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História Relentless - Distância


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


e não é que a autora que vos fala é poderosa? areditem ou não eu consegui escrever DOIS GRANDES em dois dias!!! sos eu to surpresa comigo mesma, sério!!!! e eu consegui voltar antes de viajar yay hehehe meu presente de natal adiantado pra vocês e pra coisa ficar ainda mais maca, vou POSTAR DOIS CAPITULOS hoje, um seguido do outro hehehehehe eu sou um amoooooor!!!! Eu espero que gostem :) e obrigada pelos comentarios, eu leio todos ok e surto com cada um!!!

Capítulo 10 - Distância


Naquela manhã nós acordamos cedo e vimos o sol nascer como Justin tinha dito era uma visão linda. Eu nunca tinha parado realmente para prestar atenção nessas coisas. E me pareceu um erro estar tão alheia às belezas naturais que me cercavam. Já Justin parecia se importar com as pequenas coisas, o que era estranho porque ele agia sempre tão seco.

Ele quis tentar me levar para tomar um banho de mar, mas tínhamos que voltar para casa, tomar banho e ir pras aulas.

No caminho, ele quis parar em uma cafeteria, mas eu estava apenas de pijama e ele não era do tipo que está apresentável. Era curto e justo demais. Acabamos indo direto pra casa e quando chegamos Penn e Taylor ainda não tinham levantado. Era pouco mais de cinco da manhã, ainda era cedo para as aulas, mas se voltássemos a dormir certamente não levantaríamos a tempo.

- Está vendo, dava tempo para um banho de mar. - Justin comentou saindo do banheiro apenas de boxes.

- Podemos deixar isso pra outro dia. Agora que eu descobri o seu esconderijo, vou te importunar lá sempre que tiver chance.

Ele riu voltou ao banheiro com o aparelho de barbear em mãos e uma toalha.

Olhou pra mim e ergueu a sobrancelha como se estivesse me perguntando algo. Ri fraco e assenti.

- Vou pegar água.

Quando voltei pro quarto com a panela de água morna, Justin já estava sentado na cama e olhava em algo no celular. Fui até ele e me sentei entre suas pernas de frente pra ele. Peguei o tubo de espuma e passei pelo rosto dele aonde havia uma pequena barba crescida. Nada muito visível, mas ele parecia não gostar daquele visual. Justin levou suas mãos para minha cintura e me puxou mais pra perto, colocando minhas pernas ao redor de sua cintura.

Lancei um olhar de reprimenda até ele que sorriu e piscou.

Coloquei a panela de água morna na mesa ao lado da cama e peguei o aparelho de barbear. Comecei pela lateral esquerda e deslizei a lâmina até o queixo, molhei o aparelho na água morna limpando o sabão e voltei a fazer o mesmo processo.

– Sabe de uma coisa? – perguntei puxando assunto para descontrair e ele negou com a cabeça.

– Eu gosto disso.

Ele juntou as sobrancelhas e fez um careta confusa que me fez rir.

– De me barbear?

Neguei rindo e voltei a deslizar a lâmina pelo rosto dele.

– Não. Gosto da nossa amizade. Somos honestos um com o outro. Sabemos exatamente o que está acontecendo entre nós dois.

Eu não estava preocupada em deixar as coisas claras entre eu e Justin. Mas a fala de Fynn me veio à mente de novo. Eu sabia que os limites que cercava a minha amizade com Justin, sabia que nada aconteceria entre nós dois, porque eu não era o tipo de garota que ele gostava e ele não era o tipo de cara que eu queria namorar. Paras se sincera, é claro que ele me atraia, mas eu não gostava de sustentar essa ideia na minha mente para que isso me levasse a querer outras coisas. Estávamos bem assim. Contudo eu queria ter certeza de que ele sabia até onde íamos com isso. Eu estaria ali morando com ele por um mês. Estávamos imersos na vida um do outro, eu tinha me acostumado com a presença de Justin. Tinha me acostumado a dormir em seus braços e acordar com suas brincadeiras. Eu tinha me adaptado a ele e só fazia uma semana e meia que estávamos assim. As outras três semanas restantes passariam rápido da forma que estamos indo e, deixando clara a nossa amizade eu estava confirmando que quando aquele mês acabasse ainda continuaríamos com essa amizade.

