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História Relíquia do Amor - Ódio Insano


Escrita por: DaianeSales

Notas do Autor


Olá volteeeei!!
Eu disse que se comentassem bastante eu postaria hoje, e estou cumprindo minha promessa ^^
Espero que gostem desse capitulo, eu pessoalmente gostei muito *w*

Agradeço aos que comentaram e favoritaram !!
Esse capitulo ficou meio longo, mas eu sei que vocês gostam então kkk

A leitora amiga minha que corrige os capítulos ainda não pode corrigir, por isso relevem os errinhos ok?

Enfim...
Boa Leitura!!!

Capítulo 28 - Ódio Insano


 

 

 O café da manhã se passou completamente silencioso, minha mãe sorrindo e amamentando minha filha e meu pai nos ignorando como se a conversa que ouvi na noite passada nunca tivesse acontecido. Também não disse nada sobre ter ouvido algo, afinal o que eu poderia dizer? Ele mesmo prefere se manter em silêncio, por que eu deveria falar algo? Fomos para sala de estar, meu pai lia as mentiras absurdas que agora são escritas no Profeta Diário, minha mãe bebia uma xícara de chá, enquanto eu me sentei no sofá conjurando luzinhas coloridas com a varinha e rindo das caretas que Mellisandre fazia assistindo. Não vejo a hora de vê-la sorrir pela primeira vez.

Suspirei sorrindo para ela como o com pai bobão que sou.

– Draco, quando você irá reencontrar Potter? – perguntou minha mãe interrompendo meu momento bobão.

Sentimos a magia de proteção entorno da mansão, vibrar. Observei meu pai se retirar da sala para ir ver quem se encontrava no portão, antes de finalmente responder minha mãe.

– Em breve.

Falei sinceramente, afinal todos os dias eu espero notícias, boas ou ruins. Até o momento os poucos Comensais que estiveram aqui, só vieram para comentar coisas que não me são realmente importantes, mas sei que logo a bomba estourará, especialmente quando Potter arrombar Gringotes. Isso me assusta, pois sei que é uma missão extremamente perigosa. Ainda me sinto inconformado por não estar com eles caçando as Horcrux, mas Harry é tão teimoso e sempre acaba me fazendo realizar suas vontades de uma forma ou de outra. Maldito moreno gostoso, sedutor e irresistível, que sabe sobre meus sentimentos por si e usa isso para me manipular a seu favor. Tenho que admitir que ele é esperto.

Bem, o jeito é torcer para que o plano que tramaram com aquele duende dê certo.

– Em breve quando? – minha mãe perguntou novamente, me tirando de meus devaneios.

– Quando ele terminar o que tem que fazer. – ou seja, quando ele arrombar o Gringotes, completei mentalmente. – Não acho que vá demorar muito.

Ela assentiu e tomou um gole de chá.

– Aonde vocês estiveram esses dias em que ficou com ele?

– Geralmente ficávamos em uma barraca mágica, mas no dia do nascimento de Mellisandre, nos hospedamos na casa de um dos Weasleys, Chalé das Conchas perto de Tinworth. Quando voltei para cá trazendo Mellisandre, ele Ronald e Hermione continuaram por lá, pois ainda tinham coisas à para resolver…

– Draco! – minha mãe me interrompeu com os olhos arregalados, fitando algo as minhas costas.

– Bom dia, querido. – disse Astoria sorrindo e vindo se sentar ao meu lado.

Bufei. Ah, maravilha, minha manhã estava realmente boa demais para ser verdade. Será que essa idiota ouviu algo do que eu estava dizendo?

Minha resposta veio logo a seguir, quando minha tia Bellatrix e Dolohov entraram na sala conversando com meu pai.

– Oh, senhora Lestrange, é um prazer revê-la! – exclamou Astoria.

Está comprovado, Astoria é a pessoa mais retardada que já conheci. Quem em sã consciência cumprimenta minha tia? A menos que ela queira levar um crucio, não deveria ter feito isso.

Bellatrix fez uma careta para a mesma.

– Ah, é você. Voltou para nos incomodar? – perguntou ela. Não foi um crucio, o que quer dizer que ela acordou de bom humor. Realmente uma pena, eu adoraria ver Astoria sendo cruciada.

– Não, senhora. Apenas acho que queira saber o que acabo de descobrir. – falou Astoria calmamente. Engasguei com minha própria saliva e minha mãe com seu chá.

Senti meu sangue gelar. Não, ela não ousaria dizer algo. Não mesmo.

– E por que eu iria querer saber algo vindo de você? – perguntou minha tia sem a menor paciência.

Por um segundo realmente me iludi pensando que Astoria desistiria de falar. Grande engano.

– Simplesmente descobri onde Potter e seus amiguinhos andam se escondendo. – falou Astoria, finalmente atraindo a atenção que desejava.

Minha mãe derrubou sua xícara de chá, meu pai pigarreou nervosamente e eu senti meu sangue ferver de raiva.

Merda! Agora ferrou.

Fechei as mãos em punhos quando vi Bellatrix arregalando os olhos em expectativa.

– Sabe? – indagou ela, claramente mais interessada no diálogo. – Então diga de uma vez, garota, não temos tempo a perder.

Abri a boca para tentar impedir de alguma forma que ela dissesse algo, mas obviamente foi tarde demais.

– Claro. Ele está no Chalé das Conchas perto de Tinworth. – contou Astoria simplesmente, como se não tivesse dito nada demais.

Fechei os olhos. Pronto, Harry me matará. Juro que estou quase enxergando tudo em vermelho de tanta raiva.

Preciso fazer algo. Harry e os outros precisam deixar o chalé imediatamente. Imediatamente me lembrei do galeão que Hermione havia deixado comigo para algum contato de emergência.

– Tem certeza do que está dizendo, Greengrass? – indagou minha tia ansiosa.

– Claro que sim. Vão depressa ou podem não chegar a tempo para pegá-lo.

Eu podia ouvir o tic-tac de uma bomba dentro de minha mente, e quando ela explodir serão os pedaços da Astoria que irão voar. Tenho que me controlar, pois se eu perder o controle a matarei sem pensar nas consequências.

– Perfeito! – exclamou minha tia. – Dolohov, mande uma mensagem a Yaxley para que ele vá até esse lugar com alguns aurores, se dermos sorte, poderemos entregar Potter.

Imediatamente o homem se retirou do cômodo, parecendo tão ansioso quanto Bellatrix.

– Bella, será mesmo prudente dar ouvidos as palavras dessa desmiolada? – perguntou minha mãe, tentando disfarçar seu nervosismo.

– Pense, Ciça, se ela estiver certa, e pegarmos Potter o Lorde das Trevas nos perdoará! – disse minha tia. – Diga a ela, Lúcio.

Meu pai pigarreou claramente nervoso.

– Claro, claro. Ele nos perdoará. – disse ele.

Me levantei com Mellisandre e saí da sala indo em direção ao meu quarto e fingindo não ouvir Astoria me chamar.

Deitei minha filha no centro da minha cama e corri até meu armário, procurando desesperadamente o galeão que Hermione havia me dado. Preciso avisá-los depressa para que eles saiam de lá. O pior é que tenho consciência de que provavelmente pensarão que fui eu que os entreguei, afinal sei que o Chalé das Conchas está protegido pelo Feitiço Fidelius, e somente alguém que já esteve lá pode entregar o lugar. A partir do momento em que Astoria me ouviu dizer a minha mãe onde fica o chalé, é como se, automaticamente eu tivesse entregado o segredo a ela.

Suspirei aliviado quando achei o que procurava. Rapidamente apanhei minha varinha e formei a frase:

Fujam imediatamente do Chalé.

