1. Spirit Fanfics >
  2. Relentless >
  3. Fraternidade

História Relentless - Fraternidade


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


prometi que voltava e aqui estou eu!!! hahaha, obrigada a vocês que comentaram!!!

aqui a segunda parte do capitulo, acho que está melhor que a primeira!!! :)

se tiver algum erro ao decorrer do cap, me desculpem!!!

Capítulo 5 - Fraternidade


Fanfic / Fanfiction Relentless - Fraternidade

Justin

- Passo pra te buscar ai em dez minutos. Fique pronto. - Jason nem esperou eu dizer que estava cansado. Ele simplesmente desligou a chamada e bufei cansado. Joguei o celular no sofá e me sentei vendo Taylor sair com Penn aos beijos do quarto. Ela estava descabelada e eu já imaginava o que eles tinham feito. Nem se deram conta da minha presença. Taylor me notou depois que fechou a porta e ele sorriu feito um babaca.

- Se você não estivesse com cara de quem fodeu a tarde toda eu ia te chamar de viado por causa desse sorriso idiota ai.

Ele se sentou no sofá e jogou uma almofada em mim, mas agarrei-a no ar.

- Vai se foder. - ele riu coçando a nuca. - Estava aonde?

- Por ai com a Lucky.

- Com a Mackenzie? - ele fez uma feição surpresa e assenti. - Mas vocês não estavam brigados?

- É... A Lucky é a garota mais confusa que eu conheço. - ri coçando a nuca. - Mas ela é incrível. - suspirei e joguei meu corpo para trás.

- Isso não vai dar certo. Você sabe que vai estragar tudo. E você não pode magoar a Mack, porque senão a Penélope vai...

- Taylor, por favor. Você é o meu amigo, mas estou pouco me importando com o seu relacionamento com a Penélope. Você e ela são você e ela. Eu e a Mackenzie, somos eu e Mackenzie. Eu não me meto no seu namoro então não se mete na minha amizade com a Lucky. - dito isso levantei do sofá e fui pro meu quarto, tomar um banho rápido e me trocar.

Coloquei uma roupa e desci para esperar Jason. Acendi um cigarro para passar o tempo e alguns minutos depois escutei o barulho do seu carro parando próximo a mim.

Jeremy dirigia e Jason estava sentado no banco do carona. Jaxon estava atrás pulando feito maluco.

Entrei no carro e todos seguimos para o Zer0ne.

- Angel... Mi dulce Angel... - Jason brincou com um sotaque espanhol quando viu Angelina.

Ela negou com a cabeça enquanto ele a abraçava por trás.

O Zer0ne depois das seis da tarde mudava totalmente de figura. O ambiente acolhedor e familiar das tardes ali se transformava em um lugar repleto de homens e mulheres adultos que só queriam beber, ou dar uma aliviada. O lugar estava cheio, mas encontramos uma mesa ao fundo.

- Onde está a garota sortuda, Drew? - ela perguntou enquanto colocava as cervejas na mesa.

Íamos ali com tanta frequência que Angel já tinha decorado os nossos pedidos. Ali os Bieber já eram praticamente de casa.

Ri fraco me sentando mais confortavelmente no banco.

- Sortuda? - Jaxon olhou pra mim com a sobrancelha erguida me perguntando sobre o que era aquilo.

Angel estragou todos os meus planos de manter aquilo em sigilo para os caras. Não que eu sentisse vergonha de Mackie ou dos meus irmãos, mas conversar sobre garotas não era exatamente o tipo de assunto que costumávamos ter. Ou melhor, até era, mas sempre falando de experiências sexuais, ou qualquer merda que fazíamos embriagados. Com Mackenzie era diferente porque eu gostava dela.   De uma forma esquisita e que me deixou confuso por eu finalmente assumir isso na minha cabeça. Eu gostava dela.

- Ele trouxe uma garota aqui hoje. Lucky. - Angelina tinha um sorriso maroto nos lábios, ela sabia como me deixar sem graça.

Eu me sentia uma porra de garotinho indefeso quando a mãe conta sobre as namoradinhas pro pai. Fiquei constrangido.

