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História Relíquia do Amor - O segredo quase revelado e a traição do Comensal


Escrita por: DaianeSales

Notas do Autor


Olá ^^
Eu havia planejado postar esse capitulo dois dias atrás, mas tive uns probleminhas e não deu.
Queria avisar vocês que não tive tempo para revisar então desculpe se over alguns erros !

Boa leitura!

P.S: Para aqueles que não sabem, sidecar é o nome daquele carrinho para passageiro, que fica na moto do Hagrid.

Capítulo 5 - O segredo quase revelado e a traição do Comensal


Fanfic / Fanfiction Relíquia do Amor - O segredo quase revelado e a traição do Comensal

Pov Harry On

 

Beijar Draco fazia meu coração se descontrolar. Minhas mãos estão em sua nuca puxando-o para mim. Suas mãos apertão meu quadril contra o dele. Só nos separamos para tomar folego.

Eu tentei resistir a ele, mas como resistir quando meu corpo o quer tanto? Tudo nele me atrai, é como um ímã. E eu não tenho mais a desculpa de estar sobre o efeito daquela poção, pois dessa vez estou sobre total controle dos meus atos, ou quase total, já que beijá-lo me deixa tão desnorteado.

Ele levou sua boca ao meu pescoço, beijando-o e chupando-o, o que me causou grandes arrepios, e me fez ter certeza de que ficariam marcas. Lentamente ele foi me empurrando para trás até alcançar a cama, onde me deitou e subiu encima de mim. Sua boca fria e macia se movendo contra a minha, permitindo com que eu pudesse me deliciar com seu gosto, seu cheiro e a cima de tudo seu calor que me tiravam o folego. Deixei que ele se encaixasse por entre as minhas pernas e pude sentir sua ereção contra a minha. Enquanto tomava folego, levei minha boca ao seu pescoço distribuindo leves beijos por sua pele alva, cujo o cheiro me embriagava. Suas mãos foram para a barrinha da minha camiseta e começaram a levantá-la, deslizaram pela minha barriga e…

Senti um enjoo muito forte, tão forte que quase vomitei encima dele. Em um movimento rápido, coloquei uma de minhas mãos na boca, e usei a outra para empurrá-lo bruscamente para o lado. Corri para o banheiro e por pouco não consegui alcançar o vaso sanitário. Vomitei vorazmente. Droga! E eu achando que aquele chá que Duda me deu havia funcionado.

Vi que Draco havia me seguido e estava parado na soleira da porta me observando com um olhar preocupado. Quis pedir que ele se retirasse, pois não me agradava a ideia de que o homem que eu estava beijando há um minuto, me visse vomitando, mas só consegui vomitar mais. Parecia até que eu havia comido uma das Vomitilhas de Fred e Jorge.

Quando finalmente o enjoo passou, fui até a pia lavar minha boca e escovar meus dentes. E só então me virei para Draco, cujo olhar continuava preocupado.

– Desculpe por isso. – murmurei constrangido.

– Por que está se desculpando?

– Não queria que tivesse me visto… assim.

Ele revirou os olhos.

– Não seja idiota, todo mundo passa mal. – disse ele, vindo até mim e segurando meu rosto com delicadeza. Senti minhas bochechas arderem. – Você está doente ou só não gostou do meu beijo?

– É deve ser o seu beijo, com certeza. – falei brincando, ele revirou os olhos quando eu me inclinei dando um beijo na sua bochecha.

– Tá, fala sério, Potter, qual é o problema?

– Eu não sei, acho que devo ter comido algo estragado. Não deve ser nada, não se preocupe.

– Ah, então se cuida, cicatriz. Você não pode ficar doente agora que estamos em guerra. Assim você facilita para o Lorde das Trevas. – disse ele, voltando a beijar meu pescoço.

Não pude deixar de rir, por ele fazer isso sem ao menos sair do banheiro.

