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História Release - Quattro.


Escrita por: pearljam

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 4 - Quattro.


–  Desculpa a pergunta, mas eu poderia visitar sua casa? – pergunto para a mãe de Suzen.

Ela ri, consigo escutar mesmo que seja pelo telefone.

– Sim, meu querido.

[...]

Tiro a bicicleta da parte de trás da camioneta.

– Até mais. – minha mãe diz enquanto recem começa a acelerar o carro.

Aceno para ela e digo o mesmo, mandando um beijo.

Eu vim sozinho, mudanças de planos. E não há nenhum problema nisso, voltarei para casa de bicicleta. Irei pegar o que quero e a dupla geniosa (Seba e Lucas) vão olhar o PC de Suzen sem precisar ter contato. Eu apenos jogo, mas ambos são gênios.

Está de noite, e não há nenhuma regra sobre andar no espesso e espaçoso gramado da casa da Suzen.  Mas logo, começo a andar na calçada de cimento, é engraçado como a casa dela é pequena e totalmente calculada.

A porta me espera semiaberta, pois avisei a mãe de Suzen, talvez ela tenha deixado aberto depois que deu uma passada por aqui. Eu não voltei a visitar Suzen. Mas eu irei organizar tudo e irei vê-la.

Eu andei pensando se Elia e Gregory conhecem a fundo Suzen; ela não me falou sobre eles, ou eu sou um total merda e não consiga lembrar.

A luz dos fundos está ligada, ainda bem. Eu sou paranoico com lugares escuros.

Subo para o quarto de Suzen, e acho o máximo as paredes da escada que levam a andar de cima.

O quarto de Suzen é azul claro. Sua cama é comum e uma madeira amarela, não sei explicar. Junto da parede, revestida de lençol da cor das paredes. E tem duas prateleiras com um retrato e em outro action-figure.

O guarda-roupa dela do lado da cama e a frente fica a escravinha com o Notebook de Suzen e um abajur. É um quarto sistematico. E está tudo arrumado e vazio.

Jogo a minha mochila em cima da cama dela.

Abro as gavetas: está tudo dobrado – não que ela fosse uma pessoa desorganizada como eu, minha mente (drama) é bagunçada, eu começo algo e não termino e tudo mais, e esqueço de guardar algumas coisas e tenho preguiça – na escrivaninha não encontro nada além de pequenas agendas empilhadas.

 

Até tirei meu par de tênis para subir na cama e conseguir pegar o que tem sobre o guarda-roupa dela, e visualizei se não tinha nada jogado por lá. Alguns rabiscos anarquistas e revoltados, algo sobre beijos... Isso eu deixo de lado, mesmo que possa ter algum envolvimento, se eu não achar nada no que irei levar eu volto buscar essas coisas.

Sento-me na cama com o album de fotos, com fotos nossa. Gostaria de pegar uma. E não tem só nossas.

Olho para a janela, para ter certeza que ninguém veio aqui. Nenhuma pegada ou não, só alguns sinais.

Bato contra partes de madeira da janela e nada que mostre que alguém arrombou.

Mas o quarto está vazio. Suzen deu um jeito nisto aqui, ou ela organizou seu quarto e as coisas que estavam aqui ela guardou em algum lugar – ou nem tinha coisas. B) ela organizou e alguém entrou aqui na madrugada de domingo e levou consigo.

Estou lendo muito sherlock Holmes.

Abro o notebook e o ligo, tem senha? Só sei que quando aparece usuário e etc, antes que eu possa pensar está na area de trabalho, e adivinha? Vazia. Como se tivesse sido formatado, porém, tem rpg que ela costuma jogar comigo, Seba e Lucas.

Merda.

Continuo vasculhando, mas não tem nada. Puta merda. No meu computador tem tanto. E mesmo que não tenha nada por ela não escrever e etc, eu ainda vou levar o computador dela.

Guardo o notebook na minha mochila e fecho a porta, e não sentindo um vento frio bater em mim, pois, fechei a janela. Encosto a porta do quarto.

