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História Relíquia do Amor - Que a guerra se inicie


Escrita por: DaianeSales

Notas do Autor


AVISO: LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!!!!!!!!
Oiiiiiiii! Voltei!
Sei que muitos querem me matar por demorar tanto (novamente kk), mas a falta de inspiração e os barulhos aqui na minha casa, ainda estão me atrapalhando :/
Mas, já estou aqui ^^
Quero agradecer aos comentários e aos favoritos... São 745 favoritos no momento e, caramba, nunca imaginei que chegaria a tanto!
Enfim... vou parar de enrolar...
Boa leitura!

Capítulo 32 - Que a guerra se inicie


Fanfic / Fanfiction Relíquia do Amor - Que a guerra se inicie

 Pov Harry On

 

– T-Tonks, onde está Mellisandre? – indaguei vendo seus olhos lacrimejantes fitarem meu rosto. – O que aconteceu?

Ela me olhou chorosa, de uma maneira que eu nunca havia a visto antes.

– E-eu e minha mãe e-estávamos com os bebês, Melli estava dormindo com Teddy no berço. – contou chorando e abraçando o bebê em seus braços. – E-então minha mãe recebeu uma coruja de Muriel a chamando até sua casa, afirmando haver uma emergência. Minha mãe mal havia saído e Remo recebeu um aviso dizendo que você estava aqui, e saiu apressado, me deixando sozinha com a-as crianças. – ela engasgou-se e Teddy resmungou em seu colo parecendo incomodado com o aperto. – E-estáva tudo bem, então de repente houve um barulho na porta da sala, e quando cheguei lá, minha mãe estava entrando, com um olhar estranho. E-e eu percebi que havia a-algo errado, afinal eu fui auror… aquele olhar indicava claramente uma maldição Imperius, mas quando fui questionar, a porta foi derrubada e… e… Ele… E-ele…

Arregalei os olhos sentindo algo dentro de mim gelar. Dei dois passos trôpegos para trás.

Não. Não!

– E-ele quem? – perguntei com a voz trêmula. – Ele quem?!

Ela me direcionou um olhar suplicante.

– Voldemort… – respondeu. Fechei os olhos ao ter minhas suspeitas confirmadas. – E-ele entrou e p-perguntou da Mellisandre… E-ele sabia q-que ela é sua filha… Não sei como, mas ele sabia!

– Filha? Que filha, Harry? – questionou Gina, que até o momento esteve ao lado de Tonks lhe dando tapinhas nas costas, numa falha tentativa de a acalmar.

Ignorei a garota, focando minha atenção em Tonks.

– Eu disse que não havia n-nenhuma Mellisandre ali, inventei que as crianças que dormiam no berço eram minhas, mas ele não acreditou… Então ele subiu quebrando tudo enquanto procurava, até o quarto do Teddy… M-minha mãe me petrificou, para impedir que eu fizesse uma loucura, beijou minha testa e correu para tentar impedi-lo, mas… ele a mandou sair da frente e… ela não… – Tonks soluçou sôfrega, me olhando nos olhos. – Ele a matou. Ela não quis sair e ele a matou. E-eu não vi, mas ouvi a maldição… Assim que ela morreu meu corpo se liberou do feitiço que me mantinha petrificada, e eu corri… mas antes que eu chegasse no quarto ouvi o barulho da janela se quebrando e Teddy começou a chorar… Quando entrei lá, minha mãe estava morta no chão e Teddy chorava no berço… Mas não havia sinal de Mellisandre. Ele simplesmente a levou.

Tonks voltou a chorar enquanto tentava acalmar Teddy. E eu senti que meu mundo desabou. Me mantive paralisado olhando para o nada e sentindo todo o pavor que tentei reprimir durante minha gravidez, retornar com força total.

Andrômeda dera sua vida tentando proteger minha filha, assim como minha mãe fez comigo. Não posso imaginar o tamanho da dor de Tonks nesse momento.

Senti um aperto doloroso no coração. Só falei com Andrômeda uma única vez, era uma mulher boa, gentil, diferente de sua irmã Bellatrix. Ela não merecia morrer.

E ainda há o fato de que ele a levou. Levou minha filha… aquela que é inocente e não tem culpa de ter nascido nesse mundo turbulento, e que justamente eu seja seu pai.
Minha mente se encheu de imagens do ser angelical, pequenino, delicado e extremamente frágil que Hermione havia retirado de dentro de mim a três semanas. Alguém tão indefesa, que precisava de todo o cuidado do mundo para se manter viva. Alguém que só convivi por dois dias, antes que a levassem de mim para que eu terminasse minha missão. Mal a conheço e agora ela foi levada por um bruxo das Trevas que a essa altura já pode tê-la…

Não! Não! Minha filhinha não. Céus, eu não vou aguentar se ela e Draco me deixarem…

– Harry?! – alguém me chamou, reconheci a voz de Gina. – É verdade? Você tem uma filha?

– Harry? Gina? Tonks…? – chamou alguém, parece Hermione, mas não tenho certeza. Tudo parece meio opaco. Minha mente não consegue processar as informações do que ocorre a minha volta, só consigo me focar na dor e no desespero que sinto. – O que faz aqui, Tonks? O que aconteceu…? Esse é o Teddy?

Tonks disparou a falar enquanto chorava, mas mal pude ouvir. Permaneci ali, parado olhando para o nada.

Minha filha corre perigo. Pode morrer ou já está morta… Não…

– Harry?! – chamou Hermione com a voz embargada. Senti algo me chacoalhando. – Harry, fale comigo! Harry… – ela suplicou. – Rony, me ajude! Ele não me ouve!

– Harry, vai ficar tudo bem! – disse Rony apertando meu braço e me sacudindo. – Nós vamos salvar a Melli, vai dar tudo certo, mas você precisa ser forte! Você aguentou tudo até agora, até uma gravidez, então eu sei que você consegue, cara!

Ele tem razão. Eu suportei tudo até agora… Mas e a Melli? Minha filha pode estar morta… isso eu não vou suportar.

– Gravidez? Do que vocês estão falando?! Vocês precisam me cont…

– Agora não, Gina! – cortou Rony.

– Harry, por favor, nos ouça… Você precisa ser coerente agora. Sei que está desesperado, eu também estou, mas precisamos manter a calma! Por favor… – implorou Hermione. – Gina, você viu o Draco? Talvez ele consiga acalmá-lo!

– Não. Harry chegou aqui a pouco, mas estava sozinho e…

– Draco! – exclamei assim que minha mente captou o nome, me despertando de súbito. Hermione e Rony suspiraram aliviados ao me ver acordado do meu transe. – Ele… ele foi buscar a Mellisandre! Se Voldemort o apanhar irá matá-lo!

– Harry, quando eu saí de lá Voldemort já havia partido com a Melli… Se Draco foi mesmo buscá-la, deve ter chegado depois que saí. – disse Tonks, que havia parado de chorar.

Suspirei aliviado, mas foi apenas um segundo, logo me lembrei novamente de minha filha…

– Preciso salvá-la! – exclamei começando a me dirigir a porta da sala, mas meu braço foi segurado por Hermione.

