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História Relentless - Desculpas


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


dois dias atrasada, mas cá estou eu com a minha cara de pau linda e uns bons 5 kg a mais!!! kkkkkkkk ai gente desculpa, era pra eu ter postado dia 24, mas tive que fazer minhas malas e depois tive que ir viajar... :/ não deu tempo! bem, mas aqui estou com mais um cap e só avisando que o próximo tbm já esta pronto hehehehehehe...................

ok, ignorem os erros!!!

Capítulo 11 - Desculpas


Fanfic / Fanfiction Relentless - Desculpas

Encontrei os olhos de Justin brilhando, talvez fosse por conta das luzes, mas havia algo a mais nele. Ele estava lindo, usava uma calça jeans um pouco baixa, uma blusa branca e uma jaqueta branca com as mangas azuis e calçava Vans. Ele conseguia ficar atraente apenas de cueca. Mas não foi bem seu outfit que me chamou a atenção e sim quem estava com ele.

Eu me lembrava daquela garota. Era a mesma que tinha saído do laboratório com ele no inicio da semana. Ela estava lá, agarrada a ele como se tivesse alguma posse.

– O que você está fazendo aqui, Tory? – Penn grunhiu raivosa encarando a garota.

Ela sorriu para Justin e ele balançou a cabeça saindo do transe.

– Nós vamos sair. Sair com a Mack e o Harry. É um encontro duplo.

Porra!

Foi o que eu quis gritar, mas engoli as letras goela a baixo e me engasguei com minha própria saliva. Ele estava brincando comigo? Só podia estar brincado comigo. Pisquei algumas vezes para ver se aquilo era real mesmo e Penélope se virou para mim incrédula.

– Isso é sério? Você... Você! - eu sabia que ela estava prestes a me xingar.

Eu tinha proposto aquilo no domingo, mas não era pra ele levar a serio. Tinha sido um blefe, ele mesmo tinha concordado de que aquilo era idiotice e agora ele estava ali.

Eu quis gritar e pular da janela com raiva da minha boca maldita. Mas não podia fazer isso. Eu tinha proposto aquilo. Eu tinha o convidado e mandado ele achar uma garota. Merda! O feitiço estava voltando contra o feiticeiro. Eu me odiava, mas odiava Justin muito mais e odiava a tal Tory por estar tocando ele também.

Ela tinha um sorrisinho infeliz nos lábios enquanto olhava pra ele. E ele sorria, mas maliciosamente e na minha direção.

– Eu... Eu o convidei. – disse isso baixo, ainda estava pasma demais.

O olhar incrédulo de Penélope sobre mim era totalmente compreensível, eu também estava assim diante de mim mesma.

Meu celular tocou dentro da bolsa desviando a atenção de todos de mim e vi que era Harry.

– Oi.

Já estou aqui embaixo... Se não estiver pronta não se apresse. Eu só... Estou um pouco adiantado. – ele estava encabulado do outro lado da linha e eu quis sorrir, mas Justin ainda me olhava indecifrável.

– Oh não... Eu já estou pronta. Descemos em um minuto. – expliquei e desliguei antes que ele fizesse alguma pergunta sobre a colocação verbal em terceira pessoa.

Engoli o seco e juntei forças para falar novamente.

– Harry já chegou.

Eu não esperei pela reação ou fala de ninguém, andei para a porta com passos desesperados e raivosos. Desci as escadas com pressa e agradeci por não estar de salto. Assim que apareci na rua Harry estava lá parado, com um sorriso magnífico e se desencostou da Rover para vir me cumprimentar. Eu queria ter retribuído seu abraço da mesma forma, mas não estava com cabeça para aquilo.

– Está tudo bem?

– Sim. Hum... Vamos ter companhia. – avisei desconcertada e ele olhou por cima do meu ombro provavelmente vendo os dois se aproximarem. Merda, eu tinha estragado tudo. Justin tinha estragado tudo e eu nem falaria sobre a tal Tory.

