1. Spirit Fanfics >
  2. Relentless >
  3. Sorte

História Relentless - Sorte


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


hello ppl, fiquei tão feliz que pessoas leram >< asdkjnfksjda estou emocionada haha
thank u pelos favs e pelo comentario jojo!!! (mikaela fala mt de vc e fiquei mt sdjkfan quando vi seu coment haha)

*ignorem os erros*

Capítulo 2 - Sorte


Fanfic / Fanfiction Relentless - Sorte

 

Mackenzie POV

Quando chegamos naquele bar, eu tinha certeza de que ceder ao pedido de Penn tinha sido um erro. Grande parte das motos e carros que estavam no prédio 2, para ver aquela demonstração explícita de violência gratuita, estavam estacionados na frente do bar. Penn puxou o banco pra frente para que eu saísse e em poucos segundos escutei a moto de Justin chegando, ele estacionou ao lado do carro de Taylor.

Tay pegou a mão de Penn esperando Justin descer da moto e fiquei alheia àquela cena. O que eu estava fazendo ali? Aquilo estava errado. Justin desceu da moto com toda a sua prepotência e charme. Ele se achava o melhor – e odeio ter que afirmar que ele realmente era.

Quero dizer, Justin Bieber era um cara atraente, forte, sexy. Ele tinha lábia e sabia como lidar com desafios.

- Mackenzie.

Olhei para frente e vi que eles tinham começado a entrar naquele lugar. Apressei meu passo voltando a ficar do lado de Penélope enquanto Taylor e Justin jogavam conversa fora.

Ao cruzar a porta e escutar aquele sino soar, as pessoas bêbadas que estavam naquele bar, e que eram da Brown University, nos olharam e começaram a gritar em comemoração a vitória de Justin. Ele passou na minha frente desfilando por entre as cadeiras se achando o rei do mundo enquanto todo mundo dava moral suficiente para que ele se sentisse de tal forma.

- Isso é ridículo. - bufei, rolando os olhos e cruzando os braços.

- Disse alguma coisa, baby?

Olhei para Penny e neguei com a cabeça.

Sentamos-nos em uma mesa do lado esquerdo do bar, próxima as janelas de vidro.

Penélope se sentou ao lado de Taylor e a olhei feio. Justin falava com uns caras algumas mesas a frente e o lugar ao meu lado estava vago. Ele iria se sentar ali.

- Desculpa. - Penn sussurrou quando Taylor passou o braço pelos ombros dela.

Joguei meu corpo para trás da cadeira e bufei. Olhei pela janela observando o fluxo de pessoas que entravam e saiam do bar para fumar ou se atracar com outras pessoas.

- É disso eu to falando, JB.

Tay comemorou e eu olhei vendo Justin ao lado da nossa mesa com algumas garrafas de cerveja e bebida. Taylor o ajudou a colocar as garrafas ali e Justin deslizou para a cadeira ao meu lado.

- Hoje é por minha conta.

Penn pegou uma cerveja e Taylor abriu a garrafa pra ela, ela me entregou e aceitei.

- E então? Me explica como é que nunca te vi pelo campus ou pelos corredores da faculdade?

Justin olhou para mim sorrindo malicioso.

"Porque você é um idiota." Foi o que eu quis dizer, mas minha educação era maior do que a minha vontade de alfineta-lo.

- Vocês tem aula de história juntos, Justin. Desde o semestre passado. - Penn explicou.

Ele ficou surpreso e por pouco não se engasgou com o gole que tinha dado.

- É serio? Como... Como eu nunca prestei atenção em você? - ele estava com a sobrancelha arqueada e uma feição confusa e indignada.

- Você estava mais interessado em tentar transar com uma daquelas easys do que prestar atenção no mundo ao seu redor.

- Easys?

Penny riu e Tay também.

- É como elas chamam as garotas que andam de salto.

