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História Relentless - Protegida do Bieber


Escrita por: jdbpower

Notas do Autor


ooooooooooooooooooooooooi ppl ksjadnfksdnfkja ai vocês ainda vão me matar de felicidade!!!!!!!!!!!

obrigada a todas vocês que estão lendo e que deixaram um comentario!!! eu fico toda boba lendo, eu leio todos ok? e fico feliz com cada um!!!

esse capitulo tá grande tbm, mas é que eu começo a escrever ai vai vindo mais ideias e eu fico sem controle!!! sos im sorry kkkkkkkkk

me desculpem pelos erros!!!

Capítulo 9 - Protegida do Bieber


Fanfic / Fanfiction Relentless - Protegida do Bieber

Acordei assustada. Eu não me lembrava de onde estava, mas sentia minha cabeça doendo. Olhei pro meu lado e vi que tinha alguém ali. Pisquei algumas vezes até enxergar com precisão e vi que era Harry.

– Hey.

– Oi. – minha voz saiu rouca e umedeci meus lábios.

– Como se sente? – ele passou a mão pelo meu rosto e sorriu fraco.

– Com sede.

Ele me olhando sem graça e se afastou, quando voltou segurava um copo descartável. Sentei-me na cama e percebi que aquilo era uma maca.

As cenas de ontem a noite voltaram a minha cabeça. Bebi toda a água e entreguei o copo a Harry.

– Obrigada.

– Você se sente melhor?

– Você ficou aqui a noite toda? – ele assentiu e sorriu.

– Você desmaiou no carro e eu te trouxe até a enfermaria. Eles disseram que foi uma crise nervosa e você tem problemas respiratórios... Estava entrando em pré-hipotermia. – realmente fiquei assustada com tudo aquilo. Mas eu estava ainda flutuando de felicidade em saber que ele tinha ficado ali comigo. Eu quis sorrir, mas não quis parecer tão idiota assim.

– Quando vou poder ir embora?

– Agora mesmo, só estava esperando você acordar. – ele sorriu.

Harry estava com o rosto amassado e algumas olheiras denunciando a falta de sono dele. Me senti um tanto culpada.

– Você dormiu?

– Um pouco. Estava preocupado com você.

Alguém me segura porque eu vou cair de novo! Eu escondi um sorriso e ele me ajudou a levantar da cama. Eu vestia aquela roupa estranha de hospital e fiz uma careta olhando para o meu próprio corpo.

– Tiveram que tirar sua roupa molhada, mas eu pedi pra minha irmã trazer umas peças pra você...

Sorri fraco e assenti vendo a muda de roupas na mesa ao lado da cama.

– Obrigado e me desculpe por ter te dado todo esse trabalho. Eu estou tão...

– Mack... Fique tranquila, garanto que ficar aqui a noite toda te vendo dormir não foi trabalho nenhum. – Harry sorriu da forma que mais me deixava sem graça e eu fui pro banheiro me trocar e ter um pequeno surto.

Ele tinha ficado a noite toda comigo ali. E ele estava sendo maravilhoso e... Ai meu Deus, ele era demais.

Coloquei a roupa, era uma calça jeans, uma camiseta e um casaco da GAP. Quando me olhei no espelho quase cai pra trás de susto. Eu estava horrível, meu cabelo estava bagunçado e meu rosto estava amassado. Eu estava pálida e os resquícios da maquiagem de ontem ainda estavam por ali. Fiz uma trança lateral e lavei meu rosto, escovei os dentes e sai do banheiro.

Harry estava a minha espera e havia um enfermeiro ao lado dele.

– Olá. Você já está liberada, mas aconselho que marque uma consulta com um medico especializado. Não lhe consideraria uma asmática, mas é bom consultar. – assenti e o enfermeiro saiu depois de me entregar uma papelada.

– Podemos ir senhorita? – Harry disse fazendo graça e me dando seu braço para que eu o entrelaçasse.

Assenti rindo e saímos da enfermaria juntos. Era segunda-feira, eu tinha aula, Harry também tinha aula.

– Te fiz perder aula, isso soa cada vez pior. Acho que estraguei o seu dia e bem a sua noite também.

– Posso te falar uma coisa? Na verdade são duas.

Ri fraco e assenti enquanto saiamos. O carro de Harry estava estacionado poucos metros a frente da calçada do centro medico do campus.

– Você não estragou a minha noite. Eu frequento as festas da fraternidade porque sou um membro, mas não é bem como se eu gostasse disso. E segundo, ficar com você... É realmente um prazer pra mim Mack.

Parei de andar e consequentemente ele parou junto. Meus olhos se encontraram com os dele e eu sorri. A realidade parecia estar desfocada e por alguns segundos enquanto a minha mente processava tudo o que ele tinha dito, foi como um pequeno sonho, um devaneio.

O cara que eu gostava havia dito que era um prazer ficar comigo. Eu senti borboletas dentro do meu estômago e perdi o ar.

– Ah não sorria assim...

Ele sorriu sacana e me abraçou rindo.

O abraço dele era bom. Mas não era nada comparado ao de Justin.

Por um segundo ele veio a minha mente. Os olhos dele enraivecidos quando me viu saindo com Harry. O sorriso dele quando me abraçava. O abraço dele.

– Harry, onde está o Justin?

Eu tinha estragado todo o clima do momento, mas certamente Justin estaria ali se soubesse que eu tinha passado mau.

