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História Relíquia do Amor - Reencontro


Escrita por: DaianeSales

Notas do Autor


Oii!
Desculpem a demora para postar!
Eu gostaria de agradecer a todos os que favoritaram, deixar um beijo aos que comentaram e um olá a os que só leram.
Eu não sei se este capítulo está muito bom, mas ele era necessário para a história.
Boa leitura :3

Capítulo 4 - Reencontro


Fanfic / Fanfiction Relíquia do Amor - Reencontro

Pov Draco On

 

Será que eu tomo as decisões certas? Obviamente não. Eu poderia ter me negado e implorado aos meus pais para não me transformarem nisso, mesmo que eles ameaçassem me deserdar. Só por que eles são Comensais significa que tenho que ser também? Aos olhos deles e do Lorde das Trevas parece que sim.0

Eu sempre me envolvo em problemas, e o maior deles é sentir o que sinto por Harry Potter. Isso é praticamente suicídio, não é? Se levar em conta que minha família já está na mira de execução do Lorde das Trevas, pode, com certeza, se constatar que realmente é um suicídio. Mas aqui estou eu, me arriscando em frente da casa dos parentes de Potter, com a varinha apontada para um trouxa gorducho, e sentindo tanta raiva que estou me controlando para não amaldiçoá-lo.

Tudo realmente dava muito errado para mim, eu queria vir escondido usando um feitiço de desilusão para me camuflar, depois descobrir onde ele mora, deixar uma carta alertando-o sobre os planos do Lorde das Trevas, e quem sabe, por sorte vislumbrá-lo de longe para matar essa saudade, mesmo que sem falar com ele. Eu simplesmente queria passar despercebido, e teria conseguido se não fosse esse trouxa imundo!

Como ele ousou tocar em Potter? Droga, desse jeito parece até que estou com ciúmes, mas isso não importa agora! Eu não podia deixar alguém tocar em Potter contra sua vontade! Isso me deixou com tanta raiva que tive que me aproximar.

 

 

Oito horas antes…

 

 

Acordei depois de mais pesadelos. Há quatro semanas ando tendo vários pesadelos em que Potter é assassinado pelo Lorde das Trevas. Isso me assusta, especialmente por que sei que o Lorde não vai descansar até matá-lo de verdade, então eu sei que um dia meu pesadelo pode se tornar real.

Nas últimas semanas meus pensamentos não deixavam Harry Potter nem por um segundo se quer. Penso tanto nele que estou ficando irritado comigo mesmo. Tudo o que eu queria era voltar atrás, voltar a pensar que o odeio, assim eu talvez pudesse ter minha vida de volta e pudesse parar de pensar tanto nele. Por mais que eu tente odiá-lo, eu não consigo. Não quando a imagem dele se entregando a mim e me dizendo que me ama, não para de possuir minha mente. É como se aquele maldito tivesse me amaldiçoado. O meu corpo quer mais daquilo, quer mais daquele corpo.

Como de costume, eu estou nervoso. Hoje o Lorde das Trevas virá fazer mais uma de suas reuniões aqui na mansão. Não posso deixar de me sentir apreensivo, afinal ele é um ótimo Legilimente e ultimamente a única coisa que não sai da minha cabeça é Harry Potter, por isso andei treinando Oclumência para não correr o risco de ter minha mente invadida. Mas isso não ameniza meu medo. Sei que a reunião de hoje se trata, mais uma vez, de como encontrar e capturar Potter para que o Lorde possa matá-lo. Fico apavorado sempre que um Comensal entra na minha casa com notícias, com medo de que essas sejam que o Lorde conseguira, e que Harry está morto.

Eu não deveria me importar com ele, afinal sou um Malfoy e minha prioridade deveria ser a minha família e a mim, mas não posso evitar. Assim como não posso evitar que a minha mente vague em lembranças.

Eu fui um completo idiota imprudente ao me deixar levar por minhas emoções naquele dia. Agora que sei o que sinto por ele minha vida só se tornou mais complicada.