– O que você quer dizer com isso?

Ele pareceu incomodado com a minha colocação e se remexeu um pouco na cama e quase o cortei.

– Não se mexa! – repreendi e ele encolheu os ombros. – Você é meu amigo. E eu sou sua amiga. Nós sabemos quem somos e o que estamos fazendo um com o outro. – expliquei e mergulhei a gilete dentro da água morna novamente. Eu já tinha feito os dois lados e agora passava pelo bigode e o queixo.

Terminei aquele trabalho e depois limpei o rosto dele com um pano úmido. Me sentei em suas pernas e respirei fundo olhando para sua feição seria e um tanto perdias com as minhas palavras anteriores.

– Você está falando sobre o fato de dormir na minha cama todas as noites sem que nós tivéssemos transado? – ele foi rude, porém era exatamente ali onde eu estava tentando chegar.

– Sim.

Senti meu rosto esquentar e o constrangimento foi inevitável. Abaixei o olhar para o meu colo.

– Lucky... Gata, olha pra mim. – admito que ouvir ele me chamar de gata não foi uma coisa que gostei. Ele costumava chamar seus flertes assim e me senti um pouco desvalorizada. Justin tocou meu queixo com a mão e levantou meu rosto. – Você não precisa ficar com vergonha de mim. Eu sei o que nós dois temos, como você disse. Sei o que somos. Sei também que você se importa com o que as pessoas falam, mas como eu disse enquanto eu estiver por perto não vou deixar ninguém falar besteiras sobre você.

A sua proteção sobre mim era um gesto nobre, mas aquele era justamente o foco do problema.

– Talvez esse seja justamente o problema. Não me leve a mau Justin, mas enquanto estivermos tão próximos assim, as pessoas vão falar coisas. E eu não culpo a elas por isso. Até mesmo Fynn achava que estamos tendo algo e ele me conhece muito bem. – expliquei olhando em suas orbes castanhas.

Foi difícil de manter a concentração e o foco com aquela proximidade. Eu não tinha me dado conta de quão perto nossas faces estavam. Eu estava sentando entre suas pernas, as mãos deles estavam repousadas nas minhas coxas e nossas faces pareciam a milímetros de se chocar. Os olhos dele desceram para minha boca e minha respiração ficou pesada. Os lábios de Justin estavam entreabertos como se estivessem fazendo um convite para os meus e aquilo me deu um frio na barriga. Um misto de medo e excitação.

O barulho de passos no corredor e depois o som da porta se fechando me despertou daquele transe e me afastei saindo de cima dele e me sentando corretamente a cama.

Eu não voltei a olhar no rosto de Justin, aquela situação tinha sido estranha.

Já chegaram? - a voz sonolenta de Penn soou do outro lado da porta antes dela dar duas batidinhas.

– Sim. – confirmei e me levantei andando até o banheiro sem encarar Justin.

Depois daquilo, toda a rotina matinal daquele apartamento começou. Tomei banho e quando sai do quarto Justin não estava mais lá. Agradeci por isso e me troquei. Calça jeans, tênis e uma blusa de mangas foi o que vesti. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e separei meus cadernos e livros do dia de aula. A mochila de Justin não estava mais ali. Antes de sair do quarto respirei fundo e cheguei até a sala. Taylor, Penn e Justin tomavam café no balcão da cozinha americana. Eles pareciam apressados.

– Já ia te chamar. Estamos a poucos minutos de chegar atrasado à aula.

Ela comentou enquanto ainda mastigava a sua torrada. Eu não comi nada, não senti fome e nem daria tempo também.

Tomar carona com Justin me pareceu errado naquela situação. Não havia um motivo real para aquele clima, mas nos dois não estávamos muito confortáveis um com o outro. Quando chegamos ao estacionamento. Justin se dirigiu a sua moto, eu fiquei confusa em que direção ir. Não soube se seguiria ele e subiria em sua garupa como sempre fazia ou não sabia se seguia Penn até seu utilitário da Hyundai. Se eu não fosse com Justin, o nosso problema que nem havia sido criado iria aumentar, mas ao ver que ele nem se preocupou em olhar para trás e me convidar para ir com ele, eu vi que a opção ideal era ir com Penn.