– E-eles vão com a gente?

Balancei a cabeça em sinal positivo sem saber o que dizer. Eu esperava que Harry fizesse uma cena e se recusasse a sair com aqueles dois. Eu agradeceria de verdade se ele o fizesse, mas Harry era simplesmente educado demais para fazer uma coisa dessas.

– Vai ser divertido. – ele comentou forçado.

É claro, se divertido fosse sinônimo de catástrofe seria muito divertido.


 

•••

 

Fomos ao cinema no centro, Justin e Tory não nos acompanharam dentro do carro e agradeci por isso. Não aguentaria aquela situação. Na hora de escolher o filme houve uma pequena discussão entre os garotos e Tory. Eles queriam assistir um filme de carros, mas Tory bateu o pé e disse que queria assistir uma comédia estilo "todo mundo em pânico". Os dois olharam pra ela com uma cara de tédio e eu ri fraco,

– E você Mackie, o que prefere? – Harry perguntou e dei de ombros.

– Bem, para falar a verdade eu prefiro carros. – opinei e Tory rolou os olhos soltando ar pela boca.

Justin tinha razão, esse ato fazia com que as garotas parecessem vadias. Pelo menos foi assim que Tory pareceu. Mas ela era uma então não tinha muito o que falar. Ops...

Eles compraram as entradas e eu e ela ficamos alguns segundos sustentado a presença uma da outra. Ela me mediu de cima a baixo com nojo no olhar, mas não liguei. Harry tinha gostado e me elogiado. Fiquei feliz por ter o agradado.

Quando o filme começou me sentei ao lado de Harry, Justin sentou do meu outro lado e sua garota ao seu lado. Eu sabia que aquilo seria constrangedor.

Não fazia sentido nenhum você ir ao cinema se queria ficar se agarrando com as outras pessoas. Ao invés de comprar as entradas porque não pagavam uma diária em um motel de esquina? Eu estava prestes a dizer isso a Justin quando Harry passou o braço pelo meu ombro e me puxou delicadamente para perto de si. Olhei pra ele e mesmo com a escassa iluminação eu vi um sorriso fraco cobrir seus lábios. Repousei minha cabeça no ombro dele e assistimos ao filme como se só houvéssemos nós dois ali dentro. Foi um bom momento.

Na hora do jantar fomos para uma pizzaria ao redor do cinema. Tory e Justin não poupavam seus amassos se aquilo estava me ferindo de alguma forma. Ele não estava ali por mim, queria apenas levar a garota para algum canto e transar com ela. Eu não deveria reclamar, mas odiei ter ficado em segundo plano. Era mesquinhez. Mas odiei.

– Bieber você não acha que deve ir a algum lugar apropriado para isso? Se quer transar com a garota leve ela para o lugar certo. Ficar se atracando com ela pelos cantos é ridículo.

Como uma luz no fim de túnel Harry se pronunciou. Ele tinha dito tudo que eu queria dizer e sorri pra ele grata. Justin parou de beijar a garota e olhou para Harry seriamente.

– Eu não dou a mínima importância pra sua opinião. Se eu quiser foder aqui, vou fazer. Se eu quiser fazer isso em qualquer ligar eu vou fazer. – ele estava sendo um estúpido.

Afinal ele era Justin Bieber. Só não sabia que isso queria dizer que ele era um tremendo babaca.

– Vamos Mack, você não precisa aguentar isso. – Harry se levantou de sua cadeira e me puxou pela mão. Mas Justin segurou meu braço me olhando serio. Nós encaramos por alguns segundos e quando ele leu a decepção nos meus olhos me soltou para que eu saísse com Harry.

A noite tinha sido um fiasco.

– Eu não sei como você mora com ele. É...

– É uma aposta.

Ele ficou em silencio por alguns segundos.

– Como você aguenta? Ele... O Justin é um idiota.