- Opa opa, você trouxe uma garota aqui? – Jason exclamou.

- Lucky? Que merda de nome é esse. - Jaxon completou rindo feito o babaca que ele era.

- Não vai nos contar sobre a sua namorada, filho?

Rolei os olhos incomodado com aquelas perguntas e joguei o corpo para trás.

- Ela não é minha namorada. E o nome dela não é Lucky, é Mackenzie. Lucky é só o apelido que dei a ela.

Angel deu uma risadinha maliciosa e saiu. Ela era como uma mãe, quer dizer, ela e Jeremy se pegavam às vezes e ela era a conselheira oficial dos Biebers.

- Lucky? Tem algum motivo pra isso? - Jason perguntou rindo fraco, mas ele não estava debochando como Jaxon.

- É... Longa história. Vamos mudar de assunto. - contornei e dei o primeiro gole na minha cerveja.

- Não vamos não. Um Bieber namorando. Você vai sujar a nossa reputação assim cara.

Eu era o mais novo, mas Jaxon era completamente idiota.

- Cala a porra da boca Jax. Ela é minha amiga. - reclamei bufando e olhando para fora da janela.

- Amiga? Fala sério, você já comeu ela ou ainda quer comer?

A maneira suja que ele usou para tratar de Mack me deu nos nervos. Meus punhos cerraram por cima da mesa e olhei Jaxon com ódio. Ele percebeu que eu não estava brincando, todos ali perceberam isso e ele se calou erguendo as mãos abertas na altura dos ombros em rendição.

- Ok. Foi mau.

- Acho que não viemos aqui falar das garotas do Justin. Se me permitem vim aqui para ficar bêbado e depois tentar alguma coisa com a Angel. Então...

Jeremy percebeu a situação tensa que ficou no ar e mudou o foco da conversa nos distraindo. Todos começaram a zoar ele e eu ri entrando na brincadeira.

Ele era apaixonado por Angelina. Pelo menos era isso que parecia. Depois da morte da minha mãe eu nunca tinha visto ele se envolver com mais ninguém e nós levamos aquilo como um sinal de respeito a ela. Ele nunca colocou outra mulher dentro de casa até hoje. Eu sabia que as saídas noturnas e voltas vespertinas dele envolviam sexo e dinheiro, mas aquilo nunca foi um problema. Ele era homem. Contudo, de uns dois anos pra cá, do tempo que entrei na faculdade ele vem se envolvendo com Angel, ou pelo menos tentando. Ela era uma espanhola linda e gostosa pra caralho. Na minha primeira noite como calouro viemos até aqui e eu tentei ficar com ela. Ela me deu fora. Meu coração ficou partido por uma noite inteira. Rio só de lembrar. O velho Bieber teve mais sorte. Eles ficavam juntos às vezes, mas Angel se recusava a assumir qualquer coisa. Meu pai era apaixonado por ela.

A noite passou. A mesa ia enchendo cada vez mais com garrafas de cervejas vazias e todos nós ficamos loucos de bêbados. Jogamos sinuca e foi um fiasco por eu mal conseguia acertar o taco na bola.

No final da noite, Angel teve que assumir a direção do carro e nos levar pra casa.

Quatro Biebers bebendo e tendo uma babá para nos levar pra casa, poderia ser ridículo se não fosse tão engraçado. Angel me deixou em casa e eu mal conseguia andar. Jaxon e Jason me zoavam gritando feito loucos pela janela do carro. Ri alto e levantei o dedo médio para eles.

- Vão se foder! - cambaleei e alguém me segurou, me virei assustado vendo Jacque passando o braço pela minha cintura me ajudando a manter o equilíbrio.

- Vem, eu te ajudo.

O que ela estava fazendo ali? Ainda mais uma hora dessas. Não perguntei porque estava preocupado demais em subir as escadas sem tropeçar. Ela pegou as chaves do meu bolso e abriu a porta me colocando pra dentro. Apoie-me no balcão da cozinha e ela veio até mim novamente.

- Valeu.

Meus olhos estavam pesados e minha fala embolada, eu não conseguia definir muitas coisas, mas sabia que ela estava sorrindo pra mim a milímetros de distancia.

