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História Relentless - Desejo


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


heeeeeeeeeeey, mais um capitulo!!! obrigada pelos comentarios!!!

Capítulo 14 - Desejo


Fanfic / Fanfiction Relentless - Desejo

– Pai, essa é a Lucky, ou melhor, Mackenzie. – a apresentei.

Nunca pensei que quando fosse apresentar uma garota pro meu eu fosse ficar nervoso. Mack e eu não tínhamos um "relacionamento" de fato, mas não era só amizade também. Eu queria que ele a conhecesse porque ela era especial pra mim.

– Sr. Bieber. É um prazer conhecê–lo. – Mack estendeu a mão ainda tímida para Jeremy e ele continuava olhando–a de uma forma esquisita, aquilo estava me incomodando.

– O prazer é meu. E pode me chamar de Jeremy. – ele disse tentando parecer mais confortável.

Mack sorriu fraco e se agarrou ainda mais no meu braço. Eu estava gostando daquilo.

– Já estamos atrasados, temos que ir. – ele disse mudando completamente.

Todos começaram a pegar suas coisas e colocar dentro do carro, quando todos saíram esperei com Mack e a coloquei de frente pra mim.

– Está tudo bem?

Hmm. Sim, seus irmãos são incríveis, mas eu acho que seu pai não gostou muito de mim... – ela mordeu o canto do lábio e abaixou olhar.

– Meu pai só não está acostumado. Eu nunca trouxe uma garota aqui então ele deve ter achado estranho, mas é claro que ele gostou de você. – sorri e beijei sua testa abraçando seus ombros e caminhando pra fora.

Nos divinos nos dois carros e deixamos o de Taylor na garagem.

Eu, Mack, Jason e Taylor fomos no carro dele. Angel, Jeremy e Jaxon foram no carro de Jeremy. A estrada até os vales levava cerca de duas horas. Nesse tempo Jason conversou com Mack para distraí–la e eu estava ao seu lado no banco de trás abraçando–a. Ela estava mais tranquila e à vontade com as conversas e até mesmo Taylor que estava chateado deu longas risadas.

Quando chegamos The Valley, era o ponto mais alto da cidade e a vista era incrível. As montanhas eram tão altas que quase tocavam o céu, as nuvens pareciam mais próximas de nós do que na cidade e as baixas temperaturas exigiam um bom conjunto de roupas.

– Esse lugar é lindo. – Mack disse enquanto olhava ao nosso redor. Estávamos todos indo para o chalé de caçadores. Onde os amigos de Jeremy sempre ficavam. Ela estava com frio e percebi que ela não estava com roupas suficientes para ficar ali.

– Vamos arranjar mais um casaco pra você.

– Não... Atchin... precisa.

– Você está ficando doente. Isso não é bom, as temperaturas aqui em cima são ainda mais baixas do que lá embaixo. Vamos ter que dar um jeito nisso.

Ela não disse nada e assentiu se agarrando mais ao meu corpo.

Todos já estavam equipados com suas espingardas e rifles para caçar raposas, coelhos, e outros animais que encontrassem na densidade da floresta. Eu fui até a chapelaria e consegui um casaco mais grosso para Mack.

– Humm. Garotão? – ela me chamou em um canto mais afastado e fui até ela.

– Algum problema?

– Ér... Bem, eu não sei se estou psicologicamente preparada pra ver seu pai matando animais indefesos só para empalhar e exibir como troféu. Isso é horrível, na verdade. – ela estava visivelmente sem graça e nem olhava nos meus olhos.

Que porra Justin! A ideia de levar ela foi totalmente fodida. Merda. O que eu estava pensando? Mack era uma garota doce e inocente, certamente ver animais sendo baleados para diversão não era um programa que ela gostaria.

– Eu acho... Acho que vou ficar por aqui. No chalé. Há uma lareira na outra sala que me chamou muita a atenção. E... Desculpe–me.

– Olha pra mim. – ela levantou o rosto e me encarou.

– Você não precisa pedir desculpas. Eu fui um idiota em te convidar para um programa assim. É claro que você não ia gostar. Então me desculpe você. E nós podemos ficar aqui, comer alguma ou tomar chocolate quente, soa bom pra mim.

Ela riu fraco.

– Não quero que você estrague o passeio com o seu pai. É importante pra ele que você esteja aqui. Então você tem que ir.

– Eu não vou deixar você sozinha. – avisei.

– Eu não vou estar sozinha. Há algumas garotinhas com suas mães na outra sala, elas me parecem adoráveis. Por favor, vá. – insistiu.

