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História Relove - Capítulo 11


Escrita por: IWISHDEMI

Notas do Autor


OLAAAAA! Eu vim rapidão dessa vez hein...
bom, não acontece nada demais nessa capítulo, mas é de extrema importância para continuação da história, principalmente para enfatizar o estado emocional da Camila.
Vou tentar atualizar o quanto antes puder, mas não prometo nada!
Eu mudei o user do Twitter, agora é missescabello.
Qualquer coisa podem me procurar lá. Hahahah beijos na bunda!

Ps: os comentários me animam muito, POR FAVOR, continuem assim seus lindos!

Capítulo 11 - Capítulo 11


A lateral de minha cabeça doía horrores, e os sussurros chamando pelo meu nome Iam me tirando aparentemente de uma soneca desajeitada na cadeira fria da mesma sala de espera.

- Mila...- assim que abri os olhos pude reconhecer a voz de Dinah, que me cutucava carinhosamente para me acordar.

Me sentei rápido relembrando de toda a situação, e na expectativa de que fosse alguma noticia da minha morena.

- alguma notícia sobre ela?

Dinah nega com a cabeça.- infelizmente não, me desculpe por te acordar, é que já estamos aqui há umas quatro horas, e eu preciso ir ao banheiro.

- certo,  eu esperarei aqui.- disse firme.

- eu já volto, checa seu celular, Michael te ligou, mas você estava cochilando depois de chorar baixinho no meu ombro, e eu achei que era melhor te deixar descansar. Sua mãe ficou responsável de ligar para o resto da família da Lauren para avisar sobre o ocorrido.

Eu apenas assenti com a cabeça, e peguei meu celular na bolsa de Dinah, que guardava seu lugar na cadeira ao lado.

15 chamas perdidas, metade delas, todas de Michael. 

Algumas delas de Ally, e o resto eu não fazia ideia. 

Levantei para tomar uma água e ligar para meu sogro, e comunicar a ele o estado de sua filha, ou pelo menos a única coisa que eu sabia sobre ela.

Disquei o número, e andei até o  bebedor ao lado do balcão de atendimento, retirei um copo, e enchi com água gelada.

Chamou, uma, duas, e na terceira ele atendeu.

- Camila?

- sim senhor, sou eu.

- Graças a Deus!- sua voz parecia aliviada.- como está, filha?- eu amava quando ele me chamava assim, me fazia sentir da família, e naquele momento tudo que eu precisava, era do apoio da família.

- estou...- o bolo tão conhecido por mim voltou a habitar o fundo de minha garganta, como se eu não fosse forte o suficiente para controlar.- estou resistindo, dentro do possível.

- eu sinto muito, estou pegando o próximo voo para Nova York, vocês precisam do meu apoio.

- o senhor não existe, mike.

- só estou fazendo o que qualquer pai faria por suas filhas. Qualquer notícia me mande mensagens, okay? Eu falei com a sua mãe e ela me informou sobre a cirurgia, mas tenha em mente que tudo vai dar certo. 

- pode deixar.- disse com o coração pesado.

- nós conversamos melhor pessoalmente, sinto que o acidente não foi a única coisa que abalou a você, e aproveito e já curto um pouquinho minha neta, taylor e chris estão fazendo o possível para poderem ir também, além de morrerem de saudades de vocês, querem dar total apoio a Lauren. 

- tudo bem, senhor. Pode ficar em nossa casa, o tanto de tempo que for necessário, me perdoe ter que ser em uma situação dessas o nosso encontro.

- você não tem culpa, querida. A gente nunca sabe o que a vida nos reserva, o importante é que vocês está aí. Ela te tem, e isso me satisfaz já, a felicidade de vocês é a minha também. Nos vemos em pouco tempo, até logo.

- Obrigada, mike. Nos vemos.

Terminei de beber a água e joguei o copo no lixo, desligando o celular e sentindo minha cabeça latejar de todas as formas possíveis.

Voltei calmamente a cadeira qual eu havia passado as últimas quatro horas, na espera de minha amiga.

A sala já estava praticamente vazia, e o celular marcava quase cinco horas da tarde, eu perdi a conta de quantos rostos distintos eu haviam passado por ali, pessoa entra, pessoa sai, e nos continuávamos aflitas. 