- Você sabe como pode me agradecer. - ela passou suas unhas compridas pelo meu pescoço me arranhando de leve e me arrepiei.

A sala estava escura, mas eu podia ver os olhos dela brilhando em luxúria. Por um segundo foi como se eu tivesse visto Mackenzie ali e meu desejo por ela se alargou. Sem pensar duas vezes agarrei a nuca da garota a beijado com vontade. Minha boca tinha gosto de cerveja, uísque e tequila, mas ela parecia gostar porque retribuiu na mesma intensidade. Levei minhas mãos até a bunda dela e dei impulso para que ela subisse. Eu mal conseguia me aguentar em pé, mas fiquei feliz por conseguir chegar até o sofá e nos deitar ali.

Os acontecimentos seguintes passaram como borrões pela minha mente. Eu sabia que tinha sido sexo e tinha sido bom, mas eu não me recordava dos detalhes na manha seguinte.

- Justin. - escutei Taylor me chacoalhando e abri os olhos somente para fechá-los em seguida incomodado com a luz forte.

- Que é?

Minha voz saiu rouca demais até para mim.

- Levanta dessa porra de sofá e tira a Jacque daqui. - a voz dele saiu ríspida. Abri os olhos vendo que ele estava em pé na sala vestido. Olhei para o meu lado e vi Jacque deitada sobre mim nua. Merda.

Olhei para Taylor mais uma vez e ele negou com a cabeça saindo dali. Ele estava bravo comigo. Mas que merda eu tinha feito?

Eu não queria ficar com Jacque, na verdade eu queria, mas vontade de transar com ela já tinha passado. A vontade de transar com qualquer outra garota sem ser Lucky tinha passado.

- Jacqueline. - chamei balançando seu corpo e ela sorriu despertando aos poucos.

- Bom dia, Justin.

Ela alongou o pescoço para me beijar, mas recuei.

- Levanta e cai fora. Se quiser tomar um banho ande logo porque eu tenho que ir pra faculdade. - fui grosso o suficiente para que ela captasse logo o que eu estava fazendo.

Seus olhos se enfureceram e ela se levantou cobrindo o corpo com os braços.

- Como é?

- Você escutou. Se troca e cai fora. Se precisar de dinheiro pro taxi eu...

Não consegui terminar a frase porque fui atingido por um tapa estalado na bochecha.

- Seu canalha!  Você é um filho da puta, Bieber! - ela gritou pisando duro até o banheiro.

Ri voltando a me sentar no sofá e cocei os olhos. Havia embalagens de preservativo pelo chão e respirei fundo vendo aquilo.

Eu tinha bebido pra cacete e transado com uma garota achando que era a Lucky. Mas que caralhos está acontecendo com a minha cabeça?

Com tudo isso eu me sentia mal. Me sentia arrependido de ter feito aquilo. E eu nem sabia se tinha válido a pena ou não porque eu não me lembrava.

Peguei as minhas roupas no chão e fui até o meu quarto. Tomei um banho de pouquíssimos minutos e me vesti. Jacque ainda estava no banheiro quando sai e rolei os olhos. Eu já estava atrasado pra caramba e ela só ia piorar aquilo.

A campainha tocou e fui abrir enquanto digitava uma mensagem para Mack no celular. Quando olhei quando estava parado na frente da porta sorri. Era ela.

- Oi.

- Eu consegui! Eu consegui Justin! - ela gritou eufórica pulando no meu pescoço. Eu não entendi o motivo do abraço, mas não importava porque estava sendo ótimo.

Abracei a cintura dela e tirei seus pés do chão. Ela sorria e gritava em começarão de algo que eu ainda não tinha entendido. Ela estava feliz e era por algo que eu tinha feito, sorri largo e afundei meu rosto no pescoço dela cheirando aquela área. Ela tinha um cheiro bom, de rosas e morango com chocolate.

- Eu tirei a segunda nota mais alta na prova do Simon!

Ela tinha tirado uma nota boa em matemática. Ao saber disso sorri ainda mais. Ela estava feliz por algo que eu tinha ajudado, me senti orgulhoso naquele momento.