Eu não ia deixar ela ali. Mas se eu não fosse, meu pai ficaria muito chateado. Aquele era o tempo que curtíamos com a família. Merda.

– Mack...

– Isso foi uma ordem, garotão.

Eu não queria deixá–la, mas não queria desapontar meu pai. FUCK. Eu estava em uma encruzilhada.

– Justin! – Jason veio me chamar, todos já estavam lá fora.

– Só um minuto. – me virei de volta pra Mack. – Eu quero ficar com você.

– Eu quero que você vá. Por favor.

Merda, eu não conseguia dizer não a ela. Não quando ela soava tão fodidamente doce.

Rolei os olhos e assenti. – Eu vou. Prometo não demorar mais do que duas horas. Se precisar de alguma coisa você pode pedir a Pete para chamar o rádio dos Bieber. Na floresta não tem sinal e eu acho que aqui também não. – apontei para Pete o cara na recepção e ela assentiu. – Se quiser comer algo, qualquer coisa, é só pedir e colocar na conta dos Bieber. E...

– Tudo bem, Justin. Eu já entendi. Agora vá logo! – ela me empurrou rindo e ri fraco. Abracei-a e levantei seu queixo com o dedo dando um beijo singelo nela, mas que me deixava totalmente desestabilizado.

Separei-me dela e sai.


Mackenzie

Quando Justin saiu eu sorri. Aquela sensação esquisita que tomava conta do meu corpo toda vez que ele me dava o "beijo de amigo" me deixava aérea por alguns segundos. Ri fraco e virei em meus calcanhares caminhando para o centro daquele chalé. Havia uma enorme e aconchegante lareira e a sala possuía puffs, sofás, almofadas por todos os cantos. Havia duas garotinhas brincando de boneca no centro e suas mães estavam em uma mesa tomando um vinho quente. Sentei-me perto da lareira em um puff azul escuro e fiquei ali. Tirei meu celular do bolso e vi que não tinha sinal. Coloquei meus fones de ouvido e comecei a escutar música.

Meu olhar se fixou na lareira e as chamas corroendo a lenha me fizeram lembrar da noite do incêndio na minha casa.

– Filha! Mackenzie levanta filha! – papai começou a gritar me pegando no colo. Eu mal tinha aberto os olhos, mas não entendi o que estava acontecendo. Eu estava sonhando? Aos poucos o calor foi tomando conta e abri meus olhos vendo tudo ao redor reluzir. Chamas espalhavam–se pelo meu quarto e papai me tirou correndo dali. O corredor dos quartos estava quente e cheio de fumaça. Ele tomou rumo para as escadas que levariam até a cozinha.

Agarrei-me em seu pescoço sem saber o que fazer. Aquilo só podia ser um pesadelo, apertei meus olhos e os abri novamente querendo acordar daquele maldito devaneio, mas os barulhos de coisas caindo me despertaram para a realidade. Aquilo estava mesmo acontecendo.

– Merda! – papai gritou e apertei mais seu pescoço.

Ao chegarmos à cozinha, as chamas ainda não haviam se espalhado por ali e ele me colocou no chão olhando no meu rosto.

– Cadê a mamãe?

Meus olhos já estavam lacrimejados e o choro queria explodir dentro de mim. Ele me olhou perdido, com o rosto molhado de suor por conta do calor excessivo.

– Fique aqui. Eu vou buscar a mamãe, ok? Não suba. – eu assenti com a cabeça e ele beijou minha testa me apertando contra seus braços. – Eu te amo, filha.

– Eu também te amo papai.

Ele me soltou e me deixou encolhida perto da geladeira com a porta aberta.

Tudo estava escuro. De repente ele tinha sumido da minha visão e me encolhi ali desejando que aquilo não passasse de um sonho ruim. Eu ia acordar, eu tinha que acordar. As chamas começaram a iluminar a cozinha, o fogo cobriu a escada por onde meu pai tinha subido e eu comecei a chorar. A fumaça começou a tomar conta da cozinha e eu fui me arrastando para algum lugar que eu não conseguia ver. Eu chorava sem parar e meus olhos ardiam por causa da fumaça. Eu não conseguia respirar, estava sufocada.

