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História Relentless - Halloween


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


voces nem leem o que ta escrito aqui, então vou pular pro cap logo jsnfskal

Capítulo 26 - Halloween


Fanfic / Fanfiction Relentless - Halloween

Você? 

Surpresa cobria meu rosto. Eu não sabia se era por ela ter derrubado o cara, ou por ser ela ali. 

– Era só o que me faltava... – ela rolou os olhos e se virou para pegar a bolsa no chão. Os idiotas estavam caídos ao chão, pelo menos um deles, já que os outros tinham se esgueirado e fugido. 

– Como é? Eu acabei de salvar a sua vida. – a lembrei. – Mas devia muito bem ter deixado esses idiotas se divertirem com você. Você me parece do tipo que iria gostar. – sorri em escárnio e ela se virou pra mim enfurecida. – O que você disse? – ela trincou os dentes e cruzei os braços. 

Brooklyn podia bancar a rebelde com os outros, mas ela não era nada perto de mim. 

– Exatamente o que você ouviu.

Justin! – Zoey gritou novamente do outro lado da rua prestes a atravessar. 

– Fique ai, Zoella! 

– Você é um idiota! Foda-se, eu não pedi a merda da sua ajuda. – a garota dos longos cabelos pretos presos em um rabo de cavalo jogou a bolsa por cima do ombro, pegou sua câmera de fotos no chão e saiu voando. 

O cara que eu tinha derrubado gemeu no chão. 

Atravessei a rua indo até Zoey e ela me olhou incrédula. 

– Você matou aquele homem? – ela perguntou em um tom que beirava o desespero.

– Não. Mas ele merecia. Vou chamar a polícia e já te levo pra casa. – avisei tirando o celular do bolso e discando o número.

Pouco tempo depois uma viatura apareceu e levou o idiota dali. 

– Você fez bem em ter chamado a polícia, garoto. Já não é a primeira vemos que temos casos assim. 

Assenti sem dar importância pro que o cara falava, meu olha estava fixo em algo caído perto da parede. Aproximei-me e me abaixei pegando e vendo o cartão de memória. Só poderia pertencer a Brooke, uma vez que estava no mesmo local que sua câmera tinha caído. Peguei o fragmento e guardei no bolso.

– Então é verdade o que eles dizem sobre você, uh?

Zoey disse chamando a minha atenção. A olhei sem entender e franzi o cenho.

– O que?

– Sobre as lutas. Eu não acreditava até... Você realmente acabou com ele. 

Os policiais já tinham ido. Só restava eu e ela, e mais algumas pessoas alheias na rua. 

– Como você sabe?

Eu nunca tinha mencionado sobre as lutas para Zoey. Ela era uma garota e eu não sabia como ela poderia levar isso. Mas ela não parecia chateada, apenas curiosa.

– Eu já lhe disse que as irmãs da minha amiga amam você. Eu não sei ao certo se vou a casa de Katherine para estudar ou para escutar as amigas da irmã dela falando sobre você e suas lutas, você e seu corpo, você e sua moto, você e seu pên...

– Já chega! – a cortei antes que ela completasse a frase. Zoey riu e negou com a cabeça.

– Vamos pra casa baixinha, foi o suficiente por uma noite. 

Voltamos a sorveteria e pegamos os sorvetes que já estavam semi derretidos, e seguimos pra casa. 

– Por onde esteve, cara?

Taylor questionou quando abri a porta. Ele estava na cozinha procurando algo na geladeira.

– Por ai. Como foi com a Penélope?

Eu não dava a mínima, mas eu sabia que ele gostaria de contar. O cara tinha gastado uma pequena fortuna pra agradar sua garota. Eu não sabia exatamente como ele tinha sobrevivido dois anos com ela, Penélope era chata pra caralho. Mas era um mérito pro cara. 

– Valeu cada centavo. – ele disse com um sorriso idiota no rosto. O mesmo sorriso que eu tinha quando estava com Mack. 

Balancei a cabeça mudando minha trilha de pensamentos. – Mas você não quer saber disso.– ele fechou a geladeira e se virou pra mim – Tem alguma comida nessa casa além daqueles biscoitos que a Mackenzie gosta?

Ri fraco. Eu tinha comprado uma sacola deles porque eu sabia que ela gostava.

– Acho que não. Peça uma pizza, eu pago. – dei de ombros e ele sorriu.

Andei até o quarto e me peguei o notebook na mesa de estudos. Liguei o aparelho e conectei o cartão SD. Não era da minha conta mexer naquilo, era uma tremenda invasão de privacidade. Mas a curiosidade falava mais auto. Abri a pasta e havia varias outras compactadas dentro, a maioria era nomeada com datas ou nomes de trabalhos, um, entretanto recebia o nome de: Sweet Mistake. Tentei abri-la, mas uma senha era solicitada. Suspirei frustrado e retirei o cartão.

Por que diabos eu iria querer saber de qualquer coisa que envolvesse aquela garota? Balancei a cabeça e joguei o notebook pro lado indo tomar banho.

Durante os meus vinte minutos no chuveiro eu pensei em tudo o que tinha acontecido no meu dia. Pensei em como tinha sido fantástico e estressante passar o dia com Mackenzie e em como tudo era tão complicado na porra da minha vida. Eu queria que as coisas fossem fácies, eu só queria poder viver a minha vida. Mas as coisas sempre iam pelo caminho difícil quando se tratava de mim.

Eu nunca podia ter quem eu realmente queria e a sensação de amar errado e sempre estar incompleto me enchia. Eu queria me esvaziar disso. Eu queria poder amar quem eu quisesse e não ser julgado por isso. Eu queria justamente quem eu não podia ter. Eu sempre queria a coisa mais difícil. Porra, eu precisava rever os meus conceitos.

Ou não.

As palavras sábias de uma garota de doze anos encheram minha cabeça novamente.

– Você precisa falar com seu pai. Se ela é realmente importante você precisa descobrir a verdade.

Mesma que no final a verdade fosse dolorosa, eu tinha que descobrir se Mackenzie era minha irmã. Só de pensar na hipótese eu sentia náuseas. Não podia ser, mas ao mesmo tempo algo dentro da minha cabeça dizia que sim. Que era verdade. 

Pelo sim ou pelo não eu já tinha decidido, a verdade podia doer, mas a viver com a incerteza era uma tortura diária. 

Quando sai do banho e encontrei o mural na parede eu soube que precisava fazer aquilo, não só por mim, mas por ela e pela nossa história. 

Mackenzie

Como havia dito, no dia seguinte Justin estava me esperando para o almoço do lado de fora da minha aula de linguagem visual. Notei sua presença devido ao lento fluxo da passagem de garotas pela porta, elas saiam se rastejando e flertando com o meu homem na porta. Odiei aquilo. Mas ele parecia adorar até conversando com algumas.

– Hey, Mack. – ele disse quando todas saíram e eu fui a última.

– Oi.

Ele estava sorridente no dia em questão.

– Vamos almoçar? Eu pensei em te levar no Zer0Ne. 

– Uh, tudo bem.

Ele sorriu iluminado e aliviado. Eu sabia que por trás daquilo havia um Justin querendo evitar o refeitório e todos os olhares ao nosso redor novamente. Eles achavam que nós tínhamos transado e Justin tinha me chutado. De certa forma foi assim, a menos pela parte do sexo. 

