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História Relíquia do Amor - Decepções...


Escrita por: DaianeSales

Notas do Autor


Oiiii...
Mil desculpas pelo meu graaande atraso. Não me matem, por favor! Tive alguns problemas sérios na minha casa tipo, todo mundo pegou virose ao mesmo tempo e sobrou pra mim cuidar do povo, mas agora já estão melhor.
Agradeço pelos favoritados, e pelos comentários e sugestões de nomes!
Esse capitulo ficou um pouco comprido, mas eu sei que vocês gostam assim.
Enfim, eu sei que vocês já esperaram muito então...

Boa leitura !!!

Capítulo 14 - Decepções...


Pov Draco On

 

Draco, eu sei que está ai! – arregalei meus olhos. – Abra agora, ou então abrirei por você.

Harry permaneceu estático, enquanto Rony e Hermione se levantaram nervosos.

– Precisamos Aparatar... – sussurrou Rony para a menina.

– Ele ouviria o barulho... Harry, cadê a Capa da Invisibilidade? – perguntou ela nervosa.

O moreno pareceu precisar de um segundo para entender que ela falava com ele.

– E-está no quarto... – respondeu trêmulo.

– Draco, abra! – meu pai chamou novamente, parecendo impaciente. E ouvimos alguém bater na porta.

– Vão logo pegar a capa! – falei em voz baixa, me sentindo amedrontado. – Eu vou embora com ele para que ele não suspeite.

Hermione assentiu.

– Harry avisará aonde estaremos, quando for voltar a nos encontrar. – afirmou ela.

– Tudo bem... – respondi. Os três se viraram para ir em direção ao quarto. – Potter, espera...

Os três pararam novamente, e eu nem precisei dizer a Harry o que eu queria, pois ele correu e me abraçou. O apertei em meus braços e quando ele se afastou, segurei seu rosto e uni nossos lábios de forma rápida. Ouvimos um resmungo de Rony, mas ignoramos.

– Não vou demorar para te encontrar, eu prometo. – sussurrei por entre seus lábios, e ele concordou rapidamente.

E então, ouve um estrondo e a porta da frente foi arrancada das dobradiças. Meu pai adentrou o local e imediatamente paralisou. Seu olhar incrédulo transparecia muitas emoções: raiva, decepção, medo. Somente no instante em que ele ergueu a varinha a apontando para Harry, que me dei conta de que ainda o estava abraçando, e me afastei rapidamente. Mas obviamente, foi tarde demais.

Merda...

– Pai... eu posso explicar... – falei lentamente.

– Eu desconfiava que você estava escondendo alguma coisa, mas eu jamais imaginei que fosse algo desse porte! – meu pai parecia cego de ódio. Sua varinha continuava apontada para o peito de Harry. Eu preciso fazer alguma coisa. – Nossa família sofrendo as piores humilhações, e você ficando ao lado de Harry Potter?!

– Pai, me escute... – comecei.

– Não! Escute-me você! – berrou meu pai, descontrolado. Seus olhos demonstravam desespero. Ele suspirou, tentando recuperar sua postura calma, o que não estava dando muito certo. – Há uma forma de você se redimir por esse seu erro, filho... Chame-o. Se você estregar Potter ao Lorde das Trevas, nossa família será perdoada!

Arregalei meus olhos e olhei para Harry, ele me fitava amedrontado. Percebi que Rony e Hermione me encaravam, como se estivessem com medo de que eu realmente chamasse o Lorde das Trevas. Obviamente, eu me senti ofendido por essa falta de confiança. Não está mais do que na cara, que se eu quisesse entregar o Harry, eu já o teria feito? Como podem desconfiar de mim assim tão facilmente?

Suspirei depois de fuzilá-los com os olhos, e voltei a olhar para meu pai.

– Pai, eu não vou chamá-lo... Eu não vou...

– Tudo bem! – me interrompeu. – Eu capturo Potter, e eu mesmo o entrego, mas antes... – Ele levantou a manga do braço esquerdo, revelando a marca negra.

Só precisei de um segundo para entender o que ele pretendia.

– Nem pense nisso! – berrei e apontei minha varinha para seu peito. Seus olhos se arregalaram, surpresos. Puxei Harry pelo pulso para que ele ficasse atrás de mim. – Você não vai chamá-lo! Se tentar alguma coisa eu juro que... que... que te mato!

Meu pai deu um passo atrás, me olhando como se eu estivesse acabado de revelar que me casaria com um hipogrifo. Percebi que o Weasley parecia quase tão surpreso quanto ele.

Eu não queria ter que ameaçar meu próprio pai, mas se ele tentasse algo contra meu Harry... eu provavelmente teria que tomar alguma atitude. Mesmo que seja algo que não quero fazer.

Houve alguns segundos de silêncio, e eu quase podia ouvir as engrenagens do cérebro de Hermione trabalhando para encontrar uma forma de escaparmos dessa.

– Draco... pense bem, meu filho... – meu pai parecia buscar as palavras certas para me convencer. – Se o Lorde souber de sua traição, estaremos perdidos, mas se você entregar Harry Potter...