Eu sei. – pensei, mas percebi que tinha mesmo dito aquilo.

– Eu não quero que ele estrague a nossa noite. Posso te levar a um restaurante. Me diga apenas o que quer comer.

– Hm... McDonalds me parece bom agora. – sorri e Harry sorriu mais largo.

Eu gostava dele. Muito.

Tentando reparar toda a merda de Justin na nossa noite, Harry me levou ao McDonalds e depois caminhamos pela calçada da praia. Conversamos sobre alguns assuntos da faculdade e a maioria das coisas que ele me disse sobre si mesmo eu já sabia. Mas me fiz de surpresa em alguns momentos. Por volta das onze e meia Harry parou em frente ao prédio de Justin. Eu não queria entrar naquele lugar, mas o estacionamento a frente do edifício estava sem a moto de Justin o que me dizia que ele não estava ali.

– Não me sinto muito confortável tendo que deixar você ai. – ele comentou enquanto percebeu que eu encarava a entrada.

– Pode acreditar, eu sei me defender. – sorri o reconfortando.

Aquele silêncio típico se instalou e eu fiquei sem saber o que fazer ou dizer.

– Beijos no primeiro encontro são permitidos? – perguntou com uma diversão que me fez sorrir e corar.

– Hmm... Se eu disser que sim, você vai me convidar para um segundo encontro ou vai acabar tudo aqui?

– Eu não sou como Justin, Mack. Pode acreditar. – me confirmou e de alguma forma aquilo era tudo o que eu queria ouvir.

– Hmm... Eu sei e é por isso que aceitei sair com você.

Harry sorriu fraco e se inclinou sobre mim e selou meus lábios com delicadeza. Foi um selinho demorado e eu quase enfartei naquele momento. Harold Miller tinha me beijado. Me bei-ja-do.

Eu quis gritar e sair por ai soltando fogos de artifício. Eu quis aprofundar aquilo, era bom demais. Mas Harry recuou.

– Preciso de alguma desculpa pra te convidar pra um segundo encontro. – informou e sorri tentando não parecer idiota demais.

– Vou esperar você ligar. – avisei e sai do carro sob os olhos dele em mim. Só quando entrei no prédio Harry foi embora.

Subi as escadas em direção ao apartamento de Justin e respirei tranquila. Até que não tinha sido de tudo ruim. Abri a porta com as chaves que Taylor tinha me dado e encontrei os dois rindo de algo no sofá. Era do filme.

Penn olhou por cima do sofá e sorriu.

– E então! Como foi?

Antes que eu pudesse responder, Taylor fez outra pergunta.

– Cadê o Justin?

Rolei os olhos e bufei.

– Eu não sei. Harry e eu deixamos ele e a tal garota na pizzaria. Ele estava agindo como um idiota.

Penélope e Taylor se entreolharam e sai em direção ao quarto. Ela veio atrás de mim.

– Ele fez alguma coisa?

– Justin ou Harry?

– Os dois.

– Justin agiu como um ridículo e Harry me beijou. – não pude conter o sorriso na ultima parte.

O Harry te beijou? Ai meu Deus! – ela gritou eufórica e me abraçou.

Ficamos alguns minutos conversando sobre aquilo e Penn estava mais animada do que eu com a notícia. Eu estava ficando sono e ela também. Depois de meia hora Penn saiu e eu tomei um banho colocando meu pijama e me deitando.

A parte complicada foi conseguir dormir. Aquela cama ficava grande demais sem Justin. Juntos a cama parecia bem menor e mais confortável.

Fiquei me virando pra lá e pra cá frustrada. O imbecil tinha me acostumado mal. Escutei o barulho da porta se abrindo e inconscientemente respirei aliviada. Levantei da cama e calcei meus chinelos, abri a porta do quarto, mas não consegui mais me mover. Justin estava jogado no sofá e Tory estava em seu colo o beijando. Ele a despia sem o menor pudor entre beijos por todas as partes do corpo. A garota só sabia gemer implorando por mais.