Eles sabem onde estão! Vão agora!

 

Suspirei contente quando a mensagem desapareceu, o que indica que deve ter reaparecido no outro galeão. Por Merlim, espero que Hermione esteja mesmo com o galeão dela.

Tenho que admitir que ainda estou com medo. Se Harry não ver a mensagem e algo acontecer a ele, será culpa minha e da minha maldita boca.

Mellisandre começou a chorar, provavelmente querendo mamar já que ela quase não mamou no café da manhã. Resolvi dar um banho nela antes de dar-lhe o leite, já que ela havia sujado a fralda. Ela, entretanto, não pareceu nada satisfeita com minha decisão já que chorou durante todo o banho e só se calou quando finalmente começou a mamar.

Suspirei aliviado depois de fazer minha filha arrotar. Pelo menos cuidar dela distrai minha mente dos meus problemas.

De repente a porta do meu quarto foi aberta e minha mãe entrou apressada.

– Draco, você conseguiu avisá-los? – perguntou.

– Sim. Enviei a eles uma mensagem.

– Bellatrix estava eufórica com a ideia de capturar Potter, mas agora mesmo Dolohov mandou uma coruja avisando que eles escaparam novamente. Sugiro que pegue Mellisandre e saia para dar um passeio, por que sua tia e os aurores estão realmente furiosos. O Lorde das Trevas já soube do incidente e acho que virá até aqui, e é melhor que não estejam por perto quando ele chegar. Não queremos arriscar, não é? – disse minha mãe, indo até o armário e apanhando algumas coisas de Mellisandre, as colocando em uma bolsa. – Aqui. – ela me entregou. – Espere algumas horas antes de retornar a mansão, agora vá.

– Mais o Lorde das Trevas não havia nos proibido de sair? – indaguei.

– Você não estava aqui, o quer dizer que a proibição não se aplica a você.

– Certo. – falei ajeitando minha filha em meu colo, logo em seguida invoquei a manta branca que estava em seu quarto e a enrolei. Antes de sair olhei para minha mãe e murmurei: – Obrigado.

– Não precisa agradecer, meu filho. Agora vá.

Assenti e retornei à sala de estar, me dirigindo a porta da frente rapidamente.

– Draco, querido, aonde você vai? – perguntou Astoria.

– Não te interessa. – respondi sem parar de andar.

– Mas é claro que interessa. – falou ela me seguindo para fora da casa. – Está zangado por que decidi me vingar contando onde seu querido Potter está escondido? Eu avisei que me vingaria. Você deu sorte deu não ter contado nada ao Lorde das Trevas.

– Astoria, você não faz ideia do quanto estou perto de tocar um foda-se nisso tudo e te matar. – ameacei apertando um pouco Mellisandre em meus braços. – Sugiro que não teste minha paciência e suma daqui!

– Não, você não irá me matar. Sabe por que? Por que você teme pela vida dessa criança que está segurando. – retrucou ela com simplicidade. Respirei fundo tentando manter a calma. – Eu vou com você.

– Não, você não vai. Não quero você comigo. Sua voz me deixa mais irritado. E me irritar ainda mais não é prudente, considerando que no momento estou me imaginando te matando da forma mais dolorosa possível.

– É uma pena, mas eu vou sim, é uma ordem. – respirei fundo mais umas vinte vezes por que só uma não estava ajudando. – Aonde vamos?

Calma, Draco. Se existe alguma justiça nesse mundo você terá sua chance de matá-la.

– Ao Beco Diagonal. – respondi o mais friamente possível.

Quando passamos do portão, ela tocou meu braço e Aparatamos.

O lugar estava silencioso, haviam poucas lojas abertas. A via torta e calçada de pedras estavam muito diferentes do lugar movimentado que já fora quando eu a visitei no primeiro ano de Hogwarts, anos atrás. Muito mais lojas fechadas com tábuas, embora vários novos estabelecimentos dedicado as Artes das Trevas tivessem sido abertos desde minha última visita. A imagem do meu moreno me encarava nos pôsteres que haviam colados sobre muitas vitrines, sempre legendada com os dizeres Indesejável Número Um.

Várias pessoas esfarrapadas se encolhiam no batente das portas. Eu podia ouvi-las gemerem a outros transeuntes, esmolando ouro, insistindo que eram realmente bruxos. Mais à frente havia um homem com uma bandagem ensanguentada sobre o olho e com vários outros arranhões.

Conforme eu passava pela rua e os mendigos me avistavam, todos pareciam desaparecer à minha aproximação, puxando os capuzes sobre seus rostos e fugindo o mais de pressa que podiam. Os acompanhei com meus olhos, curioso, ouvindo Astoria rindo da desgraça alheia, quando de repente o homem com o curativo ensanguentado parou a minha frente.

– Ora, então vocês podem ficar com seus filhos, não é?! – berrou ele cambaleando e apontando para Mellisandre. Astoria riu e se escondeu as minhas costas, não parecendo com medo, e sim com nojo do homem. – Meus filhos… O que Bellatrix fez com meus filhos?! Você sabe! Ela não quis me dizer nada antes de entrar no Gringotes, mas eu sei que você sabe!

– Eu… eu realmente… – gaguejei sem saber o que falar.

Espere um instante, ele disse que minha tia Bellatrix havia entrado no Gringotes? Como isso seria possível se agora mesmo ela estava na mansão Malfoy?

– Você disse que minha tia Bellatrix esteve aqui e que ela entrou no Gringotes? – indaguei franzindo o cenho.

– Sim! Ela não me disse onde estão meus filhos! Você sabe! Diga onde eles estão!

– Não sei onde estão seus filhos. Lamento.

– MENTIRA! – berrou.

– Vamos indo, Draco. – disse Astoria cutucando meu ombro.

– Se não posso ter meus filhos, vocês também não podem!

Tudo aconteceu muito depressa. Vi seu olho bom mirar em Mellisandre e ele começar a correr até mim, com um movimento rápido de minha varinha, ele foi arremessado a uns três metros de distância e caiu desacordado. Os outros poucos mendigos que observavam o diálogo, correram para longe.

Puxei a manta de Mellisandre sobre seu rosto. Droga, eu não queria machucar o homem, tampouco sinto raiva do mesmo. Sei que é só um pobre coitado desesperado, mas meu extinto de proteger minha filha falou mais alto.

Astoria caiu na gargalhada se colocando ao meu lado.

– Será que você o matou? – perguntou ela anda rindo.

– Só o estuporei. Mas pode deixar, quando eu for matar alguém será a primeira a saber já que a felizarda será você.

O sorriso dela murchou.

– Ora se não é Draco Malfoy!

Girei nos calcanhares bem a tempo de ver Dawlish vindo em minha direção. Que maravilha, outro Comensal da Morte.

– Olá, Dawlish. Como vai? – indaguei de má vontade.

– Bem, confesso que estou surpreso em vê-lo por aqui.

– Sério? Por quê?

– Bem. – ele tossiu. – Ouvi dizer que os moradores da mansão dos Malfoy estavam confinados em casa, depois da… ah… fuga.

– Eu não estava lá quando ocorreu e nem seria suficientemente tolo para deixar Potter escapar. – falei convicto.

– Certo, certo. E essa é a criança da qual ouvi falar? Sua filha? – indagou ele, tentando ver o rosto de Mellisandre.

– Tem ouvido falar muitas coisas não é, Dawlish? – perguntei e ele pareceu desconcertado. – Mas sim, essa é minha filha.

– Ah! E essa deve ser a mãe, estou certo? – perguntou ele indicando Astoria.