Andei até o carro de Penn que se despedia de Tay com um beijo e quando ela se virou me olhou surpresa.

– Não vai se arriscar naquela moto hoje? – perguntou destravando o carro e abri a porta entrando em seguida.

– Hoje não.

Ela não perguntou. Ela sabia que eu não deveria querer falar sobre aquilo já que não tinha abordado o assunto. Chegamos ao prédio A em silencio. Taylor tinha aulas no outro lado do campus então ele não nos acompanhou. Quando sai do carro, Justin estacionou a moto ao meu lado. Penn me olhou avisando que ia na frente e assenti. Quando me virei para começar a andar Justin segurou meu braço.

– Sei que você quer distancia de mim Lucky. Vou fazer isso por você. Mas não pense que estou feliz com isso. – ele ralhou e fiquei sem palavras.

Me senti como a bruxa má de algum filme da Disney. O olhar dele me deixou sem chão. Ele realmente ficou chateado com aquilo. Ele estava indo contra suas vontades para me agradar. Justin passou por mim e saiu andando com sua postura dura para dentro do prédio até ser abordado por um grupo de garotas.

Fiquei alguns segundos estática processando o que ele tinha dito. Eu não queria distância dele. Eu só queria que ele me tratasse como ele geralmente tratava as garotas do campus. De repente o peso de seu afastamento me deixou mau e me arrependi de tê-lo abordado sobre aquilo.

– Baby! – a voz de Fynn soou animada ao meu lado e olhei pra ele forçando um sorriso. Tínhamos o primeiro tempo de sociologia juntos.

Justin's

 

Saber que Mackenzie me queria longe doeu bem mais do que um soco no estômago. Eu pensei que nós estivéssemos bem depois de passar a noite na praia. Mas pelo visto as coisas só estavam caminhando para o caminho errado.

Se ela queria espaço, eu daria espaço à ela. Não estava feliz com isso, pelo contrario, nunca me sentirá tão contrariado como naquele momento. Mas a necessidade que eu sentia de agradar Mackenzie era grande demais. Tão grande que eu não conseguia contê-la.

Eu não prestei muito atenção nas primeiras aulas. As garotas brincavam comigo, fazendo um joguinho de sedução barato, mas eu não estava ligando pra isso também. Meus pensamentos estavam nela. Nós nem tínhamos começado nada e ela já tinha me dado um fora. Mack quis deixar claro que nunca haveria nada entre nós dois e senti o peso do que era levar um fora. Eu nunca tinha levado um antes e também não pensei que fosse tão arrasador assim.

Na hora do intervalo, vi ela saindo da sala sorrindo com Fynn. Eles atravessaram o corredor indo para o refeitório e fiquei tentado a andar até ela e acompanha-la. Mas eu manteria distância, até ela mesma percebe que tudo isso era uma asneira.

Encontrei Dylan no corredor e fomos andando para o refeitório enquanto jogávamos conversa fora. Quando cruzei as portas meus olhos correram até ela e foi instintivo, eu quis caminhar até ela e me sentar ao seu lado, provoca-la, roubar alguma coisa que estivesse em seu prato só pra vê-la reclamar. Eu quis ficar ao lado dela, mas tinha que manter espaço.

– Justin, não vem cara? – Dylan me chamou e percebi que estava parado no meio da entrada olhando pra Mack de longe. Balancei a cabeça e resolvi a me juntar ao pessoal da fraternidade. Antes de Lucky entrar em minha vida eu sempre me sentava com eles.

– Vou. – tomei caminho para a mesa dos caras.

A nossa mesa ficava distante da dela, eram de lados opostos do refeitório. Mas eu ainda sim tentava vê-la. Ela estava apenas acompanhada por Penélope.

– Vai querer o que JB? – Ayron perguntou chamando minha atenção.