Desço as escadas e tranco a porta, depois escondendo ela no lugar que a mãe de Suzen pediu.

Subo na bicicleta vermelha e sigo para casa.

[...]

 As luzes de minha casa estão ligadas. Seguro a bicicleta com um dos braços e com  o outro abro a porta, depois tirando a touca preta.

Minha irmã se surpreende um pouco com o modo afobado que eu entro, ela até se levanta rapidamente, como se eu tivesse as pressas para dar alguma má notici; Ela ergue o olhar e espera que eu diga algo, mas não há nada.

– Não aconteceu nada. – digo, ela desanima e vira-se voltando para cozinha.

– Você sabe como eu estou! – diz, irritada.

“Com o que?” talvez seja com Suzen, não sei, eu preciso visitá-la, e hoje  minha já a visitou e o estado agravou e ela não quer me dizer.

E nem fala nada sobre eu estar subindo com a bicicleta para o meu quarto. Nunca ela falou nada.

A casa é silenciosa, ninguém fala comigo as vezes. Suzen falava, eu não  sou auto-suficiente para ela, eu sou um adolescente de catorze anos que vive por aí.

Aliás, o que eu estou falando, tem pessoas em situações piores. Eu posso estar confuso, e seja só o momento. Minha irmã me adora, e eu estou um impulsivo.

Entro no meu quarto, deixo minha bicicleta na parede. Há duas coisas – quais esqueci o nome – para segura-la. Assim consigo cuidar mais dela. Não que eu já não tenha pensado em colocar uma rampa da minha janela e para descer com ela. E vou fazer, com Suzen, Seba e Lucas.

Começo a me despir, tirar toda a carçaca sobre mim. E, uau, como é desconfortável usar roupas. E as dobro ou guardo-as no cabide, como minha jaqueta e minha camisa xadrez. Minha mãe até me perguntou se eu estava indo a guerra.

Puta merda.

Esqueci-me de preparar meu café, agora terei de descer assim, quase nu. Espero que Katherine não se importa.

Deixo o notebook de Suzen ao lado do meu, e deixo os dois ligando.

Desço as escadas, Kathe está na cozinha.

Quando adentro o comodo, ela me olha de cima a baixo por tras do seu par de oculos e dá de ombros. Começo a preparar o café, e ela faz questão de fazer barulho ao bebericar o café.

Reviro os olhos, a olho e ela: conta logo.

– É Nicholas Kevin B. ou Sherlock Holmes a minha frente? – pergunta sarcastica, como se ela estivesse irritada comigo, e demais.

Engulo em seco, sem olhar para ela. Sinto um peso total em cima de mim. Enquanto mexo o café para misturar bem.

– Aquela noite, você sabe, foi estranha... – e – Suzen não bebe.

Ela semicerra os olhos para mim, e respira fundo.

– Nicholas, e você estava...? – pergunta, me deixando mais culpado.

– Eu vim para casa quando ocorreu. – seus olhos me fuzilam – Eu não sabia que era ela, ok?! – e ela fica menos tensa – E, caralho! Eu só vim para casa, eu bebi um pouco. Ela me convidou para aquela festa enquanto estávamos jogando. – começo a falar com raiva, como se estivesse sendo interrogado, e estou.

Ela balança a cabeça, como um: inacreditável.

– Eu sei que a culpa é minha, Katherine! – digo – Acha que estou brincando. Algo aconteceu! Ninguém me escuta, talvez Seba e Lucas. Mas algo aconteceu!

Ela deixa a caneca sobre o balcão, ajeita o óculos e depois cruza os braços.

– O mundo se movimenta por coisas acontecendo. Nicholas, você está levando toda sua culpa em si. As pessoas cometem erros! Suzen bebeu, sim, tendo ou não motivos. Você está vasculhando toda a vida dela, pra tirar a culpa que tem em seus ombros, eu não sei de onde você acha que a culpa é sua. – ela fica irritada, e aponta o dedo para mim, entre meio a tanto gestos dela.