– Papai! – minha voz saiu engasgada pelo choro. Meu corpo estava fraco eu não sabia para onde estava indo, estava quente demais, escuro demais. Eu não conseguia ver. Não conseguia respirar. Eu não queria morrer. Eu queria mamãe e papai. Eu queria eles. Continuei a me arrastar até que cheguei a porta que levava para o quintal. Passei pela portinhola do cachorro e cheguei ai lado de fora. Eu não conseguia mais me movimentar. Cai na grama e escutei gritos, os gritos de mamãe antes de tudo apagar.

Fechei os olhos deixando as lágrimas escorrerem pelo canto dos meus olhos. Aquela lembrança ficaria sempre na minha mente. Não havia como esquecer. O tempo nunca iria apagar a noite em que perdi meus pais. A ferida ainda decorava meu coração e ainda doía. Mesmo com todos os anos que tinham se passado, a dor parecia intrínseca. Nunca sararia.

Eu sentia falta deles. Senti falta quando entrei no ginásio. Senti falta de mamãe quando Jim, o garoto pelo qual eu fui apaixonada no colegial partiu meu coração quando começou a sair com Diane. Senti falta de papai no baile da minha formatura. Senti falta deles na minha colação. Senti falta em cada momento especial da minha vida. E eu sentiria falta pra sempre. Pam sempre me dizia que eles sempre estavam comigo. Eles me protegiam lá de cima e sempre que eu precisasse eles estariam comigo. Mas era difícil. Eu precisava deles aqui comigo. Precisei deles por todos esses anos.

Enxuguei minhas lágrimas com as costas das mãos e respirei fundo.

– Está tudo bem, querida? – uma mulher de aparentemente trinta anos me perguntou sentando ao meu lado. Ela era uma das senhoras que estava tomando vinho.

– Sim. Eu só... Só me lembrei de algumas coisas ruins. – sorri fraco.

– Oh... Sinto muito por isso. Você quer se juntar a nós? Digo, minha filha e sobrinha querem ir até a sala de jogos e como você está sozinha aqui, pensei que quisesse ir. – ela explicou com um sorriso doce. Seu sorriso lembrava o da minha mãe.

Olhei para as três garotinhas do outro lado com suas bonecas e sorri. – Eu adoraria.

Ela sorriu e nós levantamos.

– Me chamo Christina.

– Mackenzie. – me apresentei e ela sorriu. Passou a mão pelo meu rosto retirando os vestígios de lagrimas e sorri largo agradecida.

Depois de uma hora, eu, Carrie, Tory e Lucy estávamos caídas ao chão exaustas de tanto correr. Eu me sentia uma criança no meio de três garotas de dez anos. Elas eram adoráveis. Carrie era filha de Christina. Tory e Lucy eram as gêmeas de Susan. Nós quatro nos demos muito bem, foi como se eu fizesse parte do círculo de amizade delas há anos, e eu me senti bem. Me senti como se estivesse revivendo uma parte da minha infância. Nós brincamos de hide-and-seek ao redor do chalé. Eu adorava crianças, algum dia ainda teria muitos filhos.

– Mack... É a sua vez. – Carrie soprou entre respirações profundas enquanto estávamos caídos no chão.

– Eu estou cansada. – Lucy reclamou.

– Sim... Vamos dar uma pausa. – sugeri e elas assentiram.

– Vejo que se deram bem. Que tal chocolate quente e alguns cookies? – Christina sugeriu sorridente aparecendo a nossa frente.

Ela não precisou chamar duas vezes. Todas deram um pulo e caminharam até a mesa recheada com bolinhos, biscoitos e canecas fumegantes. Ao me sentar com elas eu me senti como se fizesse parte da família. Éramos as únicas mulheres ali. Os maridos e filhos de Susan e Chris estavam caçando também.

Comemos entre risadas e brincadeiras das garotas. Quando olhei no relógio do celular vi já que fazia duas horas desde a saída de Justin. Eu não tive tempo pra sentir falta dele, mas agora eu desejava que ele estivesse ali para conhecer as minhas novas amigas.

– Então você é uma universitária da Brown? – Susan perguntou e assenti.

– No que quer se formar?

– Eu ainda estou decidindo. Por isso vou a todas as aulas. – expliquei entre uma mordida em um muffin.

– Isso é ótimo. Eu comecei assim até decidir que queria ser contadora. Nos primeiros meses eu frequentava a maioria das aulas, até mesmo psicologia. Mas a partir do segundo semestre eu encontrei a minha paixão por números e aqui estou.

Sorri a Susan e em seguida uma barulheira invadiu o chalé. Olhei para trás vendo os homens retornarem. Eles faziam um alarde comemorando suas caças e fazendo baderna. Eu não tinha me dado conta de quanta gente estava naquilo até ver o hall do chalé lotado por testosterona.