- Eu disse, porra! - a apertei ainda mais entre meus braços e não me importei se estaria machucando ou não.

- Você é incrível! Eu sabia que ia conseguir, Lucky. Parabéns! - a coloquei de volta no chão, mas ainda sim a abracei. Ela estava tão contente que aquilo influenciou no meu humor também.

- Eu pensei que não fosse conseguir e olhe só... - ela ergueu a folha da prova um B+ escrito em vermelho no topo da folha. - Um B+! Eu nunca pensei que pudesse tirar um B+ em matemática!

- Justin...

A voz de Jacque invadiu o ambiente e ela me olhou sorrindo maliciosa como se não estivesse mais brava. Aquilo me deixou confuso e respirei fundo. Percebi a feição de Mackenzie e odiei vê-la murchar o sorriso.

- Já pegou suas coisas? - perguntei rude.

Ela assentiu e sorriu vindo até mim, alertei a mão de Mackenzie impedindo que ela se movesse do meu lado. Jacque tentou me beijar, mas recuei. - Te vejo mais tarde?

- Não. Agora vai embora.

Eu sentia que ela sorria somente para provocar Mack. E quando ela saiu pela porta fiquei chateado ao ver que toda a alegria e brilho de Lucky tinha se esvaído. Ela olhou a sala e pareceu enojado ao ver as embalagens de preservativo rasgadas.

- Eu... Ela... Nós dois... Desculpe-me. Argh, eu...

As palavras ficavam presas na garganta e eu não conseguia formar nenhuma desculpa.

- Por que está pedindo desculpas pra mim? - ela riu e senti um tom amargo e irônico em sua risada. - Não fui eu que fui chutada. Você é Justin Bieber. É isso que você faz e...

- Ei, ei... Como assim é isso que eu faço?

- Você transa com garotas e depois as trata como lixo. Eu só fico surpresa por elas ainda te quererem mesmo sabendo de tudo. - ela estava debochando de mim.

Mackenzie estava brava. Percebi isso no olhar e nas palavras dela.

- Agora se me da licença, vou voltar pro campus. Acho que posso engravidar só de respirar o ar nojento desse lugar. - dito isso ela me deu as costas e foi embora.

Ela tinha me insultado, e ela estava com razão,

- Mack espera eu também estou indo pro campus.

Ela fez de novo, me ignorou como se não estivesse se importante. Rolei os olhos e tranquei a porta antes de descer as escadas correndo. Minha cabeça tinha começado a doer, mas eu não tinha tempo de voltar e tomar um analgésico. Eu já tinha perdido as duas primeiras aulas do dia, e não podia perder o resto. Mesmo que não tenha sido esse o motivo da minha pressa.

Segurei o braço de Mackenzie antes que ela desse sinal para o taxista que passava ali.

- Eu falei que te levo.

- Muito obrigado, mas acho que você tem mais o que fazer. – ela disse seca e entrou no taxi.

Mack

Depois da cena ridícula no apartamento de Justin naquele dia a nossa amizade se tornou algo mais... Acho que não existe alguma palavra que possa classificar isso. Eu fiquei chateada e estranha com ele por uns dois dias e eu percebi que ele ficou triste comigo também. Mas acabamos voltando às boas. As pessoas achavam que eu transava com ele, mas ao mesmo tempo elas duvidavam porque todas as garotas que dormiam com ele eram chutadas no dia seguinte e ele não tinha feito isso comigo. Pelo contrario, Justin vivia colado em mim. O que era bom. Eu tinha carona pra casa todos os dias e ele geralmente me pagava um lanche todos os dias.

Ele ainda era um babaca, mas eu estava começando a ver o lado bom dele. Justin era um amigo de verdade. Ele se preocupava comigo. De uma forma que chegava a ser fraternal. Acho que fraternidade era um bom adjetivo para classificar a nossa relação. Agíamos como irmãos. Algumas semanas já tinham passado e ele continuava tão ligado a mim quanto eu a ele.

- AHHHH! - Penélope gritou do banheiro e quase cai da cama com o pulo que dei. Corri pro banheiro vendo ela se enrolar na toalha.

- O que foi?

- A água está congelando! - gritou tremendo.