Não foi como eu tinha imaginado. Meus olhos se encheram de lagrimas naquele momento e eu quis chorar. Não sabia o motivo, mas eu queria. Não fiquei ali para ver o ato se concretizar, voltei para o quarto e me encolhi na cama deixando que as lágrimas saíssem silenciosas.

Foi como uma tortura, eu não consegui dormir e tive que ficar ouvindo os gemidos dos dois até finalmente acabar depois de uma hora. Alguns minutos depois escutei o barulho da porta da sala se fechando com raiva e imaginei o que ele tinha feito. Justin entrou no quarto e eu fingi que estava dormindo. Ele jogou alguma coisa no chão e depois caiu exausto ao meu lado. Ele abraçou minha cintura e me puxou mais pra perto. Eu quis levantar e correr dali. Justin fedia a vodka e a perfume feminino, esses cheiros não eram os piores, ele também fedia a maconha. Segurei um soluço dentro da garganta e respirei fundo pela boca, porque se inspirasse com o nariz iria fungar. Ele adormeceu em menos de dois minutos e sai de perto dele me levantando daquela cama.

Eu sentia nojo de Justin. Nojo de tudo que ele tinha feito e nojo do que ele era.

Procurei por uma outra coberta no armário e encontrei, eu não sabia aonde iria dormir, mas não conseguiria ficar ali com ele sem ter vontade de vomitar. Abri a porta e no mesmo segundo Taylor apareceu. Ele me olhou mesmo com a escuridão e lamentou.

– Você ouviu? – ele me perguntou baixo e assenti com a cabeça passando a mão pelo rosto limpando as lágrimas.

– Desculpa Mack, ele...

– A casa é vocês Taylor. Eu sou a intrusa aqui. – disse forçando um sorriso. Ele abaixou o olhar e voltou para o quarto sem dizer nada.

Caminhei até a sala e encarei o sofá. Nunca mais sentaria ali novamente. Embalagens de preservativo estavam espalhadas pelo chão e eu não tinha estômago o suficiente para pegar aquilo sem vomitar.

Me sentei na poltrona e empurrei a mesma para bem longe do sofá. Foi complicado fazer aquilo sem fazer tanto barulho, mas quando já estava bem longe do estofado respirei fundo agradecida por ter conseguido.

Me sentei da forma mais confortável que tinha conseguido e me cobri. Eu duvidava que fosse conseguir dormir depois de tudo aquilo, mas respirei fundo e tentei me esquecer de tudo.
 

Justin's
 

Acordei sentindo falta de algo. Abri os olhos com dificuldade e olhei para o meu lado. Mack não estava ali.

– Mack? – chamei com a voz rouca coçando os olhos no caso de ela estar no banheiro. Ela não respondeu, me sentei na cama a contragosto e olhei ao redor. A porta do banheiro estava aberta e não tinha barulho nenhum lá dentro, ela não estava ali. Olhei o relógio digital e eram 09h10min. Cedo demais, ela não deveria estar acordada a uma hora dessas, ninguém deveria estar acordado.

Fitei minhas roupas da noite anterior no chão e tudo me voltou como um flash.

Eu não me lembrava de detalhes, mas os pontos altos da noite estavam na minha mente. Mack tinha saído com o Harry sozinha depois que fomos à pizzaria, depois eu sai com Tory para uma festa, bebi, fumei e depois trouxe ela pra casa. Porra!

Abri a porta com força sentindo meu coração palpitar com medo de não encontrar Mack e ela ter ido embora.

Não foi isso que encontrei. Ela estava na sala, deitada na poltrona que tinha ido parar do outro lado, bem longe do sofá. Havia embalagens de preservativo jogadas no chão e a casa estava uma bagunça. Mackenzie estava deitada visivelmente desconfortável, encolhida no na poltrona e coberta com uma manta.