- Não. Não é bem isso Tay. É assim que chamamos as vadias que não se dão respeito. Elas são fácies demais, ou seja, são "easys". - a garota explicou e Justin continuava com aquela expressão de "que merda é essa?".

- Isso é...

- Divertido. - completei a fala de Justin.

- Eu diria estranho. Qual o problema com elas?

- Nenhum. Eu só odeio essas garotas que vivem por ai com o rosto pintado de maquiagem e aqueles saltos ridículos que fazem um barulho irritante pelos corredores atrapalhando a minha concentração. Aquilo é um lugar de estudo, não uma passarela.

Rolei os olhos e apoiei meus cotovelos na mesa. Eu sentia o olhar dele em mim e aquilo me deixou corada.

O resto da conversa foi sobre as lutas de Justin. A situação ficou mais próxima de um dialogo entre ele e Taylor do que uma conversa em grupo. Penn e eu ficávamos rindo de algumas coisas. Ela bebeu bastante e eu ainda nem tinha terminado a primeira garrafa.

Quando uma musica mais alta e animada começou, Taylor e Penn se levantaram para ir dançar. Justin, que ria de qualquer coisa, também caminhou para a pista improvisada. As garotas caíram matando em cima dele.

Elas eram tão fúteis e ridículas. Insinuavam-se dançando para ele sem nem ao menos se respeitarem. Eu fiquei sozinha naquela mesa olhando para a janela enquanto todo mundo se divertia. Observei o comportamento de Justin e das garotas que o cercavam. Ele tinha quem ele quisesse; elas quase se matavam para beija-lo e quando ele terminava com uma, outra já estava ali disposta a agarra-lo. A troca de matéria salivar dentro da boca dele deveria ser algo a ser estudado pela biologia.

- Mackenzie, vamos dançar. – Penn apareceu cambaleante a minha frente enquanto Tay a segurava pela cintura.

- Eu estou bem aqui, Penn. Pode ir se divertir.

Ela me olhou com cara de cachorro abandonado. – Eu estou falando sério, pode ir. Eu estou um pouco cansada também. Mas obrigado.

Ela acabou por assentir e voltou a se divertir com o namorado. Olhei no visor do celular e vi que já passava da uma da manhã. Amanhã o dia seria cansativo. As férias de verão já tinham acabado e os professores retomariam com tudo a volta às aulas. Eu fazia todas as aulas por ainda não saber qual área seguir. Era patético, eu já estava na universidade e não sabia que carreira escolher. Eu tentava ser boa em quase tudo, estudava de verdade a fim de encontrar a profissão dos meus sonhos por entre algumas das matérias. O que mais me interessava era a história da arte, e qualquer coisa que não envolvesse números. Exatas era o meu ponto fraco. Pergunte-me o endereço de Bill Clinton quando ele tinha dois anos, mas não me faça resolver problemas matemáticos ou qualquer coisa que envolva expressões algébricas.

Os professores diziam que eu tinha grandes chances na área pedagógica por conta da minha paciência, mas ainda sim eu não tinha tanta certeza se aquela seria a minha área.

As horas pareciam ter se arrastado pela noite.

- Penny, vamos embora. Você já está pra lá de bêbada e nós já deveríamos estar no dormitório há horas.

Minha prima e melhor amiga se embolou pelos braços de Taylor, que tentava segurá-la, e gargalhou sem motivo. Taylor estava sóbrio. Ele tinha bebido a mesma quantidade que eu e, era responsável o suficiente para manter o controle sabendo que dirigiria no final da noite.

Ele nos levou para fora do bar, encostando o corpo de Penélope na lateral do Camaro.

- Fique ai com ela. Eu vou chamar o Justin.

Assenti passando a mão pela cintura de Penn sabendo que se a soltasse ela cairia no chão.

-  Macky?

Ela sussurrou meu apelido de infância com toda a embriaguês que dominava sua voz. Ainda sim, saiu de uma forma meiga.

