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História Relembre-me - Boné preto e Covinhas


Escrita por: princesadekonoha

Notas do Autor


u.u
Oi meu povo, como passaram de ano novo? Desejo td de bom para cada um de vcs, muitos bias, debuts e principalmente comebacks divosos <3
~Muito obrigada pelos favoritos e comentários do ultimo capitulo, e também, muito obrigada à minha unnie ~anabbc por estar me ajudando novamente faça chuva ou sol, tiro ou não ela está lá betando meus bebezinhos
~espero que gostem >.<

Capítulo 7 - Boné preto e Covinhas


~Seokjin pov

Os minutos que passei para sair daquele parque até chegar à minha casa pareceram uma eternidade, durante o trajeto tive que me conter, mesmo a cara inchada e o joelho denunciando que algo nada bom tinha acontecido comigo hoje, o restante do orgulho que sobrou em mim não deixaria que eu me desfizesse na frente de desconhecidos.

Chegando ao meu destino, entrei e fui direto ao meu quarto, apenas falando para minha Omma que tinha muitas tarefas a fazer e pedindo para que ela não me incomodasse durante essa noite.

Abri a porta e senti o reconforto oriundo daquele cubículo, peguei uma muda de roupas e uma toalha antes de entrar no banheiro, onde tirei as partes superiores do uniforme juntamente com a calça ensanguentada. Assim que me afundei na banheira, meu machucado ardeu um pouco, mas nada comparado à dor que eu sentia por dentro.

Nunca mais voltaria àquele parque, muito menos passaria por lá, afinal como eu ia fazer isso? Passar e deixar que aqueles dois me vissem depois de tudo o que aconteceu é definitivamente irracional, só de pensar que agora eles devem estar lá se beijando e agradecendo que finalmente esse idiota saiu dali faz com que o sangramento oculto pelo meu peito só piore. Se ao menos o Jungkook estivesse aqui... Não, eu não posso mais depender deles.

- Aish – suspirei – Namjoon! Por que tinha que ser assim? Por que você tinha que ter aquele imbecil do seu lado? Por que eu tinha que sair mais cedo naquela droga de dia!!

Recostando o pescoço em sua borda, usei todas as minhas forças para chorar, fechando tudo o que ele tinha conseguido abrir – que surpreendentemente era muito em tão pouco tempo –, até perder o fôlego. O que eu realmente queria com isso? Entrar na vida dele em questão de semanas sem ao menos ter falado com ele ou distinguir o que estou sentindo? Totalmente impossível, só nessa cabeça ingênua mesmo para cogitar algo assim.

Esgotado e talvez humilhado, afundei minha cara na água, me obrigando a levantá-la limpa e sem vestígios do que passou. Depois do banho, sequei meu corpo e me vesti, andei em direção ao armário para pegar uma bandagem e a coloquei logo após aplicar o remédio na ferida, por um momento a imagem do garoto alto parado acompanhado do menor me olhando veio à minha mente, contudo dispersei-a ao focar nas tarefas que deveria fazer para entregar amanhã.

Peguei minha mochila e comecei a tirar o que precisaria caderno, estojo, parando somente ao ter minha atenção desviada para um rasgo em sua parte inferior. Aish, Jin, não basta ter acabado com sua roupa, acabou com sua mochila também? Comecei a conferir se nada havia caído e percebi que minha carteira não estava mais ali. Olhei o quarto inteiro e nada, preocupado, acabei ligando atônito no celular de Hoseok, uma, duas, três vezes até finalmente ser atendido.

- Hoseok, por favor, me ajuda!

- Quem tá falando? – uma voz sonolenta diferente daquela que esperava ouvir me atendeu, e eu não consegui evitar em minha resposta um tom de irritação e agonia, surpreendendo-me com a grosseria por mim feita ao passo da necessidade que sentia.

- É O JIN, TAEHYUNG! Não olha antes de atender? – bufei – Posso falar com o Hoseok?