Particularmente, Justin evitou os corredores com mais fluxo de pessoas até o refeitório e saiu por lugares que eu nunca tinha saído antes. Sua moto estava estacionada atrás da saída de emergência da ala C. E suspeitei que ele já tivesse deixado ela ali estrategicamente. Eu não estava recuando, afinal eu não queria ter que lidar com Penn tão cedo. Nós não estávamos bem. Para ser mais sincera eu não sabia mais quando havia sido a ultima vez que estivemos bem. Uma leve lembrança me levava ao dia anterior a luta onde conheci Justin. Sim, foi naquele dia. 

Subi em sua garupa jantou o meu capacete a postos e logo eu estava abraçada a ele novamente, nossos corpos colados um no outro e a sensação de adrenalina pulsando em mim. 

Quinze minutos mais tarde nós estávamos estacionando na lanchonete. 

O clima era estranho, mesmo que estivéssemos com o tratado de amigos traçado, eu me sentia esquisita perto dele. Eu queria entrelaçar nossas mãos e andar por ai, beijar seus lábios e abraçá-lo toda hora. 

Justin abriu a porta pra mim e entramos. O lugar estava com um fluxo razoável de pessoas e quando Angeline nos viu, ela sorriu largo. 

– Olhe só! O meu casal favorito decidiu aparecer! Finalmente. – ela saiu de trás do balcão e me abraçou carinhosamente. Em seguida ela sorriu para Justin e beijou sua bochecha, ele fez uma careta, mas deixou passar.

– Oi, Angel. – eu disse primeiro.

– Por que vocês nunca mais vieram aqui? Vocês estão tão lindos, acho que são o casal mais lindo que já passou por essa porta. 

Rubor pintou meu rosto e ri nervosa.

– Angel, não somos um casal. Somos amigos.

– O quê? Mas Jax me disse que... – ela nos olhou decepcionada e sem graça. – Oh-Oh, bem. De qualquer forma eu estou feliz em vê-los aqui. 

Ela sorriu tentando consertar a situação.

Justin olhou pra mim enfiando as mãos nos bolso dos seus jeans e eu sorri fraco como se dissesse "tudo bem". 

Ela nos levou até uma mesa e saiu para atender outra mesa. 

– Ela é sempre exagerada. Não é grande coisa. 

– Eu sei, é só que... Foi estranho. 

Ele suspirou e assentiu, Justin focou no cardápio por alguns segundos.

– O que você vai querer?

Encarei todas as opções a minha frente e eu não sentia fome.

– Acho que só vou querer um suco.

– O quê? – ele juntou as sobrancelhas. – Oh, não, você vai comer. Eu vou fazer você comer todos os almoços que perdeu me seguindo. – eu ri, mas ele parecia estar falando sério.

Ele acenou para uma garçonete e ela veio até nós.

– Dois especiais. Ela vai querer uma Pepsi com gelo e limão, eu quero uma Duff. 

Franzi o venho pra ele e ele rolou os olhos. – Tudo bem, cancele a cerveja, vou querer uma soda. – sorri em aprovação e ele riu. A garota saiu com os nossos pedidos em mãos e olhei pra fora vendo todas aquelas pessoas. 

Meu celular vibrou na bolsa e eu retirei vendo que era apenas uma mensagem de Fynn. Ele nunca tinha algo interessante a dizer. Deixei o aparelho encima da mesa e dei era patético, mas o meu protetor de tela ainda era uma foto minha e de Justin. Eu simplesmente não conseguia esquecer os momentos. 

– Onde são os banheiros? 

Ele me indicou e eu me levantei indo até o mesmo.

– Hey, você é a garota que anda com o Justin, certo?

Uma garota me parou dentro do banheiro e a olhei de cima a baixo. Eu não a conhecia.

– Uh, sim? 

Ela sorriu. – Ele deixou isso na minha casa, você pode entregar a ele? – eu nem tive tempo de dizer que sim. – E agradeça-o pela noite incrível. – ela me entregou o colar com as plaquetas e saiu sorrindo maliciosa e eu fiquei estática tentando raciocinar o que tinha acabado de acontecer. 

Engoli o seco algumas vezes tentando compreender o que diabos ela tinha dito. Não era necessário pensar muito. Ela tinha dormido com ele.

– Hey, espera. Quando vocês... – franzi o cenho engolindo o seco. – Quando isso aconteceu? 

A garota se virou para mim e sorriu. – Há algumas noites. Na semana passada. 

Semana passada. Enquanto eu o perseguia pelas aulas ele estava transando por ai. Dor atingiu meu peito. Pelo visto só um de nós tinha sofrido com isso. Apenas eu. 

– Por quê?

– Nada! – sorri forçado. – Pode deixar que eu digo e entrego a ele.

Ela saiu. 

Quando voltei a mesa Angel acabava de colocar os nossos pratos na mesa, filé de frango feito com molho de carne, purê de barata e fritas. Ela sorriu pra mim quando saiu e eu fuzilei Justin com o olhar. Sentei-me a mesa e sorri cínica. Ele deve ter percebido a falsidade no meu gesto, mas não disse nada e começou a comer. 

O que estava pensando afinal? Justin era Justin. Ele era aquilo. Seu bom comportamento havia sido apenas algo falso, ele só estava se comportando na minha frente, mas por trás ele ainda era o mesmo. O mesmo cafajeste ridículo e patético. 

– Mack?

Pisquei e o olhei. – Você não vai comer?

Eu não tinha tocado no meu prato, não sentia fome nenhuma. Ele notou algo desgostoso no meu olhar, mas não era em relação a refeição.

– Algumas coisas me deixam... Hm, enjoada

– Você poderia ter pedido alguma coisa do menu – ele disse, gentilmente. – Angel, só sabe o que eu gosto. Sinto muito, eu deveria ter dito a ela para esperar e ver o que você queria.

Ele estava sendo atencioso, mas eu ainda estava irritada com o que tinha descoberto.

– Não, está tudo bem. Na verdade, não foi a comida que me deixou assim. 

Meu olhar estava fixo nele, Justin juntou as sobrancelhas confuso e continuei séria.

– O que está havendo? 

– Preciso voltar pra faculdade. Obrigada por ter... Me trazido até aqui. – dei de ombros pegando meu celular e levantando.

– O quê? Você pode pedir outra coisa pra comer! – agora ele parecia irritado.

– Eu disse que algumas coisas me deixam enjoada, mas eu não estava me referindo à comida. – rebati rude.

– Porra, o que aconteceu com você? – ele se levantou segurando o meu braço me impedindo de prosseguir.

– Nada! Eu já agradeci por isso. Agora vou embora. – tentei puxar meu braço, mas ele não me soltou.

– Pelo amor de Deus, Mack! – ele estava irritado, mas eu estava pior. – O que diabos aconteceu naquele banheiro que te deixou assim?

– Nada. Agora me deixe ir. – insisti tentando soltar meu braço.

A essa altura algumas pessoas estavam nos observando.

– Tudo bem por aqui? – Angel surgiu de algum lugar e Justin me soltou.

– Sim, Angel. Obrigada pela comida,  mas eu não me sinto muito bem. Vou indo. – aproveitei a deixa para sair marchando para fora dali. Eu precisava respirar longe de Justin. 

Tinha sido o suficiente. Eu não precisava mais aguentar tudo aquilo, eu o amava, merda, sim. Mas correr atrás de algo que só me faria mau, era puro masoquismo. Quando cheguei ao lado de fora do restaurante, rezei para que algum táxi passasse por ali. O que não aconteceu devido a minha grande falta de sorte. 