– EU NÃO VOU ENTREGÁ-LO, POR TANTO DESISTA DESSA IDEIA ESTUPIDA! – berrei. Eu preciso encontrar um jeito de convencê-lo a desistir dessa ideia... Mas como essa situação é grave, eu não consigo pensar em nada a dizer, além da verdade. Suspirei apreensivo. – S-se entregar o Harry ao Lorde das Trevas... estará entregando seu neto, também!

Meu pai franziu o cenho, não entendendo ao que eu me referia. Então decidi esclarecer as coisas de uma vez por todas.

– O Harry está grávido de um filho meu! – nossa como isso soa bizarro. Vamos, Draco, concentre-se, esse não é o momento para pensar nessas coisas.

– Pare de inventar esse tipo de... – começou ele, mas não deixei que terminasse.

– Não estou inventando nada! – puxei Harry para o meu lado e ergui sua camisa. Os olhos do meu pai fitaram sua barriga, incrédulos. – Você sabe que isso é possível, não sabe? Você já comentou comigo sobre gravidezes masculinas que ocorreram na sua época...

– Mas... isso foi há... mais de cinquenta anos... – ele parecia travar uma batalha dentro da própria cabeça. – Não pode ter acontecido agora...

– Não só pode, como aconteceu! Portanto, se entregá-lo ao Lorde, também entregará o meu filho!

Meu pai deu alguns passos para trás e se encostou na parede, usando-a como apoio para seu choque. Sua expressão ia do espanto ao mais puro medo.

Me sinto apavorado. Minha cabeça busca desesperadamente uma forma de sairmos dessa, pois sei que meu pai fará algo. Ele não se conformará com o fato de que terei um filho com Harry Potter, disso eu tenho certeza.

Harry me cutucou de forma discreta, tentando atrair minha atenção, e apontou para Hermione, o que indica que ela tem um plano.

– Como? – perguntou meu pai, de repente.

– Harry tomou uma poção, nós transamos e ele está grávido. – falei na cara de pau. Sei que ele fará algo, independentemente de ter ou não um neto envolvido, então para que me preocupar com meu modo de falar?

Transou com ele? Não posso acreditar que meu filho...! Além de ser um homem, tinha que ser Harry Potter?! – ele estava claramente desesperado e decepcionado, mas eu realmente não me importo mais com o que ele pensa. Ele parecia querer se acalmar, respirou fundo e voltou a me fitar. – Já que não podemos mudar isso... Talvez se esperássemos a criança nascer e então podemos entregar Potter e... dizer que o filho é de alguma moça...

Levado por uma raiva descomunal que me invadiu, apontei minha varinha para seu peito novamente. Meu gesto fez com que ele se interrompesse e não terminasse o que dizia. Como ele se atreve a pensar uma merda dessa? Esperar Harry ter meu filho, e então entregá-lo, como se ele não fosse nada?!

Somente nesse momento que pude perceber o quanto meu pai estava arruinado, tanto seu físico, quanto sentimental. Ele parecia tão infeliz, tão acabado. Não era mais o homem ao qual eu admirava e me orgulhava. Ele agora é alguém sem sentimentos. Tudo que sinto agora é raiva e... pena.

– Eu não permitirei que encoste em Potter... eu o am... – por que me interrompi? Por alguma razão senti um medo muito grande ao pensar em dizer aquilo em voz alta. Senti que os olhos de Harry me observavam, então falei rapidamente: – Estou apaixonado por ele.

Os olhos do meu pai se arregalaram por alguns instantes, depois ele riu debochado.

– Quer dizer então, que além de traidor, ainda é um veadinho nojento, que se contenta em comer qualquer porcaria? – cuspiu ele. – Se é uma bunda nojenta que você quer, então que escolha uma melhor, de preferência um Puro-sangue, e não um mestiço imundo! E se o problema é ter um filho, arranjaremos essa poção que Potter tomou e daremos a outro, e então você...

– CALA A MERDA DESSA BOCA! – berrei furioso. Minha raiva era tanta que minha varinha soltou faíscas na cara dele. – Como eu ainda posso considerar uma pessoa como você, meu pai? – perguntei, me dirigindo mais a mim mesmo do que a qualquer outro. – Você não tocará no Harry e nem no meu filho! Se o fizer, eu juro que...

– Que vai me “matar”? – caçoou. – Você é um Comensal da Morte! Se ele descobrir, matará você e esse bastardinho também! – gritou ele, apontando para a barriga de Harry. – Eu deveria lhe poupar esse trabalho, e acabar com essa criança de vez!

– Se atreva a tentar algo contra o meu filho, que eu juro que vai descobrir do que sou capaz! – berrei e tentei avançar nele, mas senti Harry segurar minha mão, delicadamente, me mantendo ali. – E eu não me importo em correr o risco de morrer! Cansei de ser covarde! – E era verdade. Desde que eu fiquei com Harry na Floresta Proibida, eu havia cansado da minha covardia. – Você quer sua glória de volta, não quer? Quer que sejamos perdoados, não é isso? Então vá! Conte a ele! Imagina só o tamanho da recompensa que ele lhe dará quando você revelar que seu futuro neto é filho do Harry Potter!

– Você está matando a família, Draco...