– Ei moleque, venha até aqui! – tio Válter gritou lá de baixo.

– Tava demorando… – suspirei.

– Quem é? – perguntou Draco, já levando a mão ao bolço aonde estava sua varinha.

– Meu tio. Ele deve estar irritado pelo fato do nariz do filho dele ter sido esmagado por seu punho. Provavelmente vai me dar uma bronca.

– Oh, sinto muito, é culpa minha.

– Está tudo bem, não se preocupe. Eu sei como lidar com ele, mas antes…

Corri de volta ao meu quarto e apanhei minha capa da invisibilidade.

– Vem, se cubra com isso. Meus tios não sabem que você está aqui, e já anoiteceu, você, com certeza, não vai querer ser visto saindo.

– MOLEQUE!

– Já vou! – gritei de volta, depois sussurrei. – Vem Draco.

Ele entrou em baixo da capa e sumiu. Presumi que estivesse me seguindo, então desci e me dirigi a sala de estar.

Meu tio andava de um lado para o outro, estava vermelho, o que indica claramente que está zangado. Duda estava sentado no sofá com os olhos um pouco inchados e segurando um pano ensanguentado sobre o nariz, enquanto tia Petúnia lhe acariciava os cabelos.

– O que você fez com meu filho? – brandou assim que me viu.

– Nada. – respondi sinceramente.

– ENTÃO COMO DIABOS, PODE ME EXPLICAR O NARIZ ENSANGUENTADO DELE?! – berrou tio Válter, me fazendo querer tapar os ouvidos. – Você não ousou usar essa coisa nele, não é..?

– Não foi ele. – disse Duda de repente. – Eu já disse que foi outra pessoa.

– Quem foi então, Duduzinho? – perguntou tia Petúnia, ainda lhe acariciando os cabelos.

Escutei um barulho baixo de alguém engasgando tentando não rir. Draco deve estar do meu lado.

– Foi… – ele me encarou por um momento. Respirei fundo, tenho certeza que ele vai me dedurar. – outra pessoa. Um cara na rua.

– Espera que eu acredite nisso? – exclamou tio Válter. – Fele a verdade, filho, ele não pode fazer nada contra você aqui.

– Eu já disse que não foi ele. Harry é inocente, sempre foi… Era eu quem sempre batia nele e…

– O QUE DIABOS VOCÊ FEZ COM MEU FILHO?! – berrou meu tio novamente, me tirando do meu estado de choque.

– O senhor ouviu o Duda, eu não fiz nada! – falei começando a me irritar.

– É exatamente por isso que acho que você fez! Duda jamais te defenderia em seu estado normal! É por isso que tenho certeza que você fez algo a ele!

Dessa vez, tenho que reconhecer que tio Válter tem razão. Duda não parece nada normal. Eu diria que ele está enfeitiçado se não soubesse que isso é impossível.

– Por mais que o senhor tenha razão sobre o comportamento anormal de Duda, eu não fiz nada para ele. Você sabe perfeitamente bem que ainda não posso usar magia fora da escola. Isso só atrairia os seguidores de Voldemort até mim! – falei, minha raiva aumentando. – E se eu fosse o senhor, em vez de ficar preocupado com as briguinhas do seu filho, eu começaria a me preocupar mais com a vida dele, e repensaria aquela proposta de proteção que a Ordem lhes ofereceu!

– Eu não vou repensar sobre me mudar com gente da sua laia, só por que você tem problemas com esse maluco Vol-sei lá do quê! – exclamou meu tio.

– ÓTIMO, ENTÃO DA PRÓXIMA VEZ É BOM O SENHOR IR SE PREPARANDO, POR QUE VAI SER REALMENTE MUITA SORTE SE SEU FILHINHO VOLTAR SÓ COM O NARIZ QUEBRADO, E VIVO PARA CONTAR A HISTÓRIA! – gritei perdendo de vez a paciência. O abajur que estava encima da mesinha ao meu lado explodiu.