Harry afrouxou o abraço e abaixou o olhar me fitando.

– Há essa hora ele deve estar na aula...

– Eu estou falando sério. Você falou com a Penn sobre onde eu estava?

Ele torceu o lábio e soltou a respiração pela boca.

– Eu não... Eu não tinha o número dela e...

– Você não avisou ninguém que eu passei mau? Harry!

Penélope deveria estar surtando, Justin já deveria ter matado um ou dois para descobrir o meu paradeiro. Céus!

– Me desculpe! Mas eu fiquei preocupado e... Depois eu não pensei nisso. Não fiz por mau. – ele se defendeu e por mais chateada que eu estivesse eu acreditei nele, afinal ele tinha me ajudado.

– Tudo bem. Eu só... Argh... Me empresta seu celular? Preciso ligar pra Penn.

Ele suspirou e tirou o iPhone do bolso da jaqueta. Quando peguei em minhas mãos estava descarregado.

– Droga. – reclamei e devolvi.

– Pode me levar para casa? Por favor.

A intenção dele tinha sido boa, mas sua negligência em relação a informar os meus amigos me deixou irritada.

Entramos no carro e todo o clima agradável e a euforia de estar com ele se foram rapidamente.

O caminho até o apartamento de Justin pareceu ser demorado demais, quando ele estacionou na frente da calçada vi o carro de Penn e Taylor estacionados. Eles não tinham ido pra aula.

Sai do carro apressada e Harry veio atrás de mim, quando acelerei o passo o deixando para trás ele puxou meu braço.

– Mack, não ache que eu fiz isso de propósito. Eu estava preocupado com você...

– Eu sei Harry e aprecio isso. Obrigada por ter me ajudado e por ter ficado ali, mas eu preciso falar com a Penn. Ela deve estar louca atrás de mim. – avisei séria e impaciente. Ele me olhou contrariado e soltou meu braço.

Me virei, mas antes que eu pudesse dar um passo alguém passou voando por cima de mim e empurrou Harry contra seu carro.

Justin.

– Justin! – Penn apareceu gritando na entrada e Taylor estava atrás dela.

Justin não esperou dois segundos e deu o primeiro golpe. Harry cambaleou e gritou levando as mãos até o nariz.

– Justin! – gritei tentando segurá-lo, mas ela estava cego de ódio.

Harry estava impossibilitado de revidar e aquilo não era justo.

– Taylor faz alguma coisa! – gritei desesperada.

Eles correram até mim e Taylor passou rápido puxando o corpo de Justin para trás e o imobilizando com uma chave de pescoço. Justin tentava se soltar, mas Taylor estava firme no aperto.

Já chega Justin!

– Harry vai embora! – gritei enraivecida.

– Ai me Deus, você tentou me matar? Que merda Mackenzie! Onde estava? – Penélope tinha me agarrado me abraçando com força.

Ela estava agarrada no meu pescoço me impedindo de me movimentar, mas eu vi e ouvi quando o carro de Harry arrancou dali.

– Penn. Eu estou bem. Eu estou bem, já pode me soltar. – alertei e ela me soltou suspirando aliviada.

– Eu acabo de perder uns dez anos de vida de tanta preocupação com você.

Já chega Justin! Para! – Taylor gritou com Justin e o soltou. Quando ele se virou para me ver foi como se ele tivesse se iluminado, voltado a realidade. Seus olhos voltaram a coloração brilhante que ele tinha e a linha de predicação que cortava seu rosto sumiu. Justin me agarrou me abraçando com uma força excruciante, mas não reclamei.

– Lucky. – a respiração dele estava acelerada, Justin ofegava me apertando cada vez mais.

Foi estranho, mas naquele momento, mesmo com tudo, mesmo com a raiva que eu senti dele eu só queria ficar ali. Entre os braços de Justin sendo esmagada por ele. Rodeei seu tronco com as mãos e o abracei de volta repousando meu rosto em seu peito e respirando aliviada.

– Onde você estava, Mack? Onde passou a noite? – Penn me perguntou e Justin me soltou.

– Eu estava com o Harry... Nós...

Como em um piscar de olhos Justin me empurrou e saiu em direção ao apartamento. Mas que diabos ele estava fazendo?

Taylor me olhou assim como Penn, eles me olhavam como se eu tivesse feito algo errado. Taylor correu ora dentro indo atrás de Justin.

– O que... Eu...

– Vamos entrar. O Justin está furioso. Ele não dormiu a noite inteira, nenhum de nós dormiu. Mas ele... Eu pensei que ele fosse destruir a casa inteira. Por que você não ligou? Não acredito que dormiu com o...

– Penélope! Eu não dormi com ninguém. Por Deus! Eu estava no centro médico, tive outra crise e quase morri de hipotermia por causa da água da piscina! Passei a noite inteira em observação! – expliquei em um tom alto incrédula por ela ter desconfiado de mim.

– Eu...

– Você não fazia ideia, não é? – sorri cínica. – Eu sei.

Passei por ela e subi as escadas correndo para chegar logo ao apartamento. Entrei em casa e fui direto pro quarto. Taylor estava lá conversando com ele, ou melhor, gritando.

Quando apareci na porta eles se calaram.

– Tay, nos da licença, por favor?

Taylor olhou pro Justin e depois pra mim, negou com a cabeça, mas saiu.

