História Relationship contract - É bom te ter de volta.

Clara POV

Visto-me com um short curto preto –bem colado ao corpo. –, uma blusa preta que ia até o meio das minhas coxas escrito ‘’BADASS’’ na cor laranja e uma bota também preta e nos meus joelhos. Penteio meus cabelos e passo um pouco de maquiagem.

Cheguei –Levi.

Mando um ok e desço, mas antes posto uma foto no snap.

Assim que entro no carro de Levi, dou um beijo em sua bochecha.

—Pronta pra se divertir como sempre fazemos? –Perguntou e eu ri assentindo. –Qual CD?

—A de sempre. Arctic Monkeys! –Digo animada e o coloco.

—Por isso eu te amo! –Gritou animado.

—Por isso e por outros mil motivos, babe. –Ele ri concordando comigo.

Postei alguns vídeos e fotos durante a nossa ida.

Levi estacionou e então nós descemos do carro.

—Na volta eu dirijo. –O aviso.

—Não. Você sabe que eu odeio deixar você dirigir. –Falou e eu revirei os olhos.

—Eu dirijo melhor que você, seu idiota. –Empurro seu ombro.

—Pare de ser iludida, Santiago. –Zombou e eu revirei os olhos novamente. –Pare com isso também, sabe que eu odeio. –Colocou seus óculos escuros.

—Eu sei. –Ri e coloquei os meus também.

Compramos nossos ingressos e então parei em frente ao mesmo.

—Qual quer ir primeiro? –Pergunto.

—Da mais leve até a mais pesada. –Assenti e fomos caminhando até a primeira.

Paramos para tirar algumas fotos, mas então conseguindo entrar na primeira montanha russa.

—Preparada? –Levi perguntou.

—Fala sério, esse aqui é pra criancinha. –Reviro os olhos.

—E você é o que? –Falou e eu dei meu querido dedo do meio para ele.

Após ir a quase todas as montanhas russas e tirar fotos com muitos fãs, finalmente fomos comer o melhor cupcake que nós temos!

Fizemos nossos pedidos –o que não foi pouco– e postamos uma foto no instagram.

Mais algumas fãs vieram tirar fotos e eu já estava ficando cansada, nem se quer conseguia sorrir direito nas fotos.

—É cansativo, não é? –Levi diz assim que elas se vão.

—Muito. –Suspiro. –E olhe que nem sou tão conhecida assim. Estou com pena é do Bieber. –Ele riu brevemente.

—Realmente. –Ele diz. –Mas pense pelo lado bom: Isso significa que você está crescendo mais, entende? –Assinto. –Então, está realizando seus sonhos.

—É. –Relaxo os ombros.

Nossos cupcakes chegam e eu posto uma foto no snapchat. Começamos a comer e então o prazer me preencheu.

Céus, tão maravilhoso!

—Como isso consegue ser tão bom? –Levi pergunta limpando sua boca.

—Olha, eu também não sei. –Rimos.

A tarde passou correndo. Levi me deixou em casa e eu fui direto para o sofá, tiro meu celular da bolsa e atendo a ligação.

—Consegui pegar um voo pra daqui a pouco, chego pela noite. –Ouço a voz de Jay.

—Tudo bem. Como você está?

—Estou bem, e você?

—É... Estou bem.

—E o Shawn?

—Tivemos que dar um tempo, Rose e Andrew pediram. –Suspirei.

—Ah sim. Tenho que ir, me busca no aeroporto?

—Claro, me mande uma mensagem. –Falo e ele murmura algo.

Desligo e solto um alto suspiro. Me levanto do sofá e vou até o som, coloco o cd de Arctic Monkeys e aumento o som. Tiro meu short e meus sapatos.

Permito-me lembrar de como tudo aconteceu tão rápido. A fama, meu ciclo de amizade, minhas redes sociais, minha vida.

Do Brasil para o mundo. Eu me lembro como se fosse ontem; quando recebi a noticia que a gravadora fechou comigo, que eu teria que me mudar para fora do Brasil e finalmente seria uma atriz e cantora conhecida por todo o mundo. Céus, era tanta felicidade que não cabia em mim.

Mas junto com a fama vêm os estresses diários, preocupações, responsabilidade e muitas outras coisas. Para uma jovem de dezessete anos, eu estou sabendo lidar com isso. Pelo menos até agora eu soube.

Mas ás vezes é realmente chato você não conseguir sair direito, comer fora, passear e fazer coisas de uma adolescente normal. Não pelo fato de sempre ter fãs querendo tirar fotos –eu até as entendo, aliás, já fui fã de vários artistas, e ainda sou. –e sim pelo fato de você sempre estar na mira da mídia.