– Não vou querer nada cara, valeu. – disse e ele dispensou o calouro iniciante na Signa. Era o dever deles pegar a comida dos veteranos. Às vezes eu sentia pena dos calouros por todo o trabalho que eles tinham que fazer, mas logo depois eu me lembrava de como era divertido esse processo de iniciação.

Os caras começaram a jogar conversa fora e logo algumas garotas já estavam passando por perto da nossa mesa com seus saltos e roupas curtas. O jeito que elas nos olhavam denunciava suas mais perversas intenções e aquilo não me atraiu, pelo contrario me deixou enojado pela forma que elas tratavam a si mesmas implorando por um pau para fode-las. Era deplorável. O que me fazia pensar em como Mack era ainda mais especial.

Gostar e pensar tanto nela me deu nos nervos. Eu precisava de espaço, não só ela. Manter distancia física dela era a parte mais fácil do acordo, manter ela afastada dos meus pensamentos era a tarefa árdua.

Tentei prestar atenção no assunto do grupo e fiz até alguns comentários para me manter inserido e me distrair um pouco. Quando vi ela se levantando da mesa quis levantar e ir acompanha-la até sua próxima sala, mas Harry chegou antes de mim. Ele a cumprimentou com um beijo no rosto e eu quis arrancar a cabeça dele naquele momento. Eu sabia que ela tinha corado, mesmo não podendo ver o rosto dela naquele momento. Ela deveria estar suspirando de amores por Harry. Eles mantiveram uma conversa rápida e ele a acompanhou para fora. Tive de controlar minhas pernas para não levantar e segui-los. Ou apenas impedir que ele estivesse tão perto dela enquanto eu estava ali.

– JB? Cara, onde é que você está com a cabeça hoje? – Sonny perguntou me empurrando pelo ombro e eles riram.

Eu nem tinha me dado conta de que Jacque estava sentada no colo de Dylan e alguma de suas amigas com os outros. Uma loira se aproximou de mim e eu não estava com cabeça para aquilo na hora, mas precisava de uma distração.

– E ai Justin?

Ela se arrastou para o meu lado e se curvou sobre mim deixando seu decote bem a minha frente. Ela falou comigo como se fossemos íntimos. Eu não fazia ideia do nome dela, mas eu só precisava perder um pouco a cabeça sem machucar ninguém. Os caras estavam ocupados demais com suas garotas e duvidava que eles lembrassem que ainda tinham o resto do período de aulas. Me levantei e puxei a loira comigo. Passei apressado com ela para a saída e ela esbarrou em Penn que me lançou um olhar de reprovação. Não me importei, apenas segui para algum laboratório para relaxar a tensão. Eu estava há um tempo sem transar, talvez fosse isso que estava me deixando estressado. Eu tinha certeza de que a causa dos meus problemas era Mack e ela também era a solução, mas eu queria esquecê-la por um tempo.

Entrei em uma sala vazia e fechei a porta atrás de mim, a loira não esperou muito e se enganchou no meu pescoço me beijando.

 

Mack's

 

– O professor Oliver faltou. Então vocês estão dispensados da aula dele. – Kelly, uma das assistentes do Prédio A avisou a sala e todos soltaram um suspiro de alivio, digamos que ninguém era fã do professor de sociologia e seu bigode ridículo.

Eu juntei meus livros dentro da bolsa novamente e sai da sala por ultimo. Peguei meu celular e pensei em mandar uma mensagem para Justin. Ele tinha me mantido longe. Reclamar quando ele estava atendendo a um pedido meu pareceu patético, mas eu senti falta dele roubando minhas batatas na hora do almoço. Senti falta de suas provocações. Ele se sentou a mesa da Signa bem longe e fiquei triste.

Digitei "podemos conversar?" enquanto saía da sala, mas antes de apertar o botão enviar algo me chamou a atenção alguns metros à frente.