Eu me sentia com raiva, magoada, estúpida, mas não surpresa. O que eu podia esperar dele?  

Tirei meu celular do bolso para procurar o número de um táxi, mas o sino que soava toda vez que alguém entrava ou saia do bar tocou e olhei pra trás vendo Justin marchar furioso para fora.

– O que aconteceu, porra?

Ele grunhiu diante de mim.

– Você é um idiota! Estúpido! – rebati e ele me olhou confuso e irritado.

– De novo isso? Qual o problema! Eu pensei que já tivéssemos resolvido isso!

– Você mentiu pra mim. Você é patético, Bieber. Eu não sei porque ainda me preocupo. Penn tinha razão. Ela tinha razão! – ri nervosa e furiosa.

– Eu menti? Do que você está falando?

– Sua amiga mandou isso pra você. Ela disse que você esqueceu na casa dela noites atrás. – joguei as plaquetas contra o peito dele e ele as segurou antes que elas caíssem ao chão. 

– Eu... Merda. – ele murmurou fechando os olhos em pura culpa e apertou a corrente nos dedos.

– Pensei que isso fosse importante. Pensei que você fosse real. Mas eu estava enganada, não é? Eu sempre estou! 

Eu queria chorar, merda, eu estava a um passo do choro ridículo. Mas eu não queria chorar na frente dele de novo, eu não queria chorar por ele de novo. Justin não merecia mais as minhas lágrimas. 

– Você está chorando? Cacete, Mack! Eu não quis... – ele deu um passo pra se aproximar, mas eu me afastei.

– Não! Não se aproxime. Eu não quero você perto. 

– Me desculpe, porra. Eu não... Nós não temos mais nada, Mack...

A primeira lágrima caiu, mas fui rápida e a enxuguei antes.

– Você tem razão. Nós nunca fomos alguma coisa. – engoli o choro e suspirei me virando para a avenida e sinalizando para o táxi que passou.

– Pode guardar suas desculpas, você não é nada além de um mentiroso.

– Mackenzie!

Não lhe dei ouvidos, entrei no táxi e dei o endereço ao motorista.

– É um trabalho em duplas e eu já as selecionei.

Toda a sala murmurou descontente.

– Não chorem ainda, meus amores. – a Sra. Tunner disse com um sorriso irônico nos lábios.

Ela começou a falar os pares e eu me preparei para isso. Eu não tinha problemas com ninguém da turma, a menos com Brooke. 

– Manson e Parrish. 

Nós duas nós olhamos no mesmo instante. Eu poderia ter ficado desapontada com isso, mas eu fiquei contente. Brooke não era de todo ruim, ela era apenas diferente. Contudo, da parte dela percebi seu descontentamento. Ri a vendo rolar os olhos, a aula acabou depois que a professora explicou o que teria de ser feito.

– Oi. – disse quando me aproximei da cadeira dela do outro lado da sala. O resto dos alunos estava saindo.

– Você faz a sua parte e eu faço a minha. Seem contato. Sem conversa, ok?

– Hm, acho que não vai funcionar dessa forma. Temos que montar um painel panorâmico. Isso leva duas de nós. – a lembrei e ela bufou jogando seus livros dentro da bolsa. 

– Eu não gosto de você, ok? – sua sinceridade não me assustou, eu sabia que ela não era minha maior fã. Apenas ri com sua afirmação.

– Você não tem que gostar. Só precisamos fazer isso juntas.

– Contanto que o seu namorado fique longe. – ela disse de forma ríspida e engoli o seco.

– Ele não é mais meu namorado. Pra falar a verdade, eu acho que nunca foi um namoro...

Os olhos de Brooke ficaram escuros, mas ela não acrescentou nenhum comentário ao que eu tinha dito. Ela ficou pensativa. – De qualquer forma, podemos ver isso hoje depois das aulas?

– Não posso. – Brooke se levantou jogando a alça da bolsa carteiro sobre o ombro. 

– Tudo bem, então quando você pode? 

– Não tenho tempo livre. Se vamos fazer isso tem que ser no horário do almoço. 

– Mas...

– Sem "mas". Amanhã, na hora do almoço. 

Ela não esperou minha resposta. A garota saiu da sala com toda sua arrogância. Isso seria difícil. 

Brooke

Cheguei em casa e tratei de jogar a bolsa na cadeira e tomar meu caminho para o chuveiro. O apartamento de três cômodos era o que eu sutilmente chamava de casa. Uma cama de solteiro presa a parede na janela, uma mesa de jantar com duas cadeiras, um banheiro e televisão. Não era grande coisa, era o que eu podia pagar. 

Entrei no chuveiro e levei meu tempo, quando sai procurei por uma roupa menos expressiva. Uma calça jeans escura e uma camisa branca social, que pertencia a minha mãe. Coloquei-a e voltei a prender meu cabelo em um rabo de cavalo. Diferentemente de todas às vezes não passei a maquiagem pesada com lápis e delineador. Eu tinha que causar uma boa impressão. 

Suspirei pegando minha bolsa e o embrulho com o presente que eu tinha comprado. Tive de pegar um ônibus até o Centro, uma vez que minha moto estava na Oficina do Evan tentando ser reparada depois do recente desastre na minha vida.

Vinte e oito dias tinham se passado desde a última vez que eu havia visitado essa sala. O lugar cheirava a brinquedos de borracha aromatizados com sabor morango e os desenhos de bichinhos pregados na parede me davam náuseas. Aquela sala no prédio de serviços sociais era o lugar que eu mais amava e odiava na face da terra. Odiava por ter que ir ali para obter um pouco daquilo que era a coisa que eu mais amava

O nervosismo se mostrava com a ansiedade e tudo isso deixava o meu humor uma merda. Meu dia não tinha sido dos melhores, uma vez que eu havia perdido o meu cartão SD com tudo que eu tinha de mais importante.

Sentei-me na cadeira dobrável no canto da sala tentando controlar a minha raiva. Eles estavam atrasados três minutos. A cada segundo que se passava e ele não entrava por aquela porta eu sentia a raiva queimando a minha pele, porque era menos um segundo que eu teria com ele. 

A porta finalmente se abriu e me levantei instantaneamente. 

Brooke!

Tyler correu até mim abraçando as minhas pernas e me agachei para poder pega-lo no colo. Meu coração se tornou completo e se partiu ao mesmo momento. Ele rodeou suas mãozinhas pelo meu pescoço e me apertou, tomei Tyler entre os meus braços sentindo meu coração acelerado. 

A assistente social responsável pelo meu caso me olhou mal humorada. Nosso ódio era recíproco.

– Senti sua falta, Brooke. – Tyler murmurou na minha orelha e novamente fechei os olhos pra não chorar.

– Também senti saudade de você, Ty. – disse o olhando.

Ele era tão lindo e já estava tão grande. 

Meu peito doía toda vez que eu pensava em quanto eu estava perdendo da vida dele enquanto ele estava com outra família. Sendo criado por outros pais, longe de mim. 

– Brooklyn, nada de perguntas sobre os pais adotivos. Você já sabe como funciona. – Tish me avisou e ignorei. Eu odiava aquela mulher. Ela estava me deixando cada vez mais longe do meu pequeno. 

Tish saiu e me deixou a sós com ele. Eu tinha apenas um par de horas uma vez por mês com o meu próprio irmão. Era uma merda que eu tinha que viver até que pudesse contratar um advogado decente e ganhar o caso. Mas eu não tinha grana pra isso.