– Mackenzie, eu... Você vai me enlouquecer sabia? Por que com o Harry? Justo com ele! Você poderia ter... Merda! Ele não podia...

– O que? Justin não aconteceu...

Com o Harry não! – ele gritou passando a mão pelo cabelo.

– Justin! – gritei.

– O que?

– Não aconteceu nada! Eu e o Harry...

– Você quer que eu acredite que você some com o Miller, volta de manha toda sorridente com ele e não aconteceu nada? Eu não sou burro Mackenzie!

– É sim! Eu não fiz nada com o Harry, pelo amor de Deus eu estava no centro medico com ele! Tive outra crise e quase morri por sua culpa! E além do mais eu nunca faria nada com ele eu sou... – eu estava irritada, mas me calei antes de revelar aquilo.

Justin me olhava sério.

– Você é...?

– Nada! Agora obrigado por achar que eu sou uma vadia que sai por ai transando com qualquer um. – debochei e ele riu fraco voltando ao normal.

As mudanças de humor e de temperamento dele me assustavam.

Você é virgem?

– Eu-eu...

Me engasguei com as minhas próprias palavras e fitei o chão corando.

Ter dezenove anos e não ter tido nenhuma experiência sexual era algo vergonhoso. Quer dizer, não para mim. Eu gostava de preservar meu corpo para alguém que eu realmente amasse, mas para o resto das pessoas era ridículo.

– Você sabe que quase me matou, não é?

Justin me abraçou novamente aliviado.

– Eu ia matar ele achando que ele tinha tocado em você...

– Você é um idiota.

Eu sou. – ele riu fraco visivelmente aliviado. – Você vai me enlouquecer, Lucky. Vai me deixar maluco. – ele sussurrou enquanto me abraçava carinhosamente.

Ri fraco e o empurrei.

– Mais do que você já é?

Ele riu e me abraçou de novo beijando minha bochecha.

– Eu estou acabado, preciso tomar um banho e dormir...

– Você não dormiu nada? – Justin começou a tirar a roupa cansado.

– Não consegui. Sem o seu cheiro é impossível dormir.

Ele disse aquilo com uma naturalidade que me faz sorrir.

Justin ficou só de cuecas e foi pro banheiro me deixando abobalhada e cansada com tudo aquilo.

– Hey. – me virei para a porta e vi Penn encostada ali. – Eu e o Tay vamos dormir um pouco, já perdemos a aula mesmo...

– Desculpa. Não quis...

– Eu sei. Agora durma e não deixe ele fazer nenhuma besteira, nem quebrar o nariz de mais ninguém hoje.

Assenti e ri fraco.

Eu estava cansada, não com sono, mas cansada.

– Lucky! Traz uma tolha pra mim. – Justin gritou e fui até o armário pegando uma. A porta do banheiro não estava fechada, apenas encostada, empurrei-a e fechei os olhos.

– Vai me dizer que nunca viu um homem pelado na sua frente? – Justin provocou e eu aposto que ele estava sorrindo. Andei sem muita certeza com a mão esticada e ele gargalhou pegando a toalha.

Quando me virei e abri os olhos ele agarrou meu corpo por trás. A tensão de saber que debaixo daquela toalha não havia nada, ou melhor, havia sim alguma coisa e relativamente grande, me arrepiou. Ele cheirava a sabonete e ainda estava molhado.

– Você está todo molhado. – reclamei enquanto tentava me separar, mas ele era mais forte e me manteve colado a si andando até o quarto.

Justin me soltou e foi até o armário para se vestir. Eu coloquei um pijama também.

Quando me deitei, Justin logo repousou atrás de mim, mas me virei para ficar frente a frente com ele. Ficamos nos encarando uma infinidade de segundos até eu suspirar cansada. Justin levou a mão para o meu quadril e começou a fazer desenhos imaginários com os dedos na minha pele descoberta pela blusa.

– Fiquei preocupado com você.

– Você não devia ter me jogado na piscina. – avisei no mesmo tom baixo usado por ele.

– Era para ser divertido. – ele riu fraco e eu neguei fraco com a cabeça,

– Quase morri de frio por isso.

– Os caras costuram colocar hidrogênio líquido na piscina às vezes, sabe pra criar aquelas "nuvens" dentro d'água. Eu acabei me esquecendo disso...

– Onde eles conseguem isso? – perguntei juntando as sobrancelhas e ele riu.

– Laboratório de ciências... A linguagem dos corredores é a linguagem do dinheiro, Lucky. Você pode conseguir tudo o que quiser dentro da faculdade, basta saber a quem pedir e ter dinheiro suficiente para pagar por isso.

Confesso que não fiquei tão surpresa assim, eu sabia que havia uma "máfia" por entre os corredores.

– Isso é...

– Não esperava que você soubesse.

 

Justin's POV

Ela sorriu fraco e eu continuei acarinhando a pele dela. Ficamos nos olhando novamente e a calma que ela traspassava apenas com o olhar era algo de outro mundo.

Depois que ela sumiu com o Harry eu só senti raiva. Procurei por ela por todos os cantos e não a encontrei, aquilo foi desesperador. A ideia de perder Lucky era ruim. E eu não gostava de pensar que eu poderia estragar tudo a ponto de ela não querer mais ser minha amiga. Quando vi ela indo embora com o Harry pensei em acabar com ele. Era esse o meu plano, só de pensar que ele poderia tê-la de tantas formas e eu não, aquilo me dava raiva. Saber que ela era virgem me deixou aliviado. Mas também me deixou curioso, ela era linda demais para não ter ficado com ninguem.