– Harry, você não pode ir! É isso que ele espera que você faça! – disse Hermione sem soltar meu braço. – Harry, ouça, Voldemort não irá matar Mellisandre. Tenho certeza que o objetivo dele é te atrair até lá, pois ele sabe que você irá tentar salvar sua filha!

– Mas… Mas…

– Imagino o que está sentindo, mas tenho certeza que ela está bem! Por favor, acalme-se!

Pisquei algumas vezes, tentando colocar meus pensamentos em ordem e constatando que Hermione tem razão. Voldemort com certeza viu Mellisandre como um ponto fraco que ele poderia utilizar para me atrair… e o pior é que ele está certo, pois eu realmente irei salvar minha filha na primeira oportunidade que eu puder.

Minha respiração se acalmou um pouco quando meus olhos focaram em Teddy. Me aproximei de Tonks para vê-lo melhor e sorri ao ver os cabelos do bebê bochechudo mudarem de cor, de azul para um loiro no mesmo tom que o de Mellisandre.

Acariciei os cabelinhos, sentindo uma lágrima escapar de meu olho.

– Ele é lindo… – comentei com um sorriso ao lembrar que ele é meu afilhado.

– Os cabelos dele estiveram dessa cor desde que ele viu Draco e Melli… – contou Tonks sorrindo um pouco, então desviou o olhar do bebê de volta para mim. – Ela vai ficar bem, Harry. Tenho certeza que Hermione tem razão.

Assenti agradecido. Preciso me manter firme.

– Harry, temos que encontrar a próxima Horcrux agora! Quanto antes destruirmos todas, mas rápido resgataremos sua filha! – disse Rony ansiosamente.

– Onde vocês estavam? – reclamei assim que me lembrei do súbito sumiço dos dois.

– Câmara Secreta.

– Ãn?

– Foi o Rony, ideia do Rony! – contou Hermione afobada. – Não foi absolutamente genial? Nós estávamos lá, depois que você saiu, e eu disse ao Rony que não adiantaria achar outra Horcrux, por que mesmo que encontrássemos, como nos livraríamos dela? Nem ao menos nos livramos da taça! Então ele se lembrou! O basilisco!

– O b…?

– Uma coisa que pode destruir as Horcruxes. – disse Rony com simplicidade.

Foi quando reparei que em seus bolsos e mãos, ambos carregavam objetos: grandes dentes curvos arrancados do crânio do basilisco morto.

– Mas como entraram lá? – perguntei ainda fitando os dentes. – É preciso saber ofidioglossia!

– Ele sabe! – exclamou Hermione. – Mostre a ele, Rony!

Rony emitiu um silvo estrangulado e medonho.

– Foi o que você fez para abrir o medalhão. – disse ele olhando para mim. – Precisei experimentar algumas vezes para acertar, mas – deu de ombros. – no final conseguimos.

– Foi genial! Incrível! – exclamou Hermione.

– E agora temos uma Horcrux a menos. – Rony retirou de seu bolço os restos da taça de ouro, destruída. – Hermione que a espetou. Ela ainda não havia tido o prazer. Bem, agora só precisamos encontrar as outras.

– Realmente você foi genial, Rony! – elogiei, e ele deu de ombros corando um pouco. – Bem, tenho novidades! Invadimos o Salão Principal, Snape fugiu, os professores barricaram a escola e evacuaram os alunos menores de idade, as estátuas e armaduras ganharam vida e descobri que foi Dumbledore quem ordenou que Slughorn me desse a Poção Gestante.

– O quê?! – exclamou Hermione chocada. – Não pode ser ele… Ele nunca daria uma poção que pudesse te fazer mal e…

– Mas foi ele, Hermione! Slughorn disse que quem a preparou foi Snape, mas foi Dumbledore quem pediu para que ele me desse!

– Isso não faz sentido! Eu não compreendo…

– Nem eu, Mione, mas teremos que falar sobre isso em um outro momento. Há outra coisa que precisão saber. – falei rapidamente. – A outra Horcrux é mesmo o diadema e sei onde ele está!

– Tudo bem. Então precisamos encontrá-lo logo!

– Certo. Gina? Tonks? – chamei as duas que se aproximaram rapidamente. – Preciso que saiam da sala! Não tenho tempo para explicar! – então me dirigi a mulher com o bebê. – Tonks, vá para alguma sala comunal com o Teddy, não é seguro andar com ele pela escola. Logo invadirão o castelo, não temos muito tempo!

– Tudo bem. Se ver Remo, avise-o que estarei na minha antiga sala comunal na Lufa-Lufa!. – disse Tonks, assenti e então ela saiu apressada da sala.

Gina somente me olhou por um longo segundo, antes de se virar e seguir a ex-auror.

Rony, Hermione e eu logo saímos também, no mesmo instante em que um corpo gigantesco entrou pela janela esbarrando na parede oposta. Uma coisa grande e peluda se destacou do recém-chegado e se atirou em mim.

– Hagrid! – exclamei surpreso tentando afastar Canino que tentava a todo custo me lamber.

– Harry! Você está aqui! Rony! Hermione! Estão todos bem?!

– Sim, estamos. – respondeu Rony.

Hagrid nos concedeu um rápido abraço antes de me encarar.

– Caramba, Harry, então é isso? – perguntou ele. – Lutaremos?

– Sim. – respondi. – De onde você está vindo?

– Vi Você-Sabe-Quem lá encima, perto da caverna em que estávamos. Ele dizia algo sobre “você ir até ele até a meia-noite…” não sei ao certo, mas haviam muitos Comensais com ele, muitos mesmo, então notei que você deveria estar aqui e percebi o que estava acontecendo. Pedi a Grope que trouxesse Canino e eu e nos colocasse no castelo… Bem, ele nos atirou da janela, não era bem isso que eu pedi, mas ele fez o melhor que pode.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a professora Sprout, Neville, Zabini e mais uma dúzia de alunos surgiram no corredor carregando grandes vasos com plantas estranhas, porém familiares.

– São Mandrágoras! Jogaremos por cima dos muros! Eles não ficarão nada felizes. – informou Neville quando nos viu olhando. E então direcionou seu olhar para o moreno as suas costas, que também levava um vaso. – Argh, Zabini, me deixe!

– Que é isso, querido, me chame de Blaise. – disse o moreno com voz sedutora, apressando os passos para acompanhar o outro. – Mas, então, me diga o que acha? Eu te levo num encontro se não morrermos essa noite!

– Argh! – resmungou Neville apressando ainda mais os passos, e logo ele e os outros viraram o corredor.

– Eu vou ver no que posso ajudar! – disse Hagrid seguindo pelo corredor com Canino e sumindo também.

– Ai! – exclamou Rony quando a porta da Sala Precisa as suas costas se abriu lhe acertando.

Aberforth apareceu com sua varinha em mãos.

– Centenas de garotos passaram pelo meu bar, Potter!

– Sim, eu sei. Estavam evacuando a escola. – contei. – Voldemort está…

– …para atacar, eu sei. A essa altura todos em Hogsmead sabem. – disse Aberforth. – Não ocorreu a ninguém fazer os Sonserinos de reféns? Os pais deles são os Comensais!

– Isso não pararia Voldemort. – falei. – E seu irmão jamais faria algo assim.