- O que foi, Penn?

- Por que está tudo girando?

- Não tem nada girando Penn. Você só está bêbada. – avisei rindo.

Ela engoliu o seco e jogou a cabeça para trás ficando verde. Ela ia vomitar. – Penn, não faça isso antes que a gente chegue em casa, ok? – implorei segurando o rosto dela com as mãos. Ela assentiu fraco e fechou os olhos.

Na mesma hora escutei os gritos de Justin,mque estava sendo carregado por Taylor. Ele cambaleava de bêbedo apoiado no ombro do amigo. Justin resmungava algumas coisas até Taylor o colocar apoiado no Camaro.

- Você sabe dirigir, não é Mackenzie?

Taylor me questionou e temi em assentir, mas sacudi a cabeça confirmando. – Eu tenho que levar a moto do babaca do Justin, se ele montar nela nesse estado vai acabar debaixo de um caminhão. Você dirige e leva a Penn e ele pro meu apartamento, pode ser?

- Eu vou dirigir o seu carro?

Ele ergue as chaves para mim e peguei-as com receio.

- Yep.

- Eu-eu... Eu não sei dirigir um Camaro, Tay.

Ele riu do meu desespero.

- É igual a todos os outros carros, Mackenzie. Só tem uns cem cavalos a mais. – ele colocou Penélope no banco de trás e depois jogou Justin no banco do carona abrindo a porta do motorista pra mim.

- Todo seu. – ele estava se divertindo com o meu nervosismo.

Eu tinha minha carteira de motorista desde os dezesseis anos, mas só tinha dirigido umas três vezes em todo esse tempo. E nenhuma delas tinha sido dentro de um Camaro.

- Mas...

- Você vai conseguir, o cambio é automático. Então você só precisa acelerar, frear e manobrar. Não é tão difícil assim. – Taylor tentava me acalmar com um sorriso confiante nos lábios, mas eu só conseguia pensar no prejuízo que teria se eu batesse aquele carro.

- E se eu bater o seu carro? Taylor, isso não vai dar certo. – entrei em pânico e tentei sair, mas antes disso ele bateu a porta e se abaixou a altura da janela.

- Fique calma. Você não vai bater o meu carro, e se o fizer eu juro que mato você. – ele alertou, mas ainda em um tom divertido. – Eu estou brincando, você só precisa relaxar.

- Vamos logo. Eu vou vomitar. – Penn gemeu do banco de trás.

- Então é isso. Você me segue até em casa e depois deixo você no dormitório, ok?

Assenti respirando fundo. Taylor se levantou e foi até a moto de Justin, colocou o capacete e depois a ligou. Eu fiz o mesmo, a menos pela parte do capacete, mas considerando o meu nervosismo eu e todos os ocupantes do carro deveriam se preparar para qualquer coisa comigo no volante. Respirei fundo pela vigésima vez e coloquei a chave na ignição. Minhas mãos soavam de tanto apertar o volante e as juntas dos meus dedos estavam brancas.

Escutei uma risada rouca e olhei para Justin.

- Fica tranquila, Lucky.

- Meu nome é Mackenzie. – o corrigi.

- Eu sei, mas você foi meu amuleto de sorte hoje. Então você é minha Lucky. – explicou com a voz rouca e baixa. Ele tinha um sorrisinho provocante nos lábios que quase me fez sorrir também.

A buzina da moto soou e olhei para frente vendo Taylor preparado para avançar. Tentei me concentrar o máximo possível para seguir Taylor em uma velocidade razoável e manter o foco na direção.  Justin hora ou outra passava as mãos pela minha coxa, ou fazia gracinhas comigo.

***

Ajudei Penélope a entrar no apartamento dos garotos. Admito que subir dois vãos de escadas foi realmente complicado. Mas ao ver que Taylor tinha que segurar alguém com o dobro do peso de Penn me mostrava que a minha situação não estava tão ruim assim.