No café da manhã, pude sentir que meu pai e minha mãe estavam tensos, depois dos últimos acontecimentos, receber o Lorde aqui na mansão já não parece ser prazeroso para eles. Já a minha tia Bellatrix parecia feliz e tranquila.

Eu sei que minha família pode ser eliminada a qualquer momento, mas eu não estou preocupado com isso no momento, meu único medo é que meu Harry… digo, Potter não consiga fugir por muito tempo.

Na hora do almoço o Lorde e seus Comensais chegaram e se acomodaram na enorme mesa que meu pai conjurou na sala de estar. Todos se acomodaram conforme seu nível de importância ao Lorde.

O clima estava muito tenso durante o almoço. Tudo que se podia ouvir era o som dos estalidos da lareira, na qual o fogo esverdeado queimava, e do tilintar dos talheres. Assim que terminamos de comer, Rabicho limpou a enorme mesa usando a varinha, e ficamos esperando o Lorde iniciar a reunião.

– Como todos sabem, agora que Dumbledore está morto é só uma questão de tempo até tomarmos o Ministério. E é sobre isso que trataremos na reunião de hoje. Mas eu gostaria de esperar mais alguns instantes, pois Snape e Yaxley ainda não chegaram. Enquanto isso, Rabicho, vá buscar nossa convidada para que possamos nos divertir um pouco.

– Sim, Milorde. Agora mesmo.

Rabicho saiu da sala apressado e poucos minutos depois voltou trazendo com sigo uma mulher loira. Assustei-me ao perceber que ela era uma das professoras de Hogwarts. Ela estava amarrada por várias cordas e com claros sinais de tortura. Rabicho a sustentava com um feitiço de Levitação.

– Ah… – disse o Lorde, e com a varinha fez com que a professora flutuasse até parar encima da mesa, onde ele a deixou girando no ar.

Alguns dos Comensais riram quando a ouviram chorar baixinho.

Logo Snape chegou acompanhado de Yaxley. O Lorde indicou seus lugares. Pude perceber que Snape mantinha uma expressão fria e sem vida.

A reunião começou com o tema que eu mais temia; Harry Potter.

– Milorde, a Ordem da Fênix pretende transferir Harry Potter do lugar seguro em que está, no sábado, ao anoitecer. – disse Snape.

Assisti a tudo em silêncio, vendo o Lorde e os Comensais combinando a emboscada de Harry. Meu coração estava apertado com a possibilidade de que Potter não consiga escapar dessa vez. E o pior é que eu não poderia fazer nada para ajudá-lo.

Logo o tema da conversa passou a ser o dia em que tomariam o Ministério. Eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, afinal o Lorde está cada vez mais poderoso. E mesmo não querendo, estou no meio de tudo isso. Minha vontade era fugir para o mais longe que pudesse levando Potter comigo, mas isso seria impossível.

Eu não conseguia prestar atenção na reunião, minha mente buscava desesperadamente uma forma de alertar Harry do perigo que corria. Quando dei por mim, o Lorde estava pegando a varinha do meu pai, dizendo que precisava dela para matar Harry, pois suas varinhas tinham núcleos gêmeos. Meu pai fez um movimento involuntário, parecendo pensar, por uma fração de segundos, que receberia a varinha do Lorde em troca da sua.

– Dar-lhe a minha varinha, Lúcio? Minha varinha? – caçoou Voldemort.

Alguns dos presentes riram.

– Dei-lhe a liberdade, Lúcio, não é o suficiente? Mas tenho notado que você e a sua família ultimamente parecem menos felizes… alguma coisa na minha presença em sua casa os incomoda, Lúcio?

– Nada… nada, Milorde. – gaguejou meu pai.

– Quanta mentira, Lúcio…

O Lorde se interrompeu, para sorte de meu pai, por que sua cobra enorme apareceu rastejando por debaixo da mesa. E logo minha tia Bellatrix fez questão de começar a dizer o quanto estava honrada com a presença do Lorde na casa de nossa família.

Eu desejava de todo o coração que Potter ganhasse essa guerra. Estava cansado de ver minha família sendo humilhada dessa forma a cada reunião que temos.

– Severo, me ajude! – disse a professora, que ainda flutuava e girava encima da mesa.

