sabem o que houve, a única certeza que eles têm é que não teve nada a ver com o rim doado pra você. O Brad irmão dela está acompanhando o estado dela por telefone e ele nos disse que acredita que foi uma possível falha humana, mas ainda é cedo pra termos uma certeza.

- Não, não a Laura não. - Disse em lágrimas

- Calma Tay, você precisa ter calma e ser forte. A Laura está na UTI e está sendo bem cuidada, eu estou o tempo todo falando com a mãe dela.

- Meu Deus John como tudo isso pode acontecer? Eu estou me sentindo culpada, mais uma vez se não fosse por mim ela não estaria passando por isso. - Disse chorando incontrolavelmente

- Calma Tay, para de falar isso. Essa foi à prova mais linda de amor que ela pode te dar. Ela vai sair dessa logo, fique tranquila. 

- O que foi filha? Por que você está chorando? - Disse meu pai entrando e vindo me abraçar

- O John me falou sobre a Laura. Eu sabia que alguma coisa tinha acontecido, eu sentia isso.

- Nós já sabíamos também, mas eu e sua mãe estivemos a pouco com a Dona Marjorie,fomos conhecê-la e as noticias são animadoras. Ela já deu um sinal de melhora, está estável e se continuar assim ela sai de lá quando menos esperarmos e vem pro quarto.

- Pai jura pra mim que ela vai vir pra cá logo. - Disse abraçada com ele chorando

- Você precisa acreditar que sim filha. Estamos todos bem confiantes!

Meu coração está em pedaços, eu sabia que o amor da minha vida não estava bem, como eu já disse a minha intuição raramente falha. Agora mais do que nunca eu preciso sair dessa cama.

Eu nem preciso dizer que eu tive um resto de noite péssima, tive crises e mais crises de choro e tive que dormir forçadamente com a ajuda de calmantes que tiveram que me aplicar. Pela manhã quando eu acordei só estava a minha mãe na sala.

- Cadê meu pai? Cadê o John? Tem notícias da Laura?

- Calma minha filha, você mal abriu os olhos e está me enchendo de perguntas. Seu pai e teu amigo foram tomar um café e quanto a Laura não temos novidades. Filha você precisa se acalmar, você quer continuar aqui nessa cama de hospital?

- Não mãe. Agora mais do que nunca eu quero sair daqui e quero ficar do lado dela.

- Então se comporta, porque enquanto você dormia eles vieram olharam teu prontuário, perguntaram pra mim como você estava e se você colaborar, um dos enfermeiros me disse que você sai ainda hoje.

- Sério mãe?

- Seríssimo!

- Ai que noticia boa.

- Boa mesmo. Agora come seu café da manhã pra depois você tomar um banho e esperar a visita do médico. 

- Tá bom.

A minha mãe me deixou animada com essa noticia e eu mais do que depressa comi e tomei meu banho. Eu de fato já me sinto ótima, já não tenho dores e nem desconforto, eu estou pronta pra sair dessa cama. Eu fiquei esperando ansiosamente a visita do médico e pouco antes do horário do almoço ele veio até o meu quarto.

- Taylor?

- Oi Doutor. Entra!

- Como você está se sentido?

- Melhor impossível.

- Vou examinar você e se doer você me fala tá bom?

- Ok. 

Ele começou a passar a mão pelo meu abdome e apertou algumas vezes pra verificar se eu tinha algum desconforto ou sensibilidade naquela região.

- Doeu?

- Não Doutor.

- Então e vou liberar você, mas com algumas condições.

- Claro. Pode falar!

- Seguir rigorosamente a dieta que eu vou passar e não fazer esforço em casa. Portanto nada de trabalhar, carregar peso, se exercitar. Você deve ficar de repouso e tomar direitinho as suas medicações.

- Deixa comigo Doutor. Farei tudo certinho.

- Ótimo. Eu já volto pra trazer sua alta.

- Ok. 

Eu fiquei extremamente aliviada em saber que já estou de alta. O médico foi até a sala dele e depois de um tempo voltou com a minha dieta, a receita dos medicamentos e minha alta e entregou pra minha mãe. O meu pai e o John que estavam lá embaixo quando subiram e me viram trocada sem nenhum medicamento na veia se assustaram.

- Teve alta Tay? - Disse o John ao entrar

- Sim. Estávamos esperando vocês subirem pra ir embora. Eu vou levar minhas coisas daqui pra casa da Lau e volto pra ver como ela está.

- Ok. Então vamos, o carro dela está comigo.

- Vamos.

Eu desci com meus pais e o John e fomos direto pra casa dela. Assim que eu entrei e subi pro quarto dela eu comecei a chorar desesperadamente e o John que estava passando pelo corredor ouviu e veio correndo.

- Tay? O que houve? Tá passando mal? - Disse ele vindo em minha direção.

- Não. Eu quero a Laura, eu preciso dela bem. Estou com medo de perder ela pra sempre.

- Não minha Barbie. Você não vai perder ela pra sempre. Vai dar tudo certo. Enxuga essas lágrimas e vamos lá no hospital ver como ela está e conversar um pouco com a mãe dela.