Pude ouvir a exclamação de susto do Malfoy, mas o choque dos outros na sala foi tão grande que somente eu pareceu escutar.

Andei em direção a porta da frente e a abri, me virei fingindo encará-los com raiva, para dar tempo de Draco sair, depois me retirei batendo a porta e andei até o jardim.

– Uau, essa é a primeira vez que vejo pessoas de uma mesma família berrarem tanto. – comentou Draco retirando a capa e me entregando, assim que nos escondemos na sombra de baixo da árvore. – Nem os Comensais que vão até a minha casa gritam tanto.

– Eu já estou acostumado. – falei dando de ombros. – Ah, e me desculpe pelo susto do abajur.

– Você deve ser muito poderoso para explodir um abajur daquele jeito, só com sua raiva. Eu não me assustei, só fiquei impressionado.

– Já aconteceram coisas assim antes. A vez mais interessante foi quando fiz minha tia Guida virar um balão e sair voando pela província. – contei sorrindo.

– É isso deve realmente ter sido interessante. – falou ele se aproximando e envolvendo meu quadril com os braços. – Mas seria muito mais interessante se em vez de sair voando, ela explodisse e… não me olha assim, eu só estou brincando.

– Era de se esperar esse tipo de brincadeira vindo de um Sonserino. – provoquei.

– Assim como era de se esperar que um Grifinório apelasse. – retrucou ele, sorrindo de forma encantadora. Ele se aproximou e beijou meus lábios lentamente. – Eu preciso ir.

Se afastou um pouco, depois se virou e disse.

– Ei, cicatriz, eu esqueci de perguntar. Você por algum acaso contou a alguém sobre nossa “brincadeirinha” na floresta?

Corei violentamente. Droga! Por que sempre tenho que corar?

– Não. Não acho que eles reagiriam bem ao saber. – respondi. – E acho que não preciso nem perguntar, por que tenho certeza que você não contou a ninguém, não é?

– Acertou, Potter. – disse ele sorrindo, e então ficou sério. – E lembre-se, há uma emboscada para você no sábado a noite, então esteja preparado.

Dito isso, ele deu dois passos e Aparatou. Fiquei alguns minutos ali, olhando o vazio ainda sem acreditar que ele havia mesmo vindo me alertar, e que ele realmente gosta de mim e…

Senti uma sensação estranha, como se alguém estivesse me observando. Olhei em volta mais não vi nada, então voltei para dentro de casa. Sem dar atenção aos Dursley, fui direto ao meu quarto, e me atirei na minha cama. Suspirei ao sentir o perfume de Draco que havia ficado no ar, e fiquei ali tentando absolver tudo o que havia acontecido.

 

Dois dias após a visita de Draco, já era sábado. Eu havia pensado em enviar uma carta através de Edwiges, para contar a Ordem sobre o conhecimento do Lorde para com nossos planos, mas então me lembre que o correio coruja já não é mais seguro.

E o pior é que eu ainda estou tendo problemas com meus tios, que sempre que arrumam as malas convencidos a irem com a Ordem, acabam mudando de ideia. Sem contar que Duda agora me olha de forma estranha. Tio Válter ignorava todos os indícios de que seu único filho, que para eles era considerado “perfeito”, estava tendo uma queda por mim. Haviam visto Duda me perseguindo mais de uma vez, mas fingiam ignorar, talvez por que temessem a verdade. Mas é claro que isso me trazia alguns benefícios, por que Duda também deu para aparecer na porta do meu quarto com chá sempre que me vê vomitando, o que tem ocorrido com muita frequência. É claro que já estou convencido de que o problema não era algo que comi e que devo estar doente, mas não estou preocupado com isso no momento.

Estou aqui, mais uma vez conferindo tudo que vou levar comigo. É difícil pensar que tenho uma jornada pela frente, e que esta determinará o futuro do mundo bruxo. Além dessa preocupação, ainda fico apreensivo por que sei que Draco correrá um perigo imenso se descobrirem sobre sua visita.

