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História Remember Me - Newtmas - Red Light District


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


L O S T F O L L O W E R S,

Voltei rapidinho, non?
O nome do chapter de hoje faz um referência ao bairro da luz vermelha em Amsterdã, Holanda. Para quem não conhece, é um ponto bem turístico e cheio de surpresas! Existem meninas/ meninos que ficam atrás de vitrines/janelas, vestindo biquinis ou lingeries, literalmente vendendo seu corpo como uma mercadoria.
A cada turista que passa elas batem no vidro, fazendo charminho e tentando uma negociação. Caso ela dê certo, o cliente entra no local e elas fecham as cortinas para começar o "negócio". É um verdadeiro bordel a céu aberto!
Musiquinha do chapter com link no final.

B o a L e i t u r a!
E preparem-se... Muahuahuahuahuah
LadyNewt.

Capítulo 18 - Red Light District


Fanfic / Fanfiction Remember Me - Newtmas - Red Light District

"Embrace me, surround me, as the rush comes." - Motorcycle

 

 

Point of View of Thomas O´Brien

 

DOMINGO

Aproveito as longas horas sobre o oceano Atlântico que me separam de Kiev e Newt e estudo as últimas coordenadas sobre a Ucrânia, programando o que tenho que fazer quando chegar lá. Repasso algumas informações, releio algumas reportagens, refaço outras anotações. Se as informações que esse tal de Hale passou no blog forem verdadeiras, já tenho o ponto exato onde começar minha busca por Newt.

 

SEGUNDA-FEIRA

Kiev é um frio da porra, tecnicamente já devia estar acostumado sendo que nasci e morei no Alasca até meus dezessete anos, porém acho que após a aterrissagem a adrenalina no meu sangue baixou, permitindo que esse frio congelasse não só meu corpo, mas também minhas vias respiratórias. Juro, parece que o ar dos meus pulmões congelou como o encanamento do dormitório em Harvard no inverno.

Na alfândega resolvo ser 90% sincero com o agente.

- O que veio fazer em Kiev? – ele pergunta com um inglês sofrível, mais parece meu bisavô com uma maçã presa a boca.

- Turismo, senhor! – dou aquela piscadinha ordinária e ele logo capta o real motivo.

- Aproveite sua estadia na Ucrânia, Sr. Stiwliwskynks.

Seguro meu riso na cara dele, quando tenho vontade de correr para o banheiro e gritar. Nem o ucraniano consegue falar meu sobrenome falso, então acho que comecei com o pé direito essa missão.

Sigo para o hotel batendo o queixo, porque obviamente esqueci meu casaco no avião, o que me leva as compras, algo que odeio, ainda mais agora com esse estilo nem sei bem ao certo o que, que remete de longe Brad Pitt.

 

TERÇA-FEIRA

Faço o reconhecimento do local. Procuro farmácia, supermercado, polícia – embora essa para nada sirva segundo Kira – rodo nas proximidades do hotel, tento comer algo que não seja essas comidas loucas que eles servem nos restaurantes, mas acabo fã devoto de uma barraquinha de cachorro quente na esquina de um parque.

 

QUARTA-FEIRA

Decido traçar uma rota de fuga do hotel até o aeroporto e da embaixada America até meu hotel. Alugo um Porsche e faço isso sozinho, tendo o aplicativo Waze como meu melhor amigo, exceto quando ele solta no cosmos palavras em Ucraniano ou passa a gemer sozinho enquanto dirijo.

Encontro a tal rua que Hale indicou no blog, passo por ela diversas vezes, mas nada vejo, nada que seja relevante para minha busca.

 

QUINTA-FEIRA

Estabeleço contato diário com Malia e Galileu. Sangster voltou para Sitka e Gally quase desistiu de Harvard e foi junto com ela na bagagem.

- Como nadam as buscas, man? – meu amigo questiona ao telefone.

- Frias e congelantes até agora.

- O professor de leis trabalhistas sentiu sua falta hoje na aula. Disse que você está resfriado. Ele passou um trabalho quilométrico para ser entregue na segunda. Como sou bonzinho, farei por você.

- Obrigado, Gally. Obrigado por segurar as pontas aí pra mim. – agradeço.

- Eu preferia segurar os seios da Malia, mas ela não colabora...

Reviro os olhos para suas fantasias, mas no fundo eu entendo. Ela é uma Sangster!

 

SEXTA-FEIRA

Desço no saguão do hotel às 22 horas em ponto.

- Quero me divertir. Onde encontro diversão por aqui? – pergunto ao atendente do balcão.

- Depende do tipo de diversão... – ele sussurra após um riso sacana.

Debruço meus cotovelos na bancada e sorrio cretino, jogando meus cabelos para o lado.

- Você sabe... Preciso trepar urgentemente. – lanço lambendo os lábios.