Quando se é jovem e famoso, querendo ou não, você está na mira da mídia. Todos vão comentar o que você fez ou deixou de fazer, o que você usou ou deixou de usar. As pessoas realmente tomam conta da sua vida e querem até tomar atitudes por você. Vê se pode?!

Se você quer permanecer com uma boa carreira, você precisa tomar cuidado. Qualquer descuido você já fica mal falada. Quero dizer: Falam coisas horríveis ao seu respeito e sobre aquilo que você fez.

É muita pressão. Não é qualquer um que aguenta não.

Quando me dou conta, arrumei toda a casa. Vou para a cozinha e penso em algo para fazer, aliás, Jay volta hoje. Quero fazer algo para comermos, algo gostoso e que ele goste... Lasanha caseira.

Céus! Como ele adora minha lasanha caseira.

Vejo de tudo o que preciso e ainda faltam algumas coisas, subo para trocar de roupa e ir ao mercado. Coloco um short e uma blusa qualquer e calço meus chinelos. Pego minha bolsa e a chave do carro.

Graças ao bom Deus, em Los Angeles eu posso dirigir e o mercado também não fica tão longe, eu que sou preguiçosa e vou de carro.

Vou até o mercado e pego um carrinho, coloco tudo o que preciso dentro dele e passo o cartão. Recebi muitos olhares e sorrisos.

Volto para casa e começo a preparar tudo. Coloco no forno e tomo um banho rápido, penteio meus cabelos e coloco a mesma roupa que usei para ir ao mercado.

Quero te ver... Falei com Andrew e ele deixou nos vermos. Explico depois. –Shawn.

Vem aqui depois, fiz lasanha e Jay chegará logo. –Envio.

Já pousei. –Jay.

Mando um ok e pego minhas chaves. Desligo o forno e saio correndo de casa. Vinte minutos e eu consigo chegar ao aeroporto. Desço e adentro no local, procurando pro Jay.

Assim que nossos olhares se encontram, eu corro até ele e o abraço forte, sendo tirada do chão.

—Que saudades eu estava. –Ele diz ainda me apertando.

—Digo o mesmo. –Falo e respiro fundo, sentindo seu aroma doce.

Ele me pôs no chão e nós sorrimos.

—É bom te ter de volta. –Falo e pego uma de suas malas.

—Está achando que eu iria deixar o famoso lá roubar meu lugar? Não mesmo. –Brincou enquanto íamos até o carro, me arrancando gargalhadas. –Posso dirigir?

—Claro. –Digo e então corremos até o carro. Guardamos as malas e ocupamos nosso lugar.

—Solta o som! –Ele diz com humor enquanto ligava o carro. Coloco o cartão de memoria e a primeira música é Can’t stop the feeling, Justin Timberlake.

O caminho foi animado e com muita cantoria. Subimos e Jay foi colocar as malas e tomar um banho em seu antigo quarto, ou atual, vai saber.

Enquanto isso eu arrumo a mesa da sala, pego a lasanha e a coloco na mesa, junto a três pratos, três talheres, três copos e um refrigerante.

—Lasanha? –Jay diz com os olhos brilhando ao ver a mesa. –Três? –Franziu o cenho.

No mesmo segundo a campainha toca, Jay sorriu e correu para abrir.

—Shawn! –Falou animado e eu sorri ao ver os dois se cumprimentando.

—Meu amor. –Shawn diz sorridente e sela nossos lábios, logo após me abraçar.

—Vamos logo comer, estou morrendo de fome. –Jay diz já se sentando.

—Agora me diz quando você não está com fome. –Brinco também me sentando.

—Quando estou comendo. –Jay responde e Shawn gargalhou.

—Agora sei a quem Clara puxou. –Shawn diz e eu mando língua para o mesmo.

Nos servimos e tiramos umas fotos para o snap.

—Não tínhamos que estar brigados? –Pergunto confusa para Shawn.

—Sim, mas eles pensaram bem e desistiram disso. Aliás, PCA está logo aí e nos querem juntos. –Ele explica.

—Que bom. –Sorri.

—Bom mesmo está esta lasanha. –Jay diz e eu ri.

—Realmente. –Shawn concorda e eu dou um beijo em sua bochecha.

Comemos em meio a risadas. Enquanto eu lavava a louça, eles arrumaram a sala e foram jogar vídeo game.

—Eu devia mandar vocês lavarem a louça. –Falo me jogando no meio dos dois.

—O que vai fazer amanhã? –Jay diz ignorando totalmente o que eu acabara de dizer.

—Tenho reunião cedo e passarei o resto do dia ensaiando para o PCA. –Respondo e ele balança a cabeça.

—Os ensaios são sempre tão... Tediosos. –Shawn diz fazendo uma careta e eu concordo.

—Eu gosto de tudo muito espontâneo, por isso a maioria das vezes eu dispenso ensaios. –Falo. –E seu filho?