Meus pesadelos com Voldemort matando-o me atormentam sempre que durmo.

– Ei, você!

Dezesseis anos ouvindo esse chamado, me permitiu saber que era comigo que tio Válter falava. Eu estava distraído contemplando o caco do espelho que Sirius havia me dado, e que por uma fração de segundos tive certeza de ter refletido o olho de Dumbledore. Somente quando meu tio gritou “MOLEQUE”, que me levantei e me dirigi a sala de estar.

– E vem se arrastando! – urrou meu tio quando me viu entrando na sala.

Encarei os Dursley com as minhas mãos no bolço, e percebi que os três trajavam roupas de viajem.

– Pois não? – falei.

– Sente-se! – ordenou tio Válter. Olhei para ele com as sobrancelhas erguidas. – Por favor. – acrescentou.

Me sentei, já esperando a mesma conversa de sempre.

– Mudei de ideia.

– Que surpresa. – comentei suspirando.

Começamos mais uma discussão. Estou cansado dessa mesma conversa. Tio Válter tem mudado de ideia a cada vinte e quatro horas nas últimas quatro semanas.

– Esses acidentes não são acidentes, as colisões, explosões, descarrilamentos e o que mais tenha acontecido desde a última vez que o senhor viu o telejornal. – falei perdendo a paciência novamente, tentando acabar com a discussão. – As pessoas estão desaparecendo e morrendo e é ele quem está por trás de tudo: Voldemort. Já lhe disse isso muitas vezes, ele mata trouxas para se divertir. Até os nevoeiros: são causados por dementadores, e se o senhor não lembra quem são, pergunte ao seu filho!

Percebi que Duda me olhava de forma estranha novamente, mas quando ouviu o que eu disse empalideceu.

– Tem… mais daqueles? – perguntou.

– Mais? – não pude deixar de rir. – Você quer dizer mais do que os dois que nos atacaram naquela vez? Claro que tem, tem centenas, talvez milhares a essa altura, uma vez que se alimentam do medo e do desespero…

– Está bem, está bem – trovejou tio Válter. – Você me convenceu…

Expliquei a eles que era melhor assim, pois seria mais seguro a eles. Houve um breve silêncio. Tia petúnia encarava o tio Válter, e Duda ainda me olhava de forma estranha.

O que há de errado com esse cara?

– E o meu trabalho? E a escola de Duda? Suponho que essas coisas não tenham importância para um bando de bruxos vagabundos…

– Será que o senhor não compreende? – gritei – Eles torturarão e matarão vocês como fizeram com meus pais!

– Pai – disse Duda ainda me encarando. – Eu vou com esse pessoal da Ordem.

Me senti aliviado, pois sabia que a batalha estava ganha, se Duda concordou em ir, os pais o acompanhariam, pois separar-se de Duda estava fora de questão para eles.

Alguns minutos depois Héstia Jones e Dédalo Diggle chegaram para levá-los. Eles foram sem rodeios, exceto por Duda, que quando percebeu que eu não ia com eles, fez o maior escândalo e teve de ser arrastado para fora da casa.

Logo chegaram as pessoas que se voluntariaram para ajudar em minha transferência: Rony, Hermione, Fred e Jorge, o sr. Weasley, Olho-Tonto, Tonks, Lupin, Fleur, Kingsley, Hagrid e Mundungo Fletcher.

Cumprimentei a todos, descobri algumas novidades, mas o que eu precisava mesmo era conversar com Moody e lhe contar o que eu sabia sobre a emboscada. E obviamente não poderia ser na frente de todos.

– Posso falar com você em particular antes que me conte o plano? – perguntei a ele, o interrompendo quando ele fala sem parar sobre os problemas de minha transferência por eu ser menor de idade.

– Pode sim, Potter, mas seja breve, não temos muito tempo.