Ele revirou os olhos e saiu resmungando apressado pelo corredor.

Uma velha bruxa surgiu assim que ele saiu da porta da sala. Depois de alguns segundos a reconheci: a avó do Neville.

– Ah, Potter! – falou ao me ver.

– Há mais alguém vindo? – perguntei, afinal não poderíamos usar a sala se mais alguém estivesse a caminho.

– Não. Eu fui a última a passar pelo Cabeça de Javali. – respondeu a sr. Longbottom. – Lacrei a passagem. Acho insensato mantê-la aberta, agora que Aberforth deixou o bar. Vocês virão meu neto?

– Passou por aqui a pouco. Está lutando. – informei.

– Certamente. Com licença, preciso ajudá-lo. – disse a senhora, claramente orgulhosa do neto. Então também seguiu pelo corredor.

– Harry… – chamou Hermione, e quando a olhei ela apontou para a janela.

A proteção que os professores haviam feito, estava quebrando. Respirei fundo.

Que a guerra se inicie.

Rapidamente me virei para a parede e a porta da Sala Precisa havia desaparecido.

– O diadema está escondido aqui. – informei aos outros dois.

“Preciso de um lugar onde se esconde tudo”, pensei.

Assim que a porta surgiu novamente, entramos nos deparando com a sala completamente bagunçada, onde, no sexto ano, escondi o livro de poções do “Príncipe Mestiço” e posso jurar que nesse dia vi uma tiara prateada sobre um busto de pedra velho. Algo me diz que era o diadema.

Hermione parecia surpresa por Tom Riddle ter escolhido um local, que qualquer aluno pode entrar, para esconder o diadema. Mas eu não me surpreendi.

Tom Riddle não confiava em ninguém, e só agia sozinho, com certeza poderia ter sido suficientemente arrogante para supor que ele, e somente ele descobrira os mais profundos segredos de Hogwarts. Naturalmente, Dumbledore nunca encontrara esse lugar. Mas duvido que em algum momento, Voldemort tenha suspeitado que eu já estive aqui durante os anos em que frequentei a escola.

Passamos por alguns objetos, inclusive o Armário Sumidouro que Draco havia concertado há um ano atrás, e que causara desastrosas consequências.

Accio diadema! – ordenou Hermione, mas nada voou pelo ar a seu encontro.

– Vamos nos separar! – sugeri. – Procurem uma tiara prata sobre um busto de pedra velho. Sei que vai ser difícil encontrar, mas precisamos tentar.

– Certo… – respondeu Rony sumindo por um corredor. Hermione seguiu pelo corredor oposto e eu fui em frente.

Tem que estar por aqui, em algum lugar. Adentrei mais por entre os corredores, procurando em armários, olhando por entre os objetos e nada.

Andei mais um pouco, começando a me preocupar com a possibilidade de não encontrar essa Horcrux, foi quando a vi; alguns metros acima, sobre a cabeça do busto velho, a tiara brilhava. Estendi a mão para apanhá-la, mas estava em um local muito alto para que eu alcançasse.

– Pare, Potter!

Suspirei. Era só o que faltava.

Virei devagar e me deparei com Crabbe e Goyle postados ali, ombro a ombro com suas varinhas apontadas para mim.

– Vocês? Aqui? Por que não estão com Voldemort? – perguntei tentando pensar numa maneira de pegar o diadema.

– Vamos receber recompensa. – disse Crabbe, calmamente. – Ficamos na escola, Potter. Decidimos não sair. Decidimos entregar você para ele.

– Ótimo plano. – elogiou Draco, surgindo no corredor ao nosso lado, com sua varinha em punho. Senti meu coração bater aliviado por nada ter acontecido a ele, mas não pude deixar de notar seus olhos vermelhos e inchados. – Como vai, Crabbe? Goyle? Pelo que vejo, pensaram o mesmo que eu. – ele piscou para mim disfarçadamente e manteve a pose.

– Que faz aqui, Draco? – questionou Goyle. – Se veio pensando em roubar nossa ideia para conseguir perdão a sua família fracassada, pode esquecer!

– Estou aqui apenas para ajudá-los. Vi vocês entrando na sala, e me perguntei se precisavam de ajuda. – respondeu Draco tranquilamente.

– Acho bom não tentar nada! – avisou Crabbe, então voltou seus olhos para mim. – O que é o tal dia-D que vocês estão procurando? Ouvimos quando comentaram.

– Harry? – a voz de Rony ecoou de algum dos corredores antes que eu respondesse. – Está falando com alguém?

Com um movimento rápido, Crabby ergueu a varinha:

– Descendo!

As paredes de objetos começaram a balançar ameaçando desmoronar. Então uma delas desmoronou num corredor ao lado, provavelmente o que Rony se encontrava.

– Rony! – berrei ao mesmo tempo em que ouvi Hermione gritar de algum lugar e o estrondo de objetos caindo no chão. Outra parece começou a se desequilibrar: apontei a varinha para o alto e gritei: – Finite!

– Não! – gritou Draco segurando o braço de Crabbe quando esse fez menção de repetir o feitiço. – Se fizer isso pode acabar soterrando o tal diadema!

– Quem se importa com esse dia-D? – Crabbe se desvencilhou das mãos de Draco. – É o Potter que o Lorde das Trevas quer!

– Har… digo, Potter entrou aqui para apanhá-lo. Deve ter algum valor! – replicou Draco.

– Deve é?! Que se dane se tiver! – exclamou Crabbe. – Quem se importa com o que você pensa?! Não recebemos mais ordens suas, Draco! Você e seu pai já eram!

– Harry? – tornou Rony a voz dele parecendo estar mais próxima. – O que está acontecendo?

Aproveitei a distração deles para mergulhar sobre a pilha de objetos tentando pegar a Horcrux.

– Não, Potter! – berrou Crabbe. – Crucio!

Me lancei para frente quase alcançando a tiara; o feitiço de Crabbe não me atingiu, mas acertou o busto velho no qual a tiara estava, que foi projetado no ar; o diadema pairou no alto e caiu em meio aos objetos, desaparecendo.

– PARE! – berrou Draco para Crabbe. – O Lorde das Trevas quer ele vivo!

– Então?! Não estou matando ele, estou?! – berrou Crabbe empurrando o braço de Draco. – Mas se eu puder é o que farei, o Lorde das Trevas vai matá-lo mes…

– Argh! Já chega! – exclamou Draco interrompendo. – Expelliarmus!

Berrou apontando para Crabbe, que desviou rapidamente fazendo o feitiço atingir Goyle as suas costas. A varinha de Goyle voou em direção a Draco que a apanhou com agilidade, depois a atirou no alto de uma das pilhas.

Crabbe arregalou os olhos para o loiro, que correu para meu lado me ajudando a descer da pilha de objetos.

– Traidor maldito! – berrou. – Crucio!

Draco saltou para fora do alcance do feitiço me arrastando junto. Goyle ficou pulando no mesmo lugar tentando alcançar a varinha, inutilmente. Então, Hermione e Rony apareceram repentinamente no fim da sala. Hermione lançou um feitiço de corpo preso em Crabbe, que, por pouco, não o acertou.

Crabbe se virou para os dois claramente furioso.