Que família? É muita hipocrisia da sua parte falar em “família”, quando está aqui disposto a matar seu próprio neto! – brandeei. O ódio me consumia, e se não fosse pela mão de Harry me mantendo aqui, eu tenho certeza que faria uma loucura. – E sinceramente, papai, a partir do momento em que você me entregou a Você-Sabe-Quem, me forçando a ser um Comensal contra a minha vontade, eu deixei de ter uma “família”.

Quem é você? Você não é meu filho...

Não pude deixar de rir.

– Por que está decepcionado, papai? Eu sou exatamente o que você me criou para ser... A única diferença é que agora você não pode mais me controlar.

Pude ver uma certa magoa em seus olhos, ele abriu a boca para dizer algo, mas suas palavras foram interrompidas por uma explosão. Harry e eu fomos arremessados contra a parede ao lado do corredor. Havia uma nuvem de poeira no ar e todos os moveis da sala haviam sido destruídos.

Me sentei sentindo uma dor desconfortável na minha nuca, mas a ignorei e fui até Harry ajudando-o a se sentar.

– Ai... – resmungou com a mão na cabeça. – O que houve?

– Você está bem? – perguntei ignorando sua pergunta.

– Eu estou bem, Draco. Mas, que explosão foi essa?

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, avistei Rony e Hermione se aproximando as pressas.

– Fui eu que causei essa explosão, Harry. – contou Hermione. – Eu sei que poderia ser arriscado para você, mas essa foi a única forma que pensei.

– Cadê o meu pai? – perguntei olhando em volta. Foi quando o avistei estatelado no chão, desacordado. Mesmo não querendo, eu me preocupei e fui até ele, me abaixando ao seu lado. – Você o matou?

– Não, claro que não. – respondeu ela rapidamente. – Eu só usei a explosão e um feitiço para desacordá-lo. Ele recobrará a consciência em alguns minutos, e quando isso acontecer ele não vai perceber que desmaiou, só pensará que foi jogado para trás, como vocês. Portanto, temos que nos apresar. – Me levantei e Harry veio até mim me abraçando, ao mesmo tempo em que a garota se virou de frente para mim, e me encarou séria. – Eu... sinto muito pela reação do seu pai. Mas já era algo de se esperar.

– É, eu sei... – senti um aperto no coração e um nó se formar em minha garganta.

Apesar de saber que meu pai reagiria assim, não posso negar que eu tinha vagas esperanças de que ele reagisse bem, especialmente quando soubesse do neto, afinal ele sempre sonhou em ser avô. A decepção de ver meu pai, que apesar de tudo eu ainda amo, dizendo todas aquelas atrocidades, não tem tamanho. É uma dor que talvez eu nunca esqueça.

– Posso alterar a memória dele. – sugeriu Hermione, notando minha tristeza. – Apenas se você quiser.

Olhei para meu pai. Eu não queria fazer isso, mas sei que ele não se conformará com minha relação com Potter. Ele não ficou feliz com o neto, e sei que esse idiota vai nos perseguir, ou até mesmo nos entregar. Não posso correr esse risco, pelo bem do Harry e do bebê, eu tenho que tomar a decisão certa.

– Faça, Granger. – falei, friamente. Ignorando a dor no meu peito e o nó em minha garganta. – Será melhor assim.

A garota me olhou com pena, e então assentiu.

Apertei Harry em meus braços com uma imensa vontade de chorar, enterrando meu rosto em seu pescoço, pois não queria ver ninguém alterando a mente do meu pai. Potter pareceu perceber isso, por que levantou meu rosto e tocou levemente seus lábios nos meus.

Obliviate. – ouvi Hermione ordenar, mas pouco me importei, só consegui me concentrar nos lábios de Potter sobre os meus.

Ah, esses lábios. Eu poderia beijá-los mil vezes e ainda não me acostumaria. É como se eu me apaixonasse cada vez mais, a cada beijo. Passei minha língua por seu lábio inferior, pedindo passagem que foi, quase que imediatamente, concedida. Quase gemi quando nossas línguas se tocaram. Percebi que Potter sentia o mesmo que eu, por que suas mãos trêmulas subiram para minha nuca agarrando meus cabelos e me puxando para mais perto. Nossas respirações se tornaram ofegantes. Apertei sua cintura, sentindo meu coração palpitar e uma enorme vontade de despi-lo às pressas e possuí-lo aqui mesmo. Suguei sua língua com vontade, e ele suspirou quase gemendo.

Ah, como eu gosto das reações que causo nele.

– Urgh, vão para o quarto de uma vez! Não temos a obrigação de ficar assistindo vocês se comerem com a boca. – reclamou o Weasley.

Fiz questão de fingir não ter ouvido nada e tentei continuar com o beijo, mas Potter se afastou gentilmente, corando como sempre. Sua boca avermelhada, era tão sexy que me senti tentado a beijá-lo novamente, mas resisti e me afastei.

– Draco, seu pai não se lembrará de nada desde o momento em que chegou aqui. – contou Hermione. – É melhor nós nos apressarmos. Já sabe, Harry lhe informará o local em que estaremos quando for nos reencontrar.

– O.k. É melhor você irem, antes que ele acorde.