Avistei os Bieber e vi Justin me procurando com o olhar. Ergui minha mão e ele sorriu vindo à minha direção.

Ele veio um tanto afobado, me puxou da cadeira me pondo de pé e me abraçou beijando minha bochecha e em seguida minha boca. Eu corei por estar fazenda quilo na frente das garotas e empurrei-o.

Senti sua falta. Droga, eu senti muito a sua falta. – eu não sabia se ele estava reclamando daquilo ou só apenas me dizendo. Ele parecia aliviado em estar de volta e eu fiquei feliz com a sua presença.

– Hm... Justin, essas são as minhas novas amigas. – disse me virando e vendo que todas elas olhavam para nós dois. Susan e Chris tinham um sorriso malicioso nos lábios, eu tinha dito a elas que estava aqui somente acompanhando meu melhor amigo e elas até insinuaram outra coisa, mas eu neguei. Contudo com a demonstração explícita de carinho entre mim e ele elas com certeza não estavam mais acreditando na minha história.

– Essa é Carrie, Lucy e Tory. – apresentei apontando para cada uma respectivamente. Elas sorriam apaixonadas por ele e ele correspondeu o sorriso abraçando meu corpo por trás. Uh, eu não podia culpa–las ele era lindo. – E essas são Susan e Christina. – finalizei e ele assentiu pra elas.

– É um prazer conhecê–las. – ele disse. – Sou Justin.

– Oh, você é o garoto mais novo de Jeremy! – Susan disse sorrindo.

– Sim.

– Oh meu Deus. Eu me lembro de você quando era um bebê! Me sinto tão velha agora! – Susan brincou e todos riram.

– Eu era amiga de sua mãe. Ela... Ela fez a quimio junto com a minha mãe.

Eu percebi instantaneamente a mudança de feição dele. Seus punhos se fecharam e o sorriso fraco que repuxava o canto de seus lábios deu lugar a uma linha dura e firme.

– Eu sinto muito.

– Justin! – Jaxon chamou rindo e algo com os irmãos e mais alguns caras. Ele se virou e me apertou em um abraço.

– Vamos.

– Tchau meninas.

– Ah, Mack, você já vai? – Carrie choramingou.

– Sim, Carrie. Eu tenho que ir. Mas a sua mãe pegou meu telefone. Qualquer dia a gente pode ir ao cinema, que tal? – ela sorriu e assentiu, me separei de Justin e dei um beijo na bochecha de cada uma delas. Quando voltei a seu lado ele passou o braço ao meu redor e me puxou para junto dos irmãos.

Os outros Biebers eram igualmente lindos. Jason era o mais velho e visivelmente mais maduro e firme. Jaxon era apenas um par de anos mais velho que Justin, mas ele parecia uma década mais novo. Era divertido e simpático. Os olhos de todos eram claros, em tons de azul e castanho claro. O de Jeremy era castanho assim com do e Justin e Jason, mas o de Jaxon era azul. Todos tinham um cabelo em uma escala de castanho claro para louro, e eram altos e fortes. Talvez eu que fosse pequena demais, mas certamente eles eram mais altos que a maioria dos homens. Jeremy era alto, forte assim como os filhos e tatuado. Braços fechados e uma postura jovial. Se a barba não cobrisse seu rosto eu poderia dizer que todos eram irmãos. Ele era realmente muito novo.

Jeremy estava conversando com dois homens mais afastados todos segurando suas armas e ele ainda me olhava de uma forma estranha. Ignorei e sorri para o grupo de garotos que conversavam sobre luta. Justin não era o único da família que “brincava” com a violência, todos eles eram lutadores ou sabiam lutar muito bem. Jeremy tinha-os ensinando quando ainda eram crianças. Depois de alguns minutos conversando eles foram para a cafeteria do chalé e Justin me puxou para fora.

Assim que atravessamos a porta o vento gelado bateu contra meu rosto bagunçando meu cabelo e me agarrei mais a ele.

– E então você estava se divertindo enquanto eu sentia sua falta? – ele reclamou andando comigo.

– Não posso dizer que tive tempo pra sentir saudade. As garotas tomaram todo o meu tempo e fôlego. – ri e ele me acompanhou. – Como foi a caça?

– Boa. Jeremy conseguiu bons pesos e acho que vai levar essa de novo.