Snape, ainda inexpressível, encarou a professora, que chorava…

– Está reconhecendo nossa convidada, Severo? – indagou Voldemort.

– Ah, sim. – respondeu Snape.

– E você, Draco? – perguntou ele, agora se dirigindo a mim enquanto acariciava a cabeça da cobra.

Assenti, sentindo-me angustiado com a visão da mulher, que agora também me olhava. Fixei meus olhos nas minhas pernas, incapaz de encará-la.

– Para aqueles que não sabem, estamos reunidos aqui esta tarde para nos despedir de Caridade Burbage, que, até recentemente, lecionava na escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. – disse Voldemort – Não contente em corromper e poluir a mente das crianças bruxas, na semana passada a prof. Burbage escreveu uma apaixonada defesa aos sangues- ruins no Profeta Diário. Os bruxos, disse ela, devem aceitar esses ladrões do seu saber e magia. A diluição dos puros-sangues é, segundo Burbage, uma circunstância extremamente desejável… ela defende que todos casemos com trouxas… ou, sem dúvida, com lobisomens…

Eu sabia que o momento havia chegado. Senti um nó se formando em minha garganta, abaixei a cabeça o máximo que pude. Como poderia, Potter vencer alguém como ele? Será que ele realmente conseguiria?

– Avada Kedavra!

O corpo da professora de Estudo dos Trouxas caiu estrondosamente sobre a mesa, que estremeceu e estalou. Levei um susto tão grande que cai da cadeira, bem a tempo de ouvir o Lorde dizer algo como:

– Jantar, Nagini.

Duas horas depois do Lorde ter partido com os Comensais, me sentei em uma poltrona na biblioteca para pensar. Eu ainda podia ouvir o choro de Burbage em minha mente. Como Potter se safaria dessa? Eu preciso fazer alguma coisa.

– Jovem amo, o senhor tem uma visita. É a senhorita Greegrass, senhor. Tibbi a deixou esperando na sala de estar, meu senhor. – disse nosso elfo doméstico da porta da sala.

– Mande-a esperar.

Respirei fundo tentando me recompor. É a terceira visita da Astoria essa semana. Não sei por que ela gosta tanto de vir me visitar, mesmo sabendo que minha casa está sempre cheia de Comensais.

Fui até a sala e me sentei no sofá, sem a cumprimentar.

– Oi, Draco… – começou ela. – Nossa, o que houve?

– Não estou com bom humor. – falei, sem me importar em ser frio.

– E quando é que você está? – ela riu. – O que houve dessa vez? Brigou com a namoradinha misteriosa?

Definitivamente ela estava me tirando do sério.

– Não. Só estou com um problema, e não sei como resolvê-lo. – falei bruscamente – E antes que pergunte, não é da sua conta.

– Tudo bem! – falou ela erguendo as mãos em forma de rendição. – Só pensei que talvez eu pudesse ajudar.

Revirei os olhos. Ela sempre tenta me ajudar em tudo, sem eu nunca ter pedido nada. As vezes acho que o Chapéu Seletor errou, e que Astoria deveria ter ido para Grifinória.

– O.k., há uma coisa que preciso contar a um amigo meu o mais rápido possível, mas não sei como fazer isso!

– Muito simples. Vá até ele e diga.

– Acha que sou burro? Se eu soubesse aonde ele mora, já teria ido!

Agora foi a vez dela de revirar os olhos.

– Se você tiver algo como um fio de cabelo dele, ou se ele estiver com algo que lhe pertence, você poderia resolver este problema facilmente com um feitiço de localização.

– Ah, claro! E de onde, diabos você acha que eu arranjaria um fio de cabelo dele? E obviamente ele não está com nada que me.... Ah capa!

Pulei do sofá, e Astoria também se levantou com o susto.

– Você é um gênio, Astoria! – a abracei. A moça corou. – Tenho que ir.

Sai correndo da sala, sem nem ao menos deixá-la se despedir.

