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História Relatos de uma assassina - Capítulo 1


Escrita por: GabyPernes15

Capítulo 1 - Capítulo 1


Antes de tudo, seu policial, tenho que falar, minha infância foi um tanto quanto conturbada. Aos 15 anos eu já estava trabalhando para ajudar minha querida mãe a pagar nosso barraco no gueto da cidade. Sim, morei 18 anos na favela, depois desse tempo eu já tinha decidido que essa vida não era mesmo pra mim. Olhe para mim, oficial, diga-me, esse corpo é algo de se desperdiçar? E foi assim que os primeiros pensamentos sobre me prostituir vieram em mente. Não para qualquer um, óbvio, homens ricos, que frequentavam belas boates e doavam uma boa quantia para as dançarinas de pole-dance. 

Sabia que havia uma agência perto de onde eu morava (não por muito tempo). Sim, uma agência, de modelos, sabe? Ah não, não espere que eu fale o nome, já estou em uma grande dívida com eles, falar deles só pioraria a situação, só digo que era perto da minha casa. Voltando... essa agência era especializada em prostituição de luxo, coisa realmente cara, coisa que eu pensava que poderia melhorar minha vida. Como a gente se engana nessa vida, não é mesmo? Se eu soubesse o que me viria quando assinei o contrato com a agência, voltaria a morar no meu gueto casada com um filho da puta que me espancaria sempre e me deixaria com cinco filhos para cuidar. Teria doído menos que toda essa confusão.

Como eu conheci a máfia? Bom, estava na boate, garotas fúteis faziam suas performances no pole dance enquanto eu só observava os pervertidos ali se entretendo. Um grupo me chamou atenção, homens de negócios, todos de terno e armas, pouco visíveis na bainha de suas calças. Não estavam entretidos com o show, pareciam apenas fazer uma reunião de negócios. São esses homens que mais possuem dinheiro, é na direção deles que toda prostituta de luxo deve atirar, é assim que se consegue uma vida boa. Porém, para chamar atenção deles eu precisaria de algo mais do que um belo corpo e um bom papo, eu precisaria chamar atenção. Naquele instante andei calmamente até o palco (nos meus 27 anos de idade, já tinha visitado aquela boate por tempo suficiente para invadir o show das dançarinas, eu e o dono tínhamos uma boa intimidade para isso), peguei o microfone e sensualmente comecei minha performance de Fever, de Beyoncé. Imediatamente reparei em todos os olhares indo ao palco, especialmente da mesa de mafiosos, naquele momento eu soube que havia conquistado a companhia dos cavalheiros. Meu olhar focava naquela mesa, mas de vez em quando parava em outras também afinal, se eles não se despunham de meus serviços, teria quem estivesse interessado. Terminando aquilo tudo, fui para a mesa dos homens que agora me encaravam. 

- O que acharam de minha apresentação, senhores? - Me apoiei na mesa deles e pude vê-los olhando indiscretamente para meu decote, exceto um, o que mais tarde eu descobriria ser o chefe daquela gangue toda.

- Encantadora, senhora... - Caio, o "chefão" de todos respondeu em nome de seus capangas.

- Ah, por favor, não tenho nenhum anel aqui, me chame apenas de Soph, ou Sophia se preferir. - Sorri simpática para o homem que aparentava ser bem mais velho que eu e mostrei o dedo anelar, provando que não estava casada.

Devo admitir, oficial, esses homens eram encantadores, principalmente um tal de Marcel, parecia ser o menos experiente de lá, tenha por volta de seus 21 anos e como ele era adorável, tímido na medida certa, mas selvagem nas necessárias. Não! Longe se ser em sexo, querido, estou falando quando solicitavam que ele fizesse algum serviço pesado, os novatos ficam encarregados desse tipo de trabalho nessa máfia. 

Após horas e horas conversando, Caio me levou para sua casa, e Dio mio, que casa! Não chegava a ser uma mansão, não era tão grande, mas era incrivelmente elegante e chique. A esta altura o senhor Francesco já sabia que eu me vendia, mas eu sentia que ele me desejava, algo a mais do que apenas uma noite e para isso, teria de ter mais pagamento.

- Você está disposta a fazer tudo que um homem de 46 anos pode desejar, Soph? - Caio perguntou, olhando fixamente em meus olhos e eu apenas respondi que sim, tudo era válido, menos beijos de língua.

Só de pensar nessa cena de novo me dá arrepios, porém ainda não pude definir se eram bons ou ruins. Suas mãos indiscretas subindo meu vestido, dedos inquietos percorrendo por minha calcinha por fora e por dentro da mesma. Beijos eram distribuídos por meu pescoço, assim como chupões e mordidas. Eu estava ali de submissa, soltava um gemido vez ou outra. De início foi tudo como de costume, como qualquer ricaço que contrata meus serviços, porém alguns minutos depois dele ter me estimulado quase até meu ápice ele subitamente parou e se levantou.

- Eu quero ser diferente dos outros, não quero que você me satisfaça, eu quero te satisfazer, mia cara. Me diga, Sophia, o que te satisfaz? - Caio sussurrou em meu ouvido antes de deixar uma mordida em minha orelha direita, o que me fez arrepiar completamente de tal lado do corpo.

- Nunca tinha visto um cliente pagar para dar prazer. - A malicia era clara em minha voz rouca. - Mas, já que insiste, Francesco. Eu gosto de apanhar, não gosto que sejam carinhosos comigo, gosto de foder, não de fazer amor.

O que foi oficial? Parece que está interessado agora, não é mesmo? Não espere que uma prostituta tenha vergonha de falar sobre suas experiências sexuais, afinal, é disso que ela vive. Disse que queria saber de tudo, portanto aguente o que tenho para falar, pode ser importante para esta investigação.

Caio e eu subimos para seu quarto, não tive tempo de fazer absolutamente nada, ele me jogou em sua cama e me pôs de quatro, esperando o que quer que ele estava planejando. Me virei quando ele abriu o guarda roupa e vi uma boa quantidade de armas ali, algumas só disponíveis para o exército. Tá bom, não é necessário contar em detalhes, mas foi neste momento que percebi que Caio não era só um empresário ou só um cara rico e bom de negócios. Graças a aquelas armas eu soube que eu não estava mexendo com apenas mais um cliente em uma noite normal. Graças a aquelas armas, eu tive a impressão que minha vida poderia melhorar e foi a partir deste pensamento que me determinei em não ser apenas mais uma das prostitutas na vida de Francesco...



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