Eu havia entendido que aquilo era uma espécie de torneio. Quem conseguisse mais pontos ganhava um troféu. Cada espécie de animal arrebatado tinha um valor em pontos. Quem ganhasse mais pontos, era o vencedor. Jeremy Bieber era o campeão de caça. E aquilo não era um título honorável em minha opinião.

– Humm... Legal. O que eles fazem com os animais depois que isso acaba?

– Alguns são empalados e levados pra casa, outros ficam aqui e são vendidos. Os menores e sem tanta importância são incinerados.

– Oh, isso é horrível. – fiz uma careta e ele riu.

– Um pouco.

– Quer comer alguma coisa? Daqui a pouco vamos pegar a estrada.

– Não. Estou bem, comi muffins com as garotas.

Ele assentiu parecendo enciumado e eu ri. Ele jogou o braço por cima dos meus ombros e abracei a cintura dele em meio aquele monte de casacos.

Nós andamos calados por alguns instantes até que eu me pronunciei.

– Justin?

– Yep.

– Posso te pedir algo? – ele parou de andar e me olhou.

– O que você quiser.

– Amanhã. Quero ir pras aulas com você. Quero que você fique comigo, não quero mais distância. Eu não gosto disso. E eu fui uma completa idiota, e você deveria ficar longe só pra me castigar por essa besteira, mas...

Fui interrompida por uma risada alta e deliciosa que ele deu. Arrepiei-me dos pés a cabeça com aquele som gostoso e sincero.

– Te castigar ficando longe de você? Gata, isso seria um castigo ainda pior pra mim.

Ele ainda ria e eu sorri o acompanhando.

– Você é idiota. – o empurrei rindo.

– Estou falando sério, ficar longe de você foi um sacrifício. Senti falta de roubar seu almoço e... Porra, eu senti falta de você. – ele sorriu largo olhando pra mim.

– Eu também senti. – ele sorriu e segurou os dois lados do meu rosto, ele deixou seu rosto cair contra o meu e encostou sua testa na minha. Nossos narizes brincaram um com o outro e eu ri. Ele umedeceu os lábios e a vontade de beija–lo me fez arrepiar. Seus olhos estavam ligados com os meus.

– Meu garotão sentindo falta de mim... Hmm, acho que posso me acostumar com isso. – sussurrei e ele riu fraco.

– Cuidado com essa sua boca, Lucky.

– Cuide dela então. – ele me olhou incrédulo por uma infinidade de segundos. Segundos suficientes para me fazerem engolir o seco assustada com as minhas próprias palavras. Eu corei violentamente e ele tocou minha bochecha com os dedos gelados e me arrepiei fechando os olhos.

Se Justin tivesse me beijado naquele momento eu não teria como recusar. No fundo, ou nem tão fundo assim eu queria beija–lo. Queria poder descobrir tudo aquilo que fazia milhares de garotas ao redor do campus caírem de amor por ele. Minhas mãos apertaram as laterais da jaqueta que ele vestia com mais força e eu senti ele se aproximar empurrando meu rosto pra trás para ter acesso aos meus lábios.

– Justin! – Jason nos chamou e ele soltou a respiração frustrado. Eu também estava.

Ele encostou o nariz na minha bochecha e o soltei abrindo os olhos.

Justin se virou lentamente mal humorado.

O que foi?

***

Depois de mais uma hora pelo chalé. A contagem de pontos foi feita e Jeremy realmente ganhou. A família Bieber parecia ter certo tipo de história naquilo. Houve uma pequena comemoração e Jeremy levou um troféu em forma de raposa pra casa.

O caminho pareceu ser mais curto, Jason e Taylor não pararam um minuto com suas gracinhas e eu ri até ficar sem ar caindo no peito de Justin.

Quando chegamos em casa eu estava sonolenta, quase dormindo no colo de Justin.

Só me lembro de sair do carro abraçada com ele e entrar no carro de Taylor, deitei no banco de trás e Justin entrou comigo ali, acabei por dormi nos braços dele.

Justin
– Você vai mesmo levar isso adiante? – Taylor perguntou tirando minha atenção de Mackenzie.

Ela estava deitada nos meus braços e eu estava sorrindo feito um babaca apaixonado. Eu gostava de ver ela dormir. Algumas noites passava um bom tempo acordado vendo ela deitada ao meu lado respirar calmamente. Ela era uma espécie de sonho real.

– Eu estou feliz agora, cara. E eu estou fazendo ela feliz. Isso é o que importa. Tente ficar feliz por mim Tay. Você é meu melhor amigo.