Caminhamos até um outro cômodo antes deu começar a dizer.

– Há uma emboscada esperando por nós. – falei sem rodeios. – Você-Sabe-Quem descobriu sobre minha transferência e…

– Como sabe disso, Potter? – me interrompeu.

Eu já esperava esta pergunta, mas não poderia lhe contar a verdade.

– Eu descobri… Um amigo me contou…

– Um amigo Potter? Pelo que sabemos você não sai dessa casa a quatro semanas, e não tem conversado com ninguém pelo correio coruja por conta da falta de segurança.

Tudo bem, eu não havia pensado nisso. Não pude deixar de notar que ele me encarava de um jeito desconfiado, como se soubesse de alguma coisa.

– Não importa que amigo seja, o que importa é que há uma emboscada e nós…

– Realmente não importa que amigo seja, Potter? – perguntou ele. – Será que você deve confiar nesse amigo?

Fiquei encarando-o sem saber o que dizer. Mas será que ele está certo? Será que posso realmente confiar em Draco? Afinal ele continua sendo um Comensal da Morte, mesmo que de repente esteja interessado em mim.

– Sabe Potter, há um assunto mais importante que temos que tratar, eu ia contar quando chegássemos n ' A Toca, mas talvez seja melhor lhe dizer aqui.

– O que…?

– Sabe, acho que a Ordem gostaria de saber, que enquanto estão arriscando suas vidas para protegê-lo, você está se entregando de bom grado aos braços de um Comensal da Morte!

Me senti gelar por inteiro. Ele sabe!

– Como você…?

– Não me tome como um tolo, Harry Potter! – brandou ele. – Acha que deixaríamos sua casa desprotegida, sem ninguém para vigiar?

O encarei em choque, sem consegui responder. Se ele estava vigiando a casa significa que ele viu…tudo?

– Sei perfeitamente de seu precioso visitante dessa semana. – disse ele, parecendo ler meus pensamentos. – Eu estava de vigia e vi tudo, muito mais do que imagina. Tenho de admitir que estou surpreso, jamais imaginaria que você se envolveria com um Comensal da Morte.

– Eu… é… Eu… – gaguejei sem saber o que dizer.

– Guarde suas explicações para dar a todos quando chegarmos A Toca! Agora vamos, não temos muito tempo.

Ele voltou a sala. Fiquei alguns segundos parado ali em choque, mas logo me forcei a ir atrás dele.

Agora sim é o fim. A Ordem da Fênix inteira saberá sobre meu envolvimento com Draco, e não quero nem imaginar qual será a reação de todos. Só de olhar nos olhos de Moody, já deu para ter uma ideia clara da decepção que haverá por trás dos olhos de todos que me protegeram nos últimos anos, e que para mim são como minha família.

Não quero nem pensar no que Rony dirá, afinal eu namorava sua irmã até pouco tempo atrás, sem contar que ele detesta o Draco. Tenho certeza de que há uma grande chance de perder meu melhor amigo simplesmente por ter beijado o loiro. Sei que Hermione pode ser mais compreensiva, mas isso também não me consola.

E também sei que não há nada que eu diga agora, que fará com que Moody mude de ideia sobre contar a todos.

Mas por que exatamente estou com tanto medo? Foram só beijos, não é como se eles fossem descobrir sobre o que houve naquele dia na floresta. Não há a menor chance de Olho-Tonto saber disso. Quando descobrirem dos beijos eu posso inventar uma desculpa qualquer. Draco não ficaria chateado por isso, afinal não somos namorados. Ou será que somos?

Fui tirado de meus devaneios quando alguém puxou alguns fios do meu cabelo me assustando com a dor do ato repentino. Pelo que pude entender do plano, Fred, Jorge, Rony, Hermione, Fleur e Mundungo, tomariam a poção Polissuco para se transformarem fisicamente em mim, e assim confundir os Comensais caso aja uma emboscada. O que sei que haverá. Isso me fez perceber, que mesmo com raiva da minha traição, Olho-Tonto tinha ouvido o alerta de Draco. Obviamente detestei o plano, mas estou tão preocupado com a revelção do meu segredo, que não discuti.