Respirei fundo e quase voei no pescoço dela por ter me assustado de tal forma.

- Tudo isso por causa da temperatura da água? Fala sério, Penn.

- Não. A água estava quente e congelou completamente. As bacias devem estar quebradas de novo. Oh droga! - ela reclamou voltando ao quarto.

Alguém bateu no nosso quarto e me levantei para abrir.

- A água de vocês está gelada também? - Melly, nossa vizinha de quarto, perguntou e assenti. - Foi o que pensei.

Em seguida as luzes se apagaram também e todos os aparelhos eletrônicos desligaram.

De repente um fluxo enorme de garotas começou a andar pelos corredores reclamando da água e a senhora Marlyn apareceu nos informando sobre o problema de energia que tinha acontecido e disse já estavam trabalhando no conserto. Os geradores alimentariam o prédio pelo tempo sem energia, mas ainda sim não era suficiente.

- Mas que merda. Como eu vou estudar assim? - reclamei fechando a tela no notebook.

- Arruma suas coisas. Vamos por apartamento do Taylor até eles arrumarem a energia. - Penn disse encerrando a chamada e abrindo a porta do nosso pequeno closet.

- Como é?

- Acho que só vamos ficar alguns dias. Eles não devem demorar tanto assim para normalizem as coisas então vamos levar somente o necessário. - ela dizia alto de dentro do armário.

- Penélope eu não vou ficar no apartamento do Justin.

Ela me olhou entediada.

- Então vai ficar no escuro e com água fria pelo resto da semana.

Minha melhor amiga e prima era realmente um amor de pessoa. Ela começou a guardar suas roupas em uma mala, que era grande demais para quem só passaria alguns dias fora. Vencida pelo bom senso e pela minha necessidade absurda de energia, comecei a arrumar algumas mudas de roupa e colocar meus livros em uma mala média que não foi totalmente cheia.

As garotas ainda conversavam no corredor expondo a sua revolta diante da situação, mas eu e Penélope passamos por ela sem dar atenção. Fomos para o carro e seguimos para o antro do Bieber.

- Lucky! - Justin me tirou do chão quando sai do carro.

Ele me abraçou forte e beijou minha bochecha com força. Ri da sua demonstração de carinho e o abracei de volta.

- Olá, garotão.  

Eu tinha arranjado um apelido para ele também. Era sem graça e óbvio demais. Justin era bem maior que eu e quando ele me abraçava eu sumia em seus braços fortes e tatuados. Mas ainda sim o meu apelido carinhoso era especial.

Penn e Taylor começaram a se agarrar antes mesmo que ela saísse totalmente do carro. Justin rolou os olhos rindo e pegou minha mala arrastando com a mão livre já que uma estava repousada nos meus ombros.

- Como se sente sabendo que vai passar alguns dias morando comigo? Algumas garotas se matariam para estar no seu lugar.

Ele era tão convencido e o sorriso dele era ainda pior.

- Cala a boca. - ri empurrando ele pelo ombro.

Quando entramos no apartamento estava tudo uma bagunça. Eles pareciam ter sido pegos desprevenidos. Havia louca suja na pia, pratos pela mesa de centro, roupas por cima dos móveis. Aquilo era um ambiente típico habitado por dois homens solteiros.

- Acho que água gelada e escuridão eram opções melhores do que isso. - comentei com um tom enojado observando a bagunça enquanto Justin entrava com a minha mala.

- Não está tão ruim e vocês nos pegaram de surpresa. Quando você vem aqui eu geralmente me preocupo em deixar o lugar menos sujo, mas foi de repente então...

Sorri com aquela confissão.

- Então quer dizer que você arruma a sua casa para me receber... - provoquei e ele levantou o olhar sorrindo tímido.

- Ér... Eu vou levar sua mala pro quarto.

Ele saiu arrasando a mala pra dentro do seu quarto e o segui.

- Eu não vou dormir com você.

Meu tom saiu áspero demais, e não foi daquela forma que eu tinha em mente. Justin se virou para mim visivelmente entristecido e tentei me concertar.

- Quer dizer... Isso vai ser estranho... Eu... O sofá me parece um lugar confortável. - contornei a situação.