– E é por isso que eu quero saber até onde você vai. Eu não quero você sofrendo de novo e muito menos quero que você a machuque. Nós dois aprendemos com a perda da Debby...

– Não vamos falar disso agora.

Ele me olhou pelo retrovisor e negou com a cabeça.

– Você que sabe.

Voltei minha atenção para Mack e a abracei com mais firmeza.

Quando chegamos ao prédio, tentei acorda–la. Mas ela já estava em um sono profundo. Peguei Mack no colo e sai do carro com um pouco de dificuldade, mas consegui. Tomei o caminho para dentro e Taylor abriu as portas pra mim. Ela parecia estar bem ali.

Deitei-a na cama e tirei minha roupa. Mack vestia calças pretas, Uggs e vários casacos. Eu não podia deixar ela com todas aquelas peças. Dentro do quarto estava quente. Fiquei alguns minutos pensando se devia ou não tirar as roupas dela. E a opção escolhida foi tirar. Tirei os dois casacos pesados que ela usava e deixei–a só com a camiseta de manhãs da GAP branca.

Olhei para a calça e respirei fundo uma serie de vezes.

Controle–se Justin. Não é a primeira vez que você tira a roupa de uma garota e nem vai ser a ultima.

Desabotoei a calça e puxei pelas pernas de Mack. Só podia ser alguma armadilha do destino e ela usava uma calcinha que mais parecia um pequeno shorts. Agradeci e praguejei por aquilo, eu não sei se teria tanto controle se ela usasse uma lingerie menor. Tirei a calça e deixei-a de meias, calcinha e blusa. Deitei-me ao seu lado e nos cobri até os ombros. Abracei-a por trás e entrelacei nossas mãos com cuidado.

***
 

– As Spice Girls são demais. Eu era a Victoria Beckham.

Ri alto enquanto ela descia da moto.

– Não ria! – ela me empurrou e eu ri.

Puxei-a pelo braço e a abracei em seguida beijando sua testa. Taylor se aproximou de nós e ele estava um pouco mais alegre do que antes.

Mack passou o braço ao redor da minha cintura e fomos caminhando pra dentro.

– Hmm, Justin eu vou falar com Fynn. Você pode ir entrando.

Lucky soltou meu corpo e riu nervoso.

– Eu posso ficar e esperar.

– Hmm, não precisa. É um assunto de... Um assunto de garotas se é que você me entende.

 – Já entendi. Não precisa detalhar. Te vejo na aula – expliquei rindo e fazendo uma careta.

Beijei a testa dela e sai com Taylor.

Mackenzie

Avistei o carro de Harry ao longe e me aproximei enquanto ele manobrava e estacionava a Rover. Quando ele desceu, estava incrivelmente lindo. Vestia calças jeans, uma camiseta polo amarela e uma sweater branco por cima. Ele até parecia um modelo da Calvin Klein. Seu sorriso se abriu e ele se aproximou de mim me abraçando. Retribui da mesma forma e quando ele me soltou seu rosto estava a milímetros do meu. Eu fiquei nervosa e ele sorriu passando a mão pelo meu rosto e puxando minha nuca selando nossos lábios.

Eu queria beija–lo? Naquele momento eu não tinha querer, ele aprofundou e me virou me encostando ao carro.

Eu gostava dele e aquilo era bom.

Eu não estava falando sem parar dessa vez. – sussurrei quando me separei dele.

– Melhor prevenir do que remediar, não?

Ri fraco e ele me acompanhou. Harry roubou meus lábios mais uma vez e eu senti tudo flutuar novamente.

Eu senti que estava sendo observada, mas não abri os olhos para ver por quem. Continuei beijando Harry até o ar sumir.

– Temos que ir pra aula. – sussurrei e ele apertou minha cintura.

– Ou podemos cabular uma ou duas aulas e ir até a Starbucks.

– Eu tenho uma prova da Sra. Gosling.

– Mmm... Não quero ir pra aula.

Quando entramos no prédio me afastei um pouco, andando apenas ao lado do Harry como qualquer outra pessoa. Eu, ainda sim, recebi alguns olhares curiosos, mas não me envergonhei de nada. Harry percebeu que eu não queria chamar atenção de ninguém e me acompanhou até a minha sala. Quando fomos para a escada, longe da visão de todos, ele me abraçou de lado e entrelaçou nossas mãos me puxando mais pra perto.

– Já disse como você está linda hoje? – os ralos fios da minha nuca se arrepiaram quando ele sussurrou no meu ouvido.