Sabia que Rony e Hermione me encaravam, notando claramente que há algo errado, mas não dei atenção. Não quero ter que explicar nada a eles agora.

Logo todos já eram réplicas perfeitas de “Harry Potter”.

Quando todos os Harrys, inclusive eu, já se encontravam vestidos com roupas iguais, saímos para o jardim dos fundos. É claro que não antes de Hermione comentar em voz alta, sobre as recentes marcas de “alergia” que eu tinha em meu pescoço, e que, para piorar a minha situação, havia aparecido em todos os Harrys. Tenho certeza de que ainda estou corando, mesmo aqui no jardim escuro. Por sorte ninguém além da garota comentou sobre o fato, apenas senti o olho de Olho-Tonto em mim por alguns segundos.

Me sentir um pouco humilhado por ter que ir no sidecar da moto que Hagrid pilotaria, mas subi sem reclamar, afinal os Comensais certamente esperariam me encontrar em uma vassoura.

– Boa sorte a todos! – gritou Moody. – Vejo vocês dentro de uma meia hora n' A Toca. Quando eu contar três. Um… dois… TRÊS.

Levantamos voo. Cada vez mais alto. Foi tudo tão rápido, e então, de repente estávamos cercados. Haviam clarões verdes para todos os lados.

Draco estava certo, havia mesmo uma emboscada.

Gritei de dor quando um dos clarões verdes acertou Edwiges que piou e caiu no chão da gaiola. Mas já era tarde para ajudar a coruja.

Pedi a Hagrid para voltarmos e ajudar os outros, mas ele não me deu ouvidos. E tudo se tornou a maior confusão. O sidecar sacudia, enquanto eu azarava vários Comensais que nos perseguiam. Hagrid apertou um botão da moto que soltou uma trilha mortífera de chamas encima dos Comensais, e que fez com que o sidecar começasse a estralar.

Desesperado, usei o feitiço Reparo, o que foi um grande erro já que houve um estampido ensurdecedor e o sidecar se soltou por completo da moto. Pensando rápido, mantive-me no ar usando um feitiço de levitação até que Hagrid me alcançou e me puxou para a garupa da moto.

A batalha continuou, até que o vi. Voldemort vinha voando como fumaça negra em nossa direção. Hagrid urrou amedrontado, enquanto eu estuporava quem pudesse acertar.

Minha cicatriz se encontrava queimando feito fogo. Vários jatos de luz verde passavam perto de nossas cabeças. Senti que poderia morrer a qualquer minuto.

Um Comensal montado em uma vassoura apontou a varinha para mim. Não havia escapatória…

– NÃO!

Gritando furioso, Hagrid se atirou encima do Comensal e por conta do peso excessivo para a vassoura, os dois cairão e sumiram na escuridão.

A moto começou a cair. Vi Voldemort voando ao meu lado e apontando a varinha para mim.

Avada Ke… Não! – gritou ele.

Pude ouvi-lo pedindo a varinha de outro Comensal ao mesmo tempo que meu corpo escorregava pela lateral da moto.

Eu estava caindo. Então era esse o fim? Não estou com medo, só me sinto um fracassado por morrer de forma tão ridícula, quando deveria estar em uma guerra. Tudo aconteceu em uma fração de segundos. Fechei meus olhos sentindo o vento gelado queimar minha pele enquanto eu caia em alta velocidade. Minha mente me fez lembrar dos olhos azuis encinzentados de um certo loiro aguado que eu não deveria gostar… Braços fortes me agarraram com firmeza. Abri meus olhos e vi que eu não caia mais. Percebi que estava sobre uma vassoura e que alguém me abraçava com força enquanto voava em alta velocidade. Olhei para cima querendo ver quem me salvara, e quase cai da vassoura com o susto, quando notei a figura encapuçada.