– Não. – respondi antes que a garota abrisse a boca. – É só uma conhecida.

– A certo, entendo. Você viu Travers por aqui? Ele disse que ia dar uma passada no Gringotes a meia hora atrás, e estive aqui o aguardando. Me disseram que ele estava acompanhado de Bellatrix, o que seria impossível já que ela só pode ir da casa dos Lestrange a sua casa por também está confinada.

– Não, eu não o vi. – falei franzindo o cenho novamente. Por que todos estão dizendo que virão minha tia?

– Tudo bem, vou esperá-lo mais um pouco. – falou ele, então seus olhos focaram no homem desacordado a alguns metros de distância. – Como ele o ofendeu?

– Não faz diferença. Não tornará a fazê-lo.

– Alguns desses bruxos sem varinhas podem ser muito importunos. Não ligo que mendiguem por aí, contanto que não me incomodem. Acredita que na semana passada uma delas teve a ousadia de me pedir para defender seu caso no Ministério? Sou bruxa, senhor, sou bruxa, me deixe lhe provar! – disse ele, com a voz de falsete para imitá-la. – Realmente patéticos.

Fechei a cara, e iria dar uma resposta um pouco grosseira, mas então me lembrei que se fosse no passado eu realmente teria achado graça desse tipo de situação, então forcei uma risada e ele me acompanhou.

– Sim, realmente patéticos. – fingi concordar.

Caramba, como posso ter mudado tanto apenas convivendo com meu moreno?

– Mas e então, Draco, o que o traz aqui no Beco Diagonal? – perguntou Dawlish assim que parou de rir.

– Quero comprar algumas coisas para minha filha, dar uma olhada nas poções da nova loja de Artes das Trevas, e quem sabe dar uma passada no Gringotes.

– Entendo, entendo. Ouvi dizer que as poções dessa loja são fabulosas. Antes só as vendiam na Travessa do Tranco. Permita-me acompanhá-lo enquanto Travers não sai do Gringotes?

– Claro, por que não?

Fomos a loja de vestes de Madame Malkin comprar alguns trajes a Mellisandre, sei que não são necessários, mas, pelo menos, isso nos ajuda a passar o tempo. Madame Malkin não ficou nada contente quando nos viu entrar na loja, entretanto não pode deixar de sorrir enquanto tirava as medidas de Mellisandre, que ficou quietinha com a mãozinha na boca e observando os tecidos coloridos a sua volta.

Quase meia hora mais tarde, saímos da loja carregando pacotes com, pelo menos, sete vestes diferentes e elegantes que comprei pra minha filha. Logo em seguida nos dirigimos até a loja de Artes das Trevas. O lugar lembrava muito as lojas da Travessa do Tranco, escuro e sombrio. Na área de poções fiquei completamente pasmo em ver ali variados tipos de poções que são proibidas pelo Ministério, entre elas várias imitações da Poção Gestante. Passamos cerca de vinte minutos ali, apenas observando tudo.

Quando saímos da loja, percebi que estava com poucos galeões no bolso.

– Acho que agora tenho que ir no Gringotes. – informei.

Astoria apenas deu de ombros parecendo entediada.

– Ótimo. Travers ainda não saiu e já estou ficando cansado de esperá-lo.

Começamos a caminhar em direção ao banco. Foi então que algo me veio à cabeça. Todos estavam dizendo que minha tia Bellatrix havia estado aqui, quando tenho certeza de que ela, neste momento, deve estar na minha casa esbravejando por não terem conseguido capturar o Harry. O que quer dizer que a Bellatrix que esteve aqui e que entrou no Gringotes não era a verdadeira Bellatrix Lestrange.

Droga, se for o que eu estou pensando, então…

Houve um estrondo não muito alto que interrompeu meus devaneios. Imediatamente parei de andar, entrando em alerta.

– O que será que foi isso? – indagou Dawlish.

Houve outro estrondo, dessa vez mais alto que o primeiro. Então a terra pareceu tremer e um rugido pode ser ouvido, claramente vindo do banco Gringotes. Puxei minha varinha e conjurei uma proteção a minha volta, e foi a coisa certa a fazer por que no momento seguinte o teto do banco foi destruído e estilhaços voaram por todos os lados. Ouvi Astoria gritar ao meu lado e murmurar um feitiço de proteção, quando pedras caíram por todas as partes.

– Pelas barbas de Merlim, o que é aquilo? – exclamou Dawlish com os olhos esbugalhados e seguro em sua própria proteção.

Apertei Mellisandre que havia começado a chorar por causa dos estrondos em meus braços, e meu queixo foi ao chão quando vi o dragão surgindo no telhado do banco, e se isso não fosse o bastante, senti meu sangue gelar quando vi as três figuras montadas as costas do animal. Estavam irreconhecíveis de longe, mas eu não precisava reconhecê-los, pois eu infelizmente sabia bem quem eram.

O dragão se esticou todo como se estivesse se alongando, antes de abrir as enormes asas e começar a voar para o céu, ficando cada vez mais longe e levando com ele os três suicidas que se encontravam em suas costas, aparentemente imperceptível.

Me mantive parado com os olhos arregalados, assim como todos que se encontravam nas ruas.

– Mais o que diabos acaba de acontecer aqui?! – exclamou Dawlish perplexo com o que acabamos de presenciar.

– É impressão minha ou haviam três pessoas nas costas do dragão? – indagou Astoria, que por mais que parecesse chocada, parecia mais interessada nesse fato.

– Foi impressão sua. – me apressei a dizer.

– Não, não, eu tenho certeza que vi…

– Não importa. Tenho que voltar para casa. – falei a interrompendo. – Foi um prazer revê-lo, Dawlish.

O homem apenas assentiu, antes de sacar sua própria varinha e correr em direção ao banco parcialmente destruído, gritando pelo nome de Travers.

– O quê? Já vamos voltar? – questionou Astoria.

– Eu vou voltar, você eu não sei.

Aconteceu. Eles arrombaram mesmo Gringotes e, provavelmente, levaram a taça. O Lorde das Trevas logo ficará sabendo e virá até aqui. Não pretendo estar por perto com Mellisandre quando isso ocorrer.

Saí caminhando pela rua, sem tirar o feitiço de proteção, afinal o ar está empoeirado.

Não acredito que além de conseguirem arrombar Gringotes eles ainda saíram montados em um dragão. Quero dizer, nunca ouvi falar em nada ao menos parecido com esse tipo de loucura. Eu até poderia rir se uma das pessoas que estava nas costas daquele animal não fosse meu moreno. Droga, por que ele sempre tem que me deixar tão preocupado?! Arrombar o Gringotes não é o suficiente, por que diabos ainda teve que sair montado em um dragão?

E se aquele bicho vira e ele cair e morrer? E se o bicho perceber que eles estão lá? E se… sacudir a cabeça tentando clarear a mente. Não. Ele vai ficar bem. Ele tem que ficar bem.

Sem esperar por Astoria, desaparatei em frente aos portões da mansão. A garota vinha logo atrás, mas me sinto tão desnorteado e preocupado que pouco me importei.

Assim que entrei na sala de estar avistei meu pai andando de um lado para o outro e minha mãe correu até mim.

– Draco, que bom que voltou! Foi bom vocês terem saído, eles discutiram, mas não tiveram muito tempo para realmente ficarem irritado pela outra fuga de Potter, por que logo chegou uma notícia… você não vai acreditar no que acaba de acontecer…!

– Arrombaram o Gringotes e saíram de lá montados em um dragão? – falei a interrompendo. – Eu sei, eu estive lá.

– O quê?! – exclamou ela. – Vocês estão bem? Não se machucaram?!