- Claro. Vamos sim! - Disse secando as lágrimas 

Eu desci com o John e me despedi dos meus pais que decidiram ir para o hotel descansar. Ao voltarmos para o hospital nos subimos direto e o quarto da Lau tinha um vidro e quando eu olhei pro lado e vi-a respirando com ajuda de aparelho e a mãe do lado dela eu desabei a chorar e o John me abraçou.

- Tem certeza que você quer entrar agora?

- Tenho. Eu preciso estar perto dela.

- Ok. Então vamos bater na porta.

Eu e o John fomos em direção à porta pra bater já que a mãe dela não nos viu. Eu bati cuidadosamente e a mãe disse que podíamos entrar.

- Tay? Já teve alta? Que coisa boa!

- Coisa boa seria se eu estivesse fora desse hospital com o amor da minha vida. Como ela está?

- Está bem Tay, o pior o médico falou que já passou, agora é só esperar ela acordar porque está tudo em ordem.

- Eu quero ficar aqui com ela Dona Marjorie, eu não quero sair do lado dela.

- Não é bom pra você e você sabe disso. Você está em repouso e aqui você pode pegar alguma infecção hospitalar.

- Eu quero ficar e eu vou ficar.

- Ok. Decidimos isso depois.

Eu me aproximei da Lau e dei um beijo em sua testa e fiquei fazendo carinho nela enquanto a mãe dela e o John conversavam. De repente a Lexa entrou no quarto e ficou surpresa ao me ver.

- Uau. Pelo visto alguém já teve alta e é uma pena esse alguém não ter sido a Laura.

- Lexa, eu não conheço você, você não me conhece então o que você acha da gente manter o respeito na frente da Dona Marjorie?

- O que está acontecendo meninas? - Disse a mãe dela olhando pra mim e em seguida pra Lexa

- Eu explico Dona Marjorie, é até bom que a senhora saiba. Essa mulher ai desgraçou a vida da sua filha, a fez sofrer e chorar muito porque eu sou testemunha disso. As duas não estão mais juntas e essa dai até namorando outra pessoa está e eu venho segurando a barra da Laura enquanto a mocinha ai se diverte e tenta esfregar isso na cara dela. Uma pena a sua filha amar tanto um ser humano tão desprezível como esse a ponto de colocar a vida em risco pela segunda vez.

- Dona Marjorie, podemos conversar em particular? - Ignorei a Lexa e me virei pra mãe da Laura

- Sim Tay. Lexa se for pra continuar arrumando confusão eu prefiro que você não venha mais, você sabe muito bem que a Laura odeia confusão e ela não ficaria nada feliz se estivesse acordada e presenciasse essa situação chata.

- OK dona Marjorie desculpa. Eu só vim dar uma passada rápida pra ver se tinha alguma novidade, mas já estou indo embora, a Laura já tem visitas demais hoje.

A Lexa pegou a bolsa dela e foi embora. O John depois de um tempo decidiu descer pra fumar e ela aproveitou pra conversar comigo sobre o que estava acontecendo.

- Tay, agora que ela foi embora podemos conversar?

- Claro!

- O que ela quis dizer quando disse que você desgraçou a vida da Lau? 

- Dona Marjorie eu vou ser bem franca com a senhora. Eu e a Laura terminamos por uma desconfiança dela, um amigo dela deu em cima de mim e começou a correr atrás de mim, só que eu escondi porque eu não queria acabar com a amizade dela com ele e acabei me dando mal, porque num belo dia ele foi até a casa dela aqui de LA onde eu estava sozinha e começou a se declarar pra mim, só que a infeliz da Kendall, outra ex “maravilhosa” dela tinha ido buscar um iPad que havia esquecido na casa dela e acabou presenciando tudo e até tirou fotos, a Laura por sua vez não acreditou em mim e ai começou o nosso conflito, a gente acabou terminando e eu fiquei com muita raiva dela e comecei a sair com um cara que também não deu em nada porque eu amo a sua filha e ela ao mesmo tempo começou a aparecer com essa ex-namorada dela e vieram juntas aqui pra LA.

- A Laura não me falou nada disso, aliás, eu nem sabia que vocês não estavam mais juntas, mas eu nem me espanto, porque apesar de sermos mãe e filha, a Laura sempre foi muito reservada em relação a tudo. Eu até achei esquisito a Lexa estar aqui, porque como você já sabe as duas já namoraram, mas isso lá atrás, ela eram novinhas, mas como a Rebecca sempre foi amiga dela e ela é irmã dela as duas acabaram engatando pelo menos uma amizade. Mas enfim, eu quero que você saiba que eu não vou me intrometer e não vou ficar opinando. Eu gosto muito de você e vejo nos seus olhos que você ama a minha filha e sei que ela também te ama porque não é a toa que ela está nessa situação hoje. A única coisa que eu realmente quero é que ela se recupere e fique bem, o resto que vocês decidirem fazer pra mim está ótimo.

- A senhora é incrível. Posso te dar um abraço?

- Claro!