O garoto abre a gaveta do caixa e me entrega um cartão vermelho com letras em dourado, escrito MAISON FOUoù la magie se produit. Meu francês anda bem enferrujado, por isso agradeço a dica e me afasto dele, abrindo meu celular em algum tradutor na internet.

MAISON FOU – Casa da loucura.

OÙ LA MAGIE SE PRODUIT – Onde a magia acontece.

Minha espinha produz um calafrio sem precedentes ao ler essa droga, pode ser nesse inferninho que meu melhor amigo se encontra.

Sigo até o endereço no cartão e passo horas com o carro estacionado a uma distância segura, apenas observando a movimentação. Homens e mulheres bem vestidos entram no local, mas o que me chama a atenção é uma porta lateral, onde uma van soca algumas pessoas encapuzadas dentro.

 

SÁBADO

Passo o dia na frente do espelho preparando minha pessoa para ir no Maison Fou mais tarde. Pode ser que hoje eu veja Newt, pode ser também que eu tenha desperdiçado meu tempo a toa ontem ao ficar apenas de olho no local.

Sinto-me péssimo entrando na tal casa da loucura, uma ruiva bem bonita me direciona até uma mesa boa, onde tenho uma visão privilegiada do palco. Vejo garotas e garotos novos, com no máximo 21, 22 anos, mas nem sinal do meu loirinho.

Um garoto magrinho de olhos azuis tenta conseguir um programa comigo, alego estar apenas interessado em beber. As pessoas o chamam de Prince. Tento arrancar alguma informação dele, mas o garoto não está afim de papo e vai logo caçar outro cliente.

 

DOMINGO

Faz uma semana que saí de casa para viver essa loucura e até agora nem sombra de Newt. Decido revirar a cidade atrás do meu amigo, entro em cada porta vermelha, preta ou dourada dessa cidade atrás dele. Vejo jovens e mais jovens servindo de objeto para caras bem mais velhos que meu pai, isso me enoja, mas me encoraja a não desistir de buscá-lo, nem que isso seja a última coisa que eu faça em vida.

Bordel um, dois, três, quatro e cinco, sem sequer a sombra de Newt. No seis encontrei um garoto parecido, ao dizer meu nome real para ele, na esperança de ser quem procuro, o garoto riu e vomitou nos meus sapatos.

 

SEGUNDA-FEIRA

Estou cansado, mas não vou desistir do meu amigo. Refiz alguns planos, comprei um mapa da cidade e armei um verdadeiro QG no quarto de hotel. Fiz amizade com a camareira, uma mexicana gente fina, que prometeu não mexer em nada e não deixar ninguém entrar no quarto para limpar, a não ser ela. Em troca deixei ela assistindo TV na minha cama por mais de duas horas durante essa madrugada. Assim como eu, Ariana perdeu alguém especial para o tráfico de humanos, acho que isso nos deixou bem próximos, já que ela tem me tratado como seu irmão.

Novamente uso a noite para caçar Newt Sangster por Kiev. Entro e saio de diversos estabelecimentos, porém isso está pior que procurar uma agulha num palheiro. Volto para o hotel cansado, às cinco da manhã, mas deixo um sorriso sincero tomar conta de mim quando encontro minhas roupas lavadinhas e dobradinha sobre a cama, sem ao menos eu pedir para Ariana.

Junto delas um chocolate, que a coitada deve ter gasto seu salário para comprar.

Será que ela sabe que eu sou gay?

 

TERÇA-FEIRA

Acordo com uma ligação de Galileu, alegando que meus pais querem passar o fim de semana em Harvard. Isso faz com que eu ligue para casa e invente uma mentira deslavada sobre qualquer coisa, qualquer coisa mesmo para que eles nem se atrevam a sair de Sitka.

- Estarei com o Troye. – minto e meto meu ex na jogada, pois sei que jogando baixo assim os O´Brien sossegam a bunda.

- Não sabia que tinham voltado, filho. – Meredith parece animada, afinal, Troye era um cara bacana e todos gostavam dele.

- Uh, nós não voltamos, estamos apenas tentando, por isso preciso focar nele, sabe...

- Perfeitamente, filho. Vamos em outro fim de semana então.

Finalizo esse papo e tranquilizo Galileu sobre tudo. Kira me liga na hora do almoço curiosa sobre a evolução do plano. Sou sincero com ela e abro o jogo, admitindo que não avancei um passo sequer desde que cheguei. Kira me aconselha, dá algumas dicas, pede que eu saia a pé pela rua e procure conversar com garotas de programa nas calçadas dos bairros da luz vermelha ou seja, aqueles destinados ao sexo.

Aceito a sugestão, então me arrumo para fazer isso agora a noite. Antes de sair do hotel encontro Ariana indo para casa, então resolvo me abrir com ela enquanto a acompanho pela rua fria.

