Mackenzie
Não consegui dizer, mas assenti com a cabeça. Ele levantou meu rosto e me beijou. Não foi qualquer beijo, foi o melhor e mais encantador beijo do mundo. Foi o beijo que reatou nossos corações novamente. Foi o melhor beijo do mundo.
– Eu te amo... Eu te amo... Eu te amo. – ele dizia entre intervalos enquanto beijava meu rosto e minha boca.
Eu o amava também, muito. Justin passou o braço pela minha cintura e me ergueu tirando meus pés do chão e eu ri lançando meus braços pelos seus ombros sorrindo.
Ele passou o resto da tarde me beijando, abraçando e fazendo tudo o que podia e não podia.
– Vou te beijar. Te beijar por todo esse tempo que fiquei sem poder tocar você como eu queria. Vou te dizer eu te amo até você enjoar da minha voz. Vou cheirar você até que eu não seja capaz de sentir nenhum outro cheiro além do seu. – ele disse beijando meu rosto e meu pescoço.
– Eu amo você, Justin. – disse segurando o rosto dele e passando os dedos pelo seu topete.
Ele beijou o meu queixo e puxou meu lábio me beijando.
Alguém pigarreou atrás de nós e me levantei do colo de Justin olhando pra trás e vendo Pete nos olhando com os braços cruzados.
– Vocês não estavam fazendo a coisa de amigos? – ele perguntou.
Justin coçou o queixo e sorriu fraco.
– Uh, você sabe cara. Ela é simplesmente... Irresistível. – Justin disse me olhando e eu ri lhe dando um tapa. Pete fez uma careta desgostosa e eu ri.
– Isso é nojento! Ela é minha irmã, cara. Que seja, mamãe está chamando vocês pra lancharem.
– Lanche da tarde? Sério? – Justin me perguntou sorrindo surpreso.
– Você vai se arrepender disso quando provar os cookies caseiros dela. – comentei o puxando pela mão para voltarmos de volta pra casa. Ele riu e subimos pra casa.
Justin entrelaçou as mãos comigo e jogou o braço por cima dos ombros de Pete.
– Cara, temos que fazer um acordo. – ele propôs e perdemos olhou desconfiando.
– O que?
Justin sorriu malicioso pra mim e soltou minha mão se afastando com Pete.
Eles conversaram a alguns metros de mim e eu fiquei observando. Justin falava sério, mas Peter era um bom negociador. Eu duvidava que ele tivesse uma pequena fortuna escondida debaixo do colchão de todas as vezes que Penn e eu tivemos de suborná-lo para que ele ficasse sua boca calada.
Eles conversaram por cinco minutos e pareceram chegar a um consenso. Justin se voltou pra mim e Pete caminhou sorridente pra dentro de casa.
– O que foi isso?
– Negócios, amor. Negócios.
Ele sorriu travesso e meu coração acelerou quando ele me chamou de amor. Meu sorriso se alargou e eu me contive para não gritar. Ele me puxou pela cintura e me beijou carinhosamente.
– Linda.
– Vamos logo. – puxei sua mão caminhando pra dentro de casa. O cheiro dos cookies de Pam invadiu o ambiente e salivei.
– Wow, isso cheira bem. – caminhamos para a cozinha onde a mesa estava preparada com sanduíches, sucos e toda uma refeição para a tarde.
– Sentem-se antes que os biscoitos esfriem.
Nós comemos entre conversas dispersas, Justin e Pete fizeram uma competição de quem comia mais biscoitos, e Justin ganhou com sete cookies ingeridos em cinco minutos. Pete conseguiu apenas cinco e eu e Pam rimos.
Joseph chegou alguns minutos depois de termos terminado de comer. Ele novamente lançou um olhar sério a Justin de como quem diz: estou de olho. Ele permanecia firme.
A noite chegou e mamãe, eu, Christina a cozinheira, e mais algumas vizinhas começaram a preparar a ceia. Quero dizer, eu estava apenas olhando e entregando as coisas quando me pediam. Seria um grande jantar. Pete e Justin faziam cestas do lado de fora da casa treinando suas habilidades no basquete.
– Cesta de três pontos, cara! Três pontos! – Pete comemorou tirando onda de Justin.
– Ah, é? Olha só essa!
Justin andou até o ponto mais distante da cesta se virou de costas e lançou a bola na cesta, e ela caiu dentro da cesta. Como ele tinha feito isso? Eu não fazia ideia.
Bati palmas e eles me olharam. – Meus campeões! – disse descendo os degraus e indo até eles. Justin agarrou minha cintura e me beijou sem pudor na frente de Pete.
– Vocês são nojentos! Eu não preciso ver vocês transando com a boca. – ele resmungou entrando.
Tentei empurrar Justin, mas ele me segurou.
– Se meu pai ver você fazendo isso comigo, ele arranca sua língua. – avisei.
Justin estava sem camisa, suado e deliciosamente atraente daquele jeito. E ainda deu o melhor sorriso safado do mundo. Como se respira mesmo?
– Você está me despindo na sua mente, não está? – ele zombou mordendo o lábio inferior de maneira sexy.
– Talvez.
Ele riu e me beijou de novo.
Era impossível resistir a qualquer coisa que ele oferecesse. Justin era simplesmente irresistível. Seus olhos me faziam cair, seu sorriso fazia o mundo parar de girar e sua voz me tirava o ar. Ele me causava as mais loucas sensações e me fazia gostar de cada uma delas.
•
– Hora de dormir! – Joseph disse e Justin e eu nos levantamos do sofá, já se passava das onze e podia ser cedo pra mim e Justin, mas Joseph estava em alerta. Nos levantamos e caminhamos para o corredor de quartos. Papai ficou de prontidão olhando para que eu entrasse no meu quarto e Justin entrasse no de Pete.
– Então... Boa noite. – ele disse estendendo a mão pra mim e eu ri apertando sua mão. Ele estava levando a coisa sobre demonstrações públicas de afeto a sério. – Boa noite, Sr. Manson – ele disse cordialmente e papai assentiu. Justin deu meia volta e entrou no quarto de Pete fechando a porta. Eu ri e papai negou com a cabeça, me despedi dele com um beijo de boa noite e entrei no meu quarto.
Deitei-me na cama sentindo tudo flutuar e ri sozinha.