O feitiço foi mais fácil do que esperava, desaparatei e logo me vi parado em frente a uma casa trouxa. Olhei em volta e pude enxergar uma plaquinha na esquina que dizia “rua dos Alfeneiros”. Será que é aqui que ele está morando? Pensei que sua casa estaria cheia das piores proteções e que daria muito trabalho para achá-la.

Conclui que devia estar no lugar errado, quando me virei para sair vi algo que me chamou a atenção e fez meu coração parar por um segundo. Potter saia de dentro da casa caminhava tranquilamente até o jardim, onde se deitou na grama, relaxado.

Me abaixei atrás do muro para que ele não me visse. E permaneci ali, observando-o. Ele estava diferente, havia um certo brilho a sua volta, algo, sem dúvida, encantador. Sem mencionar as vestes trouxa que usava, que deixava sua silhueta sexy a mostra.

De repente um rapaz alto e gorducho sai de dentro da casa e anda lentamente em direção à Harry. Só de vê-lo eu soube que ele era um trouxa. Seus olhos azuis estavam vidrados em Potter, que permanecia no chão com os olhos fechados.

De repente senti que estava sendo observado, olhei de uma ponta da rua a outra.

Pulei de susto quando ouvi os gritos do Harry.

– VOCÊ ENLOUQUECEU? O QUE VOCÊ…?

Olhei de volta para o jardim, e vi que o trouxa gorducho estava encima do Potter tentando… beijá-lo!

Sem pensar, ou raciocinar de tanta raiva, pulei o muro apertando a varinha na mão. Aproximei-me a passos largos e a apontei direto para o peito do trouxa.

– Saia de perto dele, agora! – ordenei cego de ódio.

Os olhos de Harry se arregalaram e imediatamente encontraram os meus. Meu coração disparou ao olhar novamente para aquelas duas esmeraldas.

O trouxa olhou de mim para a varinha paralisado. Harry, que ainda estava sendo esmagado por ele, o empurrou para o lado e se levantou.

– Draco? O que você…? Como…?

– Eu precisava falar com você, Potter. – falei suspirando e relaxando um pouco a mão que apertava a varinha. – Acontece que…

– Draco? – perguntou o trouxa me interrompendo, ele havia se colocado de pé, mas sem tirar os olhos da varinha, que mesmo relaxada ainda mirava seu coração. – Esse é o Draco do seu sonho, Harry?

Olhei para Harry surpreso. Ele estava tão vermelho quanto um tomate, e abria e fechava aboca sem saber o que dizer.

Quer dizer então, que ele anda tendo sonhos comigo? Não pude deixar de sorrir. Vendo que o trouxa ainda aguardava uma resposta, decidi responder por ele.

– Claro que sou. – falei com superioridade, abaixando a varinha. – Quem não sonharia comigo depois de…

– Chega, Draco! – Harry me interrompeu percebendo o que eu ia falar. Seu rosto ainda mais vermelho. – O que é que você veio me falar?

Respirei fundo, vendo o quão sexy ele ficava assim corado. Droga! Eu realmente sou caso perdido, ficando excitado só com o fato dele corar!

– Eu vim alertar você sobre sábado à noite.

Os olhos dele se arregalaram novamente, e sua mão foi para o bolso da calça de onde ele retirou sua varinha de forma ameaçadora.

– Ei, vai com calma, Cicatriz, eu só vim tentar ajudar!

– Harry, ele não era seu amigo? Por que está apontando essa coisa para ele? – perguntou o trouxa, indicando que a coisa era a varinha.

Então, Potter havia dito que eu era um “amigo”? Não pude deixar de sorrir com a ideia que se passou pela minha cabeça.

– Ah, Potty, como pode dizer a ele que somos apenas amigos?

– O q-que…? Eu… – Harry gaguejou, corando novamente. O que só me estimulou a continuar com a brincadeira.

– Depois de tudo que houve naquela tarde, você diz que somos amigos? – falei me aproximando.

Ele parecia tão surpreso com minhas palavras, que abaixou a varinha sem nem parecer perceber.

Eu estou realmente adorando isso, e me segurando muito para não rir. Segurei seu queixo de forma firme e aproximei minha boca da sua, de modo que nossos lábios se rosaram levemente, mas não o beijei, permaneci assim.