Os pensamentos vieram à tona novamente, me trazendo a tristeza e raiva por todos os acontecimentos, dessa vez juntamente do cansaço e ansiedade. 


Uma enfermeira de uniforme azul cruzou a porta de emergência, assim como várias outras durante o dia, e chamou o nome escrita na folha de sua prancheta. 

- Lauren michelle cabello.

Minha pernas bambearam, parecia que o chão abaixo de mim sofria um terremoto numa escala surreal, eu apenas me levantei por impulso, e acelerei o passo até a moça gordinha de lindos olhos azuis e cabelo loiro.

- é a minha... esposa.

Ela sorriu, e continuou a ler a prancheta, me deixando ainda mais curiosa.

- Você que passou com o doutor Flávio hoje mais cedo? 

- sim, fui eu. Por que? 

- ele me pediu que eu desse uma olhada em você, e que trouxesse alguma notícia da sala de cirurgia. 

- certo, e então? 

- A cirurgia ainda não finalizou, e nem finalizará tão cedo, senhora cabello.- curvei meus ombros tristemente.- mas está tudo correndo bem até agora. Ela só teve uma perda de sangue significativa por causa dos ferimentos, mas já foi restituído.

Eu suspirei tão alto em alívio, que até a enfermeira parecia surpresa.

- a cirurgia é delicada, e por isso demorará tanto, mas peço que se acalme, de uma volta, vá até a lanchonete, beba um café, é assim que ela terminar, te informamos, e quando for para o quarto você pode ficar com ela todo tempo do mundo. Além do mais ela está sendo cuidado por uma médica maravilhosa, que te explicará tudo certinho depois.

Uma lágrima involuntária escorreu novamente de meus olhos, pensando em tudo ao mesmo tempo.

Impulsivamente abracei a enfermeira , que de início não retribuiu, mas logo me abraçou em consolo.

- obrigada.- sussurrou entre lagrimas.- me afastei.- de verdade. 

- imagina, senhora cabello. Tenho certeza que vocês tiveram uma história linda e cheia de amor até agora, e ainda terão por toda vida que há lá na frente. 

- Lauren é a mulher da minha vida.- disse boba sorrindo, e ela retribuiu, antes de se retirar. 

Aquelas palavras eram as únicas que rodeavam minha cabeça em meio toda aquela confusão, Lauren era a mulher da minha vida, única, e especial, e naquele momento eu percebido quão sortuda eu era por tê-la independente de qualquer acidente.

- eu sinto que sim, senhora. A qualquer momento trago notícias, relaxe um pouco, vai tudo se encaminhar. 


Voltei para a cadeira mordendo o lábio inferior com os dentes em um sinal de satisfação por ter admitido aquilo em voz alta, a enfermeira deveria com certeza ser um anjo enviado por uma divindade maior afim de me tranquilizar, eu ame duvidas nao poderia me esquecer de agradecer a doutor Flávio também por tamanha atenção.

Basicamente nada tinha mudado, mas algo me tranquilizava, pelas palavras da enfermeira, saber que Lauren estava em boas mãos, e que tudo corria bem foi o suficiente.


- o que foi?- Dinah perguntou estranhando minha expressão que esboçava um pequeno sorriso nos lábios.

- vamos tomar um café, e eu te conto.

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Contei tudo a Dinah, e o café parecia tornar meu dia mais quente, ela ficou surpresa com a atitude de meu sogro, e eu também estava, mike odeia Nova York, e nunca vem nos visitar justamente por esse motivo, mas no fundo sentia muitas saudades da filha e da neta, Lauren sempre foi o seu orgulho, desde o fato dela cuidar muito bem da empresa, até quem ela é como pessoa, o jeito que defende o que pensa, sua fé em acreditar que pode viver e ser tudo aquilo que ela queira e condiz com seus valores.

   Meu coração estava mais leve, o apoio era importante naquele momento, mas ao mesmo tempo, a ansiedade me corroía, o que seria de nós dali para frente? 

Os pensamentos eram tantos que era impossível reproduzir em palavras, mas eu orava silenciosamente, para que tudo ficasse bem, e que pudéssemos recomeçar, uma nova Camila, uma nova Lauren, é uma família com muitos momentos memoráveis sendo carregados para formar nossa vida.