Ela correu até mim pegando Mellisandre em seus braços e suspirando aliviada quando viu que estava tudo bem.

Me sentei no sofá grande com os cotovelos apoiados nos joelhos e os dedos enterrados entre meus cabelos, tentando desesperadamente assimilar tudo que aconteceu. A preocupação se encontrava em cada célula do meu corpo, e tudo o que pude fazer foi pedir aos céus para que eles tenham escapado ilesos e vivos das costas daquele dragão.

– Foi Potter, não foi? – perguntou meu pai de repente, parando de andar e focando seu olhar em mim.

O encarei em silêncio por alguns longos segundos.

– Foi. – respondi sinceramente, afinal não havia por que mentir já que eles descobrirão tudo daqui a alguns minutos mesmo.

– Imaginei. A preocupação está estampada em seu rosto. – comentou ele, voltando a caminhar de um lado a outro. Não o respondi, apenas o observei por alguns minutos me sentindo estranho. – Você sabia? – perguntou ele parando de andar novamente.

– Sim. – suspirei passando as mãos em meu rosto. – Só não sabia que seria hoje. – acrescentei e olhei em volta. – Onde está tia Bella?

– Ela foi chamada. Parece que o cofre que arrombaram foi o dela. Não sabia que Potter era um ladrão. – disse meu pai.

– E ele não é. – falei friamente. Como ele ousa acusar meu moreno de ladrão? – Ele tinha outras razões para querer entrar no cofre dela.

Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas foi interrompido…

– Quer dizer que você sabia que era ele nas costas daquele dragão? – perguntou Astoria de repente como se tivesse acabado de perceber esse fato. – Você sabia que ele faria isso e não falou nada?!

– E por que eu diria alguma coisa pra você? – perguntei.

– Por que eu…

Ela se interrompeu com o barulho da lareira de onde surgiu Yaxley parecendo nervoso.

– Era Potter! Potter arrombou o cofre dos Lestrange! – informou ele como se tivesse contando a notícia do século, e de fato seria se eu já não tivesse dito.

Todos fizemos expressões extremamente falsas de surpresa.

– Potter?! Mas o que ele levou? – perguntou minha mãe, como quem não quer nada com nada.

– Não sei, não me disseram, mas o objeto devia pertencer ao Lorde das Trevas, por que ele estava verdadeiramente furioso. – contou ansioso. – Depois de interrogar os bruxos e duendes ele matou a todos em seu excesso de raiva. Não sobrou um sequer!

Engoli em seco. Se o Lorde das Trevas ficou tão furioso significa que ele sabe que Harry pegou a taça. Ele sabe que Harry está caçando Horcruxes, o que significa que agora a verdadeira guerra vai começar. Harry terá que encontrar o mais rápido possível as outras Horcruxes, ou será tarde demais e eu preciso ir ajudá-lo. Eu escolhi estar a seu lado na guerra, e agora que ela finalmente vai começar, tenho que ir tomar meu lugar.

– Sabe de mais alguma coisa, Yaxley? – indagou meu pai.

– O Lorde mandou avisar a todos para nos prepararmos, pois ele nos chamará a qualquer momento. Por alguma razão ele acha que Potter irá a Hogwarts essa noite. Eu, pessoalmente, acho que seria loucura. Por que Potter se arriscaria tanto assim?

Imediatamente compreendi. Agora que ele sabe que Harry está caçando Horcruxes, provavelmente tentará removê-las de seus esconderijos, assim logo ele vai descobrir que algumas delas desapareceram, e se ele está tão preocupado com o fato de que talvez Harry vá a Hogwarts, significa que há uma Horcrux no castelo!

Provavelmente a essa hora, Harry já deve ter conhecimento desse fato, e o conhecendo como eu conheço, ele irá realmente até Hogwarts.

Yaxley disse mais algumas coisas e retornou a lareira desaparecendo logo em seguida através das chamas verdes.

– Preciso ir a Hogwarts. – falei assim que ele sumiu.

– O quê? – perguntou meu pai. – Está louco? O Lorde ordenou que nos preparássemos, então…

– Eu preciso ir ajudar o Harry! Você não entende? Eles devem estar esperando por ele, sem a minha ajuda ele não vai conseguir! – falei me levantando e fitando meu pai com seriedade. – Eu preciso ir, pai. Harry precisa fazer algo realmente importante e sinto que não vai conseguir sem minha ajuda.

Meu pai franziu o cenho me encarando.

– E a Mellisandre? – indagou minha mãe atraindo minha atenção. – Eu posso ficar com ela se quiser...

Quando eu ia abrir a boca para argumentar, fui interrompido:

– Você não vai! – disse Astoria.

Droga, esqueci que ela ainda está aqui.

– Sim, eu vou.

– Já disse que não vai! – gritou ela. – Não vai correr para os braços de Harry Potter! Você fica! É uma ordem!

– Quero ver você me impedir de ir…

– Se sair por essa porta, irei imediatamente até o Lorde das Trevas e…

– Que vá, então! – disse meu pai de repente, a interrompendo. Ele olhou para Astoria como se olhasse para um inseto. – Realmente patético, não acha? Uma moça que se diz ser da Sonserina, se rebaixar tanto por um homem que prefere outro homem a ela? Prefere ficar aqui, atormentando e chantageando Draco, mesmo sabendo que nunca terá seus sentimentos correspondidos, muito menos um verdadeiro compromisso com ele. Nunca vi algo tão patético.

Minha mãe e eu nos entreolhamos surpresos, já Astoria pareceu atônita. Abria a boca várias vezes, sem dizer nada.

– Quer ir até o Lorde das Trevas e contar sobre a existência de Mellisandre, vá! O que está esperando? – continuou meu pai. – Estou cansado de sua presença, estou farto de suas chantagens e tudo que mais quero agora é me livrar de você. – então seus olhos foram para mim. – Há algum tempo que deseja matá-la, não é? Vá em frente. – autorizou dando de ombros.

Meu queixo caiu e logo abri meu maior sorriso. Eu finalmente terei o que tanto desejei? Parece que realmente a alguma justiça nesse mundo!

– O quê?! – exclamou Astoria parecendo um pouco desesperada. – S-se f-fizer isso, o Lorde saberá de tudo!

Eu ia puxar minha varinha, mas parei quando algo me veio à cabeça, que fez com que a pouca esperança que eu tinha adquirido, evaporasse.

– M-mas e vocês? – perguntei a meu pai. – Se eu matá-la o Lorde saberá e vocês estarão em perigo.

– Não se preocupe conosco, filho. – disse minha mãe. – Sempre soubemos que em algum momento ele descobriria. Não se preocupe, o faremos pensar que não sabíamos de nada.

– Agora deixe de enrolar e acabe logo com essa garota. Não a quero mais em minha propriedade. – falou meu pai.

Protego Horribilis! – ordenou minha mãe, protegendo ela e Mellisandre.

Uma imensa alegria me inundou. Sorri feliz da vida. Todas as chantagens que a garota me fez ecoaram em meus ouvidos, o que só fez minha vontade de matá-la aumentar.

Eu sei que não é nada nobre um homem querer torturar e matar uma mulher, mas estou pouco me fodendo para isso. Não sou da Grifinória para ser nobre.

Saquei minha varinha e me virei para Astoria que imediatamente tentou sacar a própria varinha mais foi muito lenta.

Crucio! – ordenei, satisfeito quando a mesma berrou e caiu de joelhos no chão de madeira. Posso sentir o calor percorrendo meu braço, e nunca fiquei tão feliz em torturar alguém.