Beberico meu café, está quente, ótimo. Deixo a mini colher sobre o balcão após adoçar e volto para meu quarto em passos lentos.

– Nicholas! – ela grita.

Não digo nada, eu não quero ouvir nada. Eu não quero que ela abra meus olhos para nada, mesmo que ela acha que tenha razão e me descreva em várias razões, mas isso não vai mudar nada.

– Volta aqui – e continuo subindo as escadas.

Os gritos de Katherine são abafados quando eu fecho a porta do meu quarto. Ela pode vir e gritar no meu ouvido se quiser, eu continuarei. Como não consegui fazer com outras coisas. Como sempre estou calado bebendo café enquanto os outros aproveitam a vida e eu fico em casa escutando músicas tristes e começando coisas que, com total certeza, eu não vou terminar. Na minha vida miserável.

Digito o meu login no skype, e logo numa chamada com Seba e Lucas. Ambos como sempre.

O assunto rola a seco, mas quando entro, eles focam em Suzen, pelo menos eles.

– Você sabe que ela vai te bater. – os dois riem – E achamos que você está muito sexy.

E talvez eu queira, pelo menos não vou precisar incomodar alguém na rua para fazer.

Seba sussurra coisas sobre precisar do IP e tudo mais, gostaria de aprender a invadir computadores.

– Lucas já tem o IP dela, Nico. – Seba diz.

“Ok” murmuro.

– Vou dar uma olhada, vocês conseguem ver daí? – pergunto, e eles confirmam.

Eu abro pastas do notebook de Suzen, mesmo que eu tenha dito que não tinha nada. Lucas conseguiu achar umas pastas, eu não sei como. Apenas surgiu e eu comecei a ver tudo que tinha ali.

– Vou passar a ler mais Sherlock Holmes. – Seba brinca, me distraindo do clima tenso.

Quando a tela fica escura, consigo ver meu reflexo, meu cabelo escuro está ficando cada vez mais comprido, e estou tão magro.

Abro uma pasta qualquer, e depois acho uma pasta com fotos nossas. Ao observar todos as fotos, tudo que ocorre na minha mente é: o que eu estive fazendo minha vida toda? / O que aconteceu naquela noite?

Fotos familiares de Suzen e nada mais, como talvez uma paquera, um namoro que só ela sabia.

Nada de músicas – ok, eu tenho várias, não que alguém escute –, albuns do Syd. Nada.

– Pelo menos tem os dois jogos favoritos dela. – Lucas me consola.

Analiso bem. E se Lucas souber de algo que eu não possa saber? Seba também.

Suspiro.

– Vocês sabem de algo que eu não sei? – pergunto, quase afirmando.

Consigo ver pela webcam o olhar dos dois. Eles sabem. Fecho o punho.

– Nico, talvez Suzen não quisesse que você soubesse.

– Ela disse isso para vocês?

E não respondem.

Desligo a chamada e fecho qualquer coisa. Os dois não mandam mensagem alguma.

Começo a fazer uma linha no meu dedo com minha unha. Preciso cortar. O quarto está todo escuro, com a luz da noite que adentra consigo ver uma parte branca da parede do meu quarto, ele toda está com grafites de letras que nem eu entendo.

– Eles sabem de algo que eu não posso saber. – murmuro, enquanto sento na beirada da cama.

Uma incógnita na minha mente vai fica instalada na minha mente até ela acordar. E quando?

Minha mãe chegou em casa. Consigo escutar um pouco da conversa, meu pai e ela perguntam para minha irmã sobre como eu estou. Meu pai diz besteira, como se eu fosse apaixonado por ela. Desde que não sou um futuro estereotipo de jogador americano ele não me dá tanta atenção.

“Não odeie sua família, Nico. Ou apenas, seu pai.”

Na cabeceira da minha cama o despertador que cretinamente me acordara amanha.

Jogo-me contra a cama quando a música começa a tocar.

Batem na porta, mas não respondo.

– Quer conversar? – não respondo outra vez. – Pensa no que te disse, eu e Katherine.

 


Notas Finais


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