Abracei Harry rapidamente e lhe dei um selinho, antes dele ir para junto dos amigos e correr para o quarto, no mesmo instante em que ouvimos um resmungo do meu pai, que havia começado a acordar. Ele se levantou olhando em volta um pouco desnorteado.

– Posso saber, o que faz aqui? – perguntei friamente, como se estivesse acabado de perceber sua presença, mas ainda incomodado pelo aperto que sinto no coração.

– Faço a mesma pergunta. – respondeu ele, ainda desnorteado, mas sua voz conseguia ser mais fria que a minha. Ele andou pela sala quase que completamente destruída do apartamento olhando em volta de forma avaliativa. – Que explosão foi essa? E o que meu filho faz em um apartamento trouxa? – Então seus olhos pararam de avaliar o local, e se prenderam em mim.

Eu causei essa explosão. Achei que você fosse um dos Sequestradores que haviam me seguido quando vim para cá, pensando que eu fosse um sangue-ruim fugitivo do Ministério. – respondi convincente. – E eu não contei que viria aqui, por que não quis. Agora preciso dar explicações de tudo o que decido fazer? – indaguei usando meu tom esnobe. – Por que está aqui? Como me encontrou?

– Achei suspeito você ter afirmado que iria para casa de Severo, levando em conta que você nunca havia feito isso e sempre detestou aquele lugar, então decidi investigar um pouco mais. E foi mais fácil do que pensei, tudo o que precisei fazer foi perguntar a Tibbi, e ela me contou que havia limpado um apartamento a seu comando. Sei que a mandou não abrir a boca, mas sabe que minha ordem sobre ela é maior que a sua...

– Tsc, pelo menos alguém ainda te obedece. – caçoei.

– Mas a pergunta é... – continuou ele, ignorando meu comentário. Mas pude perceber que sua paciência já estava começando a se esgotar. – O que veio fazer aqui? Sabe perfeitamente que nossa família já está praticamente afundada na lama, e ainda assim se arrisca vindo a esse lugar? Se alguém descobre, pode achar a sua atitude um tanto... suspeita. – seus olhos tornaram a avaliar o local. – Você está sozinho, Draco?

– Claro que estou. – tentei ser o mais convincente possível.

E então, ouvimos um pequeno barulho vindo do quarto. Senti-me congelar e não pude deixar de arregalar meus olhos. Merda, eles não puderam Aparatar, por que meu pai havia acordado e com certeza ouviria. O que significa que ainda estão aqui!

Ele franziu a testa e, sem dizer mais nada, andou apressadamente e adentrou o aposento. Amedrontado, eu o segui e suspirei aliviado quando não vi ninguém. Mas eu sei que eles ainda estão aqui.

– Já viu que não há ninguém aqui comigo, pai...

Homenum revelio. – ordenou ele, apontando a varinha para o vazio. Senti-me apreensivo, pois sei que esse feitiço é para afirmar se há mais alguém na casa, mas, por incrível que pareça, não ouve nada. O feitiço não detectou a presença de ninguém.

– Viu só, eu disse que estava sozinho.

– Mas isso não explica o motivo de você estar aqui. Draco, você anda muito estranho ultimamente. Suspeito que esteja escondendo alguma coisa. Se for algo que nos prejudique... pense bem meu filho, o Lorde das Trevas...

– Não estou escondendo nada. Porque você e a mamãe não me deixam em paz? Vivem insinuando que estou escondendo algo, já pararam para pensar que na verdade eu só me sinto desconfortável perto de vocês? – Falei. Senti-me orgulhoso pela minha atuação. Mas também o que eu disse não é de foto uma mentira, afinal me sinto mesmo desconfortável perto deles. E então suspirei, para completar minha maravilhosa atuação. – Eu só vim por que queria ficar sozinho. Não aguento mais aquela casa cheia de Comensais e gritos de pessoas sendo torturadas! Não me sinto confortável com aquela casa. E depois daqui eu ia realmente para a casa do Severo. Não era necessário me seguir até aqui, e não se preocupe, não farei nada que o afunde ainda mais.

– De quem é esse apartamento?

– Ninguém que você precise saber.

Ouve um breve silêncio e eu pensei que ele fosse insistir, mas ele apenas suspirou.

– Vamos voltar para a mansão. – disse ele por fim.

Uau, só isso? Que incrível! Eu tinha certeza que acabaria levando um tapa pelo meu desaforo, mas se ele decidiu ser paciente, quem sou eu para reclamar, não? Prefiro ele assim do que como um lunático descontrolado.

Não respondi. Simplesmente dei uma última olhada para o quarto (no qual noite passada eu havia transado apaixonadamente com meu Harry), dei um suspiro longo, me virei e Aparatei para a mansão.

 

Adentrei na sala de estar, sendo seguido por meu pai, mas parei abruptamente ao vê-la cheia de Comensais. Argh, odeio esse lugar, fiquei fora por quase dois dias e quando volto me deparo com isso. Mais o que eu esperava, afinal? Eu já deveria estar acostumado.

– … parece que ele vai fazer uma viagem de extrema importância. – dizia Yaxley a Dawlish, a alguns metros de onde eu me encontrava. – Ele afirmou, que só poderemos chamá-lo, se tivermos capturado Potter, qualquer outro motivo será dispensado.