Meu pai caminhou tranquilamente até sua poltrona e se sentou. Já minha mãe, assim que ouviu a neta resmungar por conta dos gritos de Astoria, murmurou calmamente um Abaffiato.

Parei o feitiço para ver o estrago. Astoria ainda de joelhos e ofegante olhou para mim, os olhos cheios de lágrimas.

– E-eu ordeno que pare… – gaguejou com a voz fraca.

– Você não pode me ordenar mais nada! ESTOU CANSADO DE VOCÊ! – antes que eu voltasse a murmurar o feitiço ela se levantou e correu. – Bombarda Máxima! – ordenei mirando nela, que no mesmo instante se jogou no chão, para tentar escapar do feitiço que pegou a parede ao seu lado a explodindo.

Urgh! Droga, se o feitiço a atingisse ela teria morrido!

Eu poderia simplesmente matá-la, rápido e fácil. Mas não é o que eu quero. Quero vê-la com dor. Quero que ela sofra e pague por toda a dor que causou em meu moreno e a mim.

– Draco, faça feitiços menores, sim? Você destruiu a parede. – falou meu pai calmamente.

– Mande-a ficar parada e eu juro que não destruirei mais nada. – falei.

Lancei outro feitiço, e ela desviou novamente, tentando alcançar a porta da frente. Outro feitiço quase a atingiu, mas ela usou a varinha para bloqueá-lo, antes de abrir a porta e correr.

Rosnei irritado. Não, não vou perder a chance de matar essa vadia.

Corri atrás dela lançando diversos feitiços. A cada feitiço lançado eu sentia mais vontade de matá-la.

Confringo! – ordenei. Cada lembrança me fazia sentir mais raiva: “Quero que termine o que quer que tenha com Harry Potter…”, lembrei, praticamente ouvindo a voz da garota ecoar em minha mente. – Cistem Aperio! Reducto! – berrei me sentindo ainda mais furioso quando mais lembranças me invadiram: “…como castigo por não ter cumprido o prazo de um mês, quero que você termine de forma agressiva, quero que ele sofra pensando que você não sente mais nada por ele, que você só o usou… Assim ele irá te odiar e nunca te perdoará…” Difindo! Crucio! – ordenei e ela corria e se jogava entre os cascalhos desviando-se a todo custo. – Vamos, Astoria. Facilite as coisas para mim e fique paradinha, assim acabamos mais rápido.

Ela choramingou, ainda correndo. Seu rosto e braços cheios de cortes ensanguentados por feitiços que pegaram de raspão. Eu poderia sentir pena se fosse qualquer outra pessoa, mas não com ela. Ela conseguiu me fazer odiá-la de forma, que admito ser quase insana.

Ela feriu meu Harry. As lembranças da tristeza nos olhos dele nunca sumirá da minha memória, por culpa dessa vadia!

“– Draco… Por favor, seja lá o que esteja fazendo pare. – Ele tentava conter as lágrima. – Se realmente não quer me machucar, pare.”

Mas eu não podia parar por causa dessa vadia!

Crucio! Crucio! – berrei, ela se jogava para os lados desesperada escapando da minha mira. – Pare de desviar! Mas que merda! Eu avisei que te mataria, não avisei?

Ela chora e me diz coisas, mas estou tão cego de ódio que não posso ouvir.

As lembranças praticamente berravam em minha mente.

– Draco… por favor… – implorava ele, as lágrimas molhando seu rosto bonito. Parecia tão frágil e indefeso, ali com aquela barriga que carregava minha filha, as olheiras sob seus lindos olhos e as lágrimas… – Não faz isso… Quer dizer… Você disse que me ama…

– Eu não queria acabar com isso tão rápido, mas você não está me dando escolha. – falei interrompendo a todo custo as lembranças que ainda me ferem. – Avada Kedavra!

Imediatamente ela berrou e se jogou no chão com os braços cobrindo a cabeça, fazendo assim a luz verde passar poucos centímetros a cima de seus cabelos. Rosnei irritado.

Ela levantou correndo pra mais perto do portão.

Difindo! Sectumsempra! – sorri satisfeito quando ela gritou e caiu. Vários cortes ensanguentados haviam sido abertos em suas costas e na lateral de seu corpo, por ela ter tentado desviar do feitiço. – Duvido que agora queira rir daquele mendigo por ele está ferido e desesperado, não é? Sua situação está quase tão deplorável quanto a dele.

– E-ele v-vai saber, Draco. – disse ela gemendo de dor. – Ele v-vai saber da existência d-dessa b-bast-tardinha, ele vai…

Crucio! – ordenei.

– Ahhhhhhhhhh! – berrou ela se contorcendo.

– Eu já falei para tomar cuidado do modo como fala da minha filha! – berrei, vendo-a se contorcer. Parei o feitiço após alguns minutos e ela se arrastou para mais perto do portão, se colocando de joelhos e se apoiando no mesmo. Por Merlim, essa garota não desiste? Tenho que reconhecer que ela é forte. – Chegou a hora de acabar com isso. Bombarda Máxima!

Ela se jogou no chão novamente sangrando cada vez mais, e o feitiço atingiu o portão, com um ruído metálico ele foi arrancado das dobradiças e lançado a uns cinco metros de distância.

– Argh, já chega! Me cansei disso! – rosnei, Astoria levantou cambaleando e começou a se mover desesperada. – Avada Kedavra!

Ela conseguiu sair pelos portões e Aparatou um segundo antes do meu feitiço passa exatamente aonde ela estava.

– MERDA! – gritei com raiva. – Eu ainda vou te matar Astoria! Juro que você ainda vai pagar por cada chantagem!

 

Adentrei a sala de estar, ainda furioso por ter deixado Astoria escapar. Meu pai usava sua varinha para concertar a parede que eu destruí, enquanto minha mãe estava no sofá com minha filha no colo, a bolsa da mesma a seu lado e estranhamente um buli de chá do outro.

– Que ódio! Que ódio! Argh! – esbravejei chutando o sofá.

– Pelo jeito ela conseguiu escapar, estou certo? – perguntou meu pai assim que parei os chutes. – Tsc, não se preocupe. Terá outras oportunidades. Agora pare de descontar sua raiva no meu sofá, por que ele não tem culpa. Argh, isso que dá conviver com Potter, está descontrolado como um Grifinório.

– Não acredito que perdi essa chance – falei irritado.

– Melhor assim, Draco. Pelo menos você não se tornou um assassino. – disse minha mãe, acariciando o rostinho de Mellisandre, que agora vestia uma touca e algumas vestes mais quentes.

Bufei irritado.

– Mais eu quero matá-la! Não vou desistir até conseguir! – falei determinado.

Minha mãe suspirou.

– Se é o que quer. – disse ela desistindo de argumentar. – Você vai mesmo até Hogwarts?

– Sim. – afirmei. – Mas e vocês? Você não poderá mais ficar com Mellisandre, principalmente agora que aquela vadia escapou.

– Já disse que não precisa se preocupar conosco, Draco. E sobre Mellisandre, eu realmente lamento ter que me separar dela, eu já me apeguei tanto – ela suspirou tristemente. –, mas eu já imaginava que não poderia ficar com ela, por isso guardei todos os objetos necessários dela aqui nessa bola usando o Feitiço Indetectável de Extensão, e fiz um Chave de Portal que te levará diretamente a casa de Andrômeda. – disse minha mãe apontando para o bule de chá.

– Como? – franzi o cenho.

– Entrei em contato com ela alguns dias após sua chegada. – contou. – Eu tinha quer ter certeza que estaria tudo pronto para sua fuga caso algo acontecesse e você precisasse fugir rapidamente. Ela já deve estar te aguardando, e tenho certeza que não se importará em cuidar de Mellisandre.