– Avada Kedavra! – berrou. Rony e Hermione se jogaram atrás de uma pilha de objetos, fugindo da luz verde.

– Está por aqui em algum lugar! – gritei para Draco, indicando a pilha. – Procure, enquanto eu vou ajud…

– HARRY! – berrou Hermione.

Houve um som de rugido crescente as minhas costas. Draco arregalou os olhos. Me virei e vi Crabbe e Rony correndo o mais rápido possível pelo corredor em nossa direção.

– Que tal o calor, gentalha? – urrou Crabbe enquanto corria.

No entanto, ele parecia ter perdido o controle do próprio feitiço. Chamas de tamanho anormal se alastravam por entre as pilhas. Nunca ouvi falar nesse feitiço antes.

Aguamenti! – berrei, mas a água que saiu da minha varinha evaporou. – Merda! CORRAM!

Agarrei a mão de Draco que puxou o pulso de Goyle que parecia paralisado de medo, então corremos. Crabbe ultrapassou a todos, claramente aterrorizado; e nós seguimos logo atrás dele. As chamas se lançaram em nosso encalço, conscientes, como se estivessem decididas a nos matar. Olhei por cima do ombro e me arrependi, quando vi as chamas começarem a mudar de forma, transformando-se em feras, serpentes e dragões flamejantes, deslizando pelas pilhas e devorando os objetos.

Então viramos em um corredor e a mão de Draco escapou da minha.

– Draco! – gritei estendendo a mão.

– Harry! – berrou ele, tentando se soltar de Goyle que o puxava para o outro lado, tentando fugir do fogo que se aproximava. Antes que ele pudesse alcançar minha mão, uma fera de chamas apareceu, tampando nossa visão um do outro e quase nos queimando.

– Não! DRACO! – berrei desesperado, mas tive que correr, pois já estava sendo alcançado pelas chamas.

Alcancei Rony e Hermione, que pararam subitamente; os monstros de fogo nos rodeavam cada vez mais próximos. Crabbe já não estava à vista.

– DRACO! – berrei olhando em volta. Meu coração martelava com o medo, a única coisa gelada nesse incêndio. – DRACO! DRACO!

– Que faremos agora? – gritou Hermione.

– Aqui! – Rony pegou duas vassouras esfarrapadas que haviam em uma pilha, por sorte, intactas. Jogou uma para mim, puxou Hermione para garupa e levantou voo.

Montei a minha e os segui, desviando de um dos monstros flamejantes que tentou me abocanhar. Sobrevoei o fogo, procurando desesperado pela figura loira que não posso pensar em perder. Abaixo, o fogo maldito consumia todos os objetos de anos que alunos e professores guardavam, se livravam ou escondiam aqui. Mas não havia vestígios de Draco, Goyle e Crabbe em lugar algum.

Mergulhei o mais baixo que a coragem me permitia, tentando desesperadamente encontrá-lo… Só havia fogo.

Céus, não. Não pode ter acontecido. Não…

– Harry, vamos embora! – berrou Rony, quase invisível por causa da fumaça.

– Não posso deixar o Draco! Não posso! – respondi, olhando as chamas com mais desespero.

Me recuso a acreditar que o perdi! Ele tem que estar bem…

Então ouvi, um débil lamento de alguém.

– Harry, é muito perigoso! – disse Rony, tossindo.

– Não posso ir sem ele! – berrei em resposta, irritado por ele sequer pensar que eu deixaria meu loiro para trás.

Então os vi: Draco, segurando um Goyle inconsciente. Ambos sobre uma pilha de escrivaninhas.

Fiz meia volta, voando veloz até onde se encontravam. Assim que Draco me viu, estendeu a mão, mas quando a apanhei ela escorregou, suada, assim será impossível puxá-lo junto com Goyle.

Vi Rony ao meu lado, então ele desviou de um dos monstros flamejantes e mergulhou, quando estava perto o suficiente, Draco jogou Goyle entre Rony e Hermione, que o agarraram e voaram para longe rapidamente.

Draco praticamente pulou sobre minha vassoura, agarrando fortemente minha cintura e berrando em meu ouvido para que eu seguisse para a porta. Logo obedeci, ganhando velocidade e desviando das labaredas de fogo.

Mas uma tiara prateada jogada no ar chamou minha atenção. Mergulhei mirando o diadema, ouvi Draco gritar algo, apertando tanto minha cintura que já estava doendo. Então eu o apanhei. Apertando o diadema nas mãos, pude ver ao longe a porta e me dirigi para lá com toda a velocidade que pude. Mas acho que usei velocidade demais, pois assim que saímos nos chocamos contra a parede de pedra, sem que eu tivesse tempo para tentar parar.

Draco caiu ficando deitado de barriga para baixo, arquejando e tossindo. Me sentei rapidamente ofegando. Logo fui até ele e dei tapinhas em suas costas.

Rony e Hermione estavam ao nosso lado com Goyle que parecia começar a despertar.

Não aguentei esperar Draco se recuperar, o puxei para um abraço, enfiando meu rosto em seu pescoço com cheiro de fumaça. Senti meus olhos úmidos.

– Graças aos céus, eu pensei que fosse te perder! – falei o apertando. Assim que parou de tossir ele envolveu seus braços ao meu redor. – Fiquei com tanto medo…

– Eu estou bem, meu amor. Você me salvou, estou bem… – falou ele beijando o topo de minha cabeça. Então ouvi ele suspirar. – Crabbe…

– Ele está morto. – falou Rony. – Ele quem fez isso. Ele se matou.

– Eu sei, mas foram tantos anos… bem – Draco se interrompeu. –, conseguiu pegar o diadema, Harry?

– Sim, consegui, está bem aqui… – falei, mas assim que ergui a tiara ela estalou sobre a palma da minha mão, então passou a soltar uma substância semelhante a sangue. – O qu…?

– Deve ter sido o Fogomaldito. – disse Hermione. – Ele é uma das poucas coisas que destrói Horcruxes, mas eu não me atreveria a usá-lo, perigoso como é. Como será que Crabbe…?

– Deve ter aprendido com os Carrow. – disse Draco. – Eu realmente lamento a morte dele.

– Eu não.

– Rony! – exclamou Hermione claramente indignada com sua insensibilidade.

– Só fui sincero.

Suspirei segurando o rosto de Draco e selando nossos lábios rapidamente. Sei que Crabbe tentou nos matar, mas eles eram amigos, ou, pelo menos, andavam juntos, desde o primeiro ano. Imagino que Draco tenha alguma afeição por ele.

– Mas… o quê?

Olhamos para o lado e vimos Goyle nos olhando com os olhos tão arregalados que pareciam que iam se soltar das órbitas. Então ele tombou para trás inconsciente novamente.

Draco deu de ombros e voltou-se para mim.

– Harry, a Melli… – contou ele com a expressão triste. – eu cheguei lá e… tudo estava destruído. Tia Andrômeda está morta e…

– Eu sei. – o interrompi. – Tonks veio para cá com Teddy e acabou me contando tudo. Estou com medo, Draco…

– Eu também, Harry, mas nós vamos…

Ele se calou, quando berros, gritos e o inconfundível barulho de combate encheram o corredor. Senti meu coração falhar uma batida. Os Comensais haviam entrado.