– Como você está? – perguntei me sentando novamente na cadeira e o colocando no meu colo. 

Seus olhos eram de um azul tão intenso que brilhava mais do que o céu, ele era tão lindo. 

– Bem. Mamãe... A Carrie me levou ao aquário. Foi divertido! Eu vi um tubarão grande e pinguins! – ele dizia animado.

Mamãe. Era por isso que eu precisava passar todo tempo possível com ele. Tyler tinha apenas dois anos desde que meus pais morreram, ele não se lembrava. E eu precisava estar aqui para lembrá-lo de quem ele realmente era, de quem era filho. Ele não podia se esquecer dos nossos pais. Eu temia até mesmo que conforme ele crescesse, ele se esquecesse de mim. 

– Deve ter sido divertido, T.

– Foi... Eu perguntei se você podia ir, mas eles disseram que você estava na escola. – ele abaixou o olhar. 

Carrie e Jacob eram os pais adotivos de Tyler. Eles eram o par de filhos da puta que estavam estragando a minha vida. Eu não sabia nada deles, eu não podia saber. Eu não sabia o que acontecia dentro da casa deles, eu não sabia nem mesmo onde era a casa deles.

O meu passado com famílias adotivas tinha sido trágico. Três lares em menos de dois anos. Eu não admitiria que Tyler sofresse o mesmo que eu tinha sofrido com as famílias. Eu mataria com as minhas próprias mãos qualquer um que tocasse um dedo em Tyler. Eu nunca permitiria isso.

O tempo voou, quando eu me dei conta às três horas concedias pelo governo as minhas visitais a Tyler já tinham passado. E Tish estava de volta à sala.

– É hora, Brooklyn.

Tyler olhou pra ela e se agarrou mais a mim. Nós estávamos brincando no chão com os carrinhos que eu tinha comprado pra ele.

Discutir não levaria a lugar nenhum. Eu sabia disso por experiência própria. 

– Ty.

– Eu não quero ir ainda, Brooke. Eu quero brincar mais com você. – ele choramingou com os olhos tristes e engoli o bolo que havia se formado na minha garganta.

– Eu sei, meu amor. Eu prometo que logo, logo você vai vir ficar comigo e vamos brincar o quanto você quiser. Tudo bem?

Sua cabeça disse sim, mas seus olhos disseram não. Ele agarrou-se ao meu pescoço e eu fechei os olhos o abraçando ainda mais e tentando guardar o máximo daquilo até o próximo mês. 

– Amo você, Brooke, – ele beijou a minha bochecha e eu sorri beijando todo o rosto dele.

– Eu também te amo, mano.

– Vamos logo com isso, Parrish. – Tish nos apressou e lancei um olhar bravo. – Não tenho medo de você garota. Você só está piorando a sua situação.

Levantei-me do chão com Tyler nos meus braços, mas eu não iria entregá-lo a ela. 

– Mande eles entrarem. Não vou dar ele a você. 

– Brooklyn...

– Foda-se a sua opinião. Eu não vou deixá-lo com você. – disse séria e ela suspirou sorrindo maldosa pra mim. Tish virou-se e saiu. Poucos segundos depois a porta foi aberta e por ela o casal entrou.

Eles evitavam a minha presença. Era como se eu fosse uma ameaça, mas eles é que eram. Carrie era uma sonsa, cínica e falsamente doce, ela me enojava. Jacob era um filho da puta dos grandes. 

– Brooklyn. – ele me saudou e estendeu a mão tentando sempre traçar uma linha de paz conectando nossas vidas. Isso nunca iria acontecer.

Quando ele notou que eu não seria cordial abaixou sua mão e suspirou.

– Vem, meu amor. – Carrie o chamou. Ele me olhou antes de pedir pra descer e eu o beijei mais uma vez. 

– Está tudo bem. – assenti mesmo não tendo certeza disso. O deixei no chão e ele andou até eles.

Tyler tinha cinco anos. Ele não podia saber o que estava acontecendo direito. 

Carrie o pegou nos braços e ele sorriu. Aquela mulher não era mãe dele.

Eles estavam o roubando de mim. 

E eu não podia fazer nada.

Mackenzie

O final de semana da festa de Halloween finalmente tinha chegado, ou melhor, infelizmente. Eu não estava com animo pra nada. E minha cama estava seriamente me fazendo uma ótima companhia. Minha rotina tinha se tornado escola e casa. 

No momento em questão eu estava contente em apenas assistir P.S Eu Te Amo com um prato de Donuts e lenços de papel. Se eu não teria um final feliz eu não queria assistir nada que pregasse um.

Penélope entrou no quarto, ela tinha ido correr com Taylor e ao ver a minha situação ela se revoltou.

É o suficiente! – seu grito me assustou e em menos de um segundo meu notebook havia sido arrancado de mim e ela estava prostrada furiosa a minha frente. – Me escuta, Mackenzie, mas me escuta mesmo!

Funguei e limpei os olhos. – Levanta dessa cama. Anda! Eu sei que tá doendo, mas levanta! Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração e sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro Sol. A vida é linda! E nenhum filho da puta pode mudar isso. Quer saber? Faz assim: olha pra ele e passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda, Mack. Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém… Se apaixonou, agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher. – eu estava pasma demais para falar alguma coisa. 

– O Justin é um idiota, mas eu não o culpo. Desde que a Disney criou a Bela e a Fera, qualquer animal se acha príncipe!

Ela estava falando sério. E o pior de tudo sobre o discurso dela, era que ela estava completamente certa.

– Levante dessa cama! Nós vamos ao shopping, ao salão e você vai fazer ele se arrepender, desfilando por ai como a garota incrível e sexy que você é!

Seu tom deixou explícito que aquilo era uma ordem. Por pior que eu me sentisse, ela estava certa. Eu já tinha derramado lágrimas demais Justin. Eu o amava, mas tudo tem um limite e o meu tinha chegado. Do que adiantava eu ficar e sofrer enquanto ele saiu e continuava a viver? Eu precisava esquecer. Não seria fácil, mas eu tinha que começar uma hora.

Tomada por um monte de auto-estima e força de vontade, lancei a coberta para fora do meu corpo e me levantei pronta para tomar um banho e encarar a realidade. 

– Tudo bem, você está certa! – eu sorri e Penn riu. 

– Eu sempre estou! Agora vai tomar um banho. 

Gastamos um tarde com Fynn no shopping e no salão. Pegamos nossas fantasias por volta das cinco e eu mal podia acreditar que estaria mesmo fazendo o que iria fazer. 

Minha fantasia era um tanto... Ousada para mim. A ideia genial de Penn em me transformar em uma Lara Croft era um fiasco, mas eu aceitei. Sinceramente, o que eu e Angelina Jolie tínhamos em comum, afinal? Contudo, eu tinha amado a fantasia composta por um shorts curtos e acinturado, um top que cobria apenas alguns centímetros acima do meu umbigo, coldres e armas de brinquedo que eram muito parecidas com as reais, havia um par de botas também e a minha vergonha que havia ficado na loja. 

A pior parte foi quando experimentei o top e a tatuagem ficou exposta. Penn surtou dentro da loja.

– O que diabos é isso ai? – ela apontou para a grafia na minha costela e praguejei mentalmente por ter me esquecido. 

– Uma tatuagem. – disse baixo terminado de vestir o top e vendo se ele cobria a marca, felizmente sim.