- Se você soubesse a quantidade de líquido seminal que forra aquele couro você pensaria duas vezes antes de dizer isso. - Penn disse e me virei para a porta vendo ela na porta da frente lavando as mãos no banheiro.

Justin gargalhou e eu engoli o seco fazendo uma cara de nojo. Só de me lembrar da cena no dia em que encontrei com Jacque aqui senti náuseas.

- Pensando melhor eu acho que aguento ficar sem energia por um tempo e...

- Lucky, para com isso. Eu não te aconselho a dormir no sofá. Eu transo com as garotas nele. Mas nenhuma mulher nunca chegou nem ao menos perto da minha cama, a não ser você.

Justin andou até mim e segurou meu rosto o levantando para que eu o olhasse nos olhos. Eu odiava aquilo, mas toda vez que eu encarava as orbes castanhas de Justin eu me desmanchava, eu lia sinceridade, carinho e afeto ali.

- Eu não acredito em você. – desdenhei.

- É sério, Mack. Justin tem princípios. Ele não leva as garotas para o quarto.

- Isso seria nojento, afinal é a minha cama. - ele fez uma careta esquisita.

- Então você está me dizendo que transar no sofá é algo normal e aceitável, mas transar na própria cama é nojento? Qual a lógica disso? - perguntei olhando pra eles.

- Ela nunca vai entender. - Justin e Taylor trocaram um olhar cúmplice e riram, eu olhei para Penn pedindo uma explicação, mas ela só deu de ombros tão confusa quanto eu.

- Tudo bem, eu durmo na sua cama se você dormir no chão. - impus e ele me olhou ofendido.

- Lembre-se de que a intrusa aqui é você. E o dono da casa sou eu então. Então você tem que obedecer as minhas regras. - ele era metido demais. E eu adoraria arrancar dente por dente daquele sorriso convencido e sacana que ele tinha, mas eu estaria fazendo um grande mau a humanidade privando as pessoas de poder ver aquilo.

- Fica esperto. Eu posso te sufocar com o travesseiro de madrugada. - ameacei e ele riu. Penélope e Taylor saíram dali rindo. - Vou arrumar um espaço pra você no armário.

- Não é necessário, vão ser só alguns dias. - o lembrei deixando minha bolsa com livros na escrivaninha moderna de vidro que tinha ali.

- Que seja, você pode usar as duas últimas gavetas. Elas estão vazias.

Acabei optando por guardar as minhas coisas nas gavetas e ele tinha me dado um espaço para cabides também. Justin tinha bastante roupas para um homem. Abri minha mala na cama e ele se sentou no chão me observando enquanto eu guardava.

- Eu espero que essa não seja o seu pijama mais sexy porque senão...

Virei-me rápido vendo ele segurar o meu pijama ridiculamente infantil, corri e puxei das suas mãos enquanto ele ria me zoando.

- Pare de mexer nas minhas coisas!

Ele gargalhou e negou com a cabeça indo pro banheiro. Guardei o resto das minhas coisas e quando fechei a porta do closet Justin saiu do banheiro com uma toalha na cintura e os cabelos molhados.

- Justin! – Taylor abriu a porta do quarto chamando a nossa atenção. Ele estava eufórico. – Trent tem uma luta pra você. Cinco mil contra o Shawn.

Justin sorriu malicioso para Taylor e eu não gostei daquilo.

- Daqui a meia hora no BlackSide. Se arrumem! – da mesma forma súbita que entrou ele saiu me deixando confusa.

- Grana fácil. Vou ganhar esse dinheiro e depois a gente vai naquele restaurante japonês que você falou que queria ir... – Justin estava animado, começou a colocar sua roupa ainda sustentando um sorriso nos lábios.

- Ande logo Lucky. Não temos muito tempo.

- Eu não vou Justin. – o avisei um tanto seca e ele levantou o olhar sério.


Notas Finais


e então... o que acharam? eu espero que tenham gostado ou sei la... uahsauhsu bem por enquanto é isso, acho que volto ainda essa semana!!! mais uma vez obrigado por lerem!

xx, manda ask.fm/gojdrewb


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...