História Remake - Adeus... Mesmo Sendo Pouco, Cada Momento Valeu a Pena!

Já de manhã eu voltei para o hospital, fui diretamente para a recepção perguntar sobre ontem:

- Cade o Lucio?

- S-senhor, quer dizer Dr. Darwin seu amigo está... Está... Doente - A enfermeira diz com um tom triste.

- E-ele está com o que? - Me desmorono por dentro.

- Ele está na sua sala, ele está com a peste negra, ele pegou do outro paciente.

Coloco uma mascara e corro em direção para minha sala.

- Lucio!

- D-darwin, eu estou com muita dor.

No momento eu chorei, mas depois comecei a agir, coloquei ele em maquinas, no momento tudo estava dando certo, até uma enfermeira chegar no quarto.

- Dr. Darwin, temos uma cirurgia para amanhã, se prepare.

- Mas eu tenho que ajudar o Lucio, amanhã é o dia que tenho pra salvar ele!

- Senhor, não da pra adiar a operação do outro cliente...

- Tudo bem então...

Então ela sai do quarto e eu caio de joelhos em frente ao Lucio.

- Darwin não se preocupe comigo, se eu tiver que morrer... Pelo menos será pra você ter tempo para outras coisas! 

- Você é péssimo em consolo... Alias, eu não posso te perder! 

No mesmo momento que falo isso ouço um grande barulho do andar de baixo.

- Você escutou isso Lucio?

- Vai verificar!

Eu desço a escadas quase voando, quando vejo a entrada foi explodida! A única enfermeira que sobrou está deitada no chão se rastejando então ela diz:

- S-são eles...

Então ela morre, mas eles?! Quem seria eles? No mesmo momento eu acabei descobrindo... São aqueles desgraçados de ontem, porque eles querem tanto assim acabar com a gente? Não importa quantas vezes eu tenha que impedi-los, eu irei! Então eu volto para onde o Lucio está.

- São aqueles desgraçados de ontem... Porque? Apenas faltam 97... Eles me querem tanto assim?

Então ouço barulho de varias pessoas subindo as escadas, eu fecho a porta e choro enquanto olho para o Lucio na cama.

- Darwin fuja! Me deixe aqui!

- Não! Eu quero te salvar, eu posso morrer! Você não!

Tem um problema, eu só posso usar o Remake se meu corpo tiver pelo menos uma parte, por exemplo, se apenas deixarem minha perna e o resto do corpo está desintegrado eu posso usar o Remake, mas se eu for desintegrado, já era! E no momento o andar de baixo está pegando fogo, tem uma janela aqui na minha sala, se precisar eu pulo daqui com o Lucio para ele fugir.

- Darwin! Me escute, eu estou perdido! Contaminado! Você ainda pode sobreviver...

Eu me perco em minhas lagrimas e em meu desespero, eu não quero... Eu não queria isso! Porque tudo está dando errado? Será que meu tempo de médico já se foi? Então eles finalmente entram na sala e o fogo começa a subir para o andar de cima.

- Achou que iria fugir de nós? Doutor! 

- Como sabem de mim?! 

- Podemos até ter matado outro cara, mas lembramos claramente de você antes!

Eles são burros ou o Remake que esconde tão bem assim?

- DARWIN! Eu como seu amigo digo, fuja! 

- Hey, cala a boca paciente de merda - O criminoso parece estar nervoso.

Mas agora o maior problema é que todo o hospital está pegando fogo, menos na nossa sala, já deve ter morrido por volta de 50 pacientes.

- Darwin, se não for por bem é por mal! 

Então Lucio se levanta e eu começo a recuar, até que me encontro com a janela de vidro e o criminoso apenas observa.

- Darwin, me desculpe.

- Lucio... 

O criminoso foge e a sala começa a se encher de chamas.

- Darwin, se lembre de mim.

Então Lucio sorri e me chuta fazendo a janela quebrar e eu cair do segundo andar, parece que não, mas é alto.

- Lucio! - Eu grito enquanto caio.

A minha unica visão é ele sorrindo e o fogo atrás dele, enquanto isso minhas lagrimas se espalham em meio o ar, sabe momentos como esse me fazem acreditar que eu nasci para sofrer, até que eu caio no chão e começo a me contorcer de dor e de tristeza.

- Lucio, Lucio, Lucio, Lucio! Idiota... Porque fez isso? Você me salvou... Droga! Droga! Droga!

Eu continuo chorando inconsolável, meu primeiro amigo... Morreu...Quem me dera ao menos uma vez, provar que quem tem mais do que precisa ter quase sempre se convence que não tem o bastante... Essa é a unica coisa que posso dizer, eu tinha um amigo e era a unica coisa que eu precisava pra ser feliz... Mas tudo isso acaba tão rápido né? Então em meio ao meu sangue, largado na calçada eu cerro meus punhos e me levanto, era uma boa hora para poder morrer, mas mesmo assim eu não conseguiria, era a única coisa que eu tinha... Malditos criminosos... Eu irei... MATAR TODOS! Então eu dou um meio sorriso e vou até um beco, que surpresa, um dos criminosos está lá, assaltando uma criança de por volta de dez anos.

- Saco de pancadas, larga o revolver e sai daqui agora, deixa esse pivete em paz.

- Quem vai me obrigar?

- Eu.

No mesmo momento eu saio correndo na sua direção e lhe dou um soco no seu queixo, o que faz ele deslocar o maxilar, quebrar a parte inferior de seu crânio e ainda solta o revolver.

- Criança, pega o que ele te roubou e corre.

A criança pega um saco de moedas, então eu pego o revolver, uma python... Que beleza, então eu disparo na cabeça dele e o seu sangue jorra em meu rosto.

- A partir de agora, irei matar todos os insetos como você!

Continua