– Imagina aonde ele possa ter ido? – perguntou Dawlish, quase sussurrando. Provavelmente por medo de que alguém os ouçam.

– Não posso afirmar com precisão, mas acho que ele está à procura de algo.

Não pude deixar de sentir um certo alívio. Então quer dizer que Lorde das Trevas havia viajado? Isso é perfeito, além de ser mais seguro para Harry, também será bom para mim, assim ao menos não precisarei dar explicações a ninguém, além de meus pais, quando for passar uma “temporada” fora.

Aprecie-me a sair daqui e fui para meu quarto. Tentei chamar Harry para saber se haviam saído do apartamento em segurança, mas, ao que parece ele não está pensando em mim no momento.

Minha cabeça está dolorida e me sinto extremamente cansado. Deitei-me na minha cama e tentei esquecer um pouco dos problemas. Não demorou muito para que eu adormecesse.

 

Meu dia estava um tédio. Tentei falar com Potter várias vezes, mas não obtive nenhuma resposta. Tomara que aquele idiota não esteja cometendo nenhuma loucura!

Me deitei na minha cama tentando absorver tudo o que havia acontecido nesses últimos dias. Eu havia descoberto que ia ser pai, mas há muitas perguntas por trás dessa descoberta. Porque diabos aquele maldito professor Horácio havia dado a Harry uma poção para engravidar? Será que ele fez por ordem de alguém? E o que Severo Snape tem a ver com tudo isso? Tantas perguntas...

Preciso descobrir o que eu puder. Talvez se eu for até Hogwarts para ter uma conversinha com o velhote, eu possa...

Ouve uma batidinha na porta, e Tibbi entrou.

– Jovem amo, o senhor tem uma visita. É a senhorita Greegrass, meu senhor. Tibbi a deixou esperando na biblioteca, senhor.

A elfa tremia amedrontada, obviamente com medo deu castigá-la por ter descumprido uma ordem minha e dito ao meu pai aonde eu estava. Suas mãos avermelhadas indica que ela havia se castigado, e por alguma razão eu senti um pouco pena. Droga, minha convivência com Potter e os sangues-rui... seus amigos, está me mudando mais do que eu esperava.

– Tudo bem, Tibbi. Diga a ela que já vou.

Ela se curvou e se retirou.

Depois de alguns segundos, me dirigi a biblioteca me preparando mentalmente para mais um dia aturando Astoria e suas perguntas, tentando descobrir quem é o homem que havia me “fisgado”. Argh, maldita hora em que eu resolvi contar a ela que estava apaixonado.

– Oi Draco. – disse ela, sorrindo assim que entrei.

– Já vou avisando que não estou com humor para aturar suas perguntas hoje, Astoria. – falei me atirando em uma poltrona.

– Você nunca está. – disse ela revirando os olhos. – Mas, e então, tem alguma novidade?

Ah, ela não faz ideia de quantas. Mas obviamente, não vou falar nada. Imagina se ela descobre que serei pai? Aí que ela não me deixaria em paz mesmo, e a curiosidade dela é a coisa mais irritante que existe.

– Não, Astoria. Não tenho novidade nenhuma. Deixa de ser intrometida.

Passamos a tarde na biblioteca. Astoria vez ou outra tentava me tirar alguma informação, mas eu não deixei escapar absolutamente nada. Não que eu não confie nela, eu só não acho prudente contar nenhuma informação desnecessária a ninguém.

– Draco, você não acha que você está sendo meio... precipitado em achar que já ama esse cara? – era a milésima vez que ela me pergunta isso. Às vezes eu desconfio que ela talvez possa ter uma quedinha por mim. E eu até a entendo, afinal eu sou um homem apaixonante, mas isso a torna de irritante a quase insuportável. – Quero dizer, você mesmo disse que vocês eram inimigos, como pode agora, do nada, vocês se amarem? E se você só estiver pensando que o ama...?

– Astoria eu o amo de verdade! Para de me perturbar com isso, que merda!

– Como pode ter tanta certeza? – insistiu ela.

– Eu transei com ele a noite retrasada inteirinha. Pode ter certeza que sei o que sinto. – quando dei por mim já havia falado. Droga, de menina chata. Argh.

Os olhos dela se arregalaram.

– Você se encontrou com ele...?

– Sim. E eu não vou dizer mais nada, então para de me encher.

– Mas... e se for apenas desejo sexual o que vocês sentem um pelo outro? – por Merlim, essa menina não desiste! – Vocês podem estar confundindo esse desejo com amor!

– Pela milésima vez, eu sei que o amo! Agora dá para...

– Você nunca terá total certeza, afinal você só esteve com ele, nunca recebeu amor de outras pessoas. Talvez se você experimentar ficar com outra pessoa, você possa mudar de ideia.

Ela disse mesmo isso?

– Experimentar outra pessoa? Tipo quem, você? – bufei debochando. – Para começo de conversa eu não perdi minha virgindade com ele, então eu já estive sim com outras pessoas, e nenhuma foi para mim o que ele é. E se você pensa, que se tentar me convencer de que não o amo vai me fazer dormir com você, é melhor desistir agora, por que isso nunca vai acontecer. Eu nunca vou ficar com você, eu mal te suporto. Então, faça um favor a si mesma e desista, o.k.?