Justin saía do laboratório com uma loira nojenta enroscado no seu pescoço. Pela cara de satisfação dela eu já podia imaginar o que tinha acontecido ali dentro. Ela beijou Justin e ele a agarrou sem o mínimo pudor. Estar em um lugar público não pareceu um problema para os dois. Apenas para mim. Antes de afastar ela lhe lançou um sorriso malicioso e saiu totalmente amassada. Retornei a sala antes de Justin se virar e me ver. O arrependimento de ter pedido distancia para ele se foi e eu senti raiva e nojo dele. Não disse nada e guardei meu celular dentro da bolsa querendo manda-lo ir à merda.

Fiquei dentro da sala até ver ele passar se achando o babaca que ele sempre foi antes de começar a andar comigo.

As aulas passaram e no final da tarde encontrei Penn me esperando no carro. Harry tinha me abordado no meio do caminho, ele tinha um curativo no nariz resultado do golpe de Justin no dia anterior. Me desculpei na hora em que ele me abordou no refeitório, mas não me pareceu o suficiente. Eu nunca conseguiria me desculpar o suficiente com eles, mas Harry não me parecia muito incomodado com sua fratura. Ele chegou a sorrir em vários momentos.

– Vai me contar ou não qual é o problema da vez com o Justin? Não quero ter que forçar ao Tay a me contar.

Penn dirigia como uma louca. Se eu não tivesse a acompanhado em suas aulas de direção quando ela completou dezesseis anos, eu teria dito que ela tinha comprado a carteira. Andar com ela não era algo que eu considerava seguro, nem para nós, nem para os pedestres. Mas eu tinha me acostumado.

– Nem eu sei. Estávamos bem e de repente eu estraguei tudo. – bufei olhando para a estrada.

– O que você fez? – perguntou.

– Eu falei para ele manter distância. – disse baixo.

– Você mandou ele se afastar? – ela perguntou alto incrédula.

– As pessoas estão falando coisas sobre nós. Eu não quis... – tentei me defender.

– Você dorme na mesma cama que ele toda noite e manda ele manter distância? Mack isso não faz merda de sentido nenhum! Você sente vergonha de ser vista com Justin?

– Não! É claro que não! Eu só não quero que as pessoas pensem que estamos tendo algo!

– Mas vocês estão tendo algo! A única diferença da sua relação com o Justin da minha com o Tay é que nós fazemos sexo! Vocês têm alguma coisa! – ela gritou exasperada e me encolhi.

Engolir aquilo foi difícil. Até ela pensava que eu e ele estávamos tendo algo.

– Eu só estou morando com ele há quase duas semanas e isso já saiu do controle. Não sei se vou aguentar até o final do mês se continuar assim. – disse mais pra mim do que pra ela.

Penélope estacionou o carro na frente de casa e parou.

– Mack. Eu confio em você em relação ao Justin, mas eu não confio nele. Você entrou nisso, se sair assim vai machuca-lo e isso vai voltar contra você. O Justin é uma máquina de problemas, mas quando você está por perto ele parece se tornar controlável. Ele gosta de você.

Ela não estava ajudando. Eu não queria escutar mais um dizer que Justin estava querendo algo comigo. Só eu que via que aquilo era uma tremenda asneira? Céus!

– Ele transou com uma garota no laboratório de química hoje Penn.

Aquilo foi o suficiente para deixar ela pasma e calar sua boca. Justin não tinha mudado. Ele era o mesmo Justin Bieber fodedor. Ele só estava reprimindo quem era de verdade na minha frente, mas eu tinha plena consciência de quem ele era e do que fazia. Justin era o cara das lutas ilegais, o cara dos rachas, o cara do sexo. Ele não era o cara romântico, não era o cara que compra flores pra uma garota e a chama para um encontro. Ele era o cara da praticidade. Eu conseguia enxergar e aceitar isso. Mas as pessoas ao meu redor não. Sai do carro deixando-a com uma cara pasma e subi as escadas em direção à entrada. Subi pra casa e abri a porta com a chave que ficava debaixo do tapete. Era um péssimo esconderijo para uma chave reserva, estava em um lugar óbvio demais. Abri a porta e entrei logo. Naquele momento senti falta do meu pequeno quarto no dormitório do Morgan. Senti falta das minhas coisas e me senti uma intrusa naquele lugar. Quis ir embora. Mas não podia. Eu tinha uma palavra e iria cumpri-la.