– Você estava mesmo falando sério quando disse que era virgem?

– Você acha que eu estou mentindo? - Mack tentou se levantar, mas mantive minha mão apertada em sua cintura.

– Não, é que... Não é comum ter virgens no campus. Principalmente quando são lindas...

Passei o dedo pelo rosto dela e ela sorriu fraco corando.

– Não é comum ter uma garota na cama de Justin Bieber que não esteja transando com ele e look at us now!

Ri fraco e ela sorriu saindo por cima.

– Essa foi boa.

Puxei o corpo dela pra mais perto do meu e nossas faces ficaram a milímetros.

Tateei a mesa de cabeceira e peguei o meu celular ali.

– O que vai fazer?

– Vem aqui. – ela riu e aproximou o rosto ainda mais do meu, tirei uma foto de nós dois e coloquei como foto do contato dela. Ela riu e pegou meu celular tirando mais fotos. Mordi a bochecha dela e fizemos algumas palhaçadas.

Mackenzie começou a passar as fotos da minha galeria e a maioria era de quando eu estava bêbado com os caras nas festas, algumas com os meus irmãos, outras de motos... Coisas aleatórias.

– Quem é essa? – ela perguntou e virou o celular para mim. No momento em que coloquei meus olhos naquela foto meu coração parou de bater. Tirei o celular das mãos de Mack e apaguei a foto. Eu não sabia que aquilo ainda estava ali, eram lembranças de algo que eu já tinha esquecido.

Mack me olhou sem entender, mas não disse nada. Ela leu na minha expressão que aquilo estava na lista de assuntos sobre o qual eu não falaria.

– Vamos dormir um pouco. – avisei e ela assentiu fechando os olhos antes de mim. Mack se ajeitou na cama ainda de frente para mim e nossas pernas se entrelaçaram naturalmente. Olhei para ela enquanto eu via o sono embalando o seu corpo e fechei os olhos respirando fundo.

Aquilo já tinha ficado para trás. Debby era meu passado.

Pelo menos era o que eu achava. Foi apenas eu fechar os olhos para que as memórias invadissem a minha mente.

Correndo a duzentos quilômetros por hora. Eu não enxergava as coisas com precisão, mas via a moto dela mais a frente. A estrada passava diante dos meus olhos e eu nem me dava conta de quão rápido estávamos. Eu não estava mais ligando, a excitação de atravessar logo a linha de chegada e receber o meu prêmio era demais. E ela era o meu prêmio. Eu não tinha medo, a velocidade era minha companheira, o perigo o meu sobrenome.

Como uma fração de segundos o barulho do choque soou pela estrada, a moto dela foi arremessada a quilômetros junto com seu corpo.

– Debrah! – gritei.

Justin! Justin acorda, foi só um pesadelo. – abri os olhos e Mackenzie estava sentada nas minhas pernas passando as mãos pelo meu rosto. Encontrar os olhos dela me acalmou, mas eu ainda revivia aquele pesadelo.

– Está tudo bem. Foi só um sonho ruim. - ela me abraçou da forma como eu precisava.

Meus músculos estavam tensos, meu rosto suado, minha respiração ofegante. Eu ainda sentia meu coração acelerado, mas aos poucos, com Lucky me abraçando eu fui recuperando a normalidade.

– Eu... Eu...

– Shh... Está tudo bem. – ela me olhou com um sorriso apaziguador e passou as mãos pelo meu rosto limpando o suor. Mack beijou cada um dos lados do meu rosto e me passou toda sua serenidade.

– Que horas são?

– Tarde. Dormimos a tarde inteira. – ela avisou sorrindo da forma que eu mais gostava.

Passei as mãos pelas costas dela e a puxei mais para mim a abraçando.

Mack não perguntou nada, mas eu sabia que eu entendia que eu só precisada de um abraço.

 

Depois de mais alguns minutos enrolando para levantar da cama, nós dois fizemos um lanche e depois disso ela tentou colocar história na minha cabeça. Não que eu fosse burro, mas era impossível decorar todas aquelas datas e lugares, eu não me importava com aquilo e não queria fazer o mínimo esforço para aprender. Quer dizer, eu até tentava, mas enquanto ela falava eu só conseguia ficar com os olhos nela. Na forma como ela colocava uma mecha insistente e desobediente para trás da orelha inúmeras vezes. Na forma que ela falava séria, até a forma que ela piscava era diferente quando ela estava concentrada.

Era oficial. Eu estava maluco por aquela garota. Totalmente atordoado por ela.

– E então repita tudo o que eu disse agora.

Quando Mack percebeu que eu não prestava atenção ela me questionou e eu ri fraco.

– Você falava de... – fiz uma careta tentando falar alguma coisa não soasse tão idiota assim. – Ok, você venceu, eu não estava prestando atenção.

– De que adianta eu te ensinar e você não escutar? Assim fica difícil, garotão.

Ela falava serio, mas quando me chamou de garota eu tive que sorrir. O telefone dela começou a tocar encima da mesa coberta por livros e cadernos e ela sorriu ao ver quem era.

Olá Harry...

Sempre o filho da puta. Sempre ele. Ela percebeu que eu fiquei sério e tentou disfarçar sua euforia ao falar com ele no telefone.

