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História Relativity - Larry - V - You are the darkness


Escrita por: alouisiocobra

Notas do Autor


Hey! Esse foi o último que escrevi, na verdade o último que escrevi até o fim. Comecei outro há uns dias, mas vocês sabem, bloqueio criativo é um saco.
Escrevi esse capítulo maravilhoso ouvindo "Crywolf - Stomach It", que é uma música igualmente maravilhosa.
Coloquem-na no repeat, ok? O capítulo é pequeno considerando os outros, mas é muito importante.
Enjoy!

Capítulo 5 - V - You are the darkness


Fanfic / Fanfiction Relativity - Larry - V - You are the darkness

Termino de secar a pia e Harry termina de guardar os pratos quando Anne volta para a cozinha.

Já está tarde, você deveria dormir aqui. - Procuro por um relógio nas paredes da cozinha, mas não acho. - São quase 21:00.

Suspiro. Não sei o que fazer. Mal voltei a falar com Harry e Anne, não se é certo dormir aqui tão rápido.

Mas, ao mesmo tempo, tenho que me lembrar de que já está tarde e estamos longe do campus. Esudantes têm que estar nos seus dormitórios às 20:00, é uma regra bem específica.

Se não for incomodo. - Anne sorri automaticamente, praticamente batendo palmas de animação.
Claro que não, querido. É ótimo ter você de volta. - Surpreendemente ela me abraça, mas dura pouco. - Estou certa de que Harry vai te emprestar algumas roupas. - Ela pisca para Harry, sorrindo, e sai da cozinha.

Nunca sei o que fazer, mas, nesse momento, realmente não sei o que fazer. Me sinto envergonhado por ter aceitado e por Anne ter insinuado que vou usar as roupas de Harry para dormir. É íntimo demais e, sinceramente, nunca fiquei tão íntimo de alguém. Começo a pensar em mudar de idéia quando sinto uma mão no meu braço.

Olhos verdes me observam atentamente, as sobrancelhas unidas. Olho para sua mão no meu braço e para seu rosto. Foi o mais perto que já estivemos desde os últimos anos.

Vamos. - Algo na sua voz lenta e rouca, e em seus olhos verdes, me faz esquecer todas as dúvidas e a vergonha.

Sigo Harry até seu quarto, no segundo andar, e, quando entramos, a porta é fechada pelo mesmo.

Estou parado no meio do quarto, sem saber o que fazer ou como agir. Por algum motivo sinto que devo pedir desculpas, mas Harry me faz esquecer disso. Ele caminha até uma cômoda de madeira clara e pega algumas peças de roupa e as joga para mim.

Pode se trocar. - Ele se deita de volta na cama com os braços atrás da cabeça, me observando minuciosamente.
Não vou me trocar aqui. - Quase murmuro, envergonhado só de pensar nisso.
Você sabe onde fica o banheiro - Ele dá de ombros, ligando o rádio e fechando os olhos.

Bufo, segurando fortemente as peças de roupas e entro no banheiro do quarto de Harry. O banheiro é pequeno e estreito, não tem nada colorido.

Me troco rapidamente, em cima do tapete branco felpudo, e dobro minhas roupas antes de sair do banheiro. As coloco em cima da cômoda e caminho até a cama, me sento na ponta.

Harry se levanta e a cama, por ser de mola, mexe bastante até que ele esteja fora dela. Observo enquanto ele pega algumas peças de roupa na cômoda. Surpresa! Pretas.

Harry tira a camisa preta e, estando de costas para mim, vejo o desenho de suas costas bem definidas. Seus ombros são largos e bem estruturados. Suas costas são brancas, apenas com pintinhas, mas nada de tatuagens. Ele veste uma camisa preta que fica levemente apertada no seu tonco, é um pouco transparente também.

Quando está prestes a descer as calças, tusso. Tusso porque estou vermelho e pegando fogo, literalmente, no tronco inteiro.

Você… - Pigarreio. - Você vai se trocar aqui?

Minha voz sai baixa, fraca e falha, e fico ainda mais envergonhado. Pareço um garoto patético agindo assim, mas meu corpo e mente trabalham por conta própria.

Os incomodados que se retirem. - Ele cantarola, e tenho certeza de que está sorrindo.

Penso que deveria soar ofensivo, mas tenho que reprimir um sorriso.

Harry termina de abaixar a calça preta e a chuta para um canto qualquer do quarto. Veste uma calça de moletom parecida com a minha, só que a sua é preta, e não cinza. Passa as mãos nos cabelos quando termina, e se vira.

Pela claridade da luz do quarto e pela leve transparência na blusa, consigo ver todas as suas tatuagens. Logo abaixo da clavícila há dois passários pretos, em cima de um dos pássarios está tatuado, em letras garrafais, "17BLACK". Abaixo do peito, uma borboleta grande. No braço esquedo há um coração preto, médio, e um návio grande. As outras mal consigo enxergar, são pequenas e não entendo seus desenhos.

Devo estar salivando, porque, quando olho para seu rosto, ele está sorrindo maliciosamente para mim. Enrusbeço automaticamente e me levanto. Engatinho até a cama bagunçada e me deito, puxando a primeira coberta que vejo, e me tapo até o pescoço.

Harry não fala nada no curto trajeto até a tomada e a cama. Ouço quando ele se aproxima e sinto o colchão se mexendo quando ele se deita ao meu lado. Está calor, mas, por algum motivo, não quero me destapar.

Quando abro meus olhos vejo Harry me encarando, estamos virados um para o outro, e fico muito nervoso de repente. Seus olhos me olham atentamente, cada parte do meu rosto, e sei que pareço assustado.