Não quis ir pro quarto de Justin porque aquilo não iria me deixar pensar. Fiquei na sala. Minutos depois Penn entrou e se sentou do meu lado.

– Ele é um babaca.

– Eu sei e isso não é um problema para mim.

Ela suspirou e respirei fundo escorando minha cabeça no ombro dela.

Desde a mudança repentina pra cá nós estávamos um pouco afastadas uma da outra. Eu não estava com ciúmes, mas Penélope passava mais tempo com Taylor do que comigo. Aproveitamos aquela tarde sozinhas para voltar ao nossa estado comum. Começamos a arrumar a casa, já que estávamos ali dando gastos e despesas aos dois. Foi divertido, depois de limpar, resolvemos preparar o jantar. Ela não era uma grande cozinheira e eu sabia apenas o básico. Pegamos algumas receitas na internet e fizemos um belo jantar. Por volta das sete Taylor chegou visivelmente casando e Penn foi recepciona-lo na porta.

Eles eram um lindo casal. E o relacionamento dos dois incomodava a algumas garotas no campus. Depois de Justin, Taylor era o segundo homem mais lindo na Brown University, ele e Justin eram os matadores por ali. As garotas se jogavam aos seus pés. Depois que ele começou a namorar Penn, ela entrou pra lista de pessoas mais odiadas e Taylor caiu para o terceiro lugar no hanking de beleza. Harry agora estava com a medalha de prata.

Taylor falou comigo e depois os dois foram para o quarto. Peguei a louca para preparar a mesa e arrumei os pratos e talheres ali.

O barulho da porta soou novamente e Justin entrou. Ele sorria, mas não era de felicidade por me ver. Era de embriagues. Assim que ele me viu desmanchou o sorriso e fez uma cara brava que saiu mais como uma careta. Ignorei sua presença e continue a por a mesa.

Ele passou reto, diretamente para o quarto e ignorei aquela dura atitude. Quem estava com raiva ali era eu.
 

Justin's

 

Mackenzie fodia com a minha cabeça. Era como se a cada progresso que fizéssemos eu levasse um soco e retrocedesse dois. Eu estava puto com ela. Ela queria me manter longe e eu estava fazendo isso. Tinha mantido distancia, mas quando cheguei em casa esperando que ela tivesse ficado feliz com a minha atitude, ela me olhou enojada, como se eu tivesse feito algo errado. Ela não deveria estar zangada com o fato de eu ter bebido, ela nunca ficava irritada por isso.

Fui pro quarto e quis tomar uma ducha fria, mas a água gelada não foi bem aceita pelo meu corpo. Tomei um banho longo, eu queria esfriar a cabeça e relaxar pra não brigar com Mack. Eu tinha deixado-a em paz. Tinha feito o que ela tinha pedido e agora ela estava brava. Mulheres eram complicadas, mas Mackenzie era a rainha delas.

Coloquei uma calça de moletom azul e sai sem camisa. Eles estavam sentados na mesa, mas pararam de conversar quando eu apareci. Me sentei a frente de Mack novamente e vi que meu prato já estava servido, eram legumes, filé de frango e salada. Algo tinha me dito que aquilo era obra de Mack. Agradeci com o olhar e me senti um idiota por ter feito novamente algo que tinha desagradado ela. Mesmo sem saber o que tinha sido.

– O que foi? Não sou bem-vindo? – perguntei ao ver que todos me olhavam diferente.

Ninguém disse nada e comecei a comer. Todos voltaram a comer e jogar conversa fora. Assim como já era de lei, ou uma regra qualquer eu e Taylor limpamos a cozinha enquanto as duas assistiam a tv. Meus olhos estavam caídos sobre Mackenzie.

– O que você fez agora?

Levantei os olhos e encarei Taylor. Ele disse baixo o suficiente só para que eu escutasse.

– Eu não fiz nada. Ela falou para eu manter distancia quando estivéssemos em público e eu obedeci.

Peguei mais um prato e sequei o colocando na pilha com os outros.