- Sorry, Hyung! – riu – Então... Acho que ele tá tomando banho, é urgente? – segurei meus instintos pela lerdeza daquela criatura, queria poder gritar ou ser ainda mais rude com o mesmo, entretanto eu deveria me segurar já que ele é a pessoa por quem meu amigo estava completamente caidinho. Acabando por medir as palavras, respondi-o.

- Não, bem... É sim, dá pra perguntar se ele ta com a minha carteira, por favor?

- Um minuto, Jin! – o telefone fica mudo por uns instantes, sendo somente audível o barulho de chuveiro aberto que antes não fora percebido por mim, sem tardar identifico os berros do outro lado da linha. Tenho muita dó dos vizinhos do Seok.

“AHHH! Tae, o que está fazendo aqui?”

“Pare de vergonha, Hobi, até parece que nunca te vi assim!”

Instantaneamente coro, o que aqueles dois poderiam estar fazendo para...? Aish, balançando a cabeça negativamente, consigo imaginar perfeitamente Taehyung abrindo a porta que o mais velho deixara destrancada ao tomar banho – como sempre – e lhe lançando seu famoso sorrisinho quadrado enquanto o molhado se esconde em meio à toalha, fazendo drama do jeito que eu o ensinara.

“Heey – Tae prosseguiu – o Jin tá perguntando se você está com a carteira dele.”

“To não, por quê?”

“Vai saber! Bem que você podia dar um espaço pra eu entrar aí com você, né!”

“Omo! O Jinnie tá no telefone, para de falar isso! – ah que bom que percebeu – fala que eu vou procurar e se achar amanhã devolvo. Agora sai daqui!”

Escuto mais uns barulhos de água sendo dispersa juntamente de risadas antes da voz me atender novamente.

- Jin, o Hobi...

- Eu ouvi, Tae – cortei-o, falando pausadamente e com um leve tom de preocupação, por instantes a linha ficou muda, será que o mesmo ficara envergonhado?

- Sabe Jin, eu e o Hobi... – parou novamente a fala, porém dessa vez devido a um barulho interno ao quarto onde estava.

“Teeeeeerminei! Pode ir, Taetae!”

“Já vou, Hoseokkie”

- Só cuida bem do meu dongsaeng, okay? – suspirei – Às vezes ele tem umas brincadeiras idiotas, mas como são iguais às suas, então devem se entender, sim? – disse carinhosamente na espera da confirmação do mesmo, a qual saiu um pouco tarde demais para o meu gosto sensível.

- E-eu vou, hyung... E eu não sou idiota! – riu disfarçando – Só um Alien de outro planeta mesmo! Vou lá tomar um banho, tchau!

- Obrigado, bye.

Desliguei o telefone e refleti sobre aquelas duas crianças, ambas sorridentes e atrapalhadas, gostaria muito de saber o que sairia dali, bom, espero que coisas boas porque de ruim, já basta eu. Agora, por favor, diz que a minha carteira não está naquele maldito parque!

...

Na manhã seguinte, acordei antes mesmo de ouvir o toque do despertador para refazer todo o meu caminho de ontem, passei pelos achados e perdidos da estação e da escola, mas nada, o único lugar em que ela podia estar era o que eu menos queria ir, o que eu fiz para merecer isso?

Saí da escola às 16h como todos os dias, diferindo apenas pela necessidade de passar numa lojinha simples que ficava nas proximidades, a qual tinha em sua vitrine alguns ursinhos extremamente fofos, admirado com a beleza dos mesmos anotei mentalmente que gostaria de passar ali novamente para comprá-los com os meus dongsaengs.

Entrei naquele estabelecimento, a fim de adquirir um importante item a qual havia planejado sendo atendido por uma mocinha bastante simpática, ela usava um vestido rosa com babados parecendo uma verdadeira boneca, um pouco incomodado notei também que durante a minha estadia no local ela me lançava olhares, é tão estranho assim um garoto comprar um boné? Pensei ao pagar pelo objeto.