Eu não sentia um pingo de sono, pelo contrário eu zapeava os canais de televisão a procura de algo interessante até o sono decidir chegar. Mas ele estava longe, saber que Justin estava apenas a algumas portas de distancia de mim, me deixava inquieta. Ele estava tão longe e tão perto.
Meu celular vibrou por entre os lençóis e eu li uma mensagem.
J: Sinto sua falta :(
M: Não consigo dormir sem você :(
J: Permissão para invadir seus aposentos?
Eu ri e digitei logo.
M: Permissão concedida.
Não levou mais do que um minuto para Justin abrir a porta e se esgueirar pelo meu quarto vestindo uma calça e blusa de moletom. Eu ri vendo ele daquele jeito e ele pulou na minha cama fazendo com que ela rangesse.
Eu nunca tinha notado que ela fazia isso, mas por conta da movimentação exagerada ela rangeu.
– É insuportável ficar sem você. – ele disse beijando meu rosto e me abraçando de forma desesperada.
Justin me beijou, mas não foi nem de longe um beijo qualquer. Foi definitivamente o beijo mais sexy e longo de todos os tempos. Suas mãos se esgueiraram pela minha bunda e ele apertou minha carne com força me fazendo gemer entre o beijo.
Eu já podia sentir todas as minhas células entrando em combustão por aquele homem.
– Justin. – sussurrei e ele sorriu me olhando nos olhos.
– Mack. – ele disse no mesmo tom.
Seus olhos estavam brilhando.
Energia nervosa e animada fluía em mim. Justin beijou meu pescoço e se movimentou de forma brusca na cama. Ele me girou me deitando na cama e olhando-me com desejo. Então, com um gemido baixinho contido, ele se colocou em cima de mim. Nós dois paramos de respirar e nos separamos.
Levantando as sobrancelhas, Justin olhou para a minha cama. Apoiando-se de modo que a maior parte de seu peso estava em suas mãos, ele empurrou para baixo contra o colchão. A cama chiou... Alto. Mordi o lábio confusa. Eu nunca tinha reparado que minha cama fazia isso. Claro, eu nunca tinha tido um cara enquanto o meu pai estava dormindo a algumas portas ao lado. Justin franziu a testa enquanto ele fez isso de novo. O ruído cortou a noite... Era um som inconfundível. Ele praticamente gritava “Ei, escute a nós estamos infringindo as regras!”
Olhando para mim, Justin levantou uma sobrancelha. – Será que o seu pai comprou para você a cama mais barulhenta do mundo de propósito?
Encolhendo-me envergonhada, eu suspirei. – Há grandes chances de isso ter acontecido. — Maldito pai super protetor. Já que ele não podia impedir-nos com um olhar atento, ele conseguiu nos parar com tecnologia ultrapassada.
Eu me contorci sob os quadris de Justin, desejando que eu pudesse fazer mais, mas mesmo um leve movimento fez um som agudo. Agora que minha mente estava mais clara, até mesmo o nosso rastreamento na cama tinha sido barulhento. Eu imediatamente parei de me mover, com medo de que nós já tínhamos acordado meu pai, ou que ele estivesse atrás da porta esperando momento certo para nos pegar.
Justin suspirou e caiu ao meu lado.
– Acho que vamos apenas dormir, uh? – murmurando ele envolveu meu corpo com seu braço, deixando meu corpo colado ao seu.
Eu não queria dormir. Pelo contrario, a certeza e a coragem de ter alguém que me amava e eu que amava enchia o meu peito e eu sabia que aquela era a hora. Eu queria Justin. Virando-me olhei em seus olhos mesmo com a escuridão.
– Não quero dormir.
Ele entendeu, compreensão vestiu sua face e ele engoliu o seco. Justin balançou a cabeça, seus lábios se curvando em um sorriso delicioso, que me fez arrepiar. — Você tem certeza?
Balançando a cabeça, assenti nervosa segurando um sorriso tímido. – Bem, seu pai obviamente não me conhece muito bem, se ele acha que isso vai ser um impedimento grande o suficiente. – ele riu e se levantou da cama.
– Vou ter você essa noite, Mack. E não vai ser a porra de uma cama barulhenta que vai me impedir.
Eu sorri segurando o riso e uma ideia voou pelos meus neurônios.
Levantei-me em um pulo sorrindo.
– O que você tem em mente?
– Me ajude e pegar os lençóis. – pedi puxando o edredom grosso que cobria minha cama. Olhando-me, Justin parou alguns segundos confuso, mas logo pegou os travesseiros e indiquei o armário. Ele voltou de lá com mais dois lençóis e eu ri ansiosa com a ideia de estar fazendo algo proibido sob o teto dos meus pais.
– O que vamos fazer? – ele sussurrou quando abri a porta e indiquei com o dedo para que ele calasse a boca e me seguisse.
Caminhei pelo corredor tentando suavizar os meus passos até a porta que levaria ao sótão no final do corredor. Justin andou atrás de mim e eu mal respirei quando passei pela porta do quarto de Pam e Joseph.
Abri a porta e ela rangeu um pouco, Justin riu fraco vendo o meu nervosismo e entramos na escada. Ele fechou a porta atrás de mim e subimos os degraus com calma para não fazer barulho. Estávamos a salvo.
No ultimo andar de casa respirei tranquila.
– É sério que estamos nos escondendo dos seus pais no sótão?
Justin perguntou rindo e eu ri junto.
O sótão estava repleto de móveis antigos e caixas com coisas inúteis. Havia um fino colchão de casal no chão e joguei os edredons sobre ele. Sorrindo Justin, me puxou pela cintura e me beijou segurando meu rosto com delicadeza. Minhas mãos repousaram em seus ombros e apertei seu moletom entre os meus dedos.
Eu estava nervosa, minhas mãos soavam e eu sentia Justin tentando me acalmar com o beijo. Não era apenas uma noite, não se tratava de sexo. Eu o amava e estaria me entregando de corpo e alma.
Sua língua acariciava a minha e ele desacelerava o beijo me acalmando. Ele beijou meus lábios levemente e sorriu pra mim.
Minha respiração chocava-se com a sua e eu me sentia leve. Tão leve que poderia flutuar.
– Eu te amo – ele sibilou sem voz e eu sorri suspirando.