Sorri para minha grosseria. Sempre me sinto um pouco melhor depois de dar uma bela patada em alguém. Pensei que isso havia mudado completamente por causa de Potter, mas pelo que vejo, velhos hábitos nunca morrem. Fui maldoso mesmo, e ela mereceu já que passou a tarde me atormentando.

– E por que não? Por que não pode ser eu? – ela jogou o cabelo cacheado para trás. – Se depois de dormir comigo, você ainda estiver convencido de que o ama... Então, eu te deixo em paz.

Não pude deixar de rir.

– É, Astoria, parece que você perdeu o pouco de sanidade que lhe restava. – falei rindo.

– Mas, Draco, eu...

Ela foi interrompida pelo barulho estrondoso da porta da biblioteca sendo aberta. Severo entrou e veio até nós a passos firmes, o que me lembrou da conversa que terei com ele.

– Precisamos conversar, agora. – murmurou, e então olhou para Astoria. – A sós.

– Astoria, por que não vai procurar por Tibbi? Peça a ela para nos trazer uma xícara de chá. – falei rapidamente, a garota resmungou e saiu.

Sem pensar, avancei em Severo agarrando-o pelo colarinho e o pressionando contra a estante mais próxima.

– VOCÊ SABIA! VOCÊ SABIA DAQUELA MALDITA POÇÃO! – berrei, mas ele se manteve inexpressível. – O que você tem a ver com isso?! Responda!

– Não responderei nada, a menos que me solte, se acalme e pare de gritar. – respirei fundo e o soltei. Ele caminhou tranquilamente até uma poltrona e se acomodou. – Pelo que vejo de seu comportamento, você anda convivendo bastante com o Potter. – ignorei seu comentário. – Sente-se, vamos conversar civilizadamente.

– Estou bem assim.

– Como quiser. – ele me fitou por alguns instantes.

– Você sabia da poção e do efeito dela, não sabia?

– Sim. E se está me perguntando isso, significa que Potter realmente a tomou, não é? – eu queria gritar e acusá-lo, mas se eu o fizesse, provavelmente perderia minhas chances de saber mais, então me contive. Assenti, respondendo sua pergunta. – Ele está grávido, e você é o pai? – assenti novamente, me sentindo corar. – Droga, odeio como aquele velho sempre acerta em suas suposições!

– Que velho, Severo? – perguntei curioso.

– Não importa. Conte-me tudo.

– No dia do velório de Dumbledore eu e Potter acabamos nos encontrando... por acidente. – Tudo bem, eu não vou contar totalmente a verdade. O que meu padrinho pensaria se descobrisse que eu fui até Potter, por que tive um sonho erótico com ele? Não quero nem imaginar. – Potter estava estranho, pois havia tomado uma poção que o prof.° Slughorn havia dado a ele. Então, ele meio que me agarrou e nós acabamos transando... E agora descobri que ele está grávido, e que...

Me interrompi ao ouvir o barulho de vidro quebrando. Olhei para a porta da biblioteca e vi Astoria parada com olhos arregalados e completamente estática, e a sua frente haviam cacos da xícara de chá que ela havia derrubado. Ótimo, tenho certeza que ela ouviu tudo.

– Astoria, eu posso explicar... – antes que eu completasse o que ia dizer, a garota já havia virado e corrido.

Me apresei em ir atrás dela, mas não a alcancei a tempo. Ela já havia saído da mansão e Aparatado.

Merda! Será que devo me preocupar com isso? Se já não bastasse ter tantos problemas, agora me surge mais um.

Caminhei de volta para a biblioteca. Snape continuava sentado na poltrona com a expressão séria.

– Ela foi embora sem ao menos me escutar. – contei.

– Isso pode ser um problema. – ele suspirou e se levantou. – Venha comigo há minha casa, já vimos que aqui não é um local seguro para conversarmos sobre esse assunto.

Concordei sem reclamar e o segui. Sem dar nenhuma satisfação aos meus pais por eu sair tão tarde, saímos da mansão e aparatamos.

Desaparatamos no alto de um barranco e caminhamos por algumas ruas, cuja as casas de tijolos eram quase idênticas. Segui Snape quando este precipitou-se por uma rua da Fiação, sobre a qual pairava a alta chaminé fabril como um gigantesco dedo em riste. Nossos passos ecoaram nas pedras do calçamento ao passar por janelas partidas e fechadas com tábuas, até chegar à última casa, onde uma luz fraca se filtrava pelas cortinas de um aposento térreo.

Com um aceno de varinha, a porta se destrancou e adentramos o local, diretamente em uma pequena sala de visitas que dava a impressão de uma cela acolchoada e escura. As paredes eram inteiramente cobertas de livros, a maioria encadernada em couro preto ou castanho; um sofá puído, uma poltrona velha e uma mesa bamba estavam agrupados no círculo de luz projetado por um candeeiro preso no teto. Eu já estava acostumado com esse ar de abandono que tinha o local, como se ninguém o habitasse.