– Uma o quê? – ela perguntou uma oitava mais alta se aproximando do meu provador. Meu corpo entrou em estado de alerta, ela poderia muito bem me dar um tapa e tentar arrancar a tinta do meu corpo a força.

– Ei, sem escândalo. Eu a fiz ontem. Não é uma grande coisa. 

Ela puxou meu braço empurrando o top para ver o que estava escrito.

Fight Hard. Love Harder? Puta que pariu! Eu não acredito que você fez isso.

Rolei os olhos engolindo o seco e ela me encarou incrédula.

– Eu fiz.

– Você perdeu o juízo? Eu não acredito que você fez uma tatuagem pro Justin! 

– Não foi pra ele. – tentei me defender.

– Oh, não? Teria sido menos sutil se você tatuasse o nome dele! Você sabe que papai vai matar você, não sabe?

– Ele não vai saber e eu já tenho 20 anos! Não sou mais uma criança. Você mesma me disse que sou uma mulher. 

Ela me fitou como se eu tivesse acabado de abrir asas e sair voando. De certa forma foi exatamente isso que aconteceu. 

– É só uma tatuagem, eu gostei e pronto. Não me arrependo. – murmurei chateada voltando para o provador para tirar a roupa.

– Mack.

– Não, Penn! Isso é a minha vida. Eu amo o Justin, merda, eu amo aquele idiota. Mas não é mais sobre isso. Ele me fez ver algumas coisas que eu mesma não via. E eu o odeio por ter entregado a merda do meu coração pra ele e ele ter jogado fora. Mas tudo bem! Vou sobreviver! – gritei em uma mistura de raiva e frustração. 

– Mack?

Virei-me e encontrei-a com os braços cruzados e um sorriso estranho.

– Você está quente como o inferno nessa roupa. Vamos fazer o Bieber se arrepender de ter nascido. 

Eu ri e balancei a cabeça. Ela estava certa.

Penélope tinha feito um grande trabalho de maquiagem em mim, eu realmente estava parecendo uma agente do FBI malvada. Meu longo cabelo estava preso em uma trança lateral desfiada, assim como a da personagem e eu usava luvas que cobriam apenas a palma das minhas mãos e metade dos dedos. 

Quando me olhei no espelho vendo o resultado final, mal pude me reconhecer. 

– Porra! Você está gostosa como nunca! – ela disse rindo enquanto terminava de arrumar seu cabelo.

Penn estava fantasiada de Branca de Neve, Walt Disney preferiria ir ao inferno o ver o que ela tinha feito com a princesa que ele havia criado. Era mais um mistura de um vestido curtíssimo com um decote glorioso e uma pequena bolsa em forma de maçã. Mas ela estava incrível. 

– E então? – ela perguntou de virando pra mim com as mãos na cintura.

– Acho que Tay vai enfartar. 

Ela riu. – Essa é a intenção. 

Fynn apareceu no nosso quarto em uma fantasia de Karl Lagherfeld incrível. Ele realmente parecia com o designer da Chanel e tinha arranjado até mesmo um spray que havia deixado seu cabelo grisalho. 

– Uau! Acho que bati no quarto errado. 

Ele memorou dos pés a cabeça, incrédulo.

– Acho que eu viraria hétero pra pegar você essa noite, Mack. 

Corei rindo e ele entrou me dando um abraço. – Merda, vocês estão quentes! 

Penn jogou um beijo pra ele no ar e ele pegou-o fazendo graça. 

A festa era no salão principal da Brown. O lugar era enorme e estava bem decorado com teias de aranha e enfeites místicos muito reais. A cabine do DJ estava no canto do salão em um palanque e a música agitava todas as pessoas. A festa de Halloween era destinada apenas aos alunos da universalidade, no entanto os veteranos e organizadores das fraternidades burlavam as regras e vendiam ingressos ao público. Eles subornavam a segurança e tudo estava feito. A pequena comemoração se tornava em uma enorme festa. A quantidade de pessoas no salão era imensa e aos redores do campus também havia pessoas e caixas de som espalhadas. 

– Isso está insano! – Penn gritou animada me puxando pela mão andando entre as pessoas até a mesa de bebidas. As fantasias eram variadas, a maioria das garotas estava fantasiada de strippers, pelo menos era isso que parecia com suas minúsculas vestimentas, bruxas, duendes, vampiros, caçadores, etc. 

– Dois cowboys! – Penn gritou e o responsável pelo bar logo nos atendeu.

– Penn, eu não quero beber. – reclamei com as imagens da minha ultima loucura ainda frescas na minha mente.

– Você vai beber! Mas não quero você bêbada. É só pra começar a noite, preciso achar o Taylor. 

Ela tentou olhar pela multidão, mas era impossível encontrar alguém ali. No entanto, alguém me encontrou.

Lara Croft? Não brinque com a minha imaginação desse jeito, Mack. – a voz de Dylan sussurrou no meu ouvido e me virei rindo. Ele estava incrível. Pelo que pude identificar sua fantasia variava entre chapeleira maluco sexy e gogoboy. Seu blazer cobria seu tronco desnudo e o chapéu fazia toda a mágica final.

– Uau. Acho que eu deveria ter vindo de Alice então. – brinquei piscando pra ele. Dylan deixou o copo descartável vermelho na mesa e me deu um abraço.

– Com todo respeito, você está quente pra caralho nessa fantasia. 

Foi involuntário, mas me arrepiei dos pés a cabeça sentindo minha auto-estima subir mais alguns níveis.

– Faço das suas palavras as minhas. – rebati e sorri sugestiva. Ele me olhou negando com a cabeça e sorrindo.

– Ei, Dylan. – Penn o cumprimentou com um aceno, ela já estava conversando com algumas garotas. 

– Penn. – ele olhou pra ela e depois pra mim. – Está gostando disso? Pode me agradecer mais tarde, o mérito é todo da Sigma. – ele apontou para a festa agitada. – Nos contratamos o DJ, vendemos as entradas e compramos bebida de verdade pra isso. 

– Algo me diz que se o reitor descobrir suas bundas serão chutadas, certo? 

Ele deu de ombros pedindo uma outra bebida. Eu segurava a minha ainda intacta.

– Que seja. Não me importo, mas seria um przaer ter minha bunda chutada por você. – ele sorriu encantador e eu balancei a cabeça.

– Onde estão os rapazes? Quero ver o Brian! 

– Uh, você vai mijar de tanto rir quando o ver. – ele riu. – Os caras estão por ai, a menos por Justin. Acho que ele não vem.

Eu não me importava de qualquer forma. – Vem, vou te apresentar algumas pessoas. 

Dylan me apresentou para alguns de seus amigos e todos foram simpáticos comigo, a menos pelas garotas que acharam que eu fosse sua namorada. Elas não eram da cidade, por isso pensavam isso. 

– Mack, essa é Hailey. – ele me apresentou a uma garota realmente linda fantasiada de Pocahontas. Ela realmente lembrava a personagem, seu tom de pele moreno, cabelos longos e lisos. Ela era linda, o tipo linda que te faze sentir feia.

– Olá. – ela se inclinou e nós cumprimentamos com beijos na bochecha. 

– Sou Mackenzie. 

– Hailey. – ela sorriu tímida sob o olhar intenso de Dylan. Algo me dizia que os dois tinham algo. 

– Mack, Hailey é uma estudante de psicologia. Mack cursa arte, certo? 

Assenti, nós entramos em uma conversa rápida e ela era bastante simpática em comparação com as outras garotas. 