Ela pediu distancia? Desculpa cara, mas acho que isso é meio difícil de acreditar. A Mack é educada demais pra fazer qualquer coisa assim. Ela não pediria pra você ficar longe. – ele disse incrédulo em um tom baixo.

– Mas ele fez. Ela me mandou ficar longe com medo do que as pessoas falam de nós dois. E eu fiquei longe. Fiz o que ela me pediu e agora ela parece chateada por eu ter feito.

Taylor riu e rolei os olhos sem conseguir ver graça nenhuma naquela confusão toda.

– Você não está acostumado a lidar com as mulheres tão serio assim. É engraçado ver você quebrando a cabeça pra agradar ela. Você é iniciante nisso JB, mulheres são muito confusas. Às vezes quando elas dizem pra você fazer algo ela estão querendo que você faça justamente o contrário.

– Isso não faz porra de sentido nenhum!

– Bem-vindo ao mundo das mulheres. – ele zombou e rolei os olhos.

Quando terminamos com os pratos Taylor ficou no sofá com Penélope e fui pro quarto a procura dela. A porta estava encostada e pela fenda vendo Mack apenas de calcinha e sutiã dentro do quarto. Eu nunca tinha visto ela assim. Não somente de lingerie, o corpo dela era lindo. Ela escondia lindas curvas debaixo das calcas jeans e cardigans. O cabelo caia em cascata por suas costas e ela andou até a cama apoiando uma perna no colchão e passando creme pelas pernas.

Merda! Senti meu pau enrijecer dentro da cueca e apertei a maçaneta em minhas mãos segurando a porta exatamente da forma que estava. Não queria que ela me visse e ficasse constrangida, se fosse pego eu também não ficaria confortável ao ser visto. Ela se movimentava com calma, leveza e sensualidade. Eu sabia que a ultima ela não fazia de propósito. Mack fazia qualquer coisa simples se tornar algo a mais e ela nem se dava conta do poder que tinha.

Depois de espalhar hidrante corporal pelas duas pernas, barriga e braços ela vestiu o short curto do pijama e colocou a blusa. Ela caminhou em direção a porta e me afastei da mesma entrando no banheiro social que ficava de frente do meu quarto. Eu precisava me acalmar.

Fiquei ali dentro por uns minutos e quando estava apresentável de novo entrei no quarto e ela estava sentada na minha escrivaninha fazendo deveres. Ela usava seus óculos de grau e eu duvidava que alguém ficasse tão atraente com óculos quanto ela. A televisão estava ligada em um canal de clipes e ela batucava o lápis na mesma batida da música. Mack não parecia muito concentrada no que estudava, mas não comentei nada. Fiquei observando ela por alguém segundos até ser pego.

– Está ai há quanto tempo?

– O suficiente para perceber que você não está concentrada no que está estudando.

Ela voltou os olhos paro caderno e suspirou.

– Matemática soa como inferno pra mim. – ela bufou e me aproximei da mesa vendo os cadernos espalhados e o livro aberto.

– Por que não me pediu ajuda?

Ela mordeu o lábio inferior desconfortável. Fiquei chateado por ela não querer pedir minha ajuda.

– Não me quer por perto aqui também? – perguntei sendo irônico lhe dando as costas.

– Justin! Eu não...

– O que foi? Não foi isso que você me pediu mais cedo? Pra manter distancia? Não foi isso que eu fiz? Só não entendo o porquê de você estar brava comigo!

Eu estava estressado. Cacete, ela conseguia me tirar do serio.

– Eu não estou brava com você!

– Então por que me ignorou? Por que você me quer longe?

– Eu só não quero que as pessoas fiquem falando.

– Porra! Pare de se importar com a opinião dos outros!

Ela ficou quieta. Fitou os pés desconcertada.

Eu não sabia o que fazer. Odiava vê-la triste ainda mais por minha causa.  

Meu temperamento era explosivo. Eu não sabia como dizer as coisas quando estava bravo, mas sabia que eu me importava demais com ela e teria que aprender a me controlar.

– Eu-eu não quis gritar com você. Eu...

– Você pode me ajudar com matemática? Eu tenho alguns exercícios para resolver e está realmente complicado. – ela mudou de assunto.