Rabicho veio até nós (com seu costumeiro mau humor) perguntar se queríamos algo, mas Snape o dispensou e indicou para que eu me sentasse no sofá, enquanto ele se acomodava na poltrona e lançava o feitiço Abaffiato na porta.

– Alguém mais sabe da gravidez? – perguntou de repente.

– Pelo que eles me disseram, somente alguns Weasleys, a Granger e aquele lobisomem, Lupin, sabem. – informei.

– Talvez esses sejam de confiança... – comentou pensativo. – Quando foi que Potter lhe contou?

– Há dois dias.

– Por que ele demorou tanto? A gravidez já está bem avançada, não? É necessário que você esteja com ele durante a gestação, como ele pode ser tão imprudente!

– Ele se sentia inseguro... Teve medo de minha reação, mas isso não importa mais. – falei rapidamente, e o olhei curioso. – O que eu quero mesmo saber é, por que se importa tanto? Você não o odeia?

– Sim, ainda o odeio, mas se essa for mesmo sua pergunta e você precisa mesmo de uma resposta de minha parte, eu também posso devolvê-la; por que teve relações com ele, o salvou e o beijou, se sempre alegou odiá-lo tanto?

Me calei. Como posso dizer a ele que me apaixonei perdidamente por Harry Potter? Geralmente eu não tenho vergonha de nada, sempre fui cara de pau e disse tudo que tinha a dizer sem me importar com o que pensavam, mas agora sinto certo... constrangimento em pensar em lhe contar sobre meus sentimentos. Até por que se apaixonar por alguém que já foi meu inimigo não é bem uma atitude Malfoy.

– Também... prefiro não responder isso. – falei, me sentindo corar. Merda!

– Tudo bem, é melhor assim, por que eu já estava quase pensando que você ia me confessar ter se apaixonado...

Ele por algum acaso leu a minha mente?

– Vamos voltar a falar da gravidez! – falei irritado.

– Como preferir. – pude jurar ter visto a sombra de um sorriso passar por seu rosto. – Conte-me, quais são os sintomas do núcleo?

– Eu posso ver a luz dele em torno da pele de Potter e também tem o encanto que faz com que todo adolescente nojento e cheio de hormônios, se sintam completamente atraídos ele! Especialmente aquele idiota do Weasley!

– Isso está me parecendo ciúmes...

– Não é ciúmes! Eu só não acho... legal que esses adolescentes fiquem em cima do cara que vai ter o meu filho! – brandeei corando, e Snape ergueu uma sobrancelha. Mas é claro que é ciúmes, eu só não vou deixá-lo saber. Mas como ele não é nada lerdo, rapidamente decidi mudar de assunto. – Interessante como você conhece direitinho a Poção Gestante, para até saber sobre o núcleo, não é? Tenho quase certeza que você tem algo a ver com isso...

– Receio que tenha se esquecido que, antes de ser um Comensal ou seu padrinho, eu era e sou professor de Poções. Conhecer todos os tipos de poções sempre foi minha obrigação e dever.

Revirei os olhos. Argh!

– Eu ainda acho que você tem algo com isso.

– Como o corpo de Potter está reagindo a gravidez? – indagou ele, ignorando meu comentário.

– A barriga já está crescendo, e Hermione disse que ele ainda tem enjoos as vezes e que seu apetite mudou muito. – contei a contragosto.

– “Hermione”? Já estão se tratando pelo primeiro nome? – questionou ele, erguendo uma sobrancelha.

– Não te interessa.

– E a magia dele? – continuou, parecendo se esforçar para se manter sério e conter a risada.

– No momento está instável, mas a Granger me contou que ele já desmaiou duas vezes, pois a criança consome grande parte de sua magia, e que se continuar assim ele pode morrer...

– Eu já imaginava que isso aconteceria. Essa poção é muito perigosa sem os cuidados necessários. – ele acenou com a varinha e um caixote pequeno voou pelo cômodo e parou em seu colo. Rapidamente ele abriu o caixote e o virou para mim; dentro haviam dezenas frascos finos de uma poção tão prateada quanto sangue de unicórnio. Ele retirou um dos frascos e o mostrou para mim. – Essa é uma poção muito forte para repor magia, eu há preparei a algum tempo, pois já desconfiava que Potter tomaria a poção. Foi realmente muito complicada de se preparar, pois é uma poção muito complexa, mas não se preocupe, eu a preparei com perfeição.

– Já chega, me responda logo, como sabia que Potter poderia tomar a Poção Gestante? Por que o professor Slughorn a deu a ele? Você tem algo a ver com isso?

Ele me encarou sério, e eu senti um arrepio na espinha. Odeio quando ele me olha assim.

– Não posso responder nenhuma destas perguntas no momento. Para tudo há o seu devido tempo, e ainda não chegou o momento de vocês saberem de nada. E acredite ou não, eu não daria a poção a Potter, por que não gosto nem de imaginar uma criança nas mãos daquele garoto imprudente.

– E quando é que você poderá me contar? – insisti.

– Quando for o momento certo, vocês saberão. Mas, enfim, como eu ia dizendo antes de ser interrompido, essa é uma poção de repor magia muito poderosa, portanto Potter só precisará tomar um frasco a cada dois dias até o fim da gestação.