Aproveitando-me de sua atenção e gentileza, perguntei-a onde era o banheiro do estabelecimento e se podia utilizá-lo por um breve instante, ela assentiu me dando um sorriso e me mostrou onde era. Entrei no espaço e retirei da mochila uma camisa branca simples que levava por precaução vestindo-a no lugar do uniforme, coloquei os óculos escuros que havia trazido especialmente para a ocasião a qual eu não desejava sua concretização, e por fim joguei a franja para trás prendendo-a com o boné, olhei meu reflexo no pequeno espelho contido ali, bom, pelo menos por hoje isso ia ter que servir!

Ao passar pela garota, agradeci-a com uma reverência e um sorriso, a face da mesma se abriu para mim enquanto seus cachinhos artificiais balançavam de forma encantadora, era realmente inveja o que eu deveria sentir dessa garota por parecer tão linda com essas roupas enquanto eu mesmo ficava tão medonho a ponto de não conseguir ver meu reflexo no espelho usando as peças que antes eram sinônimos de alegria sem chorar após ter “crescido”?

 Saí de lá indo em direção ao parque, procurando não me aproximar do coreto, somente andei pelas redondezas, sempre com a cabeça baixa evitando olhar diretamente para as pessoas, mas nada daquela carteira. Após um tempo, percebi que eu realmente deveria enfrentar meus medos e chegar mais perto. Com cuidado fui me aproximando, tentando ouvir qualquer sinal daquela voz presente em meus sonhos, porém nenhum sinal dela, o que era muito estranho, já que há essa hora ele deveria estar ensaiando.

Quando finalmente cheguei às escadas direcionei minhas íris escondidas pela lente escura por todos os lados, concluindo que estava só. Dividido entre a decepção e o alivio pela falta de vida que agora se fazia presente no local, procurei por mais uns instantes o artefato e ao ver que falhara, resolvi subir um pouco e deitar-me na mesma árvore em que o vi pela primeira vez, tentando aliviar o estresse e o cansaço acumulado do dia. Ainda reparando no chão em busca de algum sinal, recostei-me a ela, retirei os óculos e fechei os olhos até sentir algo cair em cima de mim.

 

~Namjoon pov

Sabe quando as pessoas dizem que dormiram como um anjo? Em meus 17 anos, talvez só fosse possível fazer essa afirmação quando eu era criança, já que depois de certa idade minhas noites eram banhadas por farra, competições de rap e longas conversas com o Min, o que definitivamente mudou hoje. Seria hipocrisia dizer que eu não queria ter dormido como um anjo, mas sim com o anjo, pois a boa noite de sono definitivamente recobrou meus instintos, proporcionando-me uma disposição maior para finalmente encontrar o futuro “meu Seokjin”, que era não só meu admirador secreto como também secretamente admirado por mim.

Com as covinhas à mostra fiz minhas higienes, dirigi-me ao colégio pela manhã, sempre carregando a carteira e pensando em maneiras de entregá-la ao Seokjin.

A primeira ideia que me ocorreu foi de levá-la até a escola dele na hora da saída, mas como eu não conhecia ninguém e muito menos tinha intimidade com ele, seria bem estranho ter um cara parado no muro do lugar em que você estuda te esperando e, pelo pouco que eu o conhecia era quase certeza de que sairia correndo todo vermelho quando me visse, e é aí que a bosta federia ainda mais.

A segunda opção veio do passe que também estava na carteira: faria uma emboscada na estação com a ajuda de Yoongi, se bem que a primeira impressão dos dois não foi algo muito bom... E eu não fazia a mínima ideia de qual trem ele subiria, muito menos o horário, sem falar na quantidade de estudantes que estariam ali naquela hora, o que tornaria mais difícil o meu trabalho ao passo de ser mais fácil perdê-lo de vista. Então “opção dois”, negativo!