A coragem encheu meu peito e arrastei meus dedos até a barra da sua blusa de moletom e empurrei-a para cima, Justin a tirou jogando-a longe e eu sorri vendo o peito dele. Suas tatuagens estavam ali o deixando ainda mais másculo. Eu amava cada único risco em sua pele, eu amava cada pedacinho dele. Meus lábios tocaram sua pele quente e ele se arrepiou. Sua respiração acelerou e fiz uma trilha de beijos de seu peito até o queixo. Seus olhos brilhavam de luxúria. Seus braços abraçaram minha cintura e ele colou nossos corpos intensamente.
– Você não precisa fazer isso senão quiser, Lucky. Eu esperei até agora por você, eu posso esperar o tempo que for preciso se isso significar ter você comigo pra sempre.
Suas palavras só me faziam querê-lo ainda mais.
Eu sorri nervosa tentando me acalmar. Ele segurou minhas mãos e sorriu beijando cada uma delas.
– Nós vamos deitar nessa cama improvisada e eu vou dormir abraçado com você, assim como dormimos juntos por um mês. Não há nada que se compare ao prazer de ter você nos meus braços dessa forma, Mackenzie. Nem mesmo sexo.
Justin Bieber
Os olhos dela suavizaram e brilharam. Nervosismo corria através da minha garota e mesmo que o desejo que eu estivesse sentindo fosse latente, eu não faria apenas por fazer. Eu queria lhe dar um bom momento.
Ela sorriu e eu beijei seu rosto.
– Sou sua. Completamente. – ela sussurrou.
Não importa o quão nobre pretendia ser, essas palavras vindas de sua boca me destruiu.
– Minha. – concordei sentindo tudo borbulhar.
Porra, eu amava aquela mulher.
Ela me beijou de volta deixando todas as armaduras caírem. Apertei sua cintura trazendo seu corpo contra o meu e enterrei meus dedos em sua pele por dentro da minha camiseta que ela vestia. Mackenzie me beijava sem barreiras, ela estava se entregando a mim. Pressionei nossos corpos engolindo um gemido fraco quando meu pau encostou-se em sua barriga pelo tecido da calça. Eu estava duro, todo o meu sangue tinha se concentrado nas zonas baixas. Arfei e ela sorriu envolvendo meu pescoço com os braços e a levantei prendendo suas pernas ao meu redor.
Os dedos de Mack correram por toda a extensão das minhas costas e se estabeleceram no elástico da cueca, antes de contemplar o seu próximo movimento, segurei-a com firmeza cambaleando até a superfície mais próxima, que era a nossa cama improvisada com um colchão fino e lençóis grossos. Deitei-nos ali com cuidado sentindo ela me beijar como nunca antes.
Meus dedos se enredaram em seu cabelo enquanto me posicionei entre ela afastando seus joelhos. Assim como nossas bocas se encontraram novamente, ela deslizou sua mão na frente da minha boxer. Quando seus suaves dedos tocaram minha pele nua, um gemido baixo estourou. Foi a melhor sensação do caralho eu poderia imaginar. Não era qualquer toque, não era o toque de uma vadia qualquer, não era algo repleto de luxúria, era um toque delicado, a mão dela me acariciou com leveza, eu sabia que ela ainda estava passando as etapas de sua inibição. Apertei os olhos sentido o prazer ativar cada célula nervosa no meu corpo e mordi os lábios para não gemer.
Ela sorriu e arriscou movimentos para cima e para baixo no meu pau que implorava por atenção. Meus olhos correram até o rosto dela e beijei seus lábios tentando não gemer e acordar a porra da casa toda. Era difícil.
Ela apertou os dedos em torno de mim e não tive tempo de conter o gemido, parti o beijo arfando contra sua boca. Suas bochechas coradas me levaram até a borda. Tirei sua mão de dentro da minha calca e ela juntou as sobrancelhas surpresa.
Nos sentei entre os lençóis e ela mordeu o lábio quando se posicionou no meu colo. Minhas mãos tocaram seu rosto, meus dedos percorrendo cada mínimo traço de sua face, seu sorriso, seus olhos, tudo ali pertencia a mim. Ela era minha agora e pra sempre.
Invadi o tecido da blusa que ela vestia e levantei-a até retirar o tecido pela cabeça, Mack jogou em qualquer lugar e seu torso estava nu.
Felizmente a lua cheia iluminou o quarto apenas o suficiente para que pudesse apreciar seus seios nus por apenas alguns segundos antes de impacientemente olhar para o restante dela.
Seus olhos encontraram os meus e ela corou.
– Você é linda. Tão linda, Mack.
Beijei seu rosto, clavícula fazendo meu caminho para baixo. Ela abraçou meus ombros e me puxou para trás fazendo com que eu deitasse sobre ela.
Mackenzie
Justin fazia um trabalho para que eu me sentisse amada. Cada célula do meu corpo parecia estar fervendo e o frio que assolava as ruas do lado de fora não parecia existir ali. Justin tomou meu seio com a mão e o levou até a boca, sugando com a pressão ideal. Tal movimento foi respondido com um gemido da minha parte, ele fazia tudo tão bem. Meu corpo se arqueou contra o seu e senti sua dureza contra a minha barriga.
Justin retirou o meu peito da boca e, sem tirar os olhos de mim, desceu pelo meu corpo acabando com a pressão entre nossos corpos. Seus dedos correram pelas laterais do meu shorts de pijama e ele começou a puxá-lo para baixo junto com a calcinha. Seus olhos nunca ficando longe dos meus. Me ergui um pouco para que ele pudesse retirar a peça com mais facilidade e ele sorriu. Eu estava disposta a fazer qualquer coisa por ele.
Justin sorriu delineando com meu corpo os dedos e adorando minha pele com os olhos. Ele deitou-se por cima de mim novamente. E abriu as minhas pernas ficando entre elas, mas ele ainda estava de calca. Seu corpo fez pressão justamente em um ponto sensível em mim, foi instintivo arquear desejando mais daquela sensação.
Ele tomou os meus lábios com violência, o desejo latente crescendo entre nós. A vontade de ter cada vez mais crescia. Minhas unhas arranharam desde sua nuca até a base da coluna de Justin.
– Posso?