—Filha. –Ele sorri e me encara.

—Que bom. –Sorri fraco e o abracei. –Irão mesmo morar no Brasil?

—Eu não quero. –Relaxou os ombros. –Mas minha filha não vai nascer já falando inglês, então terei que ficar por lá um pouco.

—Entendo. –Suspiro.

—Imagina que louco sua filha nascer falando inglês? –Shawn diz pensativo e eu fecho meus olhos, balançando a cabeça.

Jay começou a gargalhar e Shawn o acompanhou. O que eu fiz pra merecer isto, Deus?

—Vocês são esquisitos. –Falo vendo ambos se contorcerem de tanto rir.

—Eu preciso ir. –Shawn diz tentando parar de ir.

Mais alguns minutos e então Shawn foi embora, mas Jay ainda ria.

—Para de ser estranho. –Falo subindo para o meu quarto.

—É de família. –Gritou subindo atrás de mim.

Ligo meu ar condicionado e me jogo na cama. Jay entra e fecha a porta, apagando a luz em seguida.

—Matar a saudade da minha caçula. –Se jogou ao meu lado.

—Vai ficar por quanto tempo? –Pergunto me cobrindo, junto a ele e me ajeito em seu peito.

—Uns dias. Não posso deixar Milene, quero acompanhar a gravidez. –Ele diz. –Ela queria vir para Los Angeles.

—Compra uma casa pra ela. –Dou de ombros.

—Pensei nisso, já que por você ela não passa nem da porta daqui. –Jay diz e eu ri pelo nariz.

—Não mesmo. –Concordo com ele. –Só minha sobrinha, e quando ela nascer.

—Estamos pensando no nome da nossa pequena. –Ele suspirou.

—Stela. –Sugiro e ele prende sua respiração.

—Céus! É isso, Stela. –Ele diz e ri. –Stela! –Gritou e eu gargalhei.

—Deixe-me dormir. –Falo e me viro.

—Me desculpe. Já coloquei pra despertar. –Ele diz e me abraça.

Em poucos minutos eu adormeço.

—ACORDA CLARA. –Ouço Jay e dou um pulo da cama, ficando tonta e caindo logo em seguida.

—Eu te odeio. –Murmuro passando as mãos no rosto.

—Bom dia. –Me puxou do chão e me pegou no colo. –Toma um banho que vou fazer nosso café.

Assinto e corro para o banheiro, quase caindo nos meus próprios pés. Tomo um banho rápido, corro para o meu closet e coloco minhas peças intimas, uma calça jeans de lavagem clara com rasgos, uma regata branca, um cardigã que ia até meus joelhos, na cor cinza e um salto bege. Penteio meus cabelos, coloco um anel angelical que havia ganhado do meu pai, meus brincos e desço.

—Toma. –Falou apontando para o meu café já pronto.

Como tudo enquanto mexia nas minhas redes sociais.

—Vamos? –Rose diz adentrando na cozinha.

—Quando foi que você entrou? –Pergunto com o cenho franzido.

—Trinta segundos atrás. –Ela respondeu e voltou para a sala. –Vá escovar seus dentes, temos que sair.

Corro e faço o que foi pedido, passo um gloss, e desço com minha bolsa.

—Pronto. –Digo assim que acabo os degraus.

Descemos e como de costume, entrei no branco de trás do carro de Rose.

—Vai conseguir ensaiar com essa roupa? –Rose pergunta me olhando pelo retrovisor.

—Vou. Não tem muito que fazer, não vou dançar, apenas fazer uns movimentos e fazer o que faço de melhor: Causar. –Gargalhamos.

Assim que adentramos no enorme prédio, Jay avisou que ia dar uma volta e nos encontra daqui alguns minutos, aqui no hall do prédio. Pegamos o elevador e apertamos para ir até o décimo quinto andar.

Único barulho que se ouvia no enorme corredor era do meu salto e o de Rose se chocando com o chão. Após chegar ao final do corredor, Rose abriu a porta e então entramos, logo ocupando nossos lugares.

A reunião serviu apenas para discutirmos como será meu primeiro álbum, meus shows, participações e coisas do tipo.

Foram longas horas de discussões, sou bem teimosa e gosto de tudo do meu jeito. Já todo o pessoal gostam de contrariar, querem fazer diferença, entende? Fazer com que eu seja uma artista teen perfeita, digamos assim.

—Eu não aguentava mais ficar naquele lugar. –Falo assim que o garçom se retira.

Viemos a um restaurante almoçar, e daqui iremos para o meu ensaio.

—Você tem que aprender a ouvir e concordar. –Rose me repreende.

—Não! Não vou ser a artista teen perfeita, podem fazer isso com quem for, Alessia, Troy, Shawn, mas comigo não. Você me conhece, ou é do meu jeito, ou não é. –Respondo firme.