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História Relembre-me - Quem é você?


Escrita por: princesadekonoha

Notas do Autor


u.u
oi povo, sem muito o q falar nesse capítulo, mas espero realmente que gostem.
~anabbc novamente, nem preciso falar das betagens lindas dessa guria, muito obg, e também, muito obg pelos favoritos <3

Capítulo 5 - Quem é você?


Fanfic / Fanfiction Relembre-me - Quem é você?

~Seokjin pov

Ao escutar o estrondoso sino, saio de minha escola rapidamente sem nem ao menos pensar em notificar meu único amigo, passei pelos portões e corri como se o amanhã não fosse chegar, ignorando todos ao meu lado, pedindo desculpas para quem eu atropelava, só havia uma coisa em minha mente: eu precisava chegar naquele lugar e ouvi-lo novamente.

E foi como o esperado, ainda ofegante com os sentidos levemente torpes, o vi. Lá estava ele, todo de branco sob o coreto preenchido de flores rosas, amarelas e brancas, as mesmas adornavam também seus cabelos tingidos em forma de coroa, deixando-o com um ar de príncipe, suavemente meu corpo se movimenta na expectativa de obter uma visão maior de sua face com semblante quase mágico devido à luz do fundo, a cada passo meu coração para e retorna seu serviço arduamente como se ao mesmo tempo em que se fazia necessária minha proximidade o órgão tinha medo de se desfazer ao atingi-la.

Sem perceber minha presença, ele prossegue seu rap, levemente minha boca se abre e fecha completando suas falas melodiosamente, minha mente perde sua racionalidade ao me transmitir uma necessidade enorme de fechar meus olhos e me deixar guiar, a passos lentos contrários à velocidade de meu sangue e de sua boca rosada, paro somente quando noto seus dígitos suaves em meu queixo, tento abrir meus orbes para ver melhor o dono do toque, entretanto sinto sua outra mão forçá-los gentilmente a permanecer retraídos enquanto formávamos uma canção com o misto de nossas vozes.

Ao findá-la, o ar se torna escasso, porém não menos encantador, ainda impedido de ver sua face, faço uma careta e escuto sua risada, doce, mas não tanto quanto a sua respiração quente em meu rosto arrepiando cada pelo, espaço, átomo, percebo por fim que meu coração realmente se desfaz ao ter minha boca quase milimetricamente roçada pela sua em movimentos lentos de vai e vem, admirado com meus próprios instintos abri-a e estendi meu corpo à frente em busca de maior contato, a mão que cobria meus olhos foi até minha cintura e ali apertou, a gravidade parecia querer a fusão de nossos corpos em um só pela pressão ali exercida, a respiração contínua, a vontade recíproca, o toque em minha blusa, minha irmã gritando para que eu levante...

Assustado, desperto com a cara rubra, afinal eu realmente havia tido sonhos com um total estranho. Afundo minha cara no travesseiro e vejo que nem ao menos banho tinha tomado, o que houve com você, Jin? Dou um grito respondendo à pequena e vou ao banheiro fazendo todas as minhas atividades com um incessante sorriso no rosto.

...

Na escola, acabei levando uma pequena bronca do ajusshi que havia descoberto a mentira, contudo ele não levou a história ao ouvido do diretor, já que sempre fui um bom aluno e, aos seus olhos, eu aparentava estar mais feliz quando cheguei à escola hoje, o que lhe pareceu sinônimo de ter ido ver uma possível namorada...

- Ahh, o amor jovem... Na minha época, também fazia loucuras por uma linda menina que morava perto de casa, quanta saudade – disse o senhor, me fazendo dar um sorriso nervoso ao lembrar-me de que não fugi por tal motivo e que, ainda por cima, me encontrara com um cara.