Seu sussurro fez todo o meu corpo se arrepiar. Eu sabia o que ele estava pedindo e estava disposta a ceder sem pensar muito, balancei a cabeça em sinal positivo e ele novamente desceu o rastro de beijos pelo meu corpo inteiro, parando no meu umbigo e brincando com a língua ali. Meu ventre se contorceu e eu mordi os lábios segurando gemidos. Justin segurou cada uma das minhas coxas e abaixou o rosto até a minha intimidade. Eu engoli o seco nervosa com o que estava por vir. Justin beijou-me de forma calma, tentando me deixar relaxada e em seguida lançou a língua contra o meu clitóris.
– Justin...
Sentir tudo girar daquela forma foi novo pra mim. Justin apertou a ponta dos dedos nas minhas coxas me segurando no lugar e eu tive que arranjar algo para apertar também.
Nunca imaginei que pudesse ser tão bom. Nunca imaginei que pudesse existir algo tão prazeroso quanto sentir seus dedos em mim, mas havia.
Justin definitivamente me chupou uma sequência de vezes enquanto eu mordia os lábios arrancando meu próprio sangue para não gritar. Era demais. Meu corpo todo começou a esquentar e foi como uma sequência de explosões desde o dedo do pé ate minha cabeça, tudo estava latejando, tudo estava flutuando dentro de mim. Meus olhos embaçaram em lágrimas de prazer e eu apertei o lençol ainda com mais força.
Quando a sensação de devastação tinha acabado Justin me espalhou meu líquido por ali e voltou a se deitar em mim.
– Você é tão doce.
Seu sorriso malicioso me acendeu novamente. Eu queria poder senti-lo, em todos os lugares, de todas as formas que fossem possíveis. Segurei sua nuca com força puxando sua boca contra a minha em um beijo longo. Justin segurou meus quadris me apertando com força, eu podia sentir seu sofrimento por estar preso ainda. Desci minhas mãos até o cós da calca de moletom que ele usava e tentei empurrar pra baixo enquanto nos beijávamos. Ele me ajudou chutando a peça com os pés ficando apenas de boxers. Tentei empurrar o tecido fino que nos separava, mas ele segurou minha mão antes que eu pudesse conseguir. Justin parou de me beijar e olhou nos meus lábios, seus lábios estavam vermelhos e inchados, assim como os meus deveriam estar. Ele tocou meu rosto com os dedos colocando as mechas rebeldes do meu cabelo para trás.
– Você tem certeza? Eu amo você, sempre vou amar. Independente disso.
– Eu quero que você seja meu, eu já sou sua, há muito tempo. Só quero que você oficialize isso. Eu amo você, Justin. Quero você e quero que você me dê isso. – sussurrei sorrindo largo. Seus olhos enegreceram novamente, ele ficou alguns segundos estático processando as minhas palavras em sua mente e voltou a me beijar. Seus lábios tocaram os meus, mas não em um beijo longo. Foi apenas um selar de lábios. Ele retirou as boxers e se levantou procurando a calca de moletom. Mesmo com a escuridão do ambiente eu pude notar que ele estava lá, acordado e pronto para mim. Justin abriu a embalagem da camisinha que guardava no bolso da calca e se deitou sobre mim novamente. Ele se posicionou entre as minhas pernas e eu senti o nervosismo voltar. Fechei os olhos esperando sentir a onda de dor começar.
– Mack.
Abri os olhos. – Quero você olhando pra mim, ok? Se quiser parar é só me dizer. Vai doer, meu amor. Mas vou fazer com que passe rápido. – ele disse olhando nos meus olhos.
Ter de admitir que eu sentiria dor parecia lhe causar algum tipo de agonia também. Apenas assenti com a cabeça e ergui minha cabeça beijando seus lábios. Justin serpenteou sua mão por entre nossos corpos se posicionado na minha abertura. Ele olhou pra baixo e seus olhos subiram até os meus. Sua mão procurou a minha e ele entrelaçou nossos dedos com uma enquanto segurava minha cintura com a outra.
Nossos olhares se conectaram e ele me levou ao céu naquele momento, senti Justin entrando em mim aos poucos, ele piscou lentamente com a boca entreaberta e aquela seria uma imagem que eu guardaria eternamente na minha cabeça. Ele estava sentindo prazer por minha causa. Enquanto ele avançava fui começando a sentir o meu canal se estreitar e a dor surgir de dentro de mim rasgando-me ao meio. Abri a boca e apertei os olhos sentindo a dor atravessar o meu corpo, Justin me beijou antes que eu pudesse gemer e me envolveu naquela fantasia que era seus beijos. Quando ele atingiu o meu fundo engasguei e ele apertou mais nossas mãos gemendo contra minha boca e suspirei sentindo a dor suavizar um pouco. Ele recuou e arrematou novamente dentro de mim, a dor foi intensa, porém rápida. Meu suspiro denunciou que a dor já tinha passado e abri os olhos encontrando ele me olhando sorrindo glorioso.
– Tudo bem?
Assenti selando nossos lábios e apertando suas costas com a minha mão livre.
– Continue.
Ele sugou uma respiração e saiu entrando novamente, lenta e tortuosamente. A dor começou a se transformar em prazer gradativamente. A cada entrada e saída eu ia sentindo o prazer com mais força e depois de algumas vezes eu já nem sentia os resquícios de dor. O prazer fluía através das minhas células me fazendo gemer.
– Esperei tanto por isso, Mack. – ele gemeu na minha orelha e apertei minhas pernas ao redor de sua cintura tentado sentir mais, ter mais, eu precisava de mais.
– Justin! – gemi fraco sentindo uma estocada mais profunda.
– Porra! Não... Merda, você é tão apertada.
Justin soltou a minha mão e segurou a minha coxa pressionando ainda mais contra sua cintura entrando cada vez mais em mim. A cada vez que ele saía, ele entrava com mais força. Meu corpo estava incendiado. A força e a rapidez de seus movimentos estavam me dano cada vez mais prazer.
Nunca pensei que fosse possível sentir algo do gênero, era tão proibido. Ele era tão bom, tudo era tão bom. Eu queria mais, queria de novo. Queria tudo pra sempre com ele.
Aos poucos, com Justin aumentando os movimentos e sussurrando elogios na minha orelha eu fui entendo novamente naquela onda intensa de sensações combustíveis queimando através da minha pele.