Eu ri fraco e senti minhas bochechas queimarem em rubor.

Quando paramos em frente à porta da minha sala ele me puxou pela cintura e me abraçou com força. Eu não tinha planejado aquilo, mas também não recusei quando senti Harry tomando meus lábios mais uma vez. Levei minhas mãos a sua nuca e ele apertou minha cintura me dando apoio para que eu alcançasse seus ombros.

Quando o ar faltou e a professora coçou a garganta atrás de nós, Harry me soltou e eu sorri tão vermelha quanto um tomate por ter sido flagrada pela Sra. Gosling.

– Senhorita Manson. – a professora nos olhou como quem diz “eu já tive a idade de vocês” e fiquei ainda mais sem graça. – Harold, se me engano você não pertence a essa turma, certo?

Harry negou e sorriu. Quando ela se virou para mim e fez menção para dentro da sala me virei e encontrei Justin olhando na minha direção sem expressão. Alguma coisa parecia quebrada dentro dele e toda a emoção se foi.

Ele estava impenetrável. Eu tinha me esquecido completamente que tinha a primeira aula com ele. Ele tinha me visto beijando Harry. Fuck!

Justin estava sentado na cadeira ao lado da minha, como meu parceiro.

– Srta Manson, vamos entrando!

Dei o primeiro passo e trabalhei arduamente para conseguir chegar ao lado de Justin. No caminho seu olhar continuou fixo no meu. Eu via uma mistura de decepção, tristeza e raiva. Ver tudo aquilo nos olhos dele também me quebrou um pouco. Deixei minha bolsa de lado e me sentei ao seu lado.

Ele não disse nada. A prova foi entregue pela professora de francês e era em dupla. Justin tomou a prova e começou a responder sozinho, como se fosse individual. Nós tínhamos estudar mais cedo e ele era bom nisso. Mas foi simplesmente como se e ele tivesse optado por ignorar minha presença.

– Temos que fazer isso juntos.

– Posso fazer sozinho.

– Justin...

Ele me ignorou e continuou a responder a prova. Seus movimentos eram contados, ele marcava as alternativas como se tivesse decorado cada uma, ele parecia concentrado e aquilo me deixou chateada. Mas eu sabia que ele não gostava de Harry, muito menos gostava do meu relacionamento com ele.

Depois da prova, Justin saiu da sala e seguiu para seu próximo horário em nenhum momento ele olhou diretamente para mim ou disse algo. Ele simplesmente saiu.

Pelo restante do período eu o procurei com o olhar durante a minha troca de salas, mas ele parecia ter sumido, ou estava em outro prédio.

Brigar com Justin não era algo que me deixava tranquila. Eu ficava chateada também, ele era importante pra mim. Na hora do almoço não vi ele, nem mesmo na mesa com os caras da fraternidade. Penn e Taylor também pareciam ter sumido. Eu me sentei em uma mesa sozinha com a minha porção de fritas e hambúrguer. Não consegui comer tudo e Fynn apareceu se juntando a mim fazendo comentários sobre a vida alheia.

Quando cheguei em casa naquele dia, eu me senti estranhamente sozinha. Não tinha visto ou falado com Penn, e em pensar na hipótese que ela poderia estar me evitando por causa da nossa discussão fez meu coração apertar. Eu também não encontrei mais Harry, nem mesmo na hora da saída, ele tinha horários em todos os outros prédios do campus, a menos no meu. Mas de qualquer forma a minha solidão não poderia ser sanada por ele. Voltei para casa andando, foi uma boa caminhada de meia hora até que eu estivesse sobre as calçadas do pequeno prédio de que me serviu de morada nas últimas semanas. Subi as escadas e caminhei até a porta de casa, abri a mesa e entrei encontrando uma escuridão e um silêncio. Com passos cuidadosos entrei e vi a cabeleira loira de Justin sentada no sofá de forma descontraída. Ele virou o rosto e me olhou.

Eu queria poder dizer alguma coisa a ele. Mas todas as palavras que me ocorreram no momento pareciam sem fundamento ou ridículas demais. Afinal o que eu diria? Pediria desculpas por algo que realmente não era um "problema" ou um erro.

Ao perceber a minha indecisão ele bateu no sofá ao seu lado me convidando a sentar. Eu sorri e larguei minha bolsa sem pensar duas vezes indo até ele e me sentando ali. Tirei minhas botas e deixei-as no chão enquanto me encolhia ao seu lado.