E por fim, a terceira, a qual estou orgulhosamente fazendo neste momento, era esperar no coreto e torcer – muito – para que ele voltasse aqui atrás dela e a fim de assegurar que ninguém interromperia o momento, pedi para o Yoongi não vir hoje, deixando-o feliz, já que finalmente poderia ter suas amadas horas de sono.

Passado alguns minutos, iniciei os ensaios, mas nada me vinha à mente, a ansiedade e as expectativas de revê-lo eram maiores que tudo, então saí do coreto e resolvi dar uma volta pelo parque, parando na árvore em que o vi pela primeira vez. Ambicioso, decidi escalá-la e sentei-me apoiado no galho mais grosso dela.

Dali conseguia ver praticamente o parque todo, havia crianças brincando, um casal namorando, um cara suspeito, cachorros correndo... Pera, um cara suspeito? Será que... Não pode ser. Namjoon, seu sortudo desgraçado!

Sem sair do lugar, comecei a observá-lo, ele usava óculos escuros, uma camisa branca e boné, ele queria enganar quem com aquilo, ein? Se a resposta fosse eu, poderia aconselhá-lo a fazer melhor que isso, pois ao longo dos dias eu ganhara uma prática absurda para reconhecê-lo em qualquer espaço – fora aquele jeitinho fofo, todo preocupado que o entregava fácil, fácil –, mas como eu necessitava desse encontro, não seria de meus lábios que sairia o modo para passar despercebido.

Fitá-lo estava sendo um trabalho interessantíssimo, por isso resolvi não dar sinal de vida e esperar sua nova ação. O vi ir com receio até o coreto e depois subir até onde eu estava, sentando-se embaixo da árvore, retirando seus óculos e fechando os olhos, aish como aquele ser podia ser tão bonito e ter uma cara tão jovial mesmo sendo meu hyung? Bom, mas agora não é hora de admirar, é hora de atacar! Aproveita sua única chance!

Em um movimento súbito, joguei o objeto em seu colo, assustando-o. Ele ficou com uma expressão confusa, passando os olhos da carteira magicamente colocada em suas pernas aos seus lados sem notar a minha presença.

- Perdeu alguma coisa? – disse finalmente, fazendo-o olhar diretamente pra cima e ficar sem reação – Licença – fiz sinal com a mão para que ele fosse um pouco mais para o lado, entretanto só depois de um tempo absorvendo o significado de minhas palavras e gestos, ele assente confirmando o entendimento, movimentando-se ainda com a boca semiaberta em um perfeito “o”, provavelmente de surpresa.

Ganhando o espaço necessário para a queda, pulei da árvore tranquilamente sem que o atingisse, ao pousar endireitei-me e sorri – agradecendo aos céus pelo meu lado atrapalhado não ter me prejudicado na cena –, estendi minha mão ao garoto, que a pegou depois de pensar um pouco, dando-me a deixa perfeita para me apresentar.

- Meu nome é Kim Namjoon. É um prazer te conhecer, Seokjin.

 

~Seokjin pov

Isso não poderia estar acontecendo comigo, aquele mesmo garoto que eu observei por semanas estava ali, na minha frente com a mão estendida e sorrindo, mostrando pela primeira vez suas covinhas admiravelmente lindas.

Involuntariamente entrego minha mão ao loiro quando sentindo uma superfície não tão lisa, mas que se fazia suave ao ser combinada com a minha, permitindo que nossos dedos quase entrelaçados passassem um calor diferenciado entre si e levassem-no até minhas bochechas. Sem saber muito bem o que dizer, finalmente reparo que ele sabia meu nome. Com a dúvida presente em minha mente, esta se fez a primeira frase gaguejada que disse à sua pessoa.

- C-como você sabe o meu nome?

- “Obrigado por achar minha carteira” ou “olá, é um prazer conhecer você depois de tanto tempo”, também poderiam ser ótimos cumprimentos, sabia?