Fred e Percy surgiram no corredor, ambos lutando contra um Comensal mascarado. Nos levantamos apressadamente para ajudarmos. Nos aproximamos lançando feitiços, e a maioria dos feitiços revidados são para Draco. Pareciam determinados a acertá-lo.

A máscara de um deles caiu, revelando ser o novo Ministro da Magia, Thicknesse.

– Olá, Ministro. – disse Percy rebatendo os feitiços lançados em si. – Já cheguei a mencionar que vou me demitir? – então Percy, com mais um feitiço, derrubou Thicknesse.

– Você está brincando, Percy! – exclamou Fred, quando o Comensal com o qual ele lutava caiu depois de receber nossos feitiços estuporantes. Vi Draco estreitar os olhos ao meu lado. – Você está mesmo brincando, Percy… acho que não vejo você brincando desde…

Então tudo aconteceu muito rápido: Draco pulou sobre mim, que esbarrei forte em Rony que caiu sobre Hermione, que caiu sobre Percy, e nós dois caímos encima do Fred. Assim que alcançamos o chão, o ar explodiu.

– Protego Horribilis! – berrou Draco, impedindo que as pedras caíssem sobre nós.

Estávamos protegidos enquanto tudo desmoronava a nossa volta. Quando acabou, nos levantamos, arrancando pedras de cima de nós. Ofeguei quando levantei podendo ver que o corredor inteiro havia explodido. Fred resmungou que seu nariz sangrava por tê-lo acertado no chão com a queda, e Percy segurava o pulso da mão esquerda fazendo caretas de dor.

Mal tivemos tempo de falar algo, pois nesse momento um cadáver entrou pela fachada lateral da escola e feitiços voaram em nossa direção, acertando as pedras a nossa volta.

– Harry, cuidado! – berrou Hermione no momento em que uma aranha gigantesca entrou pelo buraco que a explosão havia deixado.

Draco agarrou meu pulso e corremos, Rony e Hermione logo atrás. Subimos algumas escadas e paramos em um canto onde nos esprememos escondidos.

– Vocês reconheceram? O corpo… era alguém conhecido? – perguntou Rony, o rosto completamente sujo de fuligem expressando seu medo.

– Isso não importa agora, Rony. – cortou Hermione, sua expressão também revelando seu medo. – Temos que matar a cobra. Harry, onde Voldemort está? Espie a mente dele!

Realmente foi estranho ouvir Hermione me pedir para espiar a mente de Voldemort, afinal ela sempre era a primeira que a insistir que eu não devia fazer isso. Mas compreendo que no momento é realmente necessário.

Minha cicatriz está queimando a horas, pronta para ver a mente de Voldemort, então assim que Mione pediu, fechei meus olhos. Os sons dos gritos desapareceram, pareciam abafados, como se estivessem muito longe dali.

Estava em uma casa velha, cujas janelas se encontravam fechadas com tábuas. A cobra flutuava a seu lado, dentro a proteção que criara, mas o que o estava irritando era o choro da criança, flutuando ao seu lado no cesto de pedra que conjurou. Talvez ela esteja desconfortável ali, sorriu com a ideia. Caminhou até a criança a analisando enquanto a mesma chorava. Podia ver claramente os olhos horríveis de Potter ali e os traços do menino Malfoy.

– Será que essa peste não se calará nunca?! – exclamou irritado.

Se afastou da criança chorona antes que fizesse algo precitado e decidisse acabar com ela. Ainda não é o momento. Sacudiu a varinha realizando um feitiço silenciador em torno do cesto. Logo o choro não era mais ouvido, porém algo ainda o frustrava. A varinha das varinhas, que deveria ser perfeita e extremamente poderosa, não funcionava de forma correta em suas mãos. Não era tolo, podia perceber. Ela relutava, mas já havia compreendido a razão. A Varinha das Varinhas não lhe pertencia, e sim ao bruxo que matou seu último dono.

Potter viria para si em breve, precisava que a varinha funcionasse de maneira correta.

Precisava chamar Snape…


 

Tornei a abrir os olhos, sentindo as lágrimas descerem. Eu a vi… minha filhinha. Havia crescido um pouco, e, com certeza, tinha mais cabelos. Senti um aperto no peito ao saber que ela está chorando, talvez com fome, frio ou, quem sabe, apenas muito assustada. Preciso salvar minha filha…

– Harry? Harry?! – Hermione chamou me sacudindo. – O que houve?

Olhei para Draco.

– Eu a vi… ele está com ela e ela está… chorando muito. Está irritando ele. – contei sentindo as lágrimas descerem por meu rosto.

Draco acariciou meu rosto, com um olhar angustiado.

– Está tudo bem, Harry. Vamos salvá-la, o.k.? Confie em mim.

Assenti secando minhas lágrimas com as costas da mão.

– Você sabe onde eles estão? – questionou Hermione.

– Sei… Estão na Casa dos Gritos. – contei. – Melli e a cobra estão com ele. Há uma proteção mágica em volta da cobra… E ele quer chamar o Snape.

– Ele não está nem lutando? – exclamou Hermione, indignada.

– Não. Ele acha que não precisa por que, segundo ele, irei procurá-lo. – falei. – E ele está certo. Ele está com minha filha e a Horcrux, terei realmente que procurá-lo.

– Se ele espera que você o procure, obviamente o mais sensato seria se outra pessoa fosse. – disse Draco. – Eu posso ir e… caramba, não sei ser nem minimamente heroico, estou apavorado!

– Está louco? Nem tente ser heroico, ele quer te matar, você não pode ir! – exclamei.

– Harry está certo, Malfoy. Continue apavorado! – disse Rony. – Vocês três ficam aqui, eu posso ir e…

O interrompi:

– Posso usar a capa da invisibilidade e…

– Não! – discordou Hermione. – Faz muito mais sentido eu levar a capa e…

A parede a nossa frente explodiu, caímos no chão com o impacto. Senti minha cabeça bater em um dos degraus…

– Harry, você está bem? – perguntou Draco me ajudando a levantar.

– Estou… não se preocupe.

Estou meio tonto, mas prefiro não compartilhar essa informação com Draco. Algo pegajoso está escorrendo por minha testa, o que indica que estou sangrando, mas esse é o menor dos problemas agora. A nossa frente surgiu dois Comensais.

– Draco Malfoy? O que faz com Potter? – indagou um deles com a voz claramente indignada. – Trai…

Glisseo! – ordenou Hermione apontando para a escada e os degraus abaixo de nossos pés se achataram.

E antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, despencamos.

Escorregávamos com tanta velocidade que os feitiços lançados pelos Comensais que ficaram para trás, passavam longe de nos atingir.

Antes que alcançássemos o chão, Hermione fez com que os degraus voltassem ao normal. Nos levantamos rapidamente e quase fomos atropelados por uma manada de carteiras que corriam, sendo controladas pela professora McGonagall que logo gritou: “ATACAR”.

Feitiços voavam por todas as partes. Os quadros nas paredes gritavam incentivos, enquanto outros narravam o que ocorria em outras partes do castelo.