É... Sim, claro. As oito, tudo bem. Tchau. – desligou e não conseguiu segurar aquele sorriso irritante.

– O que ele queria?

Eu estava com os braços cruzados e sério.

– Hum... Me convidar para sair na sexta. Mas vamos voltar a estu...

– E você aceitou?

– Eu... Bem, é como um agradecimento por ele ter me ajudado essa noite. Harry ficou a noite inteira acordado no hospital comigo, Justin. Eu devo uma a ele.

Aguentar ela falando do seu herói ridículo me enojou. Mackenzie tentava colocar algum desgosto em suas palavras ou tentava fazer com que aquilo soasse como um pesar pra ela, mas ela tinha amado a ideia. Ela ia sair com Harry. O cara pelo qual ela era apaixonada. Ele a levaria para sair, ia tentar beijar ela, eles iam se apaixonar e eu ficaria para fora do jogo.

– Por favor, não fique assim comigo. Nós só vamos ao cinema e depois sair pra comer alguma coisa.

– Cinema? Puta que pariu!

Levantei da cadeira irritado e passei as mãos pelo cabelo. Ele ia tentar beijar ela. Eu não podia deixar isso acontecer. Se Harry a beijasse certamente ela cairia ainda mais de amores por ele.

– Justin! – ela disse alto me repreendendo.

– Você está adorando isso, não é? Vai poder finalmente ter uma chance com o seu príncipe encantado. – disse alto irritado e ela me olhou corando.

– Eu...

Alguém bateu na porta e com passos duros foi até a mesma abrindo com tudo. Tinha um cara ali, ele era do campus, mas eu não o conhecia,

– O que quer?

Ao notar minha irritação ele deu um passo para trás em forma de autoproteção.

– A Mackenzie está? Eu quero...

Fynn! – a voz dela soou atrás de mim animada e quis saber se aquele era mais um dos namoradinhos dela. FUCK!

– Quem é você? – perguntei rude tampando a passagem de Mackenzie para a porta.

– Eu...

– Sai Justin, o Fynn é meu amigo. – ela tentou me empurrar.

Olhei com os olhos cerrados pro cara a minha frente e ele estava intimidado, isso era o suficiente.

Sai da frente e deixei ela abraçar ele.

– Pelo visto você tem um ótimo porteiro aqui. – o cara me olhou de cima a baixo e umedeceu os lábios

O olhei sem entender e ela riu.

– O Fynn é gay.

Aquilo explicou bastante coisa. As roupas, os trejeitos afeminados. Mas me senti incomodado com o olhar dele sobre mim.

– Vou fumar um cigarro.

Passei pelos dois indo pegar meu pacote de cigarros e sai pela porta.


Mack’s POV
 

Justin saía pra fumar quando estava irritado e tenso com alguma coisa. E ele estava irritado comigo por sair com Harry.

Suspirei quando ele saiu batendo a porta.

Uh-lá-lá, e não é que o temperamento do Cachorro Louco é mesmo irresistível?! – Fynn zombou e o olhei séria.

– Não o chame assim.

Com o tempo eu descobri que Cachorro Louco era como Justin era conhecido nas lutas. Ele não gostava desse apelido e eu também não.

– Ih então todos estavam mesmo certos quando disseram sobre o seu envolvimento com ele... Me diga, ele é mesmo bom de cama? – Fynn se sentou no sofá e me olhou curioso.

– Não seja patético Fynn. Eu e ele não temos nada.

– A negação é o primeiro sintoma. Estavam em uma discussão quando cheguei, ne? Percebi pela cara de ódio dele. E ainda sim ele consegue ficar gato... –

– Fynn!

Ele gargalhou. – Tudo bem, parei.

– O que você veio fazer aqui?

– Saber o porquê a minha parceira de laboratório faltou e me deixou sozinho com uma dessecação de sapo na aula de biologia! – ele disse tentando ficar bravo e eu ri me sentando a sua frente.

– Uh, era hoje?

– Sim era hoje! Eu tive que matar aquela pobre criatura a facadas. Ainda sinto os olhinhos desesperados dele sobre mim. – Fynn era o rei do drama, ou a rainha se fosse considerar.

Ele era um dos poucos amigos que eu tinha antes do furacão Bieber passar pela minha vida. Além de ser meu companheiro de laboratório nas aulas de biologia, ele era o melhor conselheiro gay de Rhode Island e o mais sincero também. – Por onde esteve?

– Eu acabei passando mau na festa do Dylan ontem e...

– Você foi na festa do Dylan? Dylan Purcell?

– Sim...

– Porra Mack!

– Ei!

– O Dylan é o cara mais gato do prédio B. Ele é... Rico, loiro e... Gostoso! – Fynn gesticulava enquanto falava com seu jeito afetado de ser e eu ria.

– Como você conseguiu isso? Como foi convidada para uma festa dele? E por que não me chamou? Você é uma vaca!

– Justin e Taylor foram convidados, eles são da Signa e então eu e Penn fomos também...

– Ah, é verdade agora você é do time dos "populares e ilegais" do campus. – ele rolou os olhos.

– Ilegais?

– Você vai às lutas, disputa rachas na garupa do Bieber... Da desconhecida dos óculos de grau RayBan você se tornou a garota do Bieber. Isso é uma mudança de status e tanto.

Garota do Bieber. Isso ecoou da minha cabeça.