Ele pegou as chaves e abriu a porta com um pouco de dificuldade. Quando entrei naquele lugar percebi que a minha opinião sobre estava totalmente errada.

Não era um "abatedouro" como sempre imaginei. Era um apartamento arrumado, típico de universitários que têm uma diarista que faz uma limpeza uma vez por semana. Havia uma sala e cozinha conjuntas, separadas apenas por um balcão americano. Ao lado esquerdo um corredor com três portas. O suficiente para comportar dois quartos e um banheiro talvez.

Taylor jogou Justin no sofá e ele reclamou pelo mau jeito. Tay veio me ajudar com Penn e pegou-a no colo levando até o quarto. Joguei as chaves do carro de Taylor no balcão e suspirei me apoiando nele. Meus músculos estavam cansados e eu já podia sentir meus olhos pesarem.

- Lucky? - a voz embargada de Justin murmurou e levantei o olhar o vendo cambalear tentando chegar ao corredor. Ele estava caindo de bêbado.

Rolei os olhos e me arrastei para ajudá-lo.

Ele apoiou o braço nos meus ombros e passei os meus ao redor do seu abdômen para conseguir segurá-lo. O caminho até seu quarto deveria ser de um metro, mas nunca tinha sido tão longo. Justin era pesado, o corpo dele era coberto por músculos e o braço esquerdo fechado com tatuagens que acabavam no ombro.

Abri a porta do quarto dele e o lugar também era diferente da minha percepção. O quarto era um pouco maior que o meu. Tinha uma cama de casal que estava desfeita, uma escrivaninha de vidro no canto perto da janela, uma porta onde deveria ser um banheiro e o lugar era coberto por pôsteres e objetos aleatórios espalhados por estantes.

Ajudei-o a chegar à cama e o joguei ali sentindo meu ombro doer por conta do peso.

- Lucky.

Ele me chamou mais uma vez em sussurro. Quando me virei, senti a mão de Justin puxando a minha e me puxando contra seu corpo. Eu caí na cama encima dele assustada.

- Eu sei que você quer ficar comigo.

O bafo de uísque dele me deixou nauseada e se as minhas mãos não estivessem presas, certamente eu voaria no pescoço dele agora!

- Me solta!

- Calminha, eu sei que você quer...

Aquilo não podia estar acontecendo de novo.

Seus lábios começaram a deslizar pelo meu pescoço e todo meu corpo entrou em alerta. Comecei a me debater querendo me soltar dele, mas a minha força não era nada comparada a dele. Com um movimento estratégico, ele me colocou por debaixo de seu corpo na cama.

- Taylor!

Meus gritos saiam abafados pelo choro que eu tentava engolir. Meus olhos estavam cheios de lagrimas e ainda sim eu continuava a me debater. O ar começou a parar de entrar nos meus pulmões e eu fui começando a ficar sufocada.

- Taylor socorro!

Justin sorria mal intencionado com seus olhos dominados pelo desejo e quando ele tentou me beijar, seu corpo foi retirado de cima de mim e lançado contra o chão.

- Mas que porra, Justin!

Taylor correu até mim desesperado e culpado por aquilo. Sentei-me na cama me sentindo exposta e envergonhada por aquilo. Minha respiração estava entrecortada e minhas mãos tremiam.

- Mackenzie, está tudo bem? Por Deus, me desculpe eu...

- Qual é Taylor, ela me quer. Como todas as outras.

Justin tentava se levantar do chão, mas seus sentidos não lhe permitiam tal façanha. Ele demorou um pouco até se estabelecer com os dois pés no chão e nesse momento Taylor o segurou pela nuca fazendo com que ele se curvasse com a cabeça baixa. - Entre na porra desse banheiro e não saia dai até eu mandar. - depois da fala amarga de Taylor, Justin foi jogado para dentro do banheiro e eu ainda continuava parada.