Em meia hora eu já podia chamá-la de amiga. 

– Puta que pariu! Eu bebi demais ou Mack está mesmo vestida de Lara Croft na minha frente? – Brian, como sempre exagerado, gritou atrás de mim. Ele estava acompanhado de Sony, Tobias e Jaxon! 

Virei-me pra ele e sorri tímida. Com seu grito algumas pessoas ao nosso redor me olharam.

– Oi, Bry. – murmurei corando.

– Que porra Brian, você a deixou tímida. – Jaxon disse vindo até mim e me abraçando. Ele estava com uma roupa normal, sem fantasia, havia varias pessoas, principalmente caras com roupas comuns. Mas isso não o deixava menos atraente, Jaxon era tão lindo quanto Justin. Eu devolvi o abraço e ele sorriu pra mim segurando um copo de bebida, era notável que ele já estava começando a ficar alto.

– Você está linda! 

– Obrigado, Jax.

– Não, porra. Você está gostosa, Mack! Justin pode arrancar o meu pescoço. Mas você está uma delicia nessa roupa. – eu ri e corei. Aproximei-me de Brian e o abracei sem jeito, ele envolveu os braços ao meu redor e me levantou.

– Linda, linda e linda. – ele murmurou bêbado pra mim.

– Você pode me soltar agora, Bry.

– Te solto se você me der um beijo. – ri alto e neguei com a cabeça. Ele me colocou no chão fazendo bico e dei-lhe um tapa. Cumprimentei os outros garotos e todos entraram em uma conversa. Dylan e Hailey já tinham desaparecido. Eu era a única garota em torno de todos aqueles grandalhões. 

Uma garota passou e puxou Brian, outras seguiram levando os caras e sem mais nem menos os beijando. Oh, e por falar em Brian ele estava fantasiado de Tarzan. Apenas uma tanga cobria seu corpo. E bem, seu corpo era... Ótimo.

Jaxon ficou comigo. – Você pode ir caçar garotas também. Vou ficar bem. – disse perto do ouvido dele para que ele me escutasse.

– Nah. – ele fez uma careta e eu ri. – Estou legal aqui. 

– Você quer dançar? 

Ele me olhou curioso depois de dar mais um gole e assentiu puxando minha mão para o meio da multidão. Jaxon era um bom parceiro de dança. Ele segurou minha cintura nos conduzindo juntos. Eu deixei sem pensar muito. Era apenas uma dança. 

– Talk dirty to me. – ele brincou sussurrando e deixei meus quadris mais soltos dançando ainda mais. O DJ fazia um remix da música e era contagiante. Dançamos aproximadamente cinco músicas juntos e eu já podia sentir uma fina camada de suor cobrir o meu corpo.

– Mack? – Jax disse alto perto do meu ouvido e eu me virei pra ele.

– Vamos lá fora tomar um ar? Está ficando quente aqui dentro!

Assenti e ele segurou minha mão caminhando até o bar para pegar mais uma bebida e eu estava com sede depois de tudo aquilo.

– Vou querer um poncho apenas. – pedi e o garoto me olhou malicioso, principalmente para os meus peitos.

– Anda logo com isso cara. – Jaxon o apressou notando o meu constrangimento.

– Mack! – Penn apareceu pendurada em Taylor que estava lindo em uma fantasia de pirata.

– Tay, você está incrível!

Ele me olhou surpreso e riu. – Uau, você também, Mack.

Eu já nem corava mais com a surpresa de todos em relação a minha fantasia. Quando me voltei para o balcão nossas bebidas já estavam ali, Jaxon tinha entrado em uma conversa com Taylor e esquecido. Peguei os copos e dei o primeiro gole no meu, estava gelado, doce e refrescante.

– Estamos indo tomar um ar lá fora, vemos vocês depois. – avisei penn e ela sorriu maliciosa ao me ver de mãos dadas com Jax.

Rolei os olhos e caminhei pra fora com ele.

Quando saímos de dentro do salão foi como se tivéssemos acabado de entrar em outro. Havia centenas de pessoas do lado de fora dançando sob o som das caixas de som postas. O campo era iluminado por tochas em cantos estratégicos.

– Isso está louco! Sinto falta dos meus tempos de faculdade. – Jax comentou quando chegamos a um lugar mais tranqüilo perto de colunas.

– Em que você se formou?

– Gestão Empresarial com especialização em matemática. – meu queixo caiu. Não que eu realmente duvidasse da capacidade dele, mas eu nunca ligaria Jaxon com algo tão seriamente profissional.

– O que é isso? É hereditário os Biebers serem bons em exatas?

Ele riu e se aproximou de mim. Meu corpo estava escorado em uma parede e nossa proximidade estava...Curta.

Bebi mais alguns goles seguidos da minha bebida e aquilo estava muito, muito bom. Meus olhos foram atraídos por algo atrás de Jaxon. Justin caminhava até nós em fúria, mas uma garota o segurou e o beijou. Ele não demorou a responder e agarrou a bunda da garota retribuindo o ato. Eles fizeram de um simples beijo algo puramente sexual. Deixei meus olhos caírem ali e quando os levantei novamente a imagem de Justin beijando a garota tinha desaparecido, como se tivesse sido apenas uma miragem. Jaxon deu mais um passo levantando meu queixo. Ele segurou meu rosto e passou o dedo pelos meus lábios. Pisquei algumas vezes tentando entender o que estava prestes a acontecer. Os olhos de Jaxon estavam vermelhos, talvez por conta de bebida, ele havia bebido muito, mas estava consciente até então.

– Você é linda. – ele sorriu e eu sorri junto.

A minha inibição ia desaparecendo aos poucos, eu me sentia leve, tão leve que poderia cair. Comecei a sentir calor, muito calor, era como se o vento que batia contra a minha pele exposta me queimasse. Estava quente.

Jaxon estava tão envolvido quanto eu, a sanidade parecia ter desaparecido da face da Terra naquela noite. Eu dançava agarrada a ele e cada vez mais eu ousava os meus movimentos. As pessoas ao meu redor passavam como flashes coloridos e eu sentia uma vontade de rir imensa. Jaxon parecia estar da mesma forma que eu, louco.

Minha bebida tinha acabado e a dele também.

– Jax? – murmurei com a voz embolada me virando de frente pra ele.

– Sim. – ele sorriu segurando meu rosto.

Ele era tão parecido com Justin que a minha mente estava entrando em colapso. Eu queria beijá-lo. Eu podia beijá-lo?

– Eu quero mais um. – disse levantando meu copo vazio e ele assentiu.

– Fique aqui, já volto.

Ele saiu e me deixou na multidão. Quase caí e só ai percebi que precisava de apoio, eu estava tonta. Mas eu não tinha bebido tanto.

– Hey, Lara. – alguém me chamou e me virei bruscamente tropeçando nos meus pés e caindo em cima de um homem.

– Oi. – ele era lindo!

Eu não lembro o que aconteceu, o cara bonito me deu mais um pouco da bebida doce e eu tomei tudo. Os flashes de luzes ficaram mais fortes e agora eram como arco-íris no meio da noite. Meu corpo queria dançar e eu dancei com o Cara Bonito até ele me carregar pra um lugar. Eu não sabia aonde, mas ele estava me ajudando a ficar em pé então eu devia ir. Pensar direito nunca pareceu tão confuso. Chegamos a uma casa, ou era um quarto? Eu não sabia, parecia uma sala também; estava tudo distorcido e minhas pálpebras estavam muito pesadas, mesmo que eu não estivesse com sono eu sentia vontade de dormir.