Para completar, o Hobi começou a perceber “mudanças” em mim ao longo dos dias, ele fazia questão de reparar em cada coisinha como quando comecei a cantar pelos cantos e somente às vezes – toda hora – ficava absorto no meu mundinho apenas esperando a hora passar para escutá-lo de novo, fora as inúmeras perguntas sobre onde eu estava indo diariamente e quem fizera Seokjin sorrir, até parecia que eu nunca sorria antes, – tudo bem que não era tanto quanto agora – mas eu não havia mudado tanto minhas atitudes, ou teria?

Devido às inúmeras teorias sobre minha possível paixão criadas pelo moreno, acabei optando por esconder o tal loiro de sua curiosidade e apenas disse que achei um lugar muito bom para relaxar no parque, que seria o motivo por estar sumindo repetidas vezes após as aulas, o que obviamente não colou, porém me deixou com tempo o suficiente para conhecer – lê-se: babar – mais acerca do misterioso rapper antes de falar sobre como eu estava encantado com ele para meu amigo, pois era certeza de que o Hoseok faria de tudo para levar qualquer palavra a respeito disso ao critério “amor”, o que definitivamente não era, já que o meu contato mais próximo com ele foi em um sonho, ou seja, nada significativo – mesmo que os sonhos possam ter o mágico poder de retratar os nossos desejos mais íntimos.

Apesar disso, ir até o coreto após as aulas era agora uma missão rotineira, já vinha começado a “bater ponto” naquele local há uma semana só para ouvir aquele rapper à distância. Se me preocupei com os comentários sobre amor e com essa vida de stalker que estava levando? É claro, mas não podia mais parar, aquele cara era como uma verdadeira droga para mim e eu precisava repetir a dose cada vez mais.

...

Com o tempo, eu acabei encontrando um lugar próximo ao coreto de onde eu poderia observá-lo melhor. Este já estava localizado na parte rebaixada e era mais perto também, porém a longa fileira de arbustos à minha frente e algumas árvores frutíferas me escondiam quase que perfeitamente.

Novamente o dia se passou e fui fazer meu meticuloso trabalho de ouví-lo, parecia que ele estava trabalhando em uma nova musica, só que dessa vez ele estava com um garoto baixinho de pele bem clara, ambos riam e conversavam de um jeito bem íntimo, o que não me deixava nada confortável. A partir de então isso vinha se repetindo todo santo dia, já estava ficando cansado de sempre ver aqueles dois juntos, tomando sorvete, fazendo rap e brincando.

Como eu não sentia nada mais que admiração pelo loiro, eu aguentava vê-los juntos, mesmo que meu peito insistisse em latejar suavemente, até que eu presenciei algo que o fez pesar de forma insuportável. Com a mão no mesmo e o rosto vermelho num misto de raiva e sufoco, olhei o meu monstro sentado no degrau mais alto que dava para a entrada do monumento com aquele branquelo rindo como se fossem protagonistas de um verdadeiro filme romântico. Sutilmente as risadas cessaram e o maior dirigiu sua mão à face do menor, levando-a de sua bochecha aos cabelos verdes, onde afagou ternamente, recebendo um sorriso singelo e logo após um tapinha antes de voltarem para suas brincadeiras.

Simplesmente me recusei a continuar olhando, minha mente vagou por pensamentos que eu não assumiria que residiam na mesma, eu queria que aqueles olhos me fitassem, que aquele sorriso fosse direcionado para mim e que o meu monstro me desejasse... Mas afinal, quem eu queria enganar? Ele não possuía nenhum substantivo condizente ao meu “meu”, não era meu conhecido, amigo, namorado muito menos meu monstro. Não há razão para ter ciúme, ainda mais por estar totalmente explícito que ele tem uma relação com aquele branco azedo. Você não nasceu para ser segunda opção, Jin, muito menos a primeira, será que ainda não percebeu isso?

Ainda meio abalado, volto meu olhar para o coreto, contudo somente o maior estava lá, agora de pé e localizado na parte contrária à escada, olhando o horizonte. O menor não se encontrava em mais nenhum lugar ali, será que brigaram e eu não percebi? Curioso, passei a esticar meu pescoço na busca de um campo de visão maior, após fracassar dei alguns passos encurtando o espaço até que ouço um barulho seguido por uma voz atrás de mim.