Ele passou o braço pelos meus ombros e me puxou. Não dissemos nada um ao outro. Não existiam palavras certas para aquele momento. Justin suspirou quando descansou o queixo na minha cabeça e eu fiquei sem saber o que pensar. Ele ainda estava chateado. Justin deslizava seus dedos pelo meu braço em um carinho que eu quase não senti por estar tão agasalhada.

– Isso é algum tipo de namoro ou?

Sua voz saiu branda e controlada, ele pareceu ter feito algum esforço para não ser rude.

– Não. – neguei levantando o rosto pra ele. – Nós... Eu não sei o que é de verdade. Mas...

– Eu sei, “você gosta dele e ele gosta de você”. – Justin não tentou controlar o tom de ironia na voz. Seu rosto era iluminado pelo brilhou que reluzia do aparelho de TV preso à parede a nossa frente.

– Você poderia ter me contado antes. Acho que o anúncio de vocês já deixou muito claro que a coisa é seria.

– Você pode ficar ao menos contente por mim? É importante, Justin. Eu realmente gosto dele. – pedi e ele bufou sem humor.

– Não me peça pra gostar disso. Vai além do que eu posso tolerar.

Seu olhar duro e frio me deixou triste. Ele realmente não ficaria feliz por mim.

Por um segundo a ideia de que ficar com Harry poderia significar perder Justin me assustou. Eu não queria isso, eu queria os dois. Não da mesma forma, mas eu gostava de ambos.

– Eu não vou ter que escolher, não é? – perguntei com medo da resposta. Ele riu.

– Queria poder ter autoridade suficiente sobre você pra fazer isso. Mas acho que eu não suportaria a sua escolha.

Acho que nem eu.

Em uma situação dessas, eu não saberia quem escolher. Justin era algo novo na minha vida, ele era o melhor amigo que eu nunca tive. Harry era o meu príncipe encantado que andava pelo campus em sua Rang Rover branca. Justin era o cavaleiro valente e forte temido por todos em sua moto. Eles eram opostos um do outro, mas eu me sentia atraída pelas duas faces da moeda.

Justin pareceu ter a certeza de que ele não seria o escolhido caso eu tivesse que optar. E aquilo me magoou por ele estar se desmerecendo diante da minha vida

Segurei seu rosto e sorri fraco encostando nossos narizes.

– Eu não teria como escolher. – admiti e ele fixou seu olhar no meu invadindo o meu autocontrole.

Eu me senti arrepiada somente por causa daquele olhar dele. Os olhos de Justin pareciam ter uma vida própria.

– Você está jogando comigo, não é? Está desafiando os limites da minha sanidade. – ele sussurrou fechando os olhos e segurando minha nuca arrastando o polegar pela minha bochecha. Nossas testas estavam coladas, respirações conjuntas e eu podia crer que ele sentia o calor do rubor em minhas bochechas.

Eu não tinha uma resposta para sua pergunta. Talvez fosse mais uma afirmação do que qualquer coisa. Justin fazia cada mínima célula do meu corpo vibrar quando estava tão próximo assim. Meu coração parecia não ter força suficiente para bombear o sangue que corria em minhas veias. Eu me sentia vulnerável a ele. E a qualquer coisa que ele tivesse em mente para fazer comigo.

Meus olhos estavam abertos eu queria ver aquilo. Queria sentir. Justin umedeceu os próprios lábios e apertou os dedos na minha nuca com ainda mais força como se estivesse lutando contra si e contra mim.

– Eu não posso fazer isso. Não até você admitir que quer também. – sussurrou sofregamente.

Ele sabia que eu queria experimentar aquilo. Ele sabia. Mas escutar a minha confissão parecia ser algo que elevaria seu ego ao extremo.

– E se eu disser que quero? Você vai me beijar?

– Na mesma hora. – ele pareceu ler o que meus olhos queriam passar.

– Faça-o. Eu quero que você me beije. 


Notas Finais


pra quem quer saber como são os personagens aqui está o casting, até mesmo com os outros biebers: http://ffbieber.tumblr.com/castingrelentless

soooooooooooo... finalmente!!!!!!!!! sdklfnskla ou não... dskljfnlkas idk!!!! o que vcs acham que vai acontecer???? será que finalmente vai rolar o beijo ou...? não sei vcs mas to shippando "harenzie" sdkjfbsakjd ok... bye!!!

http://ask.fm/gojdrewb / @gojdrewb / http://ffbieber.tumblr.com/


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