Como se não bastasse àquele cara, ele também gosta de provocações? Pensei, emitindo um sorriso, por que eu não me incomodava com sua atitude tal como a do outro que me enchia de angústia?

- D-desculpa, é um prazer conhecê-lo, – respondi olhando para baixo, tentando me recompor e segurar minha mente ao máximo, já que ela havia vagado muito além das primeiras ideias e indo parar em uma dimensão não mais controlada por mim, fazendo com que eu o bombardeasse com todas as dúvidas de forma extremamente rápida sem atentar ao significado das mesmas – Mas como é que você sabe meu nome? Ou que eu viria aqui? Como achou esse lugar? Porque pegou a minha carteira? Onde está o seu namorado? Você é um stalker? Você não vai ens...

- Shh – ele colocou o dedo em minha boca, pedindo silêncio e sentou-se à minha frente de forma desajeitada antes de prosseguir – Calma, uma coisa de cada vez, okay? Sei que está nervoso, e eu também estou um pouco, então basta respirar – sorriu. 

- Mas... – tentei contrariar, entretanto o maior lançou-me um olhar sutil de reprovação, o que me fez refletir sobre cada uma das questões lançadas e finalmente perceber o conteúdo um tanto íntimo de algumas. Levando as próprias mãos aos lábios, sinto a febre instaurada provavelmente não só em sua superfície, como em todo resto, por isso, acabo aceitando a “dica” do loiro, sento, respiro fundo algumas vezes tentando manter minha respiração normalizada, mesmo que o meu cérebro, agora fundindo ao meu coração, fizesse questão de pedir para que meus pulmões bombeassem o ar cada vez rápido.

Atrapalhando-me nesse exercício interno, reparo que o garoto esperava-me gentilmente para então prosseguir o assunto, com um pouco de temor, aceno positivamente indicando sua deixa e prontamente meus ouvidos são contaminados por sua voz rouca.

- Como você está um pouco ansioso e logo também vai dar a hora da sua ida – pensei em abrir a boca, mas este me antecipou novamente mostrando suas covinhas – vou tentar fazer um resumão – respirou – Primeiro, sei seu nome por causa da carteira, e não, não fui eu que a achei, foi o Yoongi que você meio que conheceu, – ele pareceu ponderar sobre as palavras a serem usadas antes de retornar o raciocínio – peço desculpas pelo jeito dele, ele não é má pessoa, na verdade é alguém muito especial para mim e logo você se acostuma... Segundo, não tinha certeza que você viria aqui – ele reduziu o tom – Mas como ir até sua escola não pareceu sensato, resolvi tentar a sorte aqui.

Ele fez uma pausa e me fitou, se eu conseguisse manter meus olhos nos deles por mais de dois segundos, asseguraria que suas íris vagaram não só às minhas, pois o sentia devorando minhas bochechas avermelhadas, orelhas com furos – feitos pelo mais novo de meus amigos – vazios e concluindo ao tomar um longo tempo em meus lábios mordidos antecipadamente por meus próprios dentes. Em um breve suspiro retornou sua fala, mas agora de forma bem lenta, aproximando-se de mim como se fosse um grande segredo a ser revelado, senti meu corpo dar um “pulinho” sutil em sua direção para conseguir receber melhor a informação que viria a seguir:

– Terceiro, se eu sou um stalker... Você também é.

O quê? O chão em que eu estava sentado tremeu, porém a dúvida era se realmente havia sido a superfície ou eu mesmo. Ele sabia de mim todo esse tempo? Mas como? Olho sua face totalmente atônito, esperando por uma reação de nojo, repulsa ou ódio, entretanto, recebo uma face curiosa e sorridente. Isso me quebrara, em todos esses anos eu era zoado e é isso o que ele está fazendo agora comigo, não é? Não há notas de carinho aqui, eu estou definitivamente projetando meus sentimentos confusos nele, apenas isso, correto?