- Hey?

- AHHH!!!! Um fantasma! E-eu não fiz nada! E-eeu juro! – Gritei antes mesmo que distinguisse o vulto branco e verde na minha frente, com o susto acabei me desequilibrando e tombei para trás, deixando minha mochila rolar alguns centímetros de onde caí.

Ainda no chão, pude ouvir uma risada vinda do dono da voz que me chamara, a qual eu logo reconheci por tê-la ouvido muito bem junto daquele que me encantava, era o garoto pálido e que agora me estendia a mão com uma certa cara de deboche, falando:

- Caralho, sei que sou branco, mas precisa tudo isso? Qual é o seu nome? – agachou-se ainda com a mão em minha direção para olhar em minha face corada.

Preciso admitir que além da vergonha/espanto que a situação me proporcionara, a cor de minha face também era proporcionada pela beleza daquele novo garoto. Não, ele não surtia o mesmo efeito do loiro em mim, mas mesmo assim, seus olhos tinham uma intensidade contrastante demais com a cara de sono que era impossível não querer admirar.

Ao perceber que havia me perdido – de novo – tentando organizar minhas ideias, acabo levantando por conta própria, ignorando tanto o leve incômodo no tornozelo quanto o ato “cavalheiresco” dele, limpo a sujeira contida na calça do uniforme e vejo se formar uma mistura de curiosidade e impaciência em sua feição.

- Ei, não vai me responder, não?! – continuei a ignorá-lo e olhar para os lados, rezando internamente para que o maior não percebesse nossa presença e pensando em como escapar dessa situação, até que o esverdeado pegou na minha mão e gritou impaciente – Hey, Nam! Achei seu admirador! Vem aqui!

- A-achou o quê? – Nossas faces se encontram, meu semblante de espanto surge enquanto tento me soltar em vão, mesmo ele sendo mais baixo que eu, tinha uma certa força em seus braços.

- Hã? A-d-m-i-r-a-d-o-r, preciso repetir? Não é você que vem aqui todo dia ficar babando escondido pelo Namjoon? Porra, depois de tanta encheção agora vai dar pra trás? – disse ele novamente rindo da minha cara, meu Deus como eu passei a odiar esse riso... Ainda com os olhos fixados no menino, ouço uma voz ecoar do coreto com um certo tom de preocupação e advertência.

-Yoongi, para de brincadeira! Onde você tá?

-Tô aqui, seu lerdo! VEM! – gritou o pálido, me deixando paralisado por um curto período.

Finalmente era ele, aquela voz, acabei quebrando o estado ao me virar e ver que este já tinha descido as breves escadas e vinha em nossa direção. Em um súbito movimento, empurrei o peito do pequeno para que me soltasse e, indo até a minha mochila meio desajeitado, peguei-a e corri, o que não deu muito certo, pois ao ouvir a voz do maior novamente, indicando que ele chegara ao local onde o Yoongi – creio que esse seja o seu nome – estava, meus tornozelos falsearam sucumbindo à pequena dor, me fazendo tropeçar nos meus próprios pés, tombando e ralando o joelho.

Quando olhei para baixo, percebi que tinha rasgado a minha calça, aquilo latejava muito e sangrava, mesmo assim não podia me dar o luxo de ficar ali reclamando, não tinha tempo para tal, por isso levantei-me e voltei a correr sem olhar para trás, evitando com que se aproximassem e percebessem que além do machucado e do rubor na face, que esta, estava ficando cada vez mais encharcada pelas lágrimas que escorriam dos meus olhos, oriundas da certeza: Nunca mais iria voltar para aquele parque, nunca mais procuraria aqueles dois. Jin, você tem que se recompor!


Notas Finais


u.u
E aí meu povo, como foi? Qualquer, critica, purpurina, duvida e unicórnios são sempre bem vindos :)
Kissus até~~


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