Parabéns Bieber! – Penélope disse e me virei assustado vendo ela sair no corredor.

– Ela... Ela ouviu?

– Quem não ouviu? Da próxima vez vê se encontra um motel barato. Ou melhor, não vai ter próxima vez. Eu e ela vamos embora daqui hoje. – a frieza nas palavras de Penélope fez com que eu me sentisse ainda mais culpado.

Eu sabia que tinha estragado tudo. De uma maneira maior do que podia concertar. Virei para a parede e desferi um soco contra a mesma com ódio de mim mesmo. O que eu tinha feito? Caralho, ela nunca ia me perdoar.

– Você é um filho da puta.

Eu era. Definitivamente eu era. Eu não conseguia olhar para ela. Mack tinha preferido dormir em uma cadeira do que ficar ao meu lado na cama, eu não a culpava por isso. Mas doeu.

Andei até ela e com cuidado a peguei em meus braços. Ela se remexeu e deixou o rosto cair no meu peito. A culpa revirava meu estômago. Andei com ela até o quarto sob o olhar duro de Penélope. Ela estava morrendo de raiva de mim. Deitei Mack na cama com cuidado para não acorda-la. Ela se agarrou ao meu travesseiro e a cobri com a coberta.

Ela iria embora quando acordasse. Eu tinha estragado as coisas. Eu sabia que tinha. E não podia pedir pra ela ficar. Eu não podia ser tão egoísta assim. Meu peito doeu só de imaginar o que poderia acontecer depois dali. Eu tinha magoado a única garota com quem eu me importava de verdade. Eu tinha feito isso.

Me desculpar não tornaria a coisa melhor. Era ridículo. Parei de olhar pra ela para ir tomar um banho. Eu tinha uma ideia, eu não tinha muita coisa para fazer pra poder consertar tudo isso, mas o pouco que eu podia fazer eu faria. Tomei um banho e coloquei uma roupa qualquer. Peguei minha carteira e olhei pra ela uma última vez antes de sair do quarto.

Na cozinha, Taylor estava calado. Ele me olhou irritado e eu sabia que tinha estrago.

– Não deixa ela ir embora antes de eu chegar. Por favor, cara. – implorei e ele não disse nada. – Vou pegar seu carro. – avisei e peguei as chaves no balcão. Sai rápido, eu tinha pouco tempo até que ela acordasse.

Meu primeiro destino foi uma loja de móveis no centro. Eu nunca tinha parado para ir comprar móveis e não sabia como fazer isso. Escolhi um sofá que eu sabia que Mack iria gostar, pelo que a funcionaria tinha me dito era um dos melhores da loja e pelo valor tinha que ser. Comprei o sofá e passei em uma loja de tintas, comprei algumas latas e passei em mais um lugar antes de ir pra casa. Um dos funcionários da loja de moveis havia me dito que o sofá chegaria em menos de uma hora. Eu paguei pela rapidez e pelo frete e esperava que estivesse lá antes de Mack acordar. A verdade eu só estava rezando para que ela ainda estivesse lá quando eu chegasse.

Aquilo seria um pedido de desculpas. Ou pelo menos tentaria ser. Como se fosse cronometrado cheguei em casa no mesmo instante em que o caminhão de móveis parou em frente ao prédio. Os caras tiveram um desafio e tanto em subir com o sofá pelas escadas. O prédio velho não tinha elevador e nunca pareceu necessário já que só havia três andares. Escadas eram o suficiente. Abri a porta e eles passaram com dificuldade fazendo manobras com o móvel para entrar.

– Mas o que é isso? – Penélope perguntou quando deu um pulo vendo os caras arrumarem o sofá.

Olhei para os lados e agradeci por não ver Mack ali.

– Senhor, nós podemos levar o antigo lá pra baixo. – um dos carregadores sugeriu e eu assenti.

– Eu agradeceria.

