História Relíquias do Olimpo - "Não aguento mais..."

Me sentei em uma mesa com Josh, Nicolas e Helena.

Realmente, estava péssimo ficar perto de Josh e Helena, sem querer ofender mas...ELES SÃO MUITO MELOSOS!

Eu olhava para Nicolas que já sabia o que significava aquele olhar, 'Vamos sair daqui porque não aguento mais isso!'.

_Que tal se formos dançar? - Nicolas me convidou.

Assenti com a cabeça, Helena me olhou com um olhar de 'Aproveita'.

A dança começou a ficar lenta, sempre preferia músicas agitadas, mas aquela estava perfeita!

Aquele momento estava ficando perfeito, até que alguém estraga!

_Que bom que achamos vocês! - disse um garoto e uma garota que eu desconhecia para nós.

_Desculpa... - murmurei - Mas acho que isso daqui é um engano, olha, eu não conheço vocês e...

_Temos de sair daqui! - falava o garoto - Tem alguém nos seguindo! - ele retirou algo do bolso de sua calça, ESPERA! AQUILO ERA UMA ADAGA?

_HEY! SABE QUE NÃO PODE USAR ADAGAS AQUI?! - exclamei.

_Katy - se pronunciou a garota - Eu sou a Lis, filha de Poseidon e este é o Guilherme, filho de Apolo e...

_Espera - disse - Tipo, deuses gregos?? Olha, acho que você não sabe ou deve ir para um hospício porque essa coisa de deuses gregos não existem!

_Existe sim - disse Guilherme - Você é uma filha de Hades e o Nicolas é um filho de Apolo, ele é meu irmão!

Olhei para Nicolas que parecia não entender nada daquilo também, virei meu olhar para os outros dois malucos que falavam com a gente.

_Olha, já que vocês são ''semideuses'' - dei ênfase nos semideuses e fiz as aspas com as mãos e continuei falando - faz assim, quando conseguirem mesmo provar que os deuses existem, vocês me chamam novamente e...

Parei de falar após ter recebido uma mensagem, no nome do contato estava 'Mãe', li a mensagem dizia que eles estavam na minha casa.

Soltei da mão de Nicolas e corri para fora, cheguei lá fora e vi dois homens em preto, um deles apontava para mim, possuíam adagas mas que continha um símbolo, não dava para ver direito como era o símbolo, mas eles estavam correndo em minha direção.

Olhei para dentro, aquela garota e aquele garoto corriam em minha direção, olhei para o lado contrário dos homens, estava vazio, ótimo!

Comecei a correr do lado contrário que os homens estavam e adentrei em uma que estava deserta, era para estar deserta, mas vejo um livro, ele brilhava, ele atraí-a qualquer pessoa para perto dele, estava ficando cada vez mais perto dele, e aqueles dois homens já não estavam mais me seguindo.

Cheguei perto do livro, me agachei e encostei na capa dele.

_Será mesmo que você deve ver este livro? - perguntou uma mulher que apareceu ali de repente.

_Como assim? Quem é você? - perguntei não entendendo mais nada.

A mulher revirou os olhos e resmungou algo que eu não entendi.

_Olha, vamos lá... - ela murmurava - Me desculpa pelo o que eu vou falar mas chega, cansei! Eles querem te derrotar com as palavras! Eles querem que você desista, mas se você desistir, você não vai nunca conseguir descobrir a verdade! Neste mundo, realmente não existem finais felizes, sabemos o seu destino após consultarmos as parcas, ninguém consegue mudar o SEU DESTINO, mas você pode mudar o destino dos seus amigos... - ela parou um pouco para pensar e continuou - Tente ajudar todos enquanto pode, você pode reparar alguns erros do seu passado. Neste livro, está o seu passado e o seu futuro, veja-o somente quando realmente tiver coragem, porém lembre-se sempre, nem mesmo os deuses podem mudar o destino de alguém, não podemos intrometer na vida das pessoas, um preço sempre é pagado... Lembre-se desse conselho, e só pra deixar claro, me chamo Atena, eu sou a deusa da sabedoria.

Após dizer aquilo tudo aquela mulher que se dizia ser a deusa da sabedoria desapareceu.

Peguei o livro, ia abri-lo mas apareceu um cadeado nele com um bilhete que dizia:

'Este cadeado vai desaparecer quando você finalmente estiver pronta para saber de tudo'.

Peguei meu celular, olhei as horas, já era 00:30, não queria atrapalhar o sono de Frederick, ele merecia um descanso, voltei pelo mesmo caminho que estava tendo o baile, porém passei pelo portão, não olhei para lá, estava abraçada com o livro, caminhava de cabeça baixa.

_Katy! - chamava Nicolas.

Me virei e vi ele correndo em minha direção.

_Vamos voltar pro baile - ele convidou - Acho que você vai gostar de ouvir o que aquelas pessoas tem para falar...

Olhei para ele, lutava contra as lágrimas, pois se elas saíssem eu não conseguiria parar de chorar.

_Prefiro deixar para outro dia - murmurei - Vou embora.

Me virei, porém ele pegou no meu braço, me virando novamente.

_Que foi? - ele perguntou - Você está escondendo alguma coisa, já te falaram que é fácil esconder qualquer coisa atrás de um sorriso mas nunca atrás de um olhar?

Lágrimas começavam a correr, eu não queria falar para ele que eu era aquela garota que mais nada estava sendo normal na minha vida, que eu estava entrando em uma depressão profunda.

_Conversamos amanhã... - disse - Realmente, quero dormir e ficar longe das pessoas...

_Ok... - ele disse com um tom de voz decepcionado - Você esqueceu a rosa.

Peguei a rosa com um sorriso e me virei para ir embora.

Alguns minutos depois cheguei em casa, fui para o meu quarto, coloquei um pijama qualquer, desci na cozinha para comer algo, olhei para a piscina, aquela água parecia me convidar cada vez mais.

Abri a porta da cozinha que dava passagem para a piscina, me aproximei da piscina, me virei de costas para a piscina e por uma fração de segundos eu cometi um ato sem me despedir.

Lembrei que fazia tanto tempo que não nadava que tinha até mesmo desaprendido.

_Eu não aguento mais... - sussurrei.

Deixei meu corpo cair na piscina, eu estava me afogando lentamente.

P.O.V Nicolas

Não estava acreditando que Katherine estava me deixando aqui sozinho.

Não consegui resistir, segui ela até sua casa, consegui passar pelo síndico do condomínio que ela morava, mas havia perdido ela de vista.

Consegui descobrir seu endereço depois de perguntar em uma das casas, bati na porta da casa, entretanto ninguém atendia, vi que o portão para perto da piscina estava aberto, entrei mesmo sabendo que isso poderia ser considerado invasão e me deparei com a pior cena da minha vida.

Katherine boiava na piscina, ela parecia já estar sem vida.

Corri na direção da piscina e pulei para salvá-la, a retirei da piscina, ela ainda respirava com dificuldade, no entanto, estava desmaiada.

Com toda a agitação que teve, acabamos acordando a empregada e baba dela, e seu motorista.

Ela acordou logo depois, olhava estranhando tudo, porém ela ainda estava viva.