– Eu não sou a garota do Bieber.

– Oh sim, você é. Você dorme com ele, mora com ele e vive com ele. O que mais é necessário para concretizar isso?

– Nós não estamos juntos. Eu e Justin somos apenas amigos.

– Vocês podem até ser. Mas a partir do momento em que ele ameaça os outros caras para que não cheguem perto de você, as pessoas pensam outra coisa.

– Como é?

Eu não fazia ideia do que ele estava falando. Fynn era louco, mas ele não blefava. Ele era o porta-voz oficial da rádio corredor e sabia de tudo.

– Hoje de manha escutei uns caras da BethaJones conversando sobre a festa de ontem e eles comentaram sobre os caras da Signa estarem protegendo uma garota, eles falaram algo do tipo "A protegida do Bieber" e que quem chegasse perto dela ia se ver com ele. Sabendo que você foi na festa ontem, eles só poderiam estar falando de você.

Tudo pareceu se encaixar perfeitamente. Na noite de ontem toda vez que algum cara se aproximava para dançar comigo, alguém o impedia. E pelo pouco que eu sabia todos os caras que estavam ao meu redor eram integrantes da SigTau. Dylan, Sonny, Willian... Todos eles impediram que outros caras chegassem perto de mim. Justin não podia ter feito aquilo. Ele não teria sido tão infantil a esse ponto. "A Protegida do Bieber". Isso não era um título que eu queria conservar.

– Eu...

– Ainda acha que eu estou errado em achar que há algo entre vocês? Todos estão achando isso Mack. Ele vive com você, cuida de você mais do que de si mesmo. Já faz semanas que não temos um coração partido pelo Bieber nos corredores da Brown... Justin está focado em você e o que resta a pensar e que ele está afim.

– Não seja tolo. Olhe só pra mim e olhe pro Justin. Eu não sou uma easy. Ele mesmo já me disse que não tenho nada a oferecer. – tudo que Fynn me falava estava me deixando confusa.

– Ele disse isso?

– Sim. Eu não faço o tipo dele, nem ele o meu. Nós somos incompatíveis. Ele é meu amigo, meu melhor amigo. E você sabe que eu gosto do Harry.

– Eu sei, mas o resto do campus sabe? É claro que não. Eu acho que se você não tem nada com o Justin devia deixar isso claro para todo mundo e especialmente pra ele.

O que ele dizia poderia ser verdade. Mas na minha mente, toda a hipótese formada por Fynn não fazia sentido nenhum. Eu e Justin éramos amigos. Nada mais, além disso. Ele me tratava de uma forma diferente, isso estava claro. Mas era apenas amizade, todo o carinho e cuidado que ele tinha por mim não passava de um sentimento de amizade e até mesmo de fraternidade. Ele era como um irmão pra mim. Mesmo com o desejo gritante entre nós dois em algumas situações, ainda sim éramos apenas amigos e isso permaneceria assim. Justin não è o tipo de cara saudável para se apaixonar. Ele não sabe ter compromisso, não sabe amar, não sabe ter apenas uma. Não o julgo por isso, mas só de pensar que as pessoas achavam que eu e ele tínhamos algo a mais era ridículo. Eu sabia que as garotas falavam porque tinham inveja do meu relacionamento não nomeado com ele. Mas ainda sim eu não sentia nada além de apreço e carinho por ele.

– Vou conversar com ele. – disse perdida nos meus pensamentos.

Fynn me contou mais algumas coisas como um ótimo fofoqueiro, quando Penn saiu do quarto com Taylor abraçando-a por trás a conversa se prolongou ainda mais. Ele a deixou a par de todas as fofocas do campus. Taylor foi até a cozinha preparar alguma coisa para comer. Ele estava apenas de cueca boxer e tempos atrás eu ficaria constrangida com aquela situação, mas atualmente era normal conviver com homens seminus perambulando pela casa.

– Onde ta o JB?

– Ele foi fumar uns cigarros... Vou ver se ele está lá embaixo.

Tay assentiu enquanto preparava uma vitamina. Procurei pelos meus chinelos e sai do apartamento, quando desci Justin estava encostado em sua moto fumando.

Ele estava de costas para mim e me aproximei devagar.

– Você não está mais chateado comigo, não é?

Ele soltou a fumaça pela boca e respirou fundo ainda olhando para a noite a nossa frente.

– Não consigo ficar bravo com você por muito tempo.

– Justin nós somos amigos, certo?

Eu estava desconfortável com aquela situação, mas eu não sabia como fazer aquilo de outra forma.

– Pelo que eu sei sim. Por quê? – ele se virou para mim e tragou o cigarro mais uma vez.

– Hum... Nada. Você nunca mais saiu com ninguém, sua magia em conquistar as garotas acabou? – ri para descontrair a tensão e ele também riu fraco.

– Isso nunca acaba, Lucky. – ele sorriu sacana. – Eu só não acho mais essas garotas interessantes.

Deu de ombros.

– Por quê?

– Porque depois que conheci você comecei a dar valor pra garotas de verdade. Como você diz, elas são easys demais. Não tem mais tanta graça ficar com uma garota diferente a cada dia.

– Mas é aquele papo de "sexo é vida"?

– Continua sendo, mas às vezes a gente precisa de um tempo. Ou melhor, ele precisa de umas ferias. – ele disse apontando para as pernas e eu ri o empurrando com o ombro.