Aquilo foi melhor para nós dois. Respirei fundo e olhei pra ela. Mack tinha levantado o rosto e agora forçava um pequeno sorriso.

– Vamos fazer isso.

 

Mack's

 

Pelo resto da noite Justin me ensinou matemática. Nós voltamos às boas naturalmente. Ele voltou a me chamar de Lucky e era como se nada tivesse acontecido. Na manha seguinte eu fiquei em duvida se deveria ir com Justin ou se ia com Taylor e Penn. Ao perceber a minha duvida insistente, Justin se virou para mim e me abraçou me deu um sorriso.

– Você pode ir comigo se quiser, mas ainda vou ficar longe de você no campus.

– Justin...

– Nem tente voltar pra atrás agora, gata. Acho melhor você ir com o Taylor. – ele disse e sorriu dando um beijo na minha bochecha antes de se virar e subir na moto. Só fazia um dia e eu já sentia saudade daquela garupa.  

Assenti e dei meia volta.

A semana toda se seguiu daquela forma. Ficamos naquela situação a semana toda, Justin mantendo distancia de mim e voltando a conviver com os seus amigos. Ele parecia estar se divertindo com aquela distancia enquanto eu estava odiando mais a cada segundo.

A sexta-feira chegou. À noite eu teria meu primeiro encontro com o Harry. Negar que eu estava animada era impossível, eu ate passei no shopping e comprei uma roupa nova para usar. Não queria me sentir feia ao lado dele. As condições financeiras de Harry eram bem mais elevadas que as minhas. Nós iríamos ao cinema e sair pra jantar, como eu não sabia aonde ele me levaria tentei me arrumar à  sua altura. Uma saia de tule rose, um sweater da Forever21 e um par de botas que comprei na liquidação da Zara. Eu ainda não me sentia boa o suficiente, mas gostei. Arrumei meus cabelos para que ficassem soltos e arrumados.

– Ooh acho que alguém está pronta para arrasar corações esta noite. – Penn brincou entrando no quarto.

– Está bom? Eu acho que falta alguma coisa... – comentei voltando a me olhar no espelho.

– Você está linda. – ela me elogiou olhando através do espelho. Sorri um pouco mais confiante com a minha aparência e segurei minha bolsa.

– O Justin não apareceu? Não falei com ele a tarde toda. – comentei.

O bom seria se ele não aparecesse tão cedo, pelos menos não enquanto eu ainda estivesse em casa. Ele não deveria se lembrar de que eu iria sair com Harry hoje, mas se lembrasse não gostaria nada e riríamos acabar discutindo outra vez.

– Tay falou com ele há alguns minutos. Ele está vindo para casa.

Mordi o interior de minhas bochechas tensa.

Peguei meu celular e vi o horário. Era pouco mais das sete e Harry viria me buscar as oito. Eu estava adiantada e ansiosa.

Do lado de fora do quarto pude escutar a voz de Justin cumprimentando Taylor. Merda, ele não deveria estar em casa tão cedo. Penn percebeu a minha tensão e se aproximou.

– Fica tranquila, ele provavelmente vai sair pra beber e não vai causar problemas. É só ignorar qualquer grosseria.

Balancei a cabeça e peguei minha bolsa guardando o celular lá dentro.

Respirei fundo umas duas vezes antes de sair do quarto andando atrás de Penn. Meu olhar estava cravado no chão de madeira até chegar à sala. Havia silencio, eu não entendi o porque até levantar o olhar. 


Notas Finais


e então???? o que vocês acham que ela viu??????? hmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm kjsdnfsklan vão me matarrrrr quando descobrirem!! acho que vou postar só de noite o proximo... quero ver a reação de vocês e torturar um pouquinho a curiosidade de vcs kdjsnfsakj é isso ai, então eu volto no final da tarde ou a noite pra postar a segunda parte!!! me digam o que acharam kkkk
roupa da mack: http://weheartit.com/entry/39262163/in-set/15558986-relentless?context_user=mgiovana

A FIC AGR TA SENDO POSTADA NO TUMBLR TBM: ffbieber.tumblr.com
ask.fm/gojdrewb


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