Sinto demais aqui, ao lado de Harry, tão perto dele. Meu coração está apertado e pulsando rápido demais, de forma que imagino que Harry possa ouvi-lo claramente, batida a batida. Tudo o que eu queria falar antes, desaparece em uma nuvem. Só sei sentir. E sinto tanto.

Salvei a vida desse homem, salvei porque preciso dele, porque ele é tudo para mim. E só me dou conta disso agora, quando estamos tão perto que posso sentir sua respiração contra a minha. Não posso perdê-lo, não aguentatia perdê-lo novamente.

Penso que, se estiver ao meu alcance, volto no tempo quantas vezes forem necessárias para salvar a sua vida. De novo e de novo.

Aqui, no escuro, vejo através da escuridão dos seus olhos. Meu Harry está lá no fundo, se fundindo a esse Harry, mas não reclamo. Porque gosto da mistura dos dois. Gosto da bagunça que eles formam, e gosto de como eles me fazem sentir.

Vejo a vulnerabilidade de Harry, através de seus olhos brilhosos e incisivos. Ele é o mesmo homem, o mesmo garotinho de cachos. Demorei demais para perceber isso, e agora só quero abraçá-lo e dizer que tudo ficará bem. Quero dizer que posso protegê-lo, que posso nos proteger de tudo e de todos. Quero dizer tudo que não tive coragem de dizer há anos atrás.

Movo minha mão debaixo das cobertas até seu rosto, bem devagar, porque não quero assustá-lo. Quero tocá-lo e senti-lo. Quero fazê-lo se sentir bem de novo.

Nossas peles se encostam, e meu coração pula no peito. Sinto mais, tão intenso e doloroso. Sinto tanto que quase não sinto nada, quase fico amortecido desse sentimento forte.

Sua pele branca é macia e delicada quando encosto minha mão nela. Faço carinho com o dedão, bem devagar, aproveitando esse contato novo.

Harry fecha os olhos levemente, sua boca, agora, está entreaberta enquanto ele expira e inspira, aceleradamente.

"I felt a break in a sacred place where your hands don't heal

These are the reasons you're ruled by the things you feel

Out of the deep waters and all their intricacies

This is the real face of all your enemies"

Nossos coraçãoes batem rápido e estamos ficando descontrolados, sentindo demais. Meus olhos pesam, mas não quero fechá-los.

Me aproximo vagarosamente, não sei ao certo o que estou fazendo ou como fazer. Estou sentindo e fazendo, e, pela primeira vez, me parece certo.

Nossos narizes se encostam devagar, se acariciando, e fecho os olhos. Sinto a mão de Harry na minha cintura, desesperada, me puxando para perto. Em segundos, nossas bocas estão grudadas, pressionadas, mas não nos mexemos. É tudo que preciso para sentir meu peito explodir.

"I felt you escape into empty space where my heart can't feel

Down in that darkness you met all the things you feared

And I knew, I knew

There was nothing I could do"

Sinto sua mão na minha nuca e sua língua pede passagem. É rápido e intenso, e estamos nos beijando. É delicado e vagaroso, mas quero saber porque meu peito dói tanto e porque sinto tanto agora.

Nossas línguas se movem devagar, numa dança leve e calma, mas nossas mãos estão descontrolados, tateando e apertando. Sinto seu desespero, e sei que ele sente o meu também.

"Could you stomach it anymore

Could you stand to be a breath away

Can you feel the way tour face distorts

Did you think that it could be this way

I can hear you from behind the door

I can feel you from a mile away

As you're growing out of my control

Will you watch me as I fade away"

O desespero cresce no meu peito, quase insuportável, e sei que Harry sente o mesmo. Pela forma como ele puxa minha camisa para si, pela forma como ele pressiona minha pele.

Estamos num ciclo vicioso de beijos, começando um onde termina outro, e estamos uma bagunça. Uma bagunça de bocas e línguas e pernas.

"You can't escape forever

Mistaking smoke for heaven's light

It's not follow or fade to black, and white

And I could take you home,

Pretend the past still ahead

Maybe in the sun you'll see

You got what you want

But not what you need"

Em meio ao nosso desespero, quero dizer tanto, quero contar tanto. Mas nossas bocas parecem coladas, impossibilitadas de se afastar, assim como nossos corpos.

Quero prometer tantas coisas, mas não sei se posso cumpri-las.

"If I am afraid

Then you are the darkness that made me feel this way"

No final da noite somos uma bagunça de corpos e bocas. Nos beijando, tocando e puxando. Somos como selvagens. Não sei onde começo e onde termino.

No final da noite, somos um emaranhado de emoções e de palavras não ditas. Palavras que fazem sentido nas nossas cabeças, mas que só conseguimos demonstrar nos tocando.

No final da noite, com nossas pernas emaranhadas e nossos corpos colados, somos como um só. Nós dois somos a escuridão.

No final da noite, somos como um belo desastre.

"Bless my darkness, bless my light

I lost my soul in your skin tones, now

Bless my darkness, bless my light

I lost my soul in your skin tones, now

Bless my darkness, bless my light

I lost my soul in your skin stones, now"


Notas Finais


Gostaram?
Só quero esclarecer que eles não fizeram na-da! Quando rolar smut, eu vou avisar.
Espero que tenham gostado do capítulo, demorei para decidir o que escrever, mas quando ouvi a música, me apaixonei e comecei a escrever sem parar.
Obrigado a todos os favoritos, leitores anônimos e comentaristas.
Dúvida rápida: vocês preferem LTops ou HTpos?


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