Ficamos em silencio por alguns segundos.

– Por que você falou pros caras ficarem longe de mim na festa ontem? – perguntei de uma maneira neutra, eu não estava brigando com ele por mais que aquela atitude tenha me irritado. Mas eu também não falei tranquilamente.

– Antes que diga qualquer coisa, eu só queria te proteger daqueles babacas... Você merece coisa melhor.

– Eu aprecio a sua preocupação, mas eu sei o que é bom pra mim e o que não é, ok? Eu sei que a sua intenção não foi ruim, e espero que não tenha sido. Mas eu sou grande o suficiente para poder fazer minhas escolhas por mim ok? – deixei claro olhando pra ele. Justin travou o maxilar e a luz do luar e do poste a alguns metros de distancia eram as únicas fontes de luz ali.

– Eu...

– Só não faça isso de novo, senão vou ficar muito chateada.

Ele viu a minha sinceridade diante daquilo e assentiu com a cabeça.

– Sabe de uma coisa? Eu tive uma ideia, já que você não gostou muito da ideia de Harry e eu sairmos para o cinema, porque você não vai com a gente? Quer dizer, você vai ter que arranjar uma garota até sexta e eu acho que isso não vai ser um problema já que você é Justin Bieber.

Um encontro duplo? Você quer que eu arranje uma garota para poder sair com você e com o Harry? Está brincando comigo? – ele me olhou incrédulo e achei minha ideia totalmente idiota.

– É... Mas... Podia ser legal... E não é um "encontro". Eu e ele não temos nada ainda e...

Justin fez uma careta quando eu falei "ainda" e negou com a cabeça. – Tudo bem, esquece. Foi uma ideia idiota.

Justin não disse nada, mas eu sabia que ele não concordaria com aquela ideia. Era patético.

– Sobe, vamos dar uma volta. – ele disse assim que jogou o resto do cigarro no chão.

– Eu estou de pijama e de chinelo.

– E o problema é...?

Eu adorava aquele jeito dele. Balancei a cabeça e subi na moto atrás dele abraçando seu corpo.

Eu não conseguia ver seu rosto, mas eu sabia que ele estava sorrindo.

– Pra onde vamos?

Ele não respondeu, mas eu sabia que iria gostar.

A viagem foi longa, e eu não sabia onde estávamos. Mas quando vi a praia ao longe sorri largo. Aos poucos Justin foi parando a moto no acostamento e desligou. Ele me ajudou a descer e depois entrelaçou nossas mãos. A praia estava vazia, completamente deserta.

– Por que me trouxe a praia uma hora dessas? – perguntei rindo e enquanto andávamos pela areia. Justin tinha tirado os tênis e andava descalço eu tinha feito o mesmo.

– È um lugar legal para ver o sol nascer.

– Que legal, mas ainda são onze horas. – disse óbvia e ele me olhou significativo.

– Oh não! Justin sem chance alguma de nós dormimos na praia só pra ver o sol nascer. – neguei logo me soltando dele. A ideia era legal, mas eu já tinha faltado a aula hoje é dormir na praia não era o que eu considerava seguro.

– Vai ser divertido. – ele riu me puxando de volta.

– Nós vamos morrer de frio aqui!

– Você acha que já não pensei em tudo?

Ele só podia estar brincando comigo.

Justin me deu as costas e flexionou os joelhos.

– Pula. – avisou e balancei a cabeça rindo antes de pular nas costas dele.

– Você é completamente maluco!

Justin segurava minhas pernas e eu segurava em seus ombros. Ele era forte e pareceu me carregar sem nenhum problema. Ele andou pela extensão da praia deserta até parar de repente.

– Está vendo ali? – ele apontou para uma construção mais a frente, uma casa na praia com uma placa de vende-se na frente.

– O que tem?

– Aquela é a minha casa. – ele disse e eu ri.

– Sim e eu sou a Cinderela. – zombei e ele voltou a andar.

– De qualquer forma você é mesmo uma princesa. – eu não tive como conter um sorriso bobo.

– Idiota. –zombei e ele nos levou até a área que dividia a praia da propriedade particular. Desci de suas costas.

– Espera aqui. – ele pediu e se virou escalando o muro de pouco mais de dois metros.

– Justin! – aquilo era invasão de domicílio. Nós poderíamos ser presos por aquilo. Ele pulou para parte de dentro e olhei ao redor para me certificar de que ninguém estava vendo aquilo. Ele era louco!

Os segundos passavam e ele não reaparecia. Eu estava começando a ficar preocupada.

– Justin?

– Aqui!

Escutei a voz dele e andei até um portão de ferro, mais para trás da casa. Ele estava ali e abriu o mesmo por dentro pra mim.

– Você está louco? Isso é a casa de alguém!

Ele não me deu ouvidos, saiu me puxando para dentro da enorme casa que não estava mobiliada. Havia poucos móveis espalhados aleatoriamente pela casa e cobertos por panos. A sala era enorme, a cozinha ainda mais, da sala tínhamos uma visão enorme para a praia de uma sacada particular. Aquele lugar era lindo.

– Quem são os donos desse lugar?