– Obrigado, mãe. – falei realmente agradecido por ela já ter preparado tudo, afinal preciso me apressar. Fui até ela e pegando minha filha adormecida, e a bolsa ao seu lado.

– Tome cuidado, Draco. – pediu minha mãe. – Astoria fugiu tenho certeza que logo ele saberá de Mellisandre.

– Tomarei cuidado, mas e vocês? – indaguei preocupado, logo fazendo uma expressão angustiada que os dois logo notaram logo notou.

– Pare de se preocupar, Narcisa já disse que ficaremos bem. Quando ele descobrir diremos que não sabíamos de nada, afinal quem em sã consciência suspeitaria de algo assim? – disse meu pai, enquanto tirava a poeira das vestes. – Somos bons Oclumentes, ele não saberá que estamos mentindo.

Suspirei assentindo. Droga, estou tão preocupado com a situação deles. Eles podem não ser os melhores pais do mundo, mas eu ainda os amo.

– Vamos, Draco. Depressa toque no bule. – disse minha mãe, vindo até mim e me dando um beijo na bochecha.

Olhei para meu pai e assenti levemente com a cabeça em despedida, ele logo fez o mesmo. Sem perder mais tempo, toquei a alça do bule sentindo imediatamente meus pés deixarem o chão da mansão.

 

Minhas pernas fraquejaram quando soltei a Chave de Portal e quase caí no gramado seco, mas consegui me equilibrar. Olhei em volta e vi que me encontrava no quintal de uma casinha simples, da qual assim que cheguei três pessoas saíram apressadas e vieram em minha direção.

Reconheci Lupin imediatamente, logo a suas costas havia uma mulher com cabelos rosa pink que imagino ser Tonks, pois ela trazia com sigo um bebê de cabelos roxos que tem, aparentemente, o mesmo tamanho de Mellisandre, porém parece ser mais gordinho. Logo atrás dos dois vinha uma mulher mais velha extremamente parecida com minha tia Bella, porém evidentemente mais bonita com a expressão bondosa; minha tia Andrômeda.

– Draco, o que houve? – perguntou Lupin assim que me alcançou. – Soube que tinha realmente retornado a mansão Malfoy com sua filha. Aconteceu alguma coisa?

– Você-Sabe-Quem descobriu que Harry está caçado Horcruxes. – contei, e ele suspirou pesadamente. – Duelei com Astoria e ela escapou, o que significa que daqui a algumas horas Você-Sabe-Quem saberá da existência de Mellisandre e… Acho que Harry está indo para Hogwarts.

– Olá, Draco. Como você cresceu.

– Olá, tia Andrômeda. – respondi educadamente.

– Eaí, beleza? – perguntou Tonks sorrindo.

– É…ãn… beleza. Parabéns por seu filho. – falei apontando para o bebê, que no momento em que seus olhinhos castanhos focaram em mim, teve o cabelo mudado instantaneamente para loiro platinado.

Sorri com o ato do garotinho bochechudo, afilhado do meu moreno.

– Obrigada. E parabéns por sua filha, ela é adorável. – respondeu Tonks olhando para Mellisandre que por incrível que pareça continuava adormecida. – Mas, eaí, você o Harry em? Quem diria… – ela piscou para mim e eu corei sem entender por que.

Tia Andrômeda riu e Lupin negou com a cabeça sorrindo, porém ainda claramente preocupado.

– Tonks, esse não é o momento. – disse minha tia rapidamente. – Por que veio até aqui, Draco? Precisa de algo?

– Sim. Vou até Hogwarts ajudar o Harry, você pode… ficar com Mellisandre para mim? Não confio em mais ninguém… Por favor? – perguntei sem graça, afinal não a vejo desde que tinha uns, não sei bem, sete ou oito anos de idade?

– Mas é claro que posso. Não precisa se preocupar, me dê ela aqui.

Depositei minha filha cuidadosamente em seus braços, não antes de beijá-la na testa, entregando em seguida a bolça com suas coisas.

– Harry irá até Hogwarts? – perguntou Lupin franzindo o cenho.

– Sim. Alerte os outros, talvez a Ordem seja chamada, não sei. Tudo que sei e tenho certeza é que Você-Sabe-Quem já sabe o que Harry, Ronald e Hermione estão procurando e tenho certeza que ele não medirá esforços para tentar impedi-lo.

– Mas, por que Harry iria a Hogwarts? A menos que…

– Sim – o interrompi. –, também acho que tem uma Horcrux lá. Acho que agora Harry precisará da nossa ajuda.

– Farei isso.

– Eu preciso ir. – falei dando outro beijo na testa de minha filha, sentindo-me angustiado por ter que me afastar da mesma. Imagino o que Harry sentiu. – Muito obrigado por ficar com ela para mim.

– Não precisa agradecer, querido. Estou muito feliz que tenha mudado para o lado certo e por seu relacionamento com Harry Potter. – disse minha tia sorrindo.

Sorri de volta, mas antes de Desaparatar me lembrei de algo.

– Tonks? Lupin? – chamei rapidamente.

– Sim? – responderam os dois em uníssono.

– Quando a guerra for começar fiquem longe, vocês são um dos principais alvos. Bellatrix quer vocês mortos de qualquer forma, então por favor se mantenham longe. Pelo filho de vocês. – pedi seriamente.

Lupin pareceu surpreso com o que eu disse, já Tonks pareceu um tanto amedrontada. Depois de pensar por alguns segundos, o lobisomem suspirou e assentiu. Aliviado por pelo menos tê-los alertado, coloquei o capuz de minha capa e Desaparatei.

 

Assim que pisei na estradinha escura de Hogsmead, resmunguei incomodado por conta do Feitiço Miadura que inundava cada canto do lugar, o que indica claramente que não sou o primeiro a Aparatar aqui. Eles já podem ter chegado.

Eu ia fazer um feitiço para tentar identificar a presença deles, por que tenho plena certeza que estarão embaixo da Capa da Invisibilidade do Harry, mas antes que eu fizesse algo, a porta do Três Vassouras se escancarou, logo saindo de lá vários Comensais da Morte com varinhas em punhos, que correram se espalhando pela rua.

Me preparei para me aproximar, mas me refreei quando começaram a falar:

– Está embaixo da sua capa, Potter? – gritou um dos idiotas.

– Vamos, Potter, sabemos que está aqui! – gritou o outro. – Talvez seja melhor trazermos uns dementadores… Tenho certeza que eles não demorarão a encontrá-lo.

– O Lorde das Trevas quer ele vivo. Ninguém pode matá-lo, a não ser ele…

– Os dementadores não vão matá-lo. O Lorde das Trevas quer a vida dele, e não a alma.

Argh! Imbecis.

Tenho quase certeza que Harry estará por perto, só preciso saber onde. Olhei em volta, mais precisamente para baixo, pois tenho certeza que se os três estiverem embaixo da capa, seus pés apareceram. Infelizmente está muito escuro para que enxergue algo.

Eu sabia que haveriam Comensais de prontidão esperando por Harry, droga, eu poderia ter mandado outra mensagem através do galeão. Eu poderia…

De repente senti um frio descomunal tomar conta do lugar, dei alguns passos para trás. Os dementadores deslizavam calmamente pela rua de pedra, e tenho certeza que podem sentir a presença dos três, até mesmo a minha. Sei que Harry tem certo pavor dessas criaturas, até já o irritei usando esse fato no terceiro ano, mas até o entendo, afinal são horripilantes. Preciso pensar em algo rapidamente. Seria péssimo se meu moreno desmaiasse ou algo assim.