Confuso, sinto o estômago embrulhar, me fazendo querer sair dali rapidamente, levanto quebrando nossa proximidade e quando ameaço dar os primeiros passos, sou interrompido ao sentir mãos envolvendo meus pulsos.

- Seokjin, o que você tá fazendo? – disse um pouco alterado após um tempo.

- Indo embora, desculpe por tudo e obrigado! – fiz uma breve reverência, puxando meu pulso, o qual antes de estar totalmente desprendido foi tomado fortemente e deixado ao passo do encontro entre nossas palmas.

- Como assim? Por quê? Aish, você vem aqui todo santo dia e não quer que eu repare em você? É praticamente impossível e é claro que eu já tinha te visto, seria um idiota se não reparasse em ti...

- É por que eu estava muito óbvio, né? – falseei – Esquece tudo, okay? Não precisa se lembrar desse incômodo – merda, meus olhos se encheram de lágrimas, creio que ele percebeu, pois me soltara e levara as mãos na cabeça, puxando seus fios sem se conformar, aproveitando disso tentei me afastar dali.

- Para, Jin! Não me obrigue a...

Antes mesmo de terminar, ele retorna a tocar minha pele, atingindo meus dois braços e me puxando para um abraço, confortável e atrapalhado. Devido o nervoso provocado pelo ato, ambos tropeçamos e acabei caindo sobre seu colo, nossos rostos ficaram a milímetros um do outro, eu sentia sua respiração sob a minha, e isso era tão... ruim! Ruim, isso tem que ser ruim, tentei sair daquela posição, mas fui travado pelo loiro, que deixou uma mão sob minhas pernas e a outra na base de meu queixo, obrigando o encontro de nossas pupilas dilatadas.

- Você não me incomoda, okay? Nunca incomodou, na verdade, eu gosto de quando você vem aqui e é por isso que seria impossível não reparar, “eu acho que não conseguiria te esquecer facilmente, mas seria egoísmo de minha parte esperar que você sinta o mesmo?” – ele riu após praticamente recitar aquelas palavras já familiares dos dias em que vinha ouvi-lo – não era para te mostrar isso ainda, aish – o loiro desceu seus dígitos até o meu pescoço ponderando e arrepiando minha derme – esquece isso de stalker, vamos só... Recomeçar, está bem?

Esperando por uma resposta minha, Namjoon soltou-me por completo e eu levantei meio zonzo, sentindo o calor de suas mãos continuarem a esquentar a pele por onde haviam pousado, mesmo sem estarem lá. Percebendo meu rubor, o loiro logo também se prostrou de pé, sem retirar seus olhos castanhos sobre mim.

- Jin, eu quero que você continue vindo aqui, mas não pra ficar escondido num canto, mas sim lá comigo, você pode fazer isso?

Ele pegou em minha mão novamente – fazendo aquele sangramento escondido outrora dolorido, transbordar por aqueles sentimentos viciantes –, entretanto sem nenhum grau de força, era só um contato em forma de súplica.

Olhei para nossas mãos, depois retornei a si, não foi preciso refletir sobre minha escolha ou exteriorizá-la, pois ele a sabia antes mesmo de mim. Comprovando isso, Namjoon deu um sorriso idiota mostrando suas covinhas, e eu, mais uma vez não resisti, simplesmente assenti com a cabeça percebendo que talvez eu fosse realmente um pouco diferente dos ouros garotos, pois eu estava me apaixonando por um.

É Jin, acho que você não vai conseguir se prender mais por muito tempo.


Notas Finais


u.u
estou de volta, haha por favor comentem se estão gostando ou não do caminho da fanfic, se tiverem criticas, sugestões ou purpurinas vão ser sempre bem aceitas <3
~Estou pensando em fazer um capitulo narrado pelo Tae o que vocês acham?
Kissus da Nana ~(º.º~)
[Vi fazerem esse trequinho com parenteses não sei a onde, mas a necessidade de incorporar na vida falou mais alto]


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