– Os donos eram uma família rica da região. Eles tinham uma filha e ela se envolveu com algumas coisas erradas... Ela morreu há um ano. Os pais não quiseram ficar com a casa, trazia muitas lembranças dela. Desde então a mansão está a venda, mas ninguém se interessou ainda. As estradas daqui são perigosas e por ser uma região mais afastada do centro não chama a atenção de muita gente. – ele explicou e assenti enquanto olhava a água do mar ir e vir em ressaca.

– É um lugar lindo.

– Muito. Vou comprar essa casa algum dia.

Justin falou aquilo com convicção, não era como se fosse um plano para o futuro, era uma certeza que ele tinha. Ele iria comprar aquela casa algum dia.

– Isso está na sua lista de coisas pra fazer antes de morrer? – zombei o empurrando pelo ombro.

– Se eu tivesse uma lista, estaria. – ele assentiu e se virou para mim. – Uma coisa que eu aprendi na vida Lucky, é que as pessoas não devem fazer planos. É mais fácil e melhor viver a vida como se a qualquer momento ela fosse acabar. Aproveitar cada segundo como se fosse o ultimo, do que adianta fazer planos pro futuro sendo que você não sabe se vai estar vivo amanha?

Fazia sentido, e isso dizia muito sobre ele. Justin agia por impulso, ele tinha uma motivação natural para viver a qual não o deixava pensar duas vezes antes de fazer alguma coisa. Quando ele queria fazer algo ele ia e fazia. Impulsivo. Diante do que ele tinha dito, a classificação de loucura que o lhe dava pareceu errada, ele não era louco. Só queria curtir a vida.

– Isso diz muito sobre você.

– Eu sei. – ele sorriu e me puxou pelos ombros andando de volta para dentro da casa.

– Quer comer alguma coisa? Eu tenho salgadinhos e algumas latas de refrigerante na geladeira. – ele avisou enquanto ia até um local que eu não consegui ver. Andei até a cozinha e abri os armários encontrando batatas chips e um pack com quatro latas de Pepsi.

Ele realmente se sentia o dono dali.

– Com que frequência você vem aqui? – perguntei alto pegando as coisas e voltando até a sala. Justin estava ali com algumas cobertas e travesseiros.

– Algumas vezes. Esse é o meu refúgio do mundo. Gosto de vir aqui pra pensar. – explicou enquanto abria os lençóis no chão formando uma cama para nós dois. A sala era iluminada apenas pelos abajures espalhados pela sala. Não era muita coisa, mas eu conseguia enxergar o necessário.

– Nós vamos mesmo dormir aqui?

A ideia dele era insana, mas tudo que vinha dele era assim e eu tinha aprendido a gostar. Ele olhou pra mim sorrindo sacana. – O que você acha?

– Mas temos aula amanha Justin e a Penn...

– Eu já liguei pro Taylor. E é só a gente levantar uma hora antes, passar em casa se trocar e ir pra aula. Eu já tenho tudo planejado Lucky.

Eu mastigava as batas chips fazendo aquele barulho involuntário de crack crack. Quando percebi que ele tinha planejado tudo fiquei surpresa e me calei. As coisas que Fynn tinham dito me voltaram a cabeça, mas eu não queria pensar naquilo agora. Me aproximei de Justin e olhei a sua obra de arte. Iríamos dormir na sala com uma visão para o mar o barulho das ondas como lullaby. Eu podia me acostumar com aquilo. Justin tinha esticado os lençóis e colocado algumas almofadas no chão para que ficasse confortável. Não precisava ser confortável desde que os braços dele estivessem me acolhendo durante a noite.

Ele pegou o pacote de batatas da minha mão e começou a comer.

– Você sabe que isso é loucura, não sabe? – ri e ele assentiu me puxando para um abraço e me apertando com um braço só.

Ele era um grande amigo, se agisse assim com as outras garotas seria o tipo de namorado perfeito. Ele acabava tornando coisa simples em algo especial sem fazer esforço nenhum. Justin era incrível. De tantas formas que se as pessoas o conhecessem direito, não diriam o que dizem sobre ele.

– Quem precisa de sanidade quando se tem um saco de batatas, você e uma praia particular?

Ele era incrível. Sorri e fiquei na ponta dos pés para beijar sua bochecha. Por um erro de milímetros acabei beijado o canto de seus lábios e ele fez aquilo de propósito. Justin virou o rosto levemente. O olhei sorrindo e ele se fez de inocente.

– Ops.

Neguei com a cabeça e nos sentamos no que seria nossa cama por uma noite. Por mais duro que o chão fosse, Justin tinha conseguido arrumar tudo para deixar aquilo confortável, não era uma cama e nem podia ser comparado, mas estava bom. Justin se sentou e abriu as pernas, me coloquei entre elas e repousei meu corpo no dele.

– Você é um ótimo amigo, garotão.

Abri uma lata de refrigerante e comecei a tomar. Justin riu fraco na minha orelha e beijou o meu pescoço.

– Eu sei, Lucky. – ele disse e me abraçou.

 


Notas Finais


e então????????????????? o que acharam? esse casal vive entre tapas e abraços ne? lkjasdfskdnf ai ai, eu estou adorando escrever a fic gente, e to amando ainda mais saber que voces estão gostando!!!! acho que essa é a minha ultima att do ano, porque vou viajar no natal e no ano novo... sinto em dizer que acho que só vou conseguir postar depois do dia 20/01 pq é quando chego de viagem... :/ vou tentar fazer o possivel pra postar mais uma vez essa semana...

obrigada por lerem,
xx ask.fm/gojdrewb


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