Bom, por enquanto está tudo bem. Tudo ficará bem, contanto que Harry não conjure seu Patrun…

Expecto Patronum! – ouvi um sussurro vindo de algum lugar.

O veado prateado saiu galopando, logo empurrando os dementadores para longe.

– Mas que Merda! – esbravejei.

Por que ele sempre faz o oposto do que quero? Peço pra ele se manter em segurança e ele monta um dragão; peço para que me deixe ajudá-lo a caçar as Horcruxes e ele se nega terminantemente; ele nem me deu tempo de pedir para que não conjurasse o Patrono e já o fez, embora mesmo que eu tivesse pedido, não sei onde ele está então não adiantaria muito, mas mesmo assim… Oh homem difícil!

– Eu vi! Lá embaixo! – gritou um dos Comensais. – Era o Patrono de Potter! Era um veado!

Revirei os olhos. Esbravejei outra vez já começando a me aproximar dos idiotas, já que o Harry me fez o favor de se meter em encrenca novamente. O que seria dele sem mim?

– Potter? – perguntei irônico, atraindo imediatamente os olhares para mim. – Que Potter, seus idiotas, sou eu! Por que diabos jogaram dementadores em mim?

– Malfoy? – perguntou um deles que não me lembro o nome, mas sei que é um auror do Ministério. – Foi você quem conjurou o Patrono?

– Foi. E daí? Vocês soltaram esses malditos dementadores em cima de mim! – falei irritado, afinal realmente odeio dementadores.

Agora, pelo menos, eles já sabem que estou aqui.

– Aquele Patrono não é seu! – contestou o outro Comensal, que reconheci ser Avery. – Era um veado! Era o de Potter!

– Mas é claro que era um veado, idiotas. – exclamei fazendo os idiotas me encararem confusos. Revirei os olhos, pensando imediatamente no dia que vi minha filha pela primeira vez. – Expecto Patronum! – ordenei.

O também veado prateado irrompeu de minha varinha fazendo com que os Comensais arregalassem os olhos.

Imagino que nesse momento Harry já saiba quem entregou a ele a espada de Gryffindor naquele dia no lago congelado.

– Seu Patrono também é um veado? – questionou o outro que se chama Jugson. E então ele acenou com a varinha sobre mim, provavelmente verificando se sou realmente eu que estou aqui. – Você não está sobre efeito da Polissuco, é mesmo Draco Malfoy. Por que nunca mencionaram sobre seu Patrono ser o mesmo que o de Potter?

– Isso não importa. Não era da conta de ninguém qual a forma do meu Patrono. – retruquei.

– Que seja, mas o toque de recolher foi violado. Você sabe que o Lorde das Trevas não quer ninguém perambulando pelas ruas a noite!

– Sempre que eu quiser vir falar com meu padrinho, virei! Agora será que podem desligar esse maldito Feitiço Miadura?! Eu odeio esse som! – falei grosseiro, afinal já estou a ponto de tampar meus ouvidos de tão incomodo é esse som.

– Então… foi você quem disparou o alarme? – questionou Avery desconfiado, logo sacudindo a varinha e acabando com o maldito tormento.

– Mas é claro. Está vendo mais alguém aqui além de mim? – perguntei revirando os olhos.

– Sabe bem que o Lorde das Trevas avisou a todos que Potter poderia tentar entrar na escola essa noite. Não deveria ter vindo.

– Eu nem sabia que você podia sair de casa. Você e sua família agora não estão rebaixados a tal ponto, que nem de casa podem sair? – perguntou o auror que não lembro o nome, caçoando.

– Acho que isso não é da sua conta, é? – retruquei com a voz fria. – Agora se me derem licença, tenho que me encontrar com meu padrinho.

– Pode ir. Mas é melhor não desrespeitar o toque de recolher novamente. Da próxima vez não seremos tão indulgentes!

Bufei. Falam como se eu fosse me intimidar. Idiotas. Suspirei quando os vi retornarem ao Três Vassouras, olhei em volta, mas como não vi ninguém, pensei em procurar. Antes de dar o primeiro passo, senti uma mão agarrar meu braço me puxando para a escuridão que havia em alguns dos cantos e fui prensado na parede.

Harry me encarava com os olhos saudosos e parecendo claramente irritado. É claro que estou morrendo de saudades, mas nesse momento isso não importa. Quanta ousadia a dele, afinal quem deveria estar irritado aqui sou eu, ele está mais uma vez se arriscando sem ao menos pensar em um plano decente, e provavelmente teria sido pego se não fosse por mim.

Senti a irritação aumentar quando ele se pronunciou.

– O que diabos faz aqui?! – exclamou e imediatamente troquei de posição com ele sem nenhuma delicadeza, o prensando contra a parede de pedra da rua.

– Eu é que deveria perguntar isso, não acha? – indaguei deixando minha irritação transparecer em minha voz. – Quantas vezes mais terei que salvar sua pele por faz coisas sem pensar?

– E-eu…

Ele estava com os olhos arregalados. Droga, odeio dar bronca nele, mas ele merece, onde já se viu, como pode existir alguém com tão pouco senso do perigo?

– Não podemos discutir aqui. Onde estão o Weasley e a Hermione? – perguntei, e no mesmo instante Hermione arrancou a capa bem a nosso lado com o ruivo, quase me matando de susto. – Droga, Hermione! – exclamei tentando controlar o tom da minha voz, e rolando os olhos quando Ronald riu do meu susto. – Preciso tirar vocês daqui, voltem para baixo da capa e me sigam.

Retirei minha capa preta e a coloquei em Harry que só observava meus movimentos. Depois de colocar o capuz, peguei sua mão o puxando pela sombra para o final da rua, Ronald e Hermione voltaram para baixo da capa e nos seguiram. Sei exatamente o que fazer.

– Para onde está nos levando, Draco? – perguntou Hermione sussurrando perto do meu ouvido.

– Vão ver. Vocês só precisam sair daqui. – falei, andando mais apressado.

– Não. Draco, precisamos entrar em… – começou Harry.

– … Hogwarts, eu sei. Há uma forma de vocês entrarem, agora fique quieto e me siga.

Continuei puxando-o até estarmos parados em frente ao bar Cabeça de Javali.

– Por que estamos aqui? – perguntou Ronald.

– Shh. – falei batendo suas vezes na porta, que se abriu rapidamente.

Ouvi Hermione ofegar ao meu lado, provavelmente pela semelhança do homem à nossa frente com o falecido diretor.

– Mas o quê? – Aberforth falou franzindo o cenho ao me fitar. – Draco Malfoy? O que faz aqui, o que…? – seus olhos foram parar em Harry, que só tinha uma parte da face exposta por causa do capuz. – Pelas barbas de Merlim! Potter?! – ele rosnou. – Entrem! Rápido!

Puxei Harry pela mão entrando no estabelecimento. Assim que Aberforth fechou a porta, Ronald e Hermione saíram debaixo da capa, fazendo o mais velho arregalar ainda mais os olhos.

– Venham, depressa. – disse ele, caminhando para uma porta atrás do balcão. Prontamente o seguimos.

Assim que entramos no outro cômodo o homem serviu a todos nós cerveja amanteigada e um prato cheio de bolinhos grandes. Rapidamente nos servimos, enquanto comíamos Aberforth nos encarava franzindo o cenho.

– Seus idiotas infelizes. Que ideia foi essa de virem até aqui?! – disse Aberforth rispidamente.

– Obrigado, senhor. Por estar nos ajudando. – disse Hermione.

Ele bufou.