– Linda, porra, como você é linda... Nunca vou me cansar de você... Te amo, Mackenzie... Porra, você é minha agora e pra sempre... Pra sempre, meu amor.
Com a última sentença eu me desfiz.
Nenhuma das sensações anteriores poderia ser comparada aquele momento. Nada no universo tinha tanta força quanto a sensação que me revestia. Justin me beijou calando meu grito com sua língua aveludada. Ele estava na borda também. Meu ventre se revirou e meu interior se contraiu ao redor de Justin fazendo com que eu o sentisse ainda mais. A única polegada que nos separava era o plástico do preservativo, ainda sim, aquele milímetro de distancia não impedia que os nossos corações estivessem conectados. O mundo todo se silenciou enquanto eu sentia meu corpo borbulhar em sensações indescritíveis.
– Isso... Você chegou lá... Tão linda.
Meus sentidos estavam alterados, eu não escutava, nem via nada com clareza. Apenas sentia.
Senti Justin aumentar mais os movimentos procurando seu próprio ápice e ele o encontrou penetrando fundo em mim e me segurando com força. Justin gemeu um tanto alto no meu ouvido e chupou meu pescoço com força tentando se calar. Eu gemi em resposta a esse carinho e apertei seus ombros pressionando nossos corpos suados juntos.
Meus olhos encheram-se de lágrimas.
Em nenhum momento, em toda a minha vida eu tinha me sentido tão feliz. Nunca, com ninguém, em nenhum lugar. Nada poderia se comparar a isso.
Quando os tremores pelo corpo de Justin também cessaram e ele respirou ofegante deixando seu corpo cair contra o meu, eu soube que ele tinha voltado a terra depois de apreciar sua viagem ao céu.
Beijei a curvatura do seu pescoço e ombro, dando beijos suaves e carinhosos por onde podia. Eu o amava. Nunca pensei na hipótese de amar alguém com tanta força assim. Não me aprecia possível amar dessa forma. Era como senão fosse real. Parecia um sonho.
– Eu te amo. Meu Deus, como eu te amo. – sussurrei na orelha dele deixando as lágrimas de felicidade escorrer.
Justin levantou o rosto do meu pescoço e sorriu anestesiado.
– Você está chorando?
Ele perguntou confuso com um sorriso tímido lindo nos lábios.
– Sim. Nunca me senti tão feliz antes. Nunca, Justin. Você... Eu não sei nem dizer. – disse sorrindo e respirando fundo. Ele apoiou as mãos nas laterais da minha cabeça e me olhou secando as minhas lágrimas com beijos.
– Isso é bom. Porque eu nunca me senti tão fodidamente feliz e incrível como estou agora. Você é a mulher da minha vida, sabe disso?
Mexi meu quadril sorrindo e ele apertou os olhos mordendo o lábio inferior em um gemido silencioso.
– Não se mexe, tenho que sair de você primeiro. – ele murmurou suspirando frustrado e corei. – Merda, você é tão quente e apertada, não quero sair. – eu ri e ele abriu os olhos rindo fraco comigo. Aos poucos Justin saiu de dentro de mim.
A sensação de vazio que me preencheu me fez resmungar. Eu o queria de volta. Ele pareceu ler o pedido no meu rosto.
– Se eu ficasse ia acabar duro de novo.
Eu não via problema nisso. Ele se levantou de cima de mim e retirou o preservativo dando um nó na ponta e jogando em um cesto de lixo velho. Enquanto Justin caminhava pelo sótão nu, admirei o quão lindo ele era. Sua beleza natural era algo que excitava e intimidava. Como ele, sendo tão lindo, gostoso e perfeito podia gostar de alguém como eu? Tão ligeiramente simples?
Não fazia sentido.
Não precisava fazer. Ele tinha me mostrado que a razão e o certo nem sempre eram as opções que levavam ao caminho da felicidade. Ele era o meu erro. O meu cara errado e era a minha felicidade. A minha razão. O meu tudo.
Ele me pegou encarando e sorriu malicioso voltando a se deitar comigo e cobrindo nossos corpos nus. Não havia necessidade de vestir roupas, eu queria sentir sua pele contra a minha.
– Você faz isso difícil pra mim sorrindo desse jeito. – ele murmurou se deitando por cima de mim e nos virando de lado, deitando nossos corpos de conchinha.
– Que jeito?
– Esse sorriso doce e sexy. Isso me faz querer entrar em você de novo e... Merda, isso vai me deixar duro! - ele resmungou se afastando um pouco de mim.
– Ei, eu quero você perto! – rebati me virando e deitando sobre seu peito com metade do meu corpo, entrelacei nossas pernas e abracei seu abdômen definido.
Nós ficamos em silêncio por alguns minutos e era como se nossos pensamentos estivessem voando em nossas mentes. Até que de repente uma pergunta de verbalizou.
– Justin?
– Hm.
– O que você quer do futuro? – ele suspirou e eu levantei o rosto vendo-o sorrir.
– Você sairia correndo se eu dissesse que quero você?
Eu sorri. – Você correria atrás de mim se eu corresse?
Apoiei meu queixo em seu peito e murmurei sorrindo.
– Até o fim dos tempos. Não sei mais ser eu sem você. Quero ter uma vida com você do meu lado, porque se tenho você, eu tenho tudo. – ele se remexeu e eu sorri ainda mais largo. – Eu não sou o príncipe encantado que você sonhou, não sou o cara seu Joseph deseja pra você, mas eu amo você e vou fazer qualquer coisa nesse mundo pra te fazer feliz. Não te prometo perfeição, até porque, porra, eu estou muito longe disso, mas te prometo o meu melhor, te prometo minha parte boa, minha parte que te ama.
Meu coração apertou dentro do peito e eu podia sentir meus olhos lacrimejando novamente. Merda.
– Você é perfeito. Você é... Perfeito. – sussurrei levando meus lábios contra os dele.
Nosso beijo durou alguns segundos, mas eu deixei nossas faces próximas sentindo o cheiro dele.
– Pra sempre.
Ele sussurrou e eu abri os olhos sorrindo e lhe respondendo. – Pra sempre.
•
Acordar com a respiração de Justin no meu ouvido e nossos corpos conectados foi uma sensação totalmente diferente do que eu já estava acostumada. Ele me abraçava de forma que me acolhia entre seu corpo grande e duro. Inconsciente ele me apertou mais e suspirou no meu pescoço fazendo com que eu me arrepiasse.