– Onde eu estou? O Jax ta me esperando. – murmurei sendo carregada até um lugar macio. Fechei os olhos me sentindo cansada e escutei vozes aleatórias ao meu redor.

Justin Bieber

Meu telefone tocou e me estiquei no sofá para alcançá-lo.

Era sábado, à noite e eu estava deitado no sofá entediado assistindo a uma série. A festa de Halloween estava acontecendo no Campus da BYU e diferentemente de todos os anos em que eu ia e conseguia transar com até cinco garotas em uma noite, eu estava em casa. A minha vontade de sair e pegar a maior quantidade de garotas possíveis tinha passado. Eu só queria ficar com uma. E estava trabalhando duro nisso.

Eu estava ansioso, no dia seguinte eu finalmente descobriria tudo o que precisava saber pra acabar com a porra da dúvida.

Vi o nome do Taylor brilhar no ecrã e atendi.

– Hey.

Bieber? – não era o Tay e sim Penélope.

– Penn?

Onde você está? Pelo amor de Deus me diz que está com a Mackenzie! – ela gritou tentando soar mais alto do que a música.

– O que? Eu não estou com a Mack. O que aconteceu?

Se ela estava me perguntando o paradeiro de Mack era porque ela não sabia.

Ela não está com você? Ai, meu Deus! – notei desespero em sua voz e me sentei sentindo cada célula do meu corpo entrar em alerta.

– Onde está a Mackenzie, Penélope?

Eu não sei! – ela soluçou. – Se alguém a pegou eu... Ela estava com o seu irmão e de repente ela sumiu.

– O que? Meu irmão? Jaxon está ai? – me exaltei. Só poderia ser ele já que Jason estava fora da cidade a trabalho.

Sim, ele estava com ela. Mas agora...

– Chego ai em dez minutos. – desliguei a chamada correndo pro quarto e colocando uma roupa.

Eu mau tinha desligado a chamada e uma outra começou, mas não era de um numero conhecido.

– Alô?

– Você tem dez minutos para chegar até aqui. Jordan acabou de passar com a sua garota no colo. Ela está desacordada e eu não sei se você sabe, mas ele...

– Brooklyn? – minha voz saiu alta em descrença.

– Você me escutou? Jordan está com Mackenzie! – ela gritou como se eu fosse um idiota.

Milhares de perguntas encheram a minha cabeça, mas eu não tinha tempo para fazer as perguntas.

– Eu... Chego ai em dez minutos!

Isso é tarde demais! Chegue antes.

Porra! Estava tudo calmo demais. Eu sabia que ela iria a festa e esse foi um dos motivos da minha ausência. Eu não queria ver Mack, eu ainda me sentia culpado por ter transado com outra garota, mesmo que nós não estivéssemos mais juntos.

Saber que a minha garota estava desaparecida chutou a merda da razão para longe de mim. Eu só queria e precisava encontrar ela.

Eu sabia que se fosse pego correndo novamente eu iria pra cadeia por um longo tempo, mas isso não importava. A cada segundo que passava eu sentia que Mack estava em perigo nas mãos dos filhos da puta que drogavam garotas em festas como estas. Estacionei minha moto entre alguns dos carros que enchiam a rua em frente a festa e desci. Penélope estava na calçada abraçada com Taylor e Jaxon também estava ali. Ele me olhou com uma fisionomia culpada e abaixou o rosto. Ele tinha alguma coisa a ver com aquela merda.

– O que aconteceu?

Meus dentes estavam trincados eu estava prestes a matar alguém e eu sabia que isso me foderia. Eu não podia ser detido de novo.

– Ela... Ela desapareceu! Sara disse que a viu saindo com um garoto ruivo, mas eles desapareceram! Justin e se eles... – ele voltou a se afundar no peito de Taylor e chorar.

– Eu estava com ela e... Acho que colocaram alguma coisa nas nossas bebidas quando eu não estava vendo... Foi mau, mano. – meu olhar fulminou Jaxon, mas eu tinha que achar Mack.

– Você disse que ela saiu com um ruivo?

Penn assentiu. Eu já sabia onde ela estava. Brooklyn estava realmente certa, Jordan estava com ela. Taylor percebeu pelo meu olhar que eu tinha descoberto.

– Oh, não. Puta merda, cara. Eu não...

Atravessei o Campus com os punhos cerrados pronto para bater todos fora do meu caminho. Algumas garotas bêbadas tentaram me parar, mas passei reto por todas elas. A raiva estava pulsando nas minhas veias, eu estava prestes a explodir. Quando cheguei a escadaria que levava até o prédio do campus, subi correndo e pude ver Jaxon atrás de mim. Corri por entre as salas tentando lembrar o caminho até as escadas que levariam para o porão do prédio. Minha memória estava sendo dispersa pela raiva que me atingia.

– Bieber! – Brooklyn gritou para mim do corredor paralelo. Andei até ela sentindo a porra do meu coração disparado. – Eles entraram por ali. Eu não... Não adiantaria eu entrar lá! – ela explicou igualmente nervosa. Assenti sem dizer nada e sai correndo até onde ela tinha me direcionado.

Cheguei até o corredor certo encontrando a porta que me levaria até lá. Ela estava destrancada e os ruídos que vinham lá de baixo me fizeram pular os degraus até chegar ao térreo.

Havia uma série de garotas ali, algumas grogues se beijando enquanto os caras assistiam a maioria das pessoas ali estava chapada. Do outro lado encontrei Jordan com uma garota nos braços, ela vestia um shorts curto e um top igualmente pequeno, botas e luvas. Eu não podia ver seu rosto, mas me aproximei com passos duros até ver quem era a garota.

Jordan sorriu malicioso pra mim.

– Quer se juntar, JB? Essa aqui foi fácil, e eu ainda nem comecei a brincar com ela.

Mack estava deitada sobre ele, ela estava mole seus olhos caídos e eu sabia que ela não estava consciente.

Mack estava deitada sobre ele, ela estava mole seus olhos caídos e eu sabia que ela não estava consciente. Trinquei os dentes tentando respirar e não voar no filho da puta a minha frente.

– Solta ela, Jordan. – disse entre lufadas de ar.

Mack murmurou e caiu do outro lado do sofá. Eu tentava pensar. Colocar a porra dos meus neurônios em ordem e não matar o filho da puta.

– O que foi? Ela não faz seu estilo? Tudo bem, parceiro. Nós temos algumas outras aqui. – ele se levantou vindo até mim e passou o braço pelo meu ombro. Foi o suficiente. Antes que ele colocasse o membro em meus ombros segurei-o e virei deixando-o imobilizado. Apertei mais e ele gemeu, mais um pouco e eu quebraria seu braço. 

– Porra! Qual o seu problema, filho da puta?

Seu grito me fez ir mais fundo. Soltei Jordan e assim que ele se virou lancei meu punho com toda força contra o nariz dele, seu grito e o som do osso quebrando me instigaram a continuar, o corpo dele caiu ao chão e o sangue escorria do nariz dele. As outras pessoas me olharam surpresas e assustadas, a menos pelas que estavam drogadas, assim como Mackenzie. Meu punho encontrou-se com o maxilar, olhos, e todo o rosto de Jordan foi atingido. 

Eu não tinha limites, eu era implacável. 

As juntas dos meus dedos estavam rasgando devido ao impacto furioso, mas eu não iria parar. Jordan já estava desacordado.