– Vamos, Potty. Diga a ele o que nós somos… – rosei meu nariz no seu, e pude sentir seu hálito doce.

Pelo canto do olho, vi que o trouxa parecia estar numa mistura de ódio e choque.

– Nós...é....

– NÃO! NÃO TOQUE NELE! – gritou o trouxa, me empurrando com força.

Caí no chão, surpreso pela reação do gorducho. Depois me senti furioso. Como um trouxa imundo ousou me tocar?!

– DUDA, NÃO! – Harry gritou, quando o trouxa ousou avançar para tentar me socar.

Me levantei num pulo. Cego de ódio, apontei minha varinha para ele e gritei:

– CRUCI…

– NÃO! – Potter agarrou meu braço, abaixando-o antes que eu terminasse de pronunciar a maldição.

– Me solta, Potter! Eu vou matar esse trouxa imundo! – falei, tentando afastá-lo.

– Não, Draco, por favor! Eu sou menor de idade, se você usar magia aqui, o Ministério vai pensar que fui eu e vai ter uma desculpa para me prender!

Tentei me acalmar, pois não queria prejudicá-lo. Harry me soltou parecendo agradecido, mas nesse momento o trouxa, vendo que eu não ia usar magia veio para cima de novo. Soltei a varinha, fechei o punho, tomei impulso e o soquei com toda a minha força bem no meio de sua cara redonda.

– Ah! – exclamou ele, colocando as duas mãos sobre o nariz ensanguentado e aparentemente quebrado.

Esfregando meu punho dolorido, olhei para Harry que me encarava boquiaberto.

– Duda, é melhor você entrar. Preciso falar com o Draco sozinho.

– Eu não vou te deixar sozinho com ele!

– Qual é o seu problema Duda? Até ontem você nem falava comigo, e agora vem aqui, tenta me beijar e ainda fica com ciúmes do Draco? – Harry parecia extremamente frustrado e zangado. – Eu não sei o que diabos está havendo com você, mas se você não vai entrar, nós vamos.

Potter agarrou meu pulso e me puxou se dirigindo a casa. O trouxa ficou parado no mesmo lugar nos encarando até entrarmos.

A casa era extremamente limpa e continha vários objetos estranhos. Essa é a primeira vez que eu entro em uma casa trouxa. Fui guiado até as escadas que subimos e fomos à um dos quartos. Harry fechou a porta e respirou fundo.

Percebi que devíamos estar em seu quarto, pois havia um malão quase vazio em um canto. O lugar é tão pequeno e quase não tem móveis, eu realmente não imaginava que Potter vivesse em um lugar assim.

– Me lembre de agradecer sua amiguinha sangue-ru… a Granger, por ter me ensinado a socar como um trouxa. – falei rindo.

– Vai agradecer a Hermione por ter te socado no terceiro ano? Uau, mas quem diria algum dia você tiraria proveito do ensinamento gratuito que ela te deu. – ele riu também.

Ficamos alguns minutos em silêncio, nos encarando.

– Então? – disse ele por fim – O que queria me falar?

– Potter, o Lorde das Trevas descobriu sobre o plano da Ordem de te transferirem desse lugar, que ocorrerá sábado, ao anoitecer.

– Como? – disse ele franzindo a testa.

– Snape… – falei, ele fez uma careta ao ouvir o nome, mas ignorei. – Ele não disse quem foi que lhe deu a informação, mas ao que parece, há um traidor entre vocês.

Harry começou a andar de um lado para o outro, apreensivo.

– Por que você veio me avisar, Draco? De que lado você está?

Eu já temia que ele me fizesse esta pergunta.

– Eu vim por que não queria que você morresse, idiota! – brandei. – Não estou feliz com o lado em que estou, mas agora já é tarde para mudar de lado.

– Nunca é tarde, Draco. Lembre-se do que Dumbledore disse, nós poderíamos…

– Dá para deixar de ser um Grifinório idiota só por um segundo, e ficar agradecido por eu arriscar o meu pescoço e o da minha família só para tentar salvar sua pele?

Ele corou, parecendo envergonhado.