Em uma tentativa tortamente falha de me virar para ficar admirando-o enquanto ele dormia, acabei acordando Justin. Ele abriu os olhos inconsciente e sonolento e piscou algumas vezes antes de despertar. Assim que ele me viu nitidamente um sorriso repuxou seus lábios e ninguém tinha ideia do quão satisfatório era ter aquele homem sorrindo em minha direção.
– Bom dia.
– Nunca pensei que pudesse existir uma versão de você ainda mais linda do que a que eu já estava acostumado, mas ver você assim, com o cabelo bagunçado depois de uma noite de sexo é sem duvida a coisa mais linda do mundo.
Rubor cobriu minhas bochechas e eu fechei os olhos encolhendo-me.
– Oh, e tem essa versão tímida que abala as minhas estruturas. – puxando meu corpo pra perto dele, ele disse rindo.
Justin me beijou e me virou na cama deitando por cima de mim, abri minhas pernas para que ele se posicionasse entre elas, mas gemi fraco sentindo a dor.
– O que foi?
– Estou dolorida. – fiz uma careta. – Sinto como se meus ossos tivessem sido reajustados. – ri, mas ele ficou sério. – Deve ser normal.
Justin se afastou um pouco retirando o lençol de cima do meu corpo nu e eu tentei me encolher envergonhada.
– Justin!
– Não banque a tímida agora. – advertiu-me sério. – Sinto muito, Mack. Eu não... Queria. – ele coçou a nuca olhando meu corpo e umedecendo os lábios. – Você está com alguns hematomas e... Eu te machuquei. – olhei meu próprio corpo encontrando as escoriações dos apertos de Justin na minha cintura na noite passada e as chupadas dele pelo meu corpo. – Sinto muito.
– Não se preocupe. Estou dolorida em todos os lugares certos.
Ele levantou os olhos até os meus e sorriu avançando em mim e me beijando de forma cuidadosa.
O meio das minhas pernas estava dolorido, assim como os locais que ele tinha violentamente apertado e sugado na noite anterior, mas eu não poderia estar mais feliz por conta daquelas pequenas dores que me lembrariam por alguns dias o que eu tinha feito e com quem. Eu estava marcada, não só fisicamente. Justin tinha deixado sua marca em mim para sempre.
– Fazer amor com você entrou pra minha lista de coisas que eu mais amo fazer. – ele sussurrou contra a minha boca.
– Ah é? E o que mais tem nessa lista?
– Beijar você. Te fazer sorrir. Te abraçar. Ver você dormir. Cheirar você... – ele me cheirou abri os braços prontos pra tê-lo novamente.
– Fazer amor? Ué, Justin. Pensei que você fosse o cara da transa de uma noite e só isso. Essa não é a parte que você me manda embora depois de uma noite de sexo?
Ele riu negando. – Não foi sexo ontem a noite. Foi mil vezes melhor. Foi amor, fiz amor com você, Lucky. Nunca tinha feito isso com ninguém, Lucky. Amor, você é a minha exceção.
Eu sorri avançando para beijá-lo.
Contudo, escutei o som da movimentação no andar debaixo.
Merda!
Empurrei Justin com força e ele me olhou confuso.
– Merda! Meus pais já acordaram! Se eles perceberam que eu não estou no meu quarto e que você não está no quarto de Pete eles vão nos matar!
– Lucky, se acalma.
– Acalmar? – cobri meu corpo com o lençol levantando e indo a procura das minhas roupas pelo quarto. – Eles vão acabar com você se pensarem na hipótese disso ter acontecido! – disse alto.
Justin se sentou no colchão e suspirou se levantando com toda sua glória masculina a mostra e indo vestir suas boxers e calcas. Tentei manobrar o lençol e vestir-me por debaixo do tecido, mas não funcionou e Justin ainda o puxou de mim me deixando nua.
– Justin!
Ele riu jogando o lençol do outro lado e puxando meu corpo nu contra o seu coberto pelas calcas de moletom. – Vi tudo isso ontem, você é perfeita. – sua voz me elogiando daquela forma fez meu corpo derreter. Beijando-me Justin retirou meu chão novamente. Era impossível resistir.
Antes que as coisas esquentassem demais me vesti e olhei pelo vitrô do sótão vendo o carro de Joseph na entrada.
– Merda, merda, merda! Eles já devem ter notado que você não está no quarto do Pete!
– Tudo nem eu posso dizer que estava no banheiro. – ele tentou.
– Por favor, eles não são idiotas! – resmunguei pegando os lençóis de cima do colchão.
– E então?
Olhei pelo ambiente tentado pensar em alguma coisa, uma desculpa ou solução. Eu estava prestes a lançar o meu namorado pela janela e então uma ideia me ocorreu. Andei até a janela de trás que dava vista para a área de trás da casa, a piscina e sorri.
– Você vai descer por aqui e dizer que foi até a cidade comprar... Qualquer coisa, ou fazer uma caminhada por ai! Isso! Eles vão acreditar!
Virei-me para Justin encontrando seu olhar incrédulo diante de mim.
– Você por acaso não disse algo como "descer por aqui" se referindo a janela, certo?
– Exatamente! Não é tão alto, você pode descer se apoiando nas janelas e... É isso! – sorri brilhante e ele negou com a cabeça.
– Estamos no terceiro andar, Mackenzie!
– Justin! Você prefere descer uns quatro metros ou ter seu pênis arrancado por Joseph? – sentenciei e ele me olhou bravo.
– Foi o que pensei! Olha, você pode ir se apoiando na sacada, não é tão alto. – expliquei vendo a distancia de onde estávamos até o chão. Pra falar a verdade era uma altura boa, uma queda dali o daria alguns ou vários ossos quebrados, mas ele teria de fazer isso.
Justin resmungou até que eu o obrigasse a descer. Quando ele se apoiou do lado de fora eu quase me arrependi da ideia. Ainda sim, um braço quebrado era melhor do que um sermão de dias de Joseph.
– Você tem sorte de que noite passado faz isso valer a pena. – resmungou descendo pelo lado de fora. Eu sorri e levou algum tempo e habilidade até que ele estivesse firme no chão. Acenei indicando o caminho até os portões de saída e ele sumiu por ali.