Um Comensal da Morte! Merda, ele vai querer me entregar a Voldemort!

Desesperado, tentei erguer o braço para lançar um feitiço, mas os braços do Comensal me prendiam. Então fiz a única coisa que me veio a cabeça; me debati e tentei dar murros.

– Me solte, maldito…! Seu… – berrei me debatendo mais.

– Dá para parar, Potter?! – falou a figura encapuçada, com uma voz que eu reconheceria em qualquer lugar. Imobilizei-me imediatamente ao perceber quem era o Comensal. – Mas que bosta! Eu avisei você sobre a emboscada! Se eu não chegasse a tempo você teria…

– Olho-Tonto sabe sobre sua visita! Ele estava vigiando a casa naquele dia e te ouviu contar sobre a emboscada! – falei me aconchegando em seu peito, sem me importar aonde estávamos indo.

– Eu sabia que havia alguém me observando! Droga, isso é um problema!

– Draco, Voldemort estava me seguindo! – exclamei. – E se ele tiver te visto me salvando?

Como eu sou idiota por estar feliz em vê-lo! Draco pode acabar morto por minha causa!

– Ele pode até ter visto, mas não poderia dizer com precisão quem eu sou. Afinal estamos todos mascarados.

De repente ele parou flutuando em um lugar escuro.

– Aqui tem uma proteção que não posso penetrar. Deve ser aqui o local protegido que te trariam. É melhor você pular.

Olhei para ele. Posso ver claramente seus olhos brilhantes através da máscara.

– Como sabia qual Harry era o Harry certo? – perguntei.

– Simples, você era o único Harry que tem um brilho encantador a sua volta. É um brilho um pouco fraco, e pelo que parece, só eu pude ver. – disse ele. – Pule logo, Harry, não temos muito tempo.

Será que ele está maluco? Tenho certeza de que não há brilho algum a minha volta. E se há, por que só ele poderia vê-lo? Eu ia comentar sobre isso, mas me lembrei de uma outra dúvida que eu precisava tirar.

– O que somos agora, Daco? Poderíamos dizer que somos amigos, mas amigos não se beijão, então…

– Pelas barbas de Merlim, você realmente quer morrer e vai acabar me levando com você! – exclamou. – Não sei, Potter. Devido a nossa situação, acho que não faz muita diferença! Não pensei em um termo para descrever o que somos agora: Amigos coloridos? Amantes? Namorados…? Sei lá! Agora, por Merlim, dá para pular?

Sorri para o último termo. Pensar em ser namorado dele me faz querer beijá-lo aqui. Droga! Devo ter enlouquecido de vez por querer beijá-lo nessa situação.

– Prefiro o último termo! – falei sorrindo. Tenho certeza que ele revirou os olhos. – Tá, já vou pular! E obrigado por arriscar sua vida para me salvar.

– Como se fosse a primeira vez. – bufou. – Agora pula!

Levei minha mão a máscara que ele usava e a ergui de forma que só sua boca rosada ficasse exposta. Levei meus lábios até os dele. Foi um beijo rápido, mas pude jurar que ele estava ofegante quando pulei.

 

Ao acordar me encontrei com Hagrid, que por sorte estava vivo. Vi que estava na casa dos pais de Tonks. Logo usamos a Chave de Portal para A Toca, onde fomos recebidos pela sra. Weasley e a Gina.

Aos poucos os outros foram chegando. Lupin trazia Jorge ferido, pois havia perdido orelha, o que só me fez sentir mais culpado. Logo estavam todos ali.

Foi um choque para todos quando Gui contou que Olho-Tonto estava morto. Senti-me péssimo e culpado. Eu não me importaria mais se ele revelasse meu segredo, contanto que estivesse vivo.