Os funcionários assentiram e pegaram o meu antigo sofá de dois lugares. Lembranças de sexo sujo e jogos de basquete estavam impregnados nele, mas com o novo eu esperava criar lembranças com Mack.

Dei uma gorjeta de cinquenta dólares pra eles e foi de bom grado.

– Ela já acordou?

– Não. Pra que você comprou um sofá novo?

– Eu vou tentar me desculpar com ela. Pode ser que funcione. – avisei colocando a sacola com as coisas que Mack gostava para o café.

– Isso não vai funcionar.

– Mas isso não me impede de tentar. – coloquei tudo em uma bandeja e também coloquei a flor que tinha comprado pra ela na bandeja. Me pareceu algo romântico demais, mas eu só queria agradá-la.

Taylor voltou a cozinha vestido e me olhou sem entender, olhou para o sofá e ficou ainda mais confuso. Não esperei que ele fizesse um questionário e fui pro quarto, abri a porta com cuidado e ela ainda estava dormindo. Já passava do meio dia e ela ainda dormia.

Eu realmente suspirei aliviado quando vi ela deitada ali toda desajeitada. Meu coração pareceu se acalmar e consegui respirar de verdade. Ela não tinha ido embora ainda...

Coloquei a bandeja com as coisas na mesa onde ficavam os nossos livros e me aproximei dela. Porra ela era tão linda! Principalmente quando dormia. Minhas mãos criaram vida e foram até o rosto dela. O cabelo estava bagunçado e alguns fios estavam espalhados pelo rosto dela. Tirei meu tênis e me deitei ao seu lado. Eu gostava de ficar assim com ela. Gostava porque eu ficava tranquilo e porque o cheiro dela era indescritível. Encostei meu rosto perto do pescoço dela e a cheirei, ela era a garota, mas cheirosa que já tinha passado pelos meus braços. Mackenzie era incrível de tantas formas que eu parecia um cachorro babão quando olhava pra ela.

Lucky se remexeu nos meus braços e cobriu minha mão que estava em sua cintura com a sua.

Eu não consegui dormir, fiquei ali olhando ela por vários minutos até ela abrir os olhos. Mack agora estava deitada de frente para mim com as mãos unidas debaixo do travesseiro. Os olhos dela brilharam intensamente, ela sorriu ao meu ver e eu não pude deixar de retribuir.

Ela sorriu preguiçosamente e voltou a fechar os olhos.

– Bom dia Lucky.

Quando ela reabriu os olhos foi como se tivesse acordado de verdade, o sorriso sumiu e seus olhos me olharam assustados. Ela se sentou na cama em um pulo e eu sabia o porque de sua reação.

Ela olhou ao redor se perguntando como tinha chegado ao quarto.

– Eu te trouxe pro quarto. Você estava deitada desajeitada na cadeira e.

Ela não olhou pra mim quando pareceu se lembrar de tudo.

– Lucky eu sei que fui um tremendo filho da puta com você noite passada. Eu mereço uma surra pra ver se aprendo alguma coisa nessa vida. Eu não queria que você tivesse que escutar aquilo, eu... Eu estava chapado e só queria relaxar. Eu só queria... – te esquecer um pouco.

– Olha pra mim? – pedi incomodado com a falta do olhar dela enquanto eu falava. Eu queria que ela visse que eu estava sendo sincero e então ela me olhou.

– Me desculpa Mack. Me desculpa de verdade. Eu não quero fazer você passar por isso de novo. E quando eu te vi naquela poltrona, porra eu quis bater minha cabeça na parede. Da próxima vez que eu fizer qualquer burrada com você e você não quiser dormir comigo, por favor, me joga no chão me faz dormir na rua, mas não dorme naquele lugar de novo. Meu Deus Mack, eu sou um idiota do caralho!

Eu estava frustrado comigo mesmo, estava irritado. Queria descontar em mim mesmo toda a minha raiva. Os olhos dela estavam confusos, perdidos e quietos.

– Justin...