Desci as escadas correndo tentando fazer o mínimo de barulho possível. Entrei no quarto sem ter sido pega.
Suspirei aliviada e fui tomar banho.
Justin Bieber
Consegui sair da casa sem ser visto e voltei meia hora depois com algumas sacolas, passei em uma farmácia para repor o meu estoque de preservativos na mala e algumas coisas para Mackenzie. Era Ação de Graças e eu estava ali como um convidado. A cidade era relativamente pequena e as pessoas caminhavam pelas ruas sorrindo umas para as outras, notei algumas garotas sorrindo maliciosamente na minha direção e ignorei. Entrei em uma loja de rosas, tal loja que possuía o sobrenome Manson e entrei, seria patético dar flores a uma mulher que era dona de uma floricultura.
Comprei um arranjo e fiz meu caminho de volta pra casa. Os portões estavam abertos como se fizessem um convite as pessoas para entrar e apreciar a paisagem. Havia uma trilha até a entrada da casa e o carro de Joseph estava estacionado, notei alguns funcionários podando algumas rosas e acenei continuando a caminhar.
Entrando na casa fiz meu caminho para a cozinha, um tanto intimidado por estar em um ambiente onde eu era o intruso. Escutei a risada alta de Mack e em seguida todos rindo junto com ela. Entrei na cozinha e ela me olhou sorrindo largo vestida em uma roupa simples e mais linda do que o habitual enquanto eu vestia apenas moletom e tênis.
– Hm, bom dia.
– Bom dia, querido. – Pam sorriu pra mim e Pete acenou. Joseph de virou me olhando sério.
– Bom dia.
– Onde estava?
– Acordei cedo e fui dar uma volta pela cidade... Comprei alguns brownies. – dei de ombros, tímido.
Mack já estava em pé ao meu lado pegando as minhas sacolas.
– Gentil de sua parte.
Ela colocou as coisas na mesa e Pam se levantou para terminar de colocar as coisas na mesa. Olhei pra Mack sinalizando para falar com ela na sala. Ela assentiu e nós saímos indo até o corredor.
Mackenzie
– O que foi? – ele sorria tímido, parecendo nervoso. Eu podia entender uma vez que o olhar de Joseph em sua direção era terrível.
– Comprei uma coisa pra você. – ergui a sobrancelha o vendo retirar uma pequena sacola de dentro do bolso do moletom.
– O que é isso?
Abri a sacola vendo um frasco de uma espécie de creme lá dentro. Quando peguei a embalagem engoli o seco querendo rir em incredulidade.
– Algo pra... Você sabe, suas partes de menina e... Você disse que estava dolorida, eu só... – ele tentou explicar constrangido, meu queixo caiu, abri a boca uma dezena de vezes tentado dizer algo, mas nada saia.
Ele tinha comprado um creme pós depilatório.
– Ai, meu Deus Justin! – a risada explodiu dentro de mim e eu ri até ficar sem ar. Ele me olhou irritado e frustrado. Sua intenção tinha sido boa, mas era cômico.
– Não é nada fácil pra um cara ficar parado na farmácia lendo rótulos de... Porra, eu vi que era pra essa parte do corpo e joguei na cesta. – ele balançou a cabeça nervoso.
Joguei a embalagem de vagíeis dentro da sacola novamente e me joguei contra ele. Eu tinha o melhor namorado do mundo.
– Você é incrível, sabia? Mas não acho que isso funcione no caso de, hm, fricção excessiva. – ri, enrolando meus braços ao redor do seu pescoço – De qualquer forma, o que vale é a intenção.
– Te amo. – ele murmurou contra a minha boca. Sorri colando nossos lábios em um carinho romântico.
– Agora vamos voltar antes que meu pai venha atrás da gente. – ele assentiu e eu guardei a embalagem dentro do bolso da blusa que usava.
•
Ao redor da casa os preparativos para a Ação de Graças começava. Havia um convite aberto a todos os vizinhos e amigos da família para o jantar. A ceia seria servida no jardim onde mesas e cadeiras estavam sendo postas. Na cozinha Pam, suas amigas e algumas cozinheiras tratavam de preparar tudo. Justin e eu desfrutávamos da tranqüilidade da sala com lareira, estávamos abraçados apenas aproveitando a presença um do outro enquanto passava um filme qualquer na televisão.
Nos braços dele era o lugar que eu queria estar e ficar pra sempre. A felicidade de tê-lo de volta era grande, contudo eu não conseguia entender o porquê da mudança brusca de atitude de Justin.
Como, de uma hora pra outra, ele tinha voltado a me amar? Era confuso e aquilo me incomodava. Eu queria saber a verdade, queria entende do que tinha acontecido com ele. Beijando minha bochecha com carinho seguidas vezes, ele me apertou mais em seus braços.
– Você é linda. – sussurrou pra mim e eu sorri e levantei o rosto o beijando. Voltei a me deitar nos braços dele e voltamos a ficar em silencio. Depois de alguns minutos deixei que a curiosidade falasse mais alto.
– Hm, Justin? – me remexendo em seu colo, sentei-me.
– Sim.
– O que aconteceu?
Ele me olhou confuso.
– O que aconteceu pra você me mandar embora e agora, bem, e me querer de volta. Por favor, antes de pensar em dizer "nada" lembre-se de que eu não sou idiota e eu confio em você. – adiantei.
Ele não esperava por aquilo. Seus ombros se encolheram e ele perdeu o sorriso – Você pode parar pra pensar em uma desculpa ou me dizer a verdade.
Ele ficou em silêncio, por infinitos segundos – Eu podia ser seu irmão. – ele soltou de repente e eu engasguei com a minha própria saliva.
– O que? – perguntei tentando respirar. Eu deveria ter escutado errado.
Ele suspirou parecendo incerto sobre prosseguir ou deixar por isso mesmo.
– Você vai me dizer.
– Não é o meu segredo pra contar. Mas... – ele mordeu o canto do lábio e suspirou. – Prometa que não vai fugir de mim, nem irá tirar satisfações com a Pam.
– Pam? O que minha mãe tem a ver com isso, Justin?
O nervosismo começou a pulsar dentro de mim.
– É uma longa história, mas... Jeremy teve um caso com a sua mãe no passado. Eles acabaram dormindo juntos uma noite. – minha respiração parou. O ar parou de entrar e eu não conseguia respirar. – Mas sua mãe, Tessa, não podia ter filhos.