Suspirei aliviado. Pelo menos agora Harry não correrá o risco de morrer. Tudo que precisarei fazer é ficar ao seu lado durante a gravidez para que tudo corra bem, o que me lembra...

– Se importa se eu te usar como álibi, para que meus pais não desconfiem da minha ausência?

– Ah, eu esqueci de mencionar; essa poção é forte o suficiente para que Potter não precise mais te manter por perto durante a gravidez.

Merda! Mais essa agora...

– Não importa se é forte o bastante! Eu quero ficar ao lado dele durante a gestação, e quero estar presente quando meu filho nascer! – insisti. É uma chance única que estou tendo para me manter longe dos Comensais por alguns meses, e ainda poder estar com o Harry, com certeza não vou desperdiçar essa oportunidade. – Vai me deixar te usar como álibi, ou não?

Severo me analisou por alguns segundos, antes de se levantar e me entregar o caixote.

– Faça como quiser. Só esteja presente quando nos reunirmos com o Lorde das Trevas para que ele não desconfie. – disse ele. – E pode confiar que não contarei absolutamente nada a ninguém, e aconselho que sejam prudentes o bastante para fazerem o mesmo.

– Certo...

Ouve um breve silêncio.

– Eu só queria saber mais uma coisa... Você... não pretende contar a seus pais sobre essa situação? – perguntou Severo, de repente, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele continuou: – Suponho que você não confie no seu pai, mas acho que deveria contar pelo menos a sua mãe, ela se importa com você e...

– Não vou contar nada a eles. – o interrompi. – Eu já tenho... uma noção de qual seria a reação do meu pai, quanto a minha mãe, ela é só um pau mandado dele, não se importa verdadeiramente comigo a anos.

– Você está enganado, Draco.

– Não, não estou. Meu pai não aceitará o neto e minha mãe seguirá o que ele disser.

– Há quase dois anos atrás, suja mãe e sua tia Bela vieram até mim, e nesse dia sua mãe praticamente me implorou para ajudá-lo com a missão de assassinar Dumbledore, pois sabia que um menino como você não conseguiria, e tinha medo do que poderia lhe acontecer. Ela fez isso escondido de seu pai, pois sabia que ele não concordaria com esse ato. – contou ele seriamente. – Você não dá muito valor a proteção das pessoas, não é? Sua mãe se importa com você, você gostando disso ou não, deveria contar a ela, pois acho que ela merece saber que o perigo que você está correndo agora é muito maior do que da última vez. E se não quiser contar a Lúcio, tenho certeza de que ela guardará segredo.

Talvez ele tenha razão... talvez não. Será que valeria a pena me arriscar? Sofrer mais uma decepção com meus pais?

– Pensarei no assunto...

De repente a porta da sala se abriu e Rabicho adentrou o local.

– Eu já falei para bater antes de entrar, Rabicho. Será que você nunca aprende? – indagou Severo friamente.

– O Senhor Dolohov está aqui... – respondeu Rabicho ainda mal-humorado.

– Mande-o entrar. – ordenou Severo, surpreso. E Rabicho logo se retirou.

– O que será que ele quer aqui? – perguntei, mas antes que ele pudesse responder a porta tornou a se abrir e Dolohov entrou exasperado.

– Vocês não vão acreditar no que aconteceu! – falou ele. – Harry Potter invadiu o Ministério e fez um buraco na porta da megera da Umbridge! Acreditam? De tantas coisas que esse garoto poderia fazer, ele decide invadir o Ministério somente para arrombar a sala dela? Ele deve ser um pirado, mesmo...

Me senti gelar. Como é? Potter não seria tão louco para invadir o Ministério somente para arrombar a porta da Cara de Sapa.... Oh, Merlim, sim ele seria! Será que algo lhe aconteceu, por isso ele não falou comigo o dia todo?

– C-como foi isso? Quando? – perguntei tentando parecer indiferente. – Vocês o capturaram?

– Foi esta tarde, ele usaram poção Polissuco! E acredita que ele, aquela amiguinha sangue-ruim e um outro que ninguém descobriu ainda a identidade, conseguiram escapar? – senti como se tivessem tirado mil tijolos das minhas costas. – Quase todo o Ministério e aurores estavam no lugar, mas ninguém conseguiu capturá-lo. O Milorde não ficará nada contente quando souber...

Ele continuou contando, mas parei de prestar a atenção no que dizia. Meus olhos encontraram os de Snape, e nesse momento vi que ele se perguntava o mesmo que eu: o que será que Potter e os amigos haviam ido fazer realmente no Ministério?

 

 

Pov Draco Off


Notas Finais


Mais uma vez, peço desculpas pelo atraso.
Postarei o próximo mais cedo para compensar, ok?
Espero que tenham gostado do capitulo.
Por favor, gente, não fiquem com raiva do Lúcio, ok? E nem do Draco por ter falado assim com o próprio pai. Eu só quis que o Lúcio aprendesse uma lição por ter mimado e ensinado o Draco a ser um menino arrogante.

Mais uma vez, espero que tenham gostado!
Deixei bastante comentários, ok ?
Beijinhos <3<3


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