Meu coração ainda estava acelerado demais e o nervosismo corroia as minhas células.

- Eu não sei o que dizer... Eu. Arght. Me desculpe, Mack, a Penn está passando mau e eu estava no banheiro com ela... Eu... Puff. Eu não devia ter deixado você sozinha com ele. Justin não... Ele não te conhece então... Hum, droga. Me desculpe mesmo.

Taylor tentava de desculpar por algo que não era culpa dele. Se tinha um errado nessa história era o babaca do Justin. Ou talvez até fosse eu por ter cedido a um pedido da minha melhor amiga indo contra os meus princípios.

- Está tudo bem, Tay. Só... - parei para respirar fundo e passar a mão pelos meus olhos que ainda tinham lágrimas querendo sair. - Eu vou pegar o carro da Penn e voltar para o dormitório.

Me levantei da cama e sai com um passo apressado daquele quarto. Entrei no quarto de Taylor e encontrei a bolsa de Penn jogada na cama. Procurei as do seu carro e depois sai dali desesperada por ar puro e calmaria.

Justin

- Filho da puta!

Acordei com um grito escandaloso e feminino invadindo o meu quarto. Abri os olhos assustado e vi que Penélope entrava no quarto com um salto na mão.

- Mas que porra é essa, Tay? - perguntei ao ver ele aparecer atrás da namorada. Penélope lançou o par de sapatos na minha direção e consegui desviar.

- Penny!

- Não me segura, Taylor. Eu vou matar esse imbecil!

Ela tentou correr na minha direção, mas Taylor passou a mão pela cintura dela segurando-a.

- Alguém pode me dizer o que está acontecendo?

Levei minha mão a cabeça sentindo ela latejar e tudo perder o foco por um segundo. Ressaca.

- Chegue perto dela mais uma vez e eu juro que jogo gasolina em você e ateio fogo! - Penélope estava transtornada. Ela parecia um animal feroz pronto para atacar sua caça.

Ela se soltou de Taylor e saiu batendo portas a fora.

Os gritos dela pareciam ecoar dentro da minha cabeça fazendo tudo doer. Encostei-me a cabeceira passando a mão na cabeça?

- O que aconteceu?

Eu não me lembrava de absolutamente nada depois da luta. Depois daquilo só havia borrões na minha memória.

- Você fez o que faz melhor. Fodeu com tudo. - Taylor disse áspero e amargo indo atrás da namorada.

Mas que porra tinha acontecido? Eu tinha bebido tanto assim para não conseguir me lembrar das coisas? Coloquei os pés no chão e meus pés reclamaram no mesmo segundo, aquilo estava gelado pra cacete. Fui dando pulos alternando os pés até o piso do banheiro que era aquecido e me olhei no espelho da pia. Minha cara estava amassada e meu cabelo também. Tirei a boxer que vestia e entrei no box pra tomar um banho. Meu corpo todo estava dolorido. Eu não tinha sido atingido, mas a tensão das lutas sempre acabava comigo.

Levei uns vinte e cinco minutos no chuveiro e sai com uma tolha enrolada na cintura. Taylor estava no meu quarto com aquela expressão que sempre fazia quando eu fazia alguma merda mais grave.

- Ih... No que eu me meti dessa vez?

Abri o armário procurando uma cueca e depois uma roupa.

- Você tentou pegar a Mackenzie a força, se eu não tivesse chegado...

Mackenzie? Algumas coisas começavam a clarear na minha cabeça. Eu me lembrava dela, ela era a Lucky. Mas eu não me lembrava de em momento algum eu ter tentado algo com ela. De qualquer forma ela era linda então não seria surpresa se eu realmente tivesse ficado com ela.

- Eu peguei ela?

Coloquei a calca jeans e depois escolhi uma camiseta qualquer.

- Não, cacete. Você quase estuprou a garota, seu idiota. Você a aterrorizou, Justin.