– Obrigado. – murmurou baixinho.

Seus olhos verdes e brilhantes se fixaram nos meus. Meu coração se acelerou novamente. Droga, será que agora vai ser sempre assim quando nos vermos? Sempre com esse desejo enorme de beijar essa boquinha rosada?

– Agora vamos para a parte interessante desta visita. – falei sorrindo.

– Draco, espera…

Coloquei minha mão em sua nuca e puxei sua boca contra a minha. Ele me empurrou.

– Quem disse que você poderia me beijar? – disse ele com raiva.

– Pensei que era isso que queria, assim pelo menos não vai precisar ficar ofegante e se segurar para não me agarrar.

– Eu estava sobre efeito de uma poção, idiota!

– Uma poção aliais, que por sinal te fazia fazer e dizer tudo o que você queria! Então não culpe apenas a poção, meu querido, porque ela só te deu coragem para fazer o que você já queria, porque eu sei que naquele dia você realmente queria me beijar! E eu também sei que quer me beijar agora!

Me aproximei para beijá-lo de novo, mas ele continuou me empurrando.

– Isso não está certo... você não deveria estar aqui.... Aliás, como encontrou esse lugar? E como conseguiu entrar aqui? Essa casa deveria me proteger de todos os perigos e....

Não pude deixar de rir do modo como ele parecia nervoso. Acariciei seu rosto já vermelho.

– Quer que eu responda suas perguntas, ou te beije? – perguntei.

– Responda. – respondeu sem exitar.

Resmunguei e dei um passo para trás. Definitivamente o Potter é muito mais fácil de lidar quando está sobre o efeito da tal poção estimulante.

– Encontrei essa casa por que fiz um feitiço para localizar minha capa que está com você. E sobre como consegui entrar aqui, bom eu tenho um palpite. Essa casa deve te proteger de tudo que te ameace, mas como eu vim com a intenção de te ajudar e não de te ferir, o feitiço não me viu como uma ameaça para você, por isso pude entrar tranquilamente.

Potter pensou por alguns instantes.

– Eu preciso lhe devolver a capa. – disse ele por fim.

– Não, deixe que ela fique com você, Potter. Assim sempre poderei te encontrar quando quiser.

– E se eu não quiser ser encontrado? – perguntou ele abaixando a cabeça.

Coloquei meu dedo em seu queixo novamente, e o fiz olhar para mim.

– É só você me dizer que eu te deixo em paz. – murmurei com sinceridade.

– Porque você iria querer encontrar alguém que você não gosta? – perguntou ele, mais uma vez fixando aqueles olhos lindos nos meus.

– Acha que eu não gosto de você?

– Você nunca disse que gostava de mim, mesmo que eu já tenha dito que te amo.

Senti uma onda familiar de felicidade me invadir. Potter disse que me ama de novo, mas agora sem estar sobre efeito de nenhuma poção.

– Você acha que eu arriscaria minha belíssima pele, para salvar alguém que eu não goste?

– Então… você gosta de mim? Mesmo eu sendo um homem?

– Uau Potter, o que os Grifinórios têm de coragem também tem de lerdeza. É obvio que eu gosto de você, apesar de ter descoberto isso há pouco tempo. E o fato de você ser um homem é irrelevante.

Ele sorriu, parecendo sem graça.

– Acabaram-se as perguntas? – perguntei esperançoso.

– Sim…

– Ótimo.

Voltei a unir nossas bocas. Ele tentou lutar e me empurrar, mas acabou cedendo com um gemido quando nossas línguas se tocaram. Nossos lábios se moveram juntos, num beijo calmo e sereno.

A sensação de beijar seus lábios mornos e macios, para mim era a melhor do mundo. Sensação que cheguei a pensar que nunca mais sentiria, mas que agora eu sei que quero sentir sempre.

 

Pov Draco Off


Notas Finais


Espero que o capítulo tenha agradado e tirado algumas duvidas.
Eu queria dizer a vocês que estou muito feliz com os comentários ^^
Se deixarem bastante comentários eu prometo tentar postar o próximo mais cedo ^^
Obrigado por lerem !
Beijinhos <3


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