– Certo, precisamos pensar na melhor maneira de tirá-los daqui. – disse o homem nos fitando. – Não pode ser de noite, vocês virão o que acontece quando saem na rua depois do escurecer: eu ouvi quando vocês chegaram e disparou o Feitiço Miadura. Terão que esperar amanhecer, quando é suspenso o toque de recolher, então podem vestir a capa e ir a pé. Assim que saírem de Hogsmead subam as montanhas e poderão Aparatar por lá. Talvez vejam Hagrid. Está escondido com Grope em uma caverna desde que tentaram prendê-lo.

– Não vamos embora. – falei, assim que terminei de comer. – Harry precisa entrar em Hogwarts.

– Draco, pensei que tivesse zangado comigo. – disse Harry cabisbaixo.

Suspirei.

– Mas é claro que estou. Primeiro: arromba o Gringotes, o que eu já sabia que faria, porém não pude deixar de me preocupar. Segundo: saí do banco montado na droga de um dragão! Terceiro: vem para Hogsmead sem um pleno concreto e quase é pego mais uma vez. Quarto: … Caramba, você saiu do banco voando na MERDA DE UM DRAGÃO! – exclamei querendo fazê-lo enxergar minha preocupação.

– Draco, sobre o dragão, nós não tínhamos outra opção. Grampo nos traiu, ficamos encurralados. – contou Hermione.

– E quanto a Hogwarts, Draco, nós precisávamos vir o quanto antes! – disse Harry ainda tristonho. – Há uma…

– Uma Horcrux no castelo? É eu sei. – falei.

– Como sabe? – questionou ele franzindo a testa.

– Eu deduzi. Obviamente Você-Sabe-Quem já descobriu o que vocês estão procurando, por isso sabia que você veria para cá. Assim que soube vim o mais rápido que pude. – contei.

– E quanto a Melli? – perguntou rapidamente.

– Deixei-a com minha tia Andrômeda, não se preocupe. E aliás, conheci seu afilhado bochechudo. – falei me lembrando dos cabelos do bebê loiros como os meus.

Harry sorriu.

– Está ajudando o Potter, Malfoy? – perguntou Aberforth.

– É o que parece, não é? – respondi dando de ombros.

– Admito que estou confuso.

– Posso imaginar, acredite. – disse Ronald, antes de dirigir o olhar para mim. – Você está aí zangado por que viemos sem planejar, mas sabia perfeitamente que tínhamos que vir o quanto antes. Não havia outra forma de entrar nem tempo para planejar, o que esperava que fizéssemos?

– Entrassem em contato comigo? – falei o obvio. – Percebem como deram sorte deu ter chegado quase ao mesmo tempo que vocês? Se tivessem pedido minha ajuda, não teríamos feito alarde algum! Mas não, claro que não pediriam minha ajuda. Harry recusa qualquer ajuda minha na missão, não é?

Harry suspirou e abaixou o olhar para suas mãos. Aqui estou eu novamente com essa dorzinha no peito por estar dando uma bronca nele, mas caramba, ele merece.

– Eu não pensei nisso… – confessou ele. – E eu só me preocupo com você, Mellisandre precisava de você lá.

– Eu sei que ela precisava de mim, mas acha também que não me preocupo com você?

– Tudo bem, tudo bem. Sem DR na presença da gente nesse momento, por favor. – falou Ronald.

Revirei os olhos.

– O que exatamente querem de mim? – questionou Aberforth, olhando-nos de forma estranha.

– Não é óbvio? Quero que ajude eles a entrarem no castelo. – falei e antes que ele questionasse acrescentei: – Não diga que não pode fazer isso, por que sei perfeitamente que há uma passagem secreta que liga esse bar e a Sala Precisa.

– Como sabe…? – perguntou ele chocado.

– Não importa como sei. Apenas faça.

– Uma passagem secreta que liga esse bar e a Sala Precisa? – questionou Harry. – Mas ela não está no Mapa do Maroto.

– Mapa do quê? – questionei.

– Em um outro momento eu te explico. – disse ele, ainda parecendo confuso com a nova passagem. Então vi quando seus olhos focaram em algo que estava pendurado na parede e ele se levantou num sobressalto. – Esse espelho, era do Sirius, não era? Como o conseguiu? – perguntou ele a Aberforth.

– Sim. Comprei do Mundongo a mais ou menos um ano. Alvo me disse o que era, desde então tenho ficado de olho em você. – respondeu o homem.

– É o seu olho que tenho visto! – exclamou Harry. – Você é Aberforth, irmão de Dumbledore! Foi você quem mandou Dobby até nós, não foi?

O barman assentiu.

– Onde o deixou? Pensei que ele estivesse com você.

– Ele está na minha casa grudado igual a um carrapicho na minha elfa Tibbi. – resmunguei respondendo.

Ele franziu a testa, mais nada disse apenas assentiu novamente.

– Então, nos ajudará a entrar? – indagou Harry.

– Não seja idiota, moleque. Fuja enquanto pode.

– Não vou fugir. Precisamos entrar.

– O que vocês precisam é fugir pro mais longe que puderem, saírem do país se necessário e viver suas vidas mais um dia.

Revirei os olhos. Esse homem acha mesmo que pode lutar contra a teimosia do meu Harry? Coitado, tentará para sempre.

– Você não está entendendo. Dumbledore me deixou uma missão e eu preciso cumpri-la. Mas para isso tenho que entrar no castelo urgentemente! – insistiu Harry.

– Alvo sempre quis demais, e as pessoas tinham a tendência de saírem feridas ao executarem seus grandiosos planos. Esqueça meu irmão, Potter, fuja. Ele foi para um lugar onde nada pode atingi-lo. Você não lhe deve mais nada!

– Eu vou cumprir a tarefa que ele me deixou. – disse Harry. – Tenho que cumpri-la.

– Passe-a para outro.

– Não posso. Tem que ser eu.

Revirei os olhos me cansando desse diálogo.

– Aberforth, desista. Você não conhece a teimosia de Harry como eu conheço. Nem perca seu tempo em fazê-lo desistir. – falei rapidamente, e Harry revirou os olhos cruzando os braços. – Agora, será que pode, por favor, abrir logo essa passagem, ou se possível, chamar alguém da Sala Precisa para guiá-los até lá?

– Por que motivos eu faria algo que você pediu, Malfoy? Você e seu padrinho são farinha do mesmo saco! Veja pelo lado positivo, a guerra venceu para o lado de vocês. – disse Aberforth irônico.

O fitei com meu olhar mais frio.

– Você pertencia a Ordem da Fênix, por que diz que perdemos a guerra? – perguntou Hermione.

– Não faço mais parte da Ordem, ela acabou, não percebem?! O Lorde das Trevas venceu e qualquer um que tente provar o contrário acaba morto! – então os olhos do homem pousaram em mim. – Você e seu padrinho acabarão assim se continuarem agindo como estão.

– Se eu for você pode vir junto, afinal eu ouvi sua conversa com meu padrinho. Sei que está ajudando as pessoas da Sala Precisa. – rebati. – Engraçado por que posso jurar que te ouvir perguntar a meu padrinho por que ele finge que despreza e não se importa, mas agora eu posso lhe dizer o mesmo, Aberforth: Faz tanta questão de fingir desprezo por essas crianças, e agir como se não se importasse?

 


Notas Finais


Sim, gente o Draco queria explodir a Astoria!!! Relaxem, por que o que é dela ainda está guardado!!
Espero que tenham gostado deu ter postado bem mais cedo. Tentarei voltar a postar apenas uma vez por semana.
Só postei mais cedo para compensar tanto tempo sem postar, ok?

Deixem seus comentários que eu amo!
Até o próximo!!!


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