O tom de voz de Taylor aumentou algumas oitavas e me virei o olhando incrédulo. Eu nunca tinha feito nada assim antes. Nunca forcei nada com uma garota, porque elas que imploravam para ficar comigo.

- Eu não fiz isso.

Neguei com a cabeça enquanto tentava puxar mais lembranças da minha mente.

- Você não conseguiu porque eu te impedi. Você estava caindo de bêbado, cara. Eu sei que você não tinha a intenção, mas porra... Ela é a melhor amiga da Penn. Você tinha que ter mantido o controle!

- Qual é Taylor, eu não me lembro de nada, ok?

Me defender naquele momento não adiantaria de nada, mas era a verdade.

- Eu sei que não. Mas agora a Penn está puta comigo por eu ter te defendido. - ele bufou. - Ela quer matar a gente.

- Sinto muito, cara.

Taylor era o meu melhor amigo. Ele era um irmão. Nós dois sempre estávamos juntos e sempre nos metíamos em confusão juntos, mas um sempre ajudava o outro a se safar. Eu não gostava de meter ele em encrencas porque ele era importante demais pra mim. E agora ele tinha brigado com a namorada por minha causa. Taylor amava Penélope e isso era até mesmo ridículo porque eles só namoravam há poucos meses.

- Eu posso tentar falar com ela. Vou pedir desculpas. - disse batendo no ombro dele em sinal de irmandade.

- Se você conseguir falar alguma coisa antes de ela enfiar uma faca na sua garganta já vai ser lucro.

Acabei rindo e ele também.

Era domingo. Dia de fazer porra nenhuma e me cansar fazendo isso. Taylor e eu acabamos por tomar café em uma cafeteria já poucos metros do nosso apartamento. Ele me falou sobre mais algumas coisas da noite passada que eu não me lembrava e aos poucos tudo foi se encaixando. Tínhamos ido ao Red. Eu tinha ficado bêbado gastando quatrocentos dólares em bebida para nós e depois azarei a Mackenzie. Tinha sido uma grande noite.

Quando voltamos pra casa já se passava das duas da tarde. E nós dois tínhamos prova de álgebra no dia seguinte. Eu era bom com números então nós estudávamos juntos. Assistimos ao jogo de basebol na televisão e jogamos conversa fora pelo resto do dia. Ele ainda estava chateada por causa da Penn. Resolvi ir resolver isso logo.

- Tay, vou uns comprar cigarros, quer alguma coisa?

Ele negou com a cabeça e assenti saindo com as chaves da minha moto. Montei e coloquei o capacete na cabeça destinado ao Morgan Hall. Eu não respeitava sinalizações e aquilo era o que menos me importava no momento. Eu tinha que escolher o problema do meu melhor amigo. Estacionei ao lado do carro de Penn e desci subindo as escadas até a portaria do dormitório. Eu já era conhecido da responsável por ali então ela deixou que eu entrasse. Eu não lembrava exatamente em qual andar era o quarto de Penn e parei para perguntar a um grupo de garotas que por pouco não me comeu com o olhar.

- 32B, Justin.

Sorri em agradecimento e subi mais um lance de escadas. Procurei pelo número no extenso corredor de portas e encontrei. Bati duas vezes e escutei um "já vai" lá de dentro. A porta foi aberta, mas não foi por Penny.

Os olhos enormes da garota se encontraram com os meus e instantaneamente ela recuou para trás.

Ela era Mackenzie. A Lucky.

Antes que eu pudesse dizer algo, Mackenzie fechou a porta na minha cara.

Eu tinha merecido aquela.

- Quem era Mack?

A voz de Penn soou de dentro do quarto. Respirei fundo com os braços apoiados no batente sustentando meu corpo e bati novamente.

A porta foi aberta novamente e dessa vez foi por Penélope.

Ela trincou os dentes assim que me viu e me empurrou pra fora com raiva fazendo com que minhas costas batessem na parede do corredor.