- Onde você acha que posso encontrar esses jovens desaparecidos, como sua irmã?

- Dizem que no centro da cidade é o melhor local, mas nunca fui lá para saber, é perigoso. – ela diz.

- Já tentei alguns lugares lá, mas nem sombra do meu amigo.

Ariana para no meio da rua e segura minha mão com carinho.

- Não desista, Stiles. Sei que seu nome também não é Stiles, mas isso não importa. O que você está fazendo é muito nobre e eu admiro isso, mas cuidado, garoto. Cuidado, pois onde está se metendo é um buraco bem fundo.

Sorrio para Ariana e a acompanho até o ponto de ônibus, ela tem razão, mas não vou desistir agora, não aqui em Kiev fim do mundo.

Passo a vagar pelas ruas do centro, observando a movimentação. A coisa aqui é bem explicita e ... posso até chamar de bizarra. Algumas garotas e garotos ficam expostas atrás de vitrines, dançando e se tocando, tentando atrair clientes. Hora ou outra garotas de programa aparecem na rua, sempre com alguns capangas na sua cola, esperando dentro de alguns carros, apenas observando o movimento.

Caminho reto por elas, uma mexe comigo, mas não estou no clima para bater um papo, eu apenas preciso achar o Newt. Dobro uma esquina sombria, até que tombo sem querer com uma garota correndo e chorando, tem a respiração bem ofegante e está totalmente assustada.

- Hey, calma. – peço segurando seus ombros, tentando acalmá-la.

- Eu preciso fugir, eu tenho que fugir, fugir... bem rápido... – ela implora realmente desesperada e já faço uma ideia do que se trata.

Ouço alguns gritos pela rua, vozes de homens bravos, talvez caçando por ela. A morena repentinamente me puxa para o beco a esquerda, então me faz prensá-la contra a parede e arranca um beijo afoito, me sufocando com seus lábios carnudos, colocando minhas mãos pelo seu corpo, no intuito de protegê-la. Ou parecer que estou quase transando com ela, tanto faz!

Abro uma frestinha dos olhos e vejo alguns homens de preto correndo pela rua que estava a pouco, antes de maluca me puxar para o cantinho escuro. Seus lábios ainda exercem pressão nos meus, sou incapaz de me mexer, até que eles saiam do meu campo de visão ou ela determine quando a brincadeira de esconde-esconde acabou. Minhas bochechas acabam molhadas pelas lágrimas delas, que ainda escorrem sem parar.

A garota morena me solta segundos depois e enfia o rosto cansado contra meu peito.

- Você tem que me ajudar, por favor... – ela geme e pede com a respiração ofegante. – Precisa me tirar daqui. Aqueles caras estão atrás de mim... Eles... E-Eles s-são maus. – gagueja.

- Okay. – digo sentindo meu coração saltar pela boca. – Apenas fique aqui. – digo saindo até a rua, observando a movimentação.

Três homens correm para longe de nós, o que me deixa mais aliviado. Ao longe avisto uma luz do que parece ser um taxi perdido e enviado por Deus vagando pela rua. Faço sinal para o carro parar. Assim que ele estaciona, chamo a garota acuada no beco, então ela se joga dentro do carro amarelo comigo, dou rapidamente as coordenadas ao motorista, levando-a direto para meu hotel.

- Sou Stiles, prazer. – digo sorrindo para ela, levantando seu rosto assustado, ainda tentando se esconder em meu peito. – E você?

Vejo-a negar com a cabeça, como quem estivesse com receio de me dizer qualquer coisa. Eu sei que não vou machucá-la, mas ela precisa confiar em mim, só assim podemos ajudar um ao outro.

- Okay. Se vou te ajudar, vamos jogar limpo.  Sou Thomas O´Brien, vim do Alasca, vinte e três anos, estou em busca de uma pessoa que perdi dez anos atrás, prazer. – redefino nossa apresentação, sorrindo.

A morena limpa o rosto sujo e me encara antes de falar:

- Sou Brenda, Brenda Salazar. Acabei de escapar de uma quadrilha que sequestra pessoas. – ela diz e eu explodo por dentro, abraçando-a com toda minha força.

- Prazer Brenda, Brenda Salazar! – brinco com ela em meus braços, suspirando. – Eu vou te tirar daqui, ok?


Notas Finais


Trilha de hoje fica por conta de Motorcycle - As the Rush Comes.

https://youtu.be/cb61AVsxD34

Escutem para ficar no clima! :)
Vamos ver quem pega a referencia da música! hahahaha

Durante a construção da fic, deixei alguns leitores meus que tem contato diário comigo através do whatsapp, escolherem alguns personagens para encaixar na historia. Hoje conhecemos a Ariana (Ariana Grande) da minha querida parceira linda e amada EvilHoney. Logo, logo iremos conhecer mais!!!!!


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