– Vista a capa, Harry! – berrou Hermione. – Não se preocupe conosco, só vista…

Tentei jogar a capa por cima de nós quatro, mas realmente não daria certo, somos muito altos para isso, todos veriam nossos pés. Draco, revirou os olhos impaciente, tomou a capa da minha mão e jogou-a por cima de mim e de Hermione.

Mesmo invisível, agarrei sua mão quando começamos a descer outro lance de escadas. Nos deparamos com um corredor repleto de combatentes. Professores e alunos lutaram bravamente contra Comensais da Morte com e sem máscaras.

Vi Dino lutando cara a cara com Dolohov enquanto Parvati enfrentava Travers. Rony e Draco acertavam todos que viam pela frente, enquanto Hermione e eu fazíamos o mesmo por baixo da capa, tomando cuidado para não acertar a pessoa errada.

Acima de nós, vi Pirraça voando e atirando frascos de poções, apagadores e várias outras coisas nas cabeças dos Comensais.

Vários Comensais paravam, furiosos em frente a Draco, gritando e tentando iniciar um duelo com ele, mas antes que Draco revidasse, eu os derrubava rapidamente. O problema mesmo foi quando dois Comensais vieram; derrubei um sem problemas e o outro começou a duelar com Draco, duelo esse que durou pouco mais de dez segundos, pois logo o Comensal desmontou no chão, acertado por um dos apagadores de Pirraça.

Continuamos correndo, descendo rapidamente as escadas que levavam ao saguão. Do topo da escada pude ver Kingsley enfrentando um Comensal mascarado e Flitwick lutando bravamente contra Yaxley. Estudantes corriam para todas as direções, alguns arrastando amigos feridos.

Engoli em seco tentando ignorar o fato de que vários colegas e amigos podem estar morrendo nesse exato segundo.

Assim que chegamos no saguão, Neville e Blaise surgiram correndo, ambos segurando um vaso com uma planta cheia de tentáculos. Blaise a atirou sobre um Comensal, e a planta pareceu feliz ao se agarrar a ele. Sobre o alto da escadaria, pude ver também a professora Trelawney com sua varinha, atirando suas bolas de cristais sobre a cabeça dos inimigos, mas meu foco sobre esse fato logo se perdeu, pois dois corpos caíram a nossa frente.

Um borrão cinza que parecia um animal, surgiu e cravou os dentes em uma das vítimas, que logo reconheci ser Lilá Brown. Hermione gritou e lançou um feitiço sobre Greyback que atravessou uma janela, deixando Lilá ainda viva.

– Vamos logo! – gritou Rony

Começamos a nos aproximar da porta do saguão, mas esta se escancararam e mais aranhas enormes surgiram entrando por ali. Draco, agarrado ao meu pulso invisível por causa da capa, e recuou assustado.

Pude ver ao longe a batalha continuar fortemente no Salão Principal. Pansy e Dafne se encontravam em pé sobre a mesa da Sonserina, uma de costa para outra, derrubando todo Comensal que se aproximava. E essa tarefa parecia divertida e fácil para ambas, já que nenhum Comensal desconfiava dos Sonserinos.

Do outro lado do salão vi Theo lutando lado a lado com Colin Creevey contra um Comensal mascarado, e então uma luz verde acertou o peito de Colin e este caiu. Vi Theo gritar, derrubar o Comensal e se ajoelhar abraçando o corpo do garoto loiro.

Engoli o nó formado em minha garganta.

– Harry, vamos embora! – berrou Hermione.

Tentamos sair novamente, mas tivemos nossa passagem barrada por um enxame de aranhas que carregavam algo grande para fora. Somente quando vi o enorme braço tentando escapar dali que percebi de quem se tratava.

– HAGRID! – berrei desesperado. Soltei meu pulso da mão de Draco e me precipitei para fora da capa, correndo para a porta de entrada. Eu não consegui mais ver o Hagrid. – HAGRID! HAGRID!

– Harry, espera! Não! – gritou Draco.

– HAGRI… – esbarrei em alguém e nós dois fomos ao chão.

Assim que ergui a cabeça arregalei os olhos. Eu acabei de esbarrar na… Astoria Greengrass. Ela parecia tão assustada quanto eu.

Me coloquei de pé rapidamente e ela fez o mesmo. Antes que eu abrisse a boca para dizer qualquer coisa, a garota usou a varinha para rebater um feitiço que alguém havia lançado. Olhei em volte e notei que esse “alguém” era Draco.

– FIQUE LONGE DELE, SUA VADIA! – berrou ele. Posso ver a fúria em seus olhos. Nunca o vi tão furioso, nem mesmo na época em que éramos inimigos. – DESSA VEZ VOCÊ NÃO VAI ESCAPAR! EU VOU TE MATAR!

Então ela virou e correu e Draco rapidamente foi atrás.

Não. Eu não posso deixá-lo fazer isso. Draco não é um assassino, e por mais que Astoria mereça, não posso deixar que ele a mate.

Droga…

– DRACO, NÃO! – berrei correndo atrás dele. Rony e Hermione logo me alcançaram.

Corri com toda a velocidade que minhas pernas permitem, mas meu caminho foi barrado por um pé monumental. Apavorado, ergui a cabeça: um gigante de mais ou menos seis metros de altura está aqui, bem na minha frente. Ele esmagava quem pudesse, e chutava outros. Com um movimento brutal, ele enfiou seu punho maciço por uma das janelas de um andar superior do castelo.

– Ah, meu Deus! – exclamou Hermione erguendo sua varinha.

– Não! – berrou Rony segurando o braço da garota. – Se o estuporar e ele cair, esmagará metade do castelo!

Nesse momento Grope surgiu chamando por Hagrid, percebi que ele é baixinho comparado ao outro, mas ainda assim, quando os dois se virão, ambos se atirarão um ao outro numa selvageria de leões.

– CORRAM! – berrei, aproveitando esse momento de distração para correr atrás de Draco.

Tudo que posso ouvir a nossa volta são gritos medonhos, e as pancadas da luta que ocorria entre os gigantes. Agarrei o punho de Hermione e a puxei enquanto corria, focando minha visão em Draco duelando com Astoria mais à frente. A garota claramente está perdendo.

Corri até alcançar meu loiro, bem no momento em que ele fez a garota cair sobre a grama e sua varinha alguns metros à frente.

– Draco… – falei ofegante, segurando seu braço. – Não vele a pena! Não faça isso, você não é um assassino, lembra?! Não faça isso!

– Harry… Eu tenho que fazer! Prometi a mim mesmo que faria! Ela não pode sair impune depois de tudo que fez! – disse ele. – Ele está com a nossa filha por culpa dessa vadia, lembra? Como pode pedir que eu não o faça?!

Por um instante cogitei a possibilidade de deixá-lo fazer isso. Ela era a causadora de tudo; por causa dela Draco me deixou durante a gravidez, os pais dele e ele podem morrer a qualquer momento e minha filha está nas mãos do bruxo das Trevas mais perigoso de todos os tempos… Por que não a deixar pagar por tudo isso?

Sacudi a cabeça. Não, eu não sou assim. Dumbledore se decepcionaria comigo por ter esse tipo de pensamento…

Segurei o rosto de Draco entre minhas mãos.