– Justin! Porra! – alguém gritou correndo até mim até me tirarem de cima do corpo abaixo de mim. Minhas mãos estavam sujas com sangue, meu e dele. O suor escorria da minha testa.

– Puta que pariu! Você perdeu a porra do controle? 

Agora eu tinha visto quem me puxava, Taylor. Jason entrou na sala e ao ver o corpo no chão ele levou as mãos a cabeça.

– Merda, irmão. Você...

A culpa disso tido era dele.

Soltei-me de Taylor e dei dois passos antes de alcançar Jaxon e lançar meu punho contra ele. Meu irmão cambaleou pra trás surpreso e incrédulo com a minha atitude.

– Que porra é essa? – ele gritou com a mão na mandíbula.

– A culpa é sua! 

Taylor me segurou por trás e ficou entre Jaxon e eu.

– Já chega, Justin! Olha a merda que você fez! Mais uma vez, porra, mais uma vez! Você não pode ir preso de novo por agressão! Filho da puta burro! – Taylor estava igualmente furioso, ele me empurrou pra trás e pude escutar um murmúrio de Mack. Virei-me a vendo tentando se levantar com a mão na cabeça e o olhar perdido.

Meus olhos caíram quando a vi daquele jeito. Caminhei até ela e passei meus braços por debaixo de seu corpo pegando-a nos braços e saindo dali. Brooklyn não estava mais lá, mas de qualquer forma não faria diferença.

 Taylor e Jaxon não me seguiram. Eu só precisava cuidar da minha garota.

Justin? – ela murmurou grogue levantando o rosto pra mim.

– Sim, Mack. Vou te tirar daqui. – ela sorriu fraco e deixou a cabeça cair no meu peito.

Quando cheguei ao corredor do campus Dylan, Penn e Brian estavam parados parecendo perdidos no lugar, ao nos verem eles vieram correndo.

– Puta merda, irmão. O que aconteceu?

– Aqueles filhos da puta drograram ela. Preciso do seu carro. – avisei a Dylan e ele assentiu tirando as chaves do bolso. – Pode ficar com a minha moto. – ele assentiu e pegou as chaves da Ducati.

Ela... Quem fez isso?

Penn soluçou ao ver a prima nos meus braços e ela fez menção para se aproximar, mas eu passei por eles indo pra saída. Penélope veio atrás de mim.

– Meu carro está do outro lado, perto da guarita. – Dylan gritou antes que eu saísse e o som da música alta incomodasse os meus tímpanos.

Mack estava mole nos meus braços, nem acordada, nem desmaiada. Coloquei-a no carro, Penn e eu entramos saindo logo dali.

– Vamos levar ela pra casa. – Penn disse.

– Ela precisa ir pro hospital, só Deus sabe o que deram pra ela. – argumentei sentindo a tensão passar pelos meus braços e apertei o volante nas mãos.

– Eu... – ela assentiu. Pelo menos tínhamos entrado em um consenso. O pronto socorro do hospital estava calmo. Todo o procedimento padrão foi feito e Penn ficou na recepção preenchendo a papelada.

– Você precisa de alguns curativos. – a enfermeira que havia levado-a de mim disse fitando minhas mãos.

– Estou bem. Ela vai ficar bem?

A senhora sorriu assentindo.

– Ela vai passar por um processo de desintoxicação, mas isso não é nada sério. Ela esta no soro e provavelmente vai acordar melhor de manhã. Você é o namorado dela?

Comecei a assentir, mas parei. – É complicado...

Ela riu fraco. A mulher não deveria ter mais do que trinta anos e era bastante simpática.

– Tudo bem, acho que entendo.

– Podemos ficar no quarto com ela?

Penélope voltou com dois copinhos de isopor com café instantâneo. Ela me entregou um e eu agradeci.

– O procedimento só deixa um acompanhante, mas no caso de vocês... – ela me olhou e sorriu fraco. – Podem ficar.

Suspirei aliviado. De qualquer forma eu não sairia dali até que ela estivesse bem. Penélope e eu nos movemos até o quarto e Mack estava deitada em uma cama dormindo suavemente. O ambiente estava escuro e silencioso, penn e eu fizemos a menor quantidade de sons possíveis e ela indiquei para que ela se deitasse no sofá.

– Obrigada. – ela sorriu fraco e eu acenei. Mack parecia melhor agora, meu coração tinha voltado a bater com normalidade.

Recostei-me a parede e a olhando como se a qualquer momento algo ruim pudesse acontecer novamente. Eu não podia sair do lado dela.

– Você realmente se importa com ela? – a voz de Penélope quebrou meus pensamentos e me virei para olhá-la.

– É claro que eu me importo, ela é minha...

– Sua? Você não é mais nada dela, Justin. Você escolheu isso. – ela sentenciou tirando os saltos e se deitando.

Ela tinha razão ate onde seu conhecimento ia. Ela não sabia da verdade, portanto apenas ignorei seus comentários saindo do quarto para respirar um pouco.

– Bieber! – alguém chamou em minhas costas e me virei vendo Brooklyn.

Ela correu até mim e parou alguns passos de distancia. Como ela tinha chegado ali?

– Como ela está?

Brooke estava preocupada com Mack? Eu não entendia. Ela odiava a minha Lucky.

– Bem. Está dormindo agora.

O suspiro que Brooklyn soltou foi quase como de alivio e eu a olhei ainda mais desconfiado.

– O que você quer com ela?

– Nada, eu só fiquei... Ela é ingênua demais. Não a deixe solta por ai. – ela disse voltando ao seu tom normal.

– Por que você me ligou? Por que não deixou que eles... Por que você quis ajudá-la?

– Ótimo, você tem uma bela imagem de mim em sua cabeça. Eu não sou um monstro. Eu sei o que eles iriam fazer com a garota. Não podia deixar passar – ela bufou incrédula por conta da minha percepção em relação a ela.

– Você não gosta da Mack.

– Ela não é de todo ruim. Eu só quis ajudar. – Brooke deu de ombros – Já está na minha hora. – ela rolou os olhos girando para sair, mas segurei seu braço antes disso.

– O que foi?

Nós estávamos perto, muito perto um do outro. Brooklyn era alguns centímetros mais alta do que Mack e isso fazia com que nossas faces ficassem quase a mesma altura. Os olhos dela eram como dois diamantes brilhantes e reluzentes encobertos por algo místico, algo negro.

A respiração da garota acelerou e ela não piscou. Seus olhos caíram sobre a minha boca e eu podia jurar que ela iria me beijar.

– Obrigado.

Como se estivesse acordando-a de um devaneio, ela voltou a olhar nos meus olhos e suspirou assentindo.

– Não por isso.

Brooke puxou seu braço da minha mão e saiu como se fugisse de mim. 


Notas Finais


sooooooooooooooooooo...

me digam se gostaram, odiaram, acharam cansativo (pq eu achei klfmla) mas ok...

é isso... ainda tem vaga no grupo se mais alguém quiser entrar! eu estou sendo um amor e soltando spoilers pras meninas toda hora hehe :)

eu nao gostei tanto do cap, houve umas partes que não ficaram da forma que eu queria, mas eu tava com um "bloqueio" e então saiu assim.. bem, é isso.

fantasia mack: http://data3.whicdn.com/images/97484884/large.jpg
penn: http://data1.whicdn.com/images/100693425/large.jpg
xoxo. http://ffbieber.tumblr.com e http://ask.fm/gojdrewb


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