– Não! Me escuta. Eu preciso que você me escute de verdade. Eu sei estragar tudo, sou o rei disso. Eu só ferro com as coisas que eu mais gosto. E eu gosto de você Mack. Gosto muito. Não me deixa estragar as coisas com você. – meu tom saia praticamente desesperado. Mas eu estava disposto a me rebaixar para que aquela garota ficasse comigo.

– Posso falar agora?

Eu não soube o que aquilo queria dizer.

– Pode.

– Justin você... – ela respirou fundo. – Você não fez nada errado. Eu... Esse apartamento é seu, essa é a sua casa. Você tem o total direito de trazer aqui quem você quiser e fazer o que quiser. Eu sou só... Uma visita. Você não tem que me desculpar por estar usando a sua própria casa para fazer o que quiser. Isso é ridículo. E você não estragou tudo.

– Mas você foi dormir no sofá porque não queria ficar comigo.

– Isso foi... Me desculpe, mas o seu cheiro não me deixou dormir. – ela disse desconcertada.

– Meu cheiro?

– O aroma de vodka, perfume feminino impregnado com suor e maconha não é algo que eu estou acostumada a dormir. – sua objetividade me deixou encabulado.

Eu fiquei com vergonha por estar fedendo a maconha quando me deitei com ela. Mack não merecia isso. Ela não merecia nada do que eu estava fazendo com ela.

– Eu... Me desculpe por isso também.

– Pare de pedir desculpas por ser você mesmo!

– Eu não sou um drogado idiota. Eu não costumo fumar nada além dos cigarros, mas às vezes eu fico... Estressado.

Dar satisfações às pessoas não era algo que eu costumava fazer. Eu nunca precisei prestar contas a ninguém. Nunca precisei explicar as minhas ações. Mas eu me senti na obrigação de explicar a ela.

– Eu... Eu sei que você não é. – ela disse e se aproximou de mim.

Ela não estava brava. Pelo menos não parecia brava.

– Eu conheço você Justin. Pelo menos eu acho que sim. Eu sei que você não é um drogado.  Você só é... Complicado. – ela dizia as palavras com cuidado.

Se ela podia foder ainda mais com a minha cabeça, ela estava conseguindo. Eu não entendia o porquê de ela estar sneod compreensiva. Eu tinha estragado o encontro dela com Harry, tinha trazido uma qualquer e transado com ela no sofá enquanto Mack escutava tudo. Eu tinha fodido a situação e ela parecia entender o meu lado. Eu preferia mil vezes que ela me desse um tapa na cara e ficasse brava, mas ela estava sendo... Simplesmente a doce Mackenzie Manson.

Mack se sentou na minha frente e me deu um leve sorriso. Não era o tipo de sorriso que ela costumava dar, não era tão sincero assim, mas era igualmente doce.

Ela passou suas mãos pelo meu rosto e tocou meu nariz fazendo graça. Estávamos tão próximos um do outro. Tão milimetricamente perto que eu não pensei. Foi impulsivo. Segurei a nuca dela e a puxei encostando nossos lábios. Eu tinha dito que só o faria quando ela pedisse, mas era demais. Eu simplesmente quis matar o desejo e mandar a sanidade ir se foder.


Notas Finais


tchanãnãnãaaaaaaannn hehe o que acharam? eu espero que tenham sei lá... e aproveitem os momentos de melosidade porque as coisas começam a ficar mais sérias daqui pra frente, nem tudo são flores e cafés da manhã na cama! kkkkkk E AI? O QUE ACHARAM DA ULTIMA CENA????? O QUE VCS ACHAM QUE A MACK VAI FAZER? O JUSTIN??? ME DIGAM!!! KKKKKK'
roupa do justin: http://data2.whicdn.com/images/70316156/large.png
a fic está sendo postado no tumblr, então sigam lá, geralmente vai sair lá primeiro do que aqui: ffbieber.tumblr.com
ask.fm/gojdrewb


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