Dinah tomou um milk shake, e eu um café expresso para me manter acordada, meu sogro poderia chegar a qualquer hora, e isso me deixava ainda mais ansiosa.

Voltamos para sala de espera, e pela tensão, e tudo mais, o tempo passou resumido em pequenas conversas é uma chuva de pensamentos, minha mãe me ligou, informando que viria para o hospital, mas eu pedi que não trouxesse clara ainda, ela é pequena, mas entende as coisas como gente grande, e ficaria tão afetada quanto eu caso desconfiasse de alguma coisa que tivesse acontecido com sua mãe. 

Sendo assim, Dinah concordou que deveria deixar minha mãe vir, ela disse que nos precisávamos conversar, então se disponibilizou para ficar com clara, e disse que já ia aproveitar para passar no escritório, informar Ally de tudo, e fazer o boletim de ocorrência do acidente, pois o senhor que atropelou minha mulher nem ao menos se preocupou em saber de seu estado, e eu não sabia ao certo o tipo de problemas que ele havia causado ainda, nem os processos médicos que ela teria que ser submetida, e eu sabia que poderia custar caro.

Suspirei fundo mais uma vez, e me distrai olhando minha galeria de fotos, Dinah já havia se despedido, é seguido para casa de minha mãe, e ela por consequência já deveria estar a caminho do hospital, agora já estava na espera a quase sete horas, e nenhuma notícia além do que a enfermeira havia me dito. 

Rolava as fotos, segurando para não cair em uma sintonia negativa de perda, mas doia a cada foto que eu passava o sorriso de Lauren, com nossa filha, e até mesmo comigo.

Cliquei em um álbum intitulado família,  e foi um passo para a instabilidade emocional começar a me abater.

Eu me lembrava daquele dia como se fosse ontem, um domingo comum, que decidimos fazer um picnic no central park.

Na foto Lauren ria de Clara, que tinha as mãos e bocas completamente sujas de geleia dos sanduíches, era uma cena adorável, e eu não pude deixar de fotografar. 

Sai do transe quando senti o calor do corpo de minha mãe colidir com o meu na minha cadeira, então rapidamente retribui.

Ela precisa preocupada comigo, era um abraço de alívio por poder estar ali, como em momentos que ela não pode, pela posição do meu pai diante da minha sexualidade, do modo que eu decidi formar minha família, e da minha mulher, que eu amava de forma descomunal.

- meu amor.- ela soltou.

Finalmente desfizemos o abraço, e eu me levantei ficando um pouco mais alta que a senhora de cabelos louros.

- como você está?- ela se adiantou em pronunciar.

- nervosa, mãe. Mas muito feliz que está aqui.- ela me abraça de novo.

- notícia de Lauren? 

- a enfermeira disse que a cirurgia que ela está passando é delicada, mas que corre tudo bem até agora.

- ufa.- ela solta um suspiro em alívio.

- que bom que veio.- sorrio.

- Eu não deixaria de vir, e você sabe que amo você e minha nora.

Sorrio triste.

- quase ex nora.- ela acaricia meu braço.- eu estou confusa, mamá.

- sente-se, eu tenho todo tempo do mundo para conversar.

Nos acomodamos nas cadeiras.

- Tudo tem acontecido muito depressa na minha vida, o divórcio, e agora o acidente, como se a todo momento uma força maior colocasse Lauren na minha vida mesmo que nos achássemos que terminar fosse o melhor caminho.

Minha mãe respira fundo.

- Você sabe que nada acontece por um acaso, meu amor. Tente por um segundo acreditar que talvez seja uma chance de recomeço, pois o sentimento eu sei que existe. 

- eu sei, mãe. Mas eu tenho medo, por que apesar de estarmos nos reconciliando, estamos em processo de divórcio Ainda, e eu tenho medo de perdê-la, agora então... de todas as formas, eu não tenho certeza de nada, apenas de que o sentimento ainda existe, e que sinto saudades dela. 

Eu iria dizer alguma coisa, até que uma morena de jaleco branco e óculos de grau surge da ala cirúrgica com um prontuário em suas maos.


- Camila Cabello Jauregui.

Caminhamos até ela rapidamente.


- trago notícias sobre Lauren, senhora Cabello. A cirurgia foi concluída. 



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