– Isso é loucura! – gritei assustada.
– Me deixe terminar, quando eu acabar você pode gritar comigo. Mas me deixe terminar. – ele pediu calmo e eu engoli o seco. – Sua mãe não podia ter filhos e ela só descobriu isso quando tentou engravidar de Martin naquele mesmo ano quando eles se conheceram. Não se engane, Tessa não traiu o seu pai. Ela e Jeremy se envolveram antes que eles se conhecessem. – cada palavra era uma pedra sendo atirada em mim. – Jeremy, ele sim traiu a minha mãe... Pam, ela podia ter filhos. Seus pais queriam muito ter um filho, eles tentaram até descobrir que sua mãe não podia. Pam vendo a tristeza da sua mãe decidiu doar os óvulos dela pra que sua mãe pudesse ter um filho. Pam é basicamente a sua mãe biológica, Mack. E por todo esse tempo, desde que Jeremy descobriu de quem você era filha, ele achou que você pudesse ser filha dele. E eu não pude... Eu não sabia o que fazer. Eu sentia raiva e acabei descontando em você. Porque eu te amava, porra, eu te amo e eu não podia lidar com isso. Eu não queria que você fosse minha irmã. – ele se engasgou com as palavras parecendo desesperado. – Eu só, me desculpa. Eu deveria ter dito, mas... Eu não sabia o que fazer. Ao mesmo tempo em que eu te afastava eu estava tentando te manter por perto e descobrir tudo.
Minha cabeça pareceu pesar toneladas com a quantidade de informação derramada sobre mim. Talvez eu preferisse não descobrir a verdade. Não essa verdade. Isso era mentira.
– Isso é mentira. – disparei sentindo as lágrimas caírem.
Minha vida tinha acabado de virar uma farsa.
– Não, não é. Me desculpa. – ele se levantou e veio até mim me abraçando. – Eu estava com medo por nós dois. – eu caí, mas ele me segurou. – E quando eu descobri que você não era filha da Tessa, quando eu descobri que qualquer hipótese de você ser minha irmã não existia, eu corri de volta pra você. Eu abri meu coração pra você assim que pude, Mack. – ele contou me apertando forte, mas sua voz estava embargada. As lágrimas caiam livremente pelo meu rosto.
Eu precisava ser segurada, eu estava caindo. De tantas formas.
Justin Bieber
Eu contei a ela a mesma história que Pam havia me contado duas noites atrás quando Jeremy e eu viemos até a cidade encontrá-la e esclarecer toda a verdade. Eu tinha ficado chocado demais para entender logo de início, mas aos poucos, tudo começou a fazer sentido.
Definitivamente, tudo.
Além da leveza que senti por descobrir que Mackenzie não podia ser minha irmã, eu senti raiva. Raiva por terem mentido pra ela a vida inteira. Mesmo não sendo o meu segredo, eu lhe contei. Eu estaria ali para cuidar dela. Eu estava do lado dela, e não sairia.
Mack chorou nos meus braços até que ela não agüentasse mais. Vê-la chorando daquele jeito partiu meu coração. Eu sabia que tinha acabado de destruir toda a sua vida lhe contando a verdade, mas ela confiava em mim. Eu não podia mentir. Não quando ela tinha se entregado pra mim de tantas formas. Nós éramos um só agora é a sua dor era a minha dor.
– Eu te amo, me desculpa por ter escondido. – pedi baixo no ouvido dela e ela fungou afundando o rosto no meu peito apertando minha camisa entre os dedos.
– Isso é mentira, por favor, diz que é mentira. – ela soluçou encolhida no meu colo. Eu queria dizer que sim, que era uma mentira, mas não era. Era a sua realidade.
– Não, meu amor. Sinto muito.
Beijei o rosto dela com cuidado beijando todas as lágrimas que ameaçam cair lhe ferindo.
Eu não ia deixar a minha garota sofrer, não mais.
Quando ela parou de chorar seu olhar vermelho encontrou o meu e ela fungou.
– Pam é minha mãe? – sua voz quase não saiu.
– Sim. Ela é sua mãe biológica, mas Mack, olha pra mim. Ela fez isso por você, pela sua mãe e pelos seus pais. Você é filha de Tessa e Martin Manson. Assim como também é filha de Pamela e Joseph. Pam te deu a vida, Tessa trouxe você pro mundo e Pam te ensinou a viver. Isso que importa, não é? Você foi amada cada segundo, você é amada. Eu amo você, Pam ama você e Tessa também te amou. – falei firme tentando fazer ela se sentir melhor.
Os olhos dela sorriram pra mim.
– Eu te amo tanto. – ela confessou me abraçando e a apertei pra mim querendo guarda-la dentro de mim e protege-la de toda dor possível.
– Meninos? – Pam entrou na sala e ao nos ver abraçados e Mack chorando ela se assustou.
– O que aconteceu?
Olhei pra Mack e ela olhou pra mim.
– Está tudo bem, eu só... Estou meio emotiva. – ela mentiu limpando o rosto. Pam não acreditou, mas não questionou.
– Vim ver se vocês querem algo pra comer. – ela sorriu e deu de ombros. – Mas vejo que estão bem ai.
Assenti e Pam me lançou um olhar antes de sair. Voltei a olhar Mack e beijei a bochecha dela a abraçando.
– Eu te amo, ok? Te amo tanto que não posso mais pensar na hipótese de te perder de novo. Não quero e não vou deixar isso acontecer. Prometo que vou ser o melhor namorado do mundo. – prometi a ela com toda a certeza e verdade do mundo.
Mack ainda estava deslocada e confusa no que tinha acabado de acontecer, mas ela sorriu pra mim.
– Eu não ia suportar ser sua irmã. Não gosto nem de pensar na ideia.
– Eu sei. Foi como a porra de uma tortura ficar pensando nisso o tempo todo. Eu sentia uma vontade de caralho de te beijar e abraçar, mas não podia. – suspirei – Mas agora eu posso te beijar a hora que quiser. – sorri puxando-a mais pra mim. Ela aproximou sei rosto do meu me oferecendo seus lábios, mas sorri malicioso.
– Peça. – meu sussurro fez os olhos dela brilharem.
– Me beija, Justin.
E eu obedeci.
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