– Meu amor, por favor, não faça isso! Tenho tantas razões para odiá-la quanto você, mas não quero que meu namorado e pai da minha filha se torne um assassino! Por favor… – implorei.

Draco focou seus olhos azuis acinzentados nos meus antes de suspirar e assentir, abaixando o braço.

Vi Astoria alcançar sua varinha e olhar para nós parecendo pesarosa, então se virou ainda nos olhando por cima do ombro, começando a correr.

Então estremeci e vi Draco, Rony e Hermione fazerem o mesmo.

Minha respiração falhou com o frio que tomou o ar .

Mais à frente centenas de dementadores vinham deslizando em nossa direção. E Astoria corria em direção a eles, mas assim que percebeu estancou começando a recuar. Ela estava próxima demais e tentou erguer a varinha, mas não realizou feitiço algum. A garota dava paços trôpegos para trás…

O som da batalha a nossas costas repentinamente sumiu…

– Vamos, Harry! – gritou Hermione. – Faça, Patronos, vamos!

Ergui o braço segurando minha varinha, mas então as lembranças me invadiram: Voldemort está com Mellisandre, pessoas estão morrendo por todos os lados e Hagrid fora levado pelas aranhas gigantes, até quando poderei ignorar a dor que estou tentando não deixar vir no momento?

– ANDA, HARRY! – berrou Hermione.

Vi o cachorro prateado de Rony irromper no ar e desaparecer, assim como a lontra de Hermione e o veado de Draco.

Mas a frente pude ver Astoria caída no são, com os braços em torno da própria cabeça, como se tentasse se proteger.

– Draco! – gritou ela. – Socorro!

Draco tentou conjurar seu Patrono novamente, mas nada saiu…

Os dementadores já cercavam Astoria, tirando-a do nosso campo de visão. Outros vinham deslizando em nossa direção. Não pude me mexer…

Então uma lebre, um javali e uma raposa prateados sobrevoaram nossas cabeça; os dementadores recuaram com a aproximação dos animais, então Luna, Ernesto e Simas surgiram na nossa frente.

– Certo. – disse Luna em tom de incentivo, parando ao meu lado com a mão em meu ombro, como se estivéssemos de volta na Sala Precisa praticando feitiços com a Armada de Dumbledore. – Certo, vamos, Harry, pense em algo feliz…

– Alguma coisa feliz? – falei com a voz quebrada.

– Ainda estamos todos aqui… lutando. – sussurrou ela. Draco pegou minha mão entrelaçando nossos dedos. – Você consegue, vamos agora!

Tentei duas vezes falhando, e então, com todo o esforço que pude adquirir, consegui, ao mesmo tempo que Draco. Os dois veados prateados saíram lado a lado a galopes espantando os dementadores que sobraram.

Assim que se afastaram, a noite amornou novamente e os sons da batalha retornaram.

Draco soltou minha mão andando um pouco e parando. Curioso fui até ele e percebi o que havia chamado sua atenção: Astoria estava caída, com a pele quase cinza de tão pálida e com os olhos e boca abertos.

– Ela recebeu o beijo do Dementador. Não há mais alma. Está morta. – disse Draco, olhando sem expressão para o corpo. – Uma morte tão cruel quanto ela própria.

Engoli em seco, sentindo pavor com aquele corpo na nossa frente. Pelo menos não foi Draco quem a matou.
Mas não deixa de ser horrível… eu não desejaria essa morte para ninguém.
Segurei Draco pelo pulso e o afastei dali, me aproximando novamente dos outros.

– Não sei como agradecer a vocês… – dizia Rony a Luna, Ernesto e Simas quando paramos ao seu lado. – Salvaram nossas vidas…

Foi interrompido por um rugido, e o chão tremeu. Outro gigante vinha correndo emergindo da floresta, e brandindo um martelo maior do que qualquer num de nós.

– CORRAM! – berrei, mas ninguém precisou me ouvir, todos correram para um lado. Tentamos nos afastar com velocidade, nos atirando para longe do pé imenso.

Houve o baque alto e um grito aterrorizante. Olhei para trás e vi o gigante se afastando, mas Hermione e Simas se encontravam abaixados sobre algo.

Vi Draco e Rony se aproximarem, e o ruivo cobrir a própria boca com as mãos.

Me aproximei e travei.

– Não! Não! Luna, não! Não! – chorava Hermione tentando acordar a menina que se encontrava no chão com a parte de trás da cabeça sangrando em abundância. – Não… Não…

– M-mas como? – indagou Ernesto claramente abalado. – Ela correu! Eu vi!

– Ele a chutou! – disse Simas enxugando uma lágrima que escorreu por seu rosto.

Minha mente está em queda livre, girando descontroladamente, incapaz de apreender o impossível, por que Luna Lovegood simplesmente não pode estar morta. Minha mente atordoada deve estar me pregando peças…

Lágrimas escorreram por meu rosto sem que eu pudesse controlar a dor.

– Mione? – chamou Rony. Pude ver que seu rosto estava úmido. – Mione, você não pode fazer mais nada por ela, vamos! Temos que ir!

Com um pouco mais de insistência, Rony conseguiu convencer Hermione, logo a puxando para um abraço.

– Simas? Ernesto? – chamei com a voz trêmula, e ambos me responderam “hum?”. – Podem tirar o corpo dela daqui e o colocar em local seguro?

Os dois assentiram. Ernesto pegou a menina no colo e a levou.

Eu não consigo acreditar… me convencer de que nunca mais ouvirei Luna falar sobre os Zonzóbulos, ou vê-la acreditando em coisas que ninguém mais acredita, ou sonhando acordada… ou feliz por ter feito amigos…ou lutando com a Armada de Dumbledore…

– Harry? Harry, temos que ir! Vamos! – disse Draco me sacudindo.

– Precisamos sair da linha de fogo! – falou Rony.

– Certo… – respondi. – Vamos entrar pelo Salgueiro Lutador.

De alguma forma, emparedei as emoções em minha mente, confinando-as em um local que eu não podia olhar agora. Pensamentos sobre Melli, Luna, Hagrid e os outros que amo e que possivelmente podem morrer, escondidos em algum canto da minha mente, tinham que esperar, pois precisávamos correr agora.
Não havia tempo para a dor.

Então corri, com todas as minhas forças e com Draco, Hermione e Rony ao meu lado. Os jatos de luzes passaram perto de mim diversas vezes, mas pouco me importei e continuei em frente.

Chegamos ofegantes em frente ao Salgueiro Lutador.

– O que viemos fazer aqui? Não deveríamos ir para Casa dos Gritos? – perguntou Draco, apoiando as mãos nos joelhos para recuperar a respiração.

– Há uma passagem daqui que nos levará até lá. – contei.

– Como vamos parar essa árvore? Se ao menos tivéssemos Bichento para apertar o nó que a paralisa… – comentou Rony.

– O Bichento? – indagou Hermione. – Você é um bruxo ou não é?

– Ah… é. – ele sacou a varinha a apontando para um graveto. – Wingardium Leviosa!

O graveto se ergueu no ar e logo acertou o local no salgueiro, e imediatamente a árvore se imobilizou.