- O que você está fazendo aqui, Justin? – ela grunhiu.

- Vim me desculpar. Ei, vai com calma ai. – me desvencilhei do olhar do corpo dela que ficava me empurrando. – Eu estava bêbado!

- E o que Mackenzie tinha a ver com isso? Nada! Sai da minha frente antes que eu mate você, Bieber!

Penélope era a baixinha mais invocada que eu conhecia. Puta que pariu!

- Me deixe pedir desculpas pra ela. Você sabe que eu nunca faria isso se estivesse consciente.

Ela sabia que eu estava falando a verdade, mas ainda bufava feito um cão raivoso.

- Penn...

- Vai embora. E diz pro Taylor que...

- Penn, não desconte no Taylor a raiva que você sente de mim. Ele não tem nada a ver com isso. O cara te ama.

Ela rolou os olhos e cruzou os braços como senão se importasse.

- Foda-se! Ele ficou do lado errado da briga.

- Isso não tem que ser uma briga! Eu vim aqui me desculpar e pedir pra você ir falar com o Tay. Estou arrependido, porra!

A essa altura eu também já tinha perdido a paciência e minha voz saia tão alta quanto a dela.

- E se o Taylor não tivesse chegado a tempo Justin? E se...

- Porra, pare de pensar no pior. Não aconteceu nada!

- Você é definitivamente um idiota.

Ela estava indignada comigo, talvez até eu mesmo estivesse, mas eu tinha que fazer com que ela voltasse com o Taylor.

- Sim, eu sou. Agora, por favor, liga pro Taylor e conversa com ele. Porque se você partir o coração do meu amigo...

- Você o que? Vai me bater? Ou vai tentar me estuprar também?

Aquela foi a gota d’água para a minha paciência. Travei o maxilar o fechei os punhos.

- Já chega! Penélope, entra! – a voz da garota dos olhos envolventes soou mais alta e olhei por cima do meu ombro vendo ela.

- Mackenzie...

- Entra, Penn! Vai ligar pro Taylor. Você não precisa tomar as minhas dores.

Penélope olhou pra ela indignada e passou por mim voando e bufando de ódio. Olhei pra ela tímido, envergonhado pelo que eu tinha feito na noite anterior e ainda sim ela me defender.

- Hmm, acho que te devo um pedido de desculpas. - cocei a parte de trás da nuca.

Mackenzie cruzou os braços e me olhou com uma feição tediosa e ainda sim apreensiva. Ela estava na frente da porta do seu dormitório e eu estava na parede oposta.

- Eu estava bêbado. Não sabia o que estava fazendo. Me desculpa, Lucky. - pedi com sinceridade. - Eu nunca faria aquilo. E... - soltei o ar pela boca. - Foi mau.

Os olhos dela me observaram enquanto ela pensava.

- Foi péssimo. Mas de qualquer forma, esqueça. Taylor me salvou.

Mackenzie me deu as costas voltando para dentro do quarto, mas segurei seu braço antes dela entrar.

Ela olhou pra minha mão e depois subiu o olhar até encontrar meus olhos.

- Me diz uma coisa. Você não queria mesmo ficar comigo?

- Ah! Pelo amor de Deus, me poupe! Você não é o Rei do mundo. E não, eu não quero e não vou ficar com você. - ela foi direta com um tom de voz incrédulo e irritado.

Devo admitir que aquilo me impressionou. Até hoje nenhuma garota tinha se recusado a ficar comigo. Nenhuma.

Aquilo me cheirava a desafio. E quando eu sou desafiado...

- Tudo bem, Lucky.

Sorri e soltei o braço dela. Em seguida a porta branca se fechou novamente na minha cara e eu sorri fazendo o caminho para o estacionamento. 


Notas Finais


e então..? nice.. boring..? TELL ME!! hahaha espero que tenham gostado, acho que volto amanah


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...