Eu abracei a mãe dela e meus olhos encheram de lágrimas. Eu agradeci por ela ser tão compreensiva e não entrar na pilha que a ex-namorada da Lau está colocando. Depois de ter falado com ela o John subiu e eu me ofereci pra ficar com a Laura pra que a mãe dela pudesse ir pra casa descansar um pouco e ela aceitou. O John sentou no sofá e eu fiquei fazendo carinho nela.

- John, quando a Lau acordar eu vou me casar com ela.

- O que? Você tá falando sério?

- Nunca falei tão sério em toda minha vida. Eu vou pedir ela em casamento, eu quero que ela seja a minha mulher.

- Doida. Eu pago pra ver isso!

- Ela vai acordar em breve e você vai ver isso e digo mais, assim que a mãe dela chegar nós iremos à melhor loja de joias aqui de LA e eu vou comprar o anel mais lindo que tiver.

- Taylor você é louca, mas eu vou amar te ajudar a escolher, só que você vai precisar do tamanho do dedo dela. Se eu não me engano ela veio com algum anel e provavelmente ele deve estar guardado na bolsa dela.

- Perfeito. Vou ver se acho!

- Tá bom. Vai logo antes que a mãe dela chegue e pense que a gente está roubando alguma coisa.

- Ah se enxerga né menino? Vê se eu tenho cara de estar roubando alguma coisa.

- Tá bom, mas agora para de falar e vai procurar.

- Ok. 

Eu peguei a bolsa dela que estava na mesa e comecei a procurar e em questão de minutos eu achei um anel no bolso da frente e coloquei no dedo anelar dela só pra me certificar de como ficava e deu certinho. Eu o guardei no meu bolso e voltei a fazer carinho nela. O celular do John tocou e ele foi do lado de fora atender e enquanto ela falava lá fora eu continuei a fazer carinho na Lau e quando eu passei a minha mão por cima da mão dela ela mexeu os dedos e a minha reação não poderia ser outra, eu tive que gritar o John.

- John! John! - Gritei 

- O que foi menina? - Disse ele entrando correndo

- Ela mexeu os dedos. Olha aqui! - Disse passando a mão outra vez na mão dela

- Meu Deus. Falta pouco Tay. Vou chamar um médico!

- Vai lá! 

O John saiu e trouxe o médico que estava cuidando dela e eu expliquei pra ele o que aconteceu.

- Doutor eu toquei a mão dela por duas vezes e ela mexeu os dedos.

- Que maravilha. Tenta novamente!

- Ok!

Eu passei novamente a mão por cima da dela e ela não mexeu, mas eu insisti e passei outra vez e ela mexeu os dedos novamente.

- Isso é muito bom Taylor. Temos um avanço aqui, isso quer dizer que os reflexos dela estão melhorando apesar da sedação. Se ela fizer mais alguma coisa, por favor, me chamem outra vez.

- Ok!

Era a dose de esperança que eu estava precisando. Eu continuei passar a mão na dela sem parar e por vezes ela repetiu os movimentos mexendo os dedos. Não vejo a hora da mãe dela chegar e eu poder contar a novidade.

Eu continuei firme e forte até a noite ali com ela e enquanto estava ali segurando a mão dela a mãe dela chegou.

- Tudo bem por aqui?

- Tudo ótimo. Dona Marjorie vem ver uma coisinha aqui.

- O que? - Disse ela curiosa se aproximando da cama

- Olha isso! - Mexi na mão da Laura e ela novamente mexeu os dedos

- Meu Deus. A minha filha está voltando! - - Disse ela espantada com as mãos na boca

- Eu chamei o médico e ele ficou animado em relação a isso e eu mais ainda. Ela está voltando, tenho certeza que não vai demorar.

- Eu também tenho! - Disse ela me abraçando

Eu estava tão feliz de estar ali que nem percebi que já era tarde e que eu me precisa tomar meus remédios e me alimentar, mas o John me lembrou e começou a me acelerar para irmos embora.

- Tay, agora que a Dona Marjorie voltou nós precisamos ir embora. Você precisa comer e tomar seus remédios.

- É verdade, mas eu não queria sair daqui.

- Mas vai ter que sair. Amanhã a gente volta!

- Isso mesmo Tay, vai lá, descansa, se cuida e volta amanhã pra trazer mais sorte e energia boa pra nossa Laura sair dessa. 

- Tá bom Dona Marjorie. Eu vou, mas eu volto.

- Te espero! 

Eu abracei a Dona Marjorie me despedindo dela enquanto o John pegava a minha bolsa, depois que eu me despedi dela, eu fui até a Laura e dei um beijo na testa dela e fui em direção a porta só que antes de cruzá-la eu olhei pra trás e chamei a mãe dela.

- Dona Marjorie?

- Oi Tay. Esqueceu alguma coisa?

- Sim. De pedir algo pra senhora, eu preciso fazer uma coisa, mas tem que ter o seu consentimento antes.

- Claro, pode falar.

Eu olhei pro John e ele sorriu pra mim balançando a cabeça positivamente me incentivando a pedir a filha dela em casamento e eu sorri pra ele e voltei a olhar pra ela com um certo nervosismo que até me deixou sem voz, mas eu vou pedir, eu tenho que pedir.


Notas Finais


💋


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