Pensei em, mais uma vez, tentar convencê-los a ficar, mas sei que não me ouviriam.

Me espremi pela passagem, sendo seguido rapidamente pelos três. Acendi a varinha e segui pelo túnel.
Parecia ter passado uma eternidade quando, por fim, pudemos ver uma luz fraca a frente.

Hermione deu um puxão na barra da minha calça.

– A capa, vista a capa! – sussurrou.

Puxei a capa e me cobri. Me aproximei da pequena abertura espiando por ela.

A sala está mal iluminada, mas posso ver Nagini flutuando, cercada por uma esfera iluminada. Dava para ver Voldemort parado e a seu lado o cesto de pedra flutuava.

– … Milorde a resistência está entrando em colapso… – disse uma voz que reconheci ser Snape. Senti meu coração falhar com o susto, afinal ele está bem perto de onde estamos escondidos.

– … e está fazendo isso sem sua ajuda. – disse Voldemort, a voz clara e aguda. – Mesmo sendo um bruxo competente, Severo, acho que não vai fazer diferença agora. Estamos quase lá… quase. Você sabia sobre a traição de seu afilhado?

– Não, Milorde. Se eu suspeitasse… ou sequer imaginasse, o informaria imediatamente. – respondeu Snape. Tão convincente que até eu acreditaria nele, se não soubesse da verdade. – Me deixe procurar o garoto. Posso achá-lo e trazê-lo para você. Sei que posso encontrá-lo, Milorde. Por favor…

Vi Draco com a testa franzida ao meu lado.

Recuei rapidamente quando Snape entrou em meu foco de visão, bem próximos onde nos encontramos.

– Tenho um problema, Severo. – disse Voldemort.

– Milorde?

Vi Voldemort erguer a Varinha das Varinhas mostrando-a ao outro.

– Sabe por que ela não funciona comigo?

– Milorde? Não compreendo. O senhor realizou extraordinárias magias com essa varinha essa noite…

– Sou extraordinário, não a varinha. Não vejo diferença entre essa e a minha habitual que comprei do Olivaras a tantos anos.

Senti minha cicatriz voltar a queimar. A fúria de Voldemort crescia.

– Estive refletindo longamente… sobre a traição de Malfoy, essa criança ao meu lado… A reconhece, Severo? Sabe quem é?

Fechei os olhos por um momento e pude ver o rosto de Snape, seus olhos fitavam Mellisandre adormecida no cesto e a cobra flutuando dentro da esfera mágica.

– Não, Milorde.

– Então, ficaria surpreso se eu lhe dissesse que, essa menina, Mellisandre, é filha de Potter com seu afilhado traidor?

Snape recuou um passo com a expressão um tanto atordoada.

– N-não pode ser, Milorde… Ambos são homens…

– Sim, também me surpreendi quando soube. – ele fez uma pausa avaliando as expressões do outro. – Sabe por que te chamei aqui, Severo?

– Não, Milorde, mas peço que me deixe retornar, me deixe encontrar Potter e…

– Não. Ninguém compreende Potter como eu, Severo. Ele virá a mim. Não suportará ver seus amiguinhos morrerem, ou saber que sua preciosa filha, que ele tentou me esconder, está aqui, ao alcance da minha varinha. Ele tentará salvá-la. Tentará proteger a todos.

– Mas, Milorde, ele pode ser morto por acidente.

– Minhas instruções a meus Comensais são claras: matem os amigos de Potter, o tragam vivo para mim.

Recuei um pouco atordoado e senti Draco tenso ao meu lado. O envolvi em meus braços, voltando a ouvir o que Voldemort falava. Algo sobre a Varinha das Varinhas não funcionar consigo.

A queimação em minha cicatriz aumentava a cada segundo.

– Tentei matar Potter com minha varinha, mas fracassei. Olivaras me falou dos núcleos gêmeos, então tentei com a varinha de Lúcio e, mais uma vez, fracassei. Então procurei a Varinha das Varinhas. Tirei-a do túmulo de Dumbledore.

Fechei os olhos novamente, vendo o rosto de Snape pálido como mármore. Os olhos agora focados em Voldemort.

– Milorde… me deixe procurar o garoto…

– Durante toda essa longa noite, de vitória eminente, estive sentado aqui – disse Voldemort a voz um pouco mais que um sussurro. – pensando, pensando, por que a Varinha das Varinhas se recusa a ser como deveria ser, a agir como a lenda diz que deve agir com seu legítimo dono… e acho que já sei a resposta.

Snape nada falou.

Draco ficou ainda mais tenso em meus braços.

– A Varinha das Varinhas não pode me servir corretamente, Severo, por que não sou seu legítimo dono. Ela pertence ao bruxo que matou seu último dono. Você matou Dumbledore, Severo. Enquanto você viver ela nunca me servirá corretamente.

– Milorde! – protestou Snape, erguendo a varinha.

– Eu preciso dominar a Varinha das Varinhas, Severo. Domino a Varinha das Varinhas, domino Potter, enfim.

Draco se moveu para frente de súbito, assim que percebi suas intenções o abracei com todas as minhas forças mantendo-o parado e sentindo a capa da invisibilidade escorregar para fora.

Voldemort fez um movimento com a varinha, então a proteção em torno da cobra se desfez. Vi Snape abrir a boca, mas antes que ele pudesse gritar, ou agir, a mesma se enrolou em torno dele, o prendendo.

Draco começou a tentar sair de meu abraço, mas não permiti.

Nagini, mate!

Pude ouvir o berro terrível. O choro de Mellisandre inundou o local, junto ao barulho de algo se esganiçando. Pressionei minha mão sobre a boca de Draco mantendo-o em silêncio, pude sentir suas lágrimas molhando-a, mas não a afastei. Vi Hermione com as mãos sobre os ouvidos ao meu lado, e Rony com uma careta nauseada a abraçando.

Com os olhos fechados, vi Snape perder o pouco de cor que lhe restava, quando a cobra retirou as presas de seu pescoço deixando-o cair.

Voldemort voltou a colocá-la dentro da esfera e a olhar para Snape.

– Lamento.

Dito isso, ele sacudiu a varinha com outro feitiço silencioso sobre Mellisandre, então abriu a porta e saiu com a cobra e o cesto flutuando ao seu lado sem sequer olhar para trás.


Notas Finais


Então... vocês querem me matar certo? Tenho certeza que sim...
Mas vejam pelo lado positivo, alguns de vocês devem ter reparado que aquela parte da explosão no corredor, deveria ter sido o momento em que Fred morreria, maaaaas Draco o salvou quando pulou sobre Harry e ambos caíram encima do Fred ^^
É algo bom, não é?


Bem eu queria perguntar algo a vocês. Sei que Relíquia do Amor ainda não acabou, mas está se aproximando do final, e há alguns dias, de repente, uma ideia para uma SEGUNDA TEMPORADA me surgiu. Mas não a postarei a menos que eu tenha certeza que vocês iram lê-la. Por essa razão, quero fazer algo como uma votação. Quero a opinião de vocês sobre isso. Saber se concordam ou não. ^^

Enfim, era só isso !
Já comecei a escrever o próximo, e se tudo der certo o postarei em uma semana !
Deixem seus comentários!
Beijinhos <3


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