Depois de alguns minutos, todos já haviam esclarecido o que ocorrera durante a minha transferência. Contei tudo o que havia acontecido, mas ocultei a parte em que Draco me salvou.

Minha cicatriz começou a doer e me incomodar. Sai dizendo que ia tomar ar fresco.

Quando a dor atingiu o auge, apertei a cicatriz e fechei os olhos.

Eu era Voltemort.

Estava torturando Olivaras.

– Você mentiu para Lord Voldemort, Olivaras! A varinha de Lúcio foi destruída!

– Juro que não… Acreditei que uma varinha diferente funcionaria…

– Mentiras… – disse o Lorde torturando o velho mais um pouco. – Volto para terminar essa conversa depois. Tenho outra pessoa que precisa de um castigo.

Dito isso, ele se virou e saiu. Andou por um corredor. Queria colocar as mãos no maldito traidor! Tinha que descobrir quem era.

Adentrou a sala de estar, onde todos os Comensais sobreviventes aguardavam. Ainda trajavam suas vestes negras, mas já não usavam mais as máscaras.

Assim que viram o Lorde todos se calaram.

– Digam, quem foi? – disse ele furioso. – Crucio!

Dolohov caiu se contorcendo de dor. Os outros observavam em silêncio.

– N-não s-sabemos… Milorde… – gaguejou Dolohov quando a tortura parou.

– Um de vocês ajudou Potter a escapar. – falou o Lorde andando de um lado para o outro e fitando cada rosto presente. – EU QUERO SABER QUEM FOI, SE NÃO TODOS VOCÊS PAGARÃO! Crucio!

Outro Comensal caiu se contorcendo. Em seguida outro, e mais outro. Todos jurando não saber quem o havia traído.

De repente seu olhar se fixou em Draco, pois era um dos poucos na sala, cuja a mente permanecia impenetrável.

– Foi você Draco? – perguntou. Sua fúria crescendo devido a face amedrontada do menino.

– N-não M-Milorde… eu jamais…

– Crucio! – berrou Voldemort.

Draco caiu se contorcendo, mas sua mente continuava fechada, o que só irritou mais o Lorde. Sabia que não poderia ter sido o menino, pois este sempre foi inimigo de Potter e um completo covarde, mas sua raiva era tão grande que não se importou. Descobriria qual de seus comensais o havia traído… Apontou a varinha novamente para Dolohov que voltou a cair gritando… E quando descobrisse quem é o maldito traidor o mataria lentamente… Apontou a varinha para outro Comensal que também caiu berrando… Mas enquanto isso não acontece todos vão pagar por ele…

– Ahhhhhhhhhhhhh! – berrou Draco se contorcendo novamente.

 

– Harry?! – gritou Hermione ao meu lado, juntamente de Rony.

Eu me apoiava no portão. Tinha certeza que eu havia gritado, pois os dois me fitavam apavorados.

– É Você-Sabe-Quem? – perguntou Rony. Senti um enjoo muito forte. – Você o viu matando alguém?

– Não! Ele não vai… matá-lo! – gritei.

A aginia me invadiu e caí de joelhos. Minha cicatriz queimava e eu sabia que ele estava torturando Draco. Senti uma angustia tão grande que mal pude respirar. Coloquei minhas mãos aos lados de minha cabeça num ato desesperado. Senti as lágrimas escorrerem por meu rosto.

É tudo culpa minha! Olho-Tonto morreu, Jorge perdeu a orelha e Draco teve que me salvar de novo, e agora está sendo torturado!

Comecei a me sentir tonto…

– Harry? O que houve? – Mione perguntou, se abaixando ao meu lado.

– Ele está… torturando… ele! É tudo… minha culpa!

Senti que algo se descontrolava dentro de mim. Não conseguia mais falar. Minha visão se escureceu e eu perdi a consciência. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Se tiver bastante comentários prometo tentar postar mais cedo!
Beijinhos <3


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