História Remember Me - Newtmas - Curious

Point of View of Thomas O’Brien

Todo nosso dia está planejado e guardadinho na minha cabeça, só preciso dar um jeito de me livrar de Derek e conseguir Benjamin para ficar de olho em nós.

Após receber uma ligação milagrosa de Galileu avisando que minha cobertura em Nova Iorque foi vendida e que o novo dono já depositou um terço do valor na minha conta até o contrato de venda estar assinado, decidi ir logo ao Maison acertar a minha conta e tentar me desfazer de Derek na cola.

Ao decidir sair do iate, Hale enfiou um capuz na cabeça do meu garoto.

- Ow, tira isso dele, caralho! – protestei irritado.

- São normas do BOSS. Nenhuma mercadoria tem direito de andar de carro sem isso daqui. – ele aponta para o tecido preto e sufocante.

- Quero essa merda nele só até o carro então. Eu paguei pela “mercadoria”, então eu escolho o que farei com ela e como farei com ela. – sou grosso e ríspido, de fato irritado com aquilo.

Newt segue calado e cabisbaixo com o tecido na cabeça até meu carro. Não há espaço para Derek no Porsche, é um carro que comporta apenas dois passageiros, reservando um mísero espaço entre os bancos atrás.

- Vai se foder para caber ai. – rosno para o grandalhão, todo encolhido no aperto.

Enquanto ele entra e se espreme, sussurro no ouvido de Newt.

- Confia em mim?

O loiro balança sutilmente a cabeça com o tecido preto sobre ela.

É hora de jogar!

- Entra logo você também, porra! – empurro Newt para o banco do passageiro com grosseria, interpretando meu papel.

Bato a porta com raiva e sigo para a direção, louquinho para arrancar a porra do capuz da sua cara. Ao fechar a porta lanço um olhar sacana para Derek, super mal acomodado atrás. Levo minhas mãos até a cabeça do loirinho, retirando aquela droga.

- Você não pode fazer isso! Ele não pode saber onde estamos! – Hale protesta.

- Eu posso e vou fazer isso, quero brincar com ele enquanto dirijo até o Maison. – sibilo cretino, trazendo a cabeça de Newt até meu colo, finalmente arrancando o capuz da sua face. – Fica quietinho ai embaixo curtindo a vista, baby!

Deito a cabeça dele no meu colo, tendo que me segurar para não esfregar minha ereção na cara dele, tadinho. Primeiro porque estou excitado pra caralho fazendo papel de bab boy e impondo respeito ao capanga do BOSS. Segundo porque ter Newt assim tão vulnerável do meu lado me deixa louco de tesão, com uma vontade absurda de cuidar dele. E terceiro que basta ter um pinto e um twink pra você ficar louco, imaginem meu estado sem transar a mais de seis meses, batendo punhetas esporádicas entre uma prova de direito e outra em Harvard?!

Dirijo o mais rápido possível pelas ruas confusas de Kiev, desejando acabar logo essa tortura para nós dois. Podia ter dito para nós três, incluir o Derek na minha caridade, mas ele que se dane!

No Maison Fue peço que Newt separe algumas roupas dele para passar a noite comigo no hotel, quando ele saí, vou atrás de BOSS para acertar minha conta.

- Como foi a noite com meu garoto? – ele pergunta sentado atrás de uma imponente mesa de vidro, repleta de papéis e notas de dólar.

No canto da sala tem uma garota e um garoto, ambos loiros. Devem ser filhos bastardos desse cretino.

- Foi ótima, mas corrigindo sua frase, ele agora é meu garoto.

Sento esparramando meu corpo sobre a poltrona, deixo meus pés sobre a mesa, como se eu fosse o chefe ali. BOSS retira uma arma prateada do cós da sua calça, colocando-a sobre a mesa, na tentativa de me intimidar. Isso me faz lembrar o fato de que também preciso de uma e Kira terá que providencia-la urgentemente.

Não tenho uma arma, mas tenho algo tão poderoso quanto, que também coloca a vida das pessoas em risco. Em contra partida saco minha carteira repleta de cartões de crédito tarja preta, sem limite, sonho de consumo de gananciosos como ele. Todos falsos com minha nova identidade e bem recheados de dólares, esperando no banco para esse babaca colocar as mãos no meu dinheiro.

- Vamos acertar logo minha dívida. – falo para ele.

Lydia aparece como uma cachorrinha no cio e saca a máquina do cartão, levando embora em segundos os 3 milhões de dólares da minha conta.

- Tenho uma exigência a fazer e estou disposto a pagar uma quantia simbólica a mais por ela... – sibilo ardiloso, enquanto Janson expande suas pupilas na minha direção.

- Vamos ver o que é possível de se fazer, Sr. Stiles. Diga o que deseja?

- Pago 300 mil a mais para seu outro capanga nos acompanhar sempre.

- Qual o problema de Derek, não gostou dele? – questiona.

- Não, não gostei dele nenhum pouco. É grosseiro, sem sal e a cara de dobermann dele me irrita. Quero o loirinho alto, tenho uma tara por loiros. – sorrio com o canto da boca.

- Sheffield? Você deseja a companhia de Sheffield? – pergunta incrédulo.

- Você é surdo? 300 mil pela segurança dele. – ofereço mais uma vez.

Sheffield está na sala, postado atrás da mesa do chefe apenas me encarando sério, mas seus olhos azuis não conseguem conter a vibração com a minha imposição.

- O que acha disso, Zombie? Acha que vai dar conta deste homem? – BOSS pegrunta.

- Ficarei com os olhos grudados nele, senhor. Nele e no pequeno Sugar. – garante.

- Muito bem, proposta aceita. – temos um acordo após um aperto de mãos e mais uma vez Lydia passar meu cartão na maquina faminta pelo meu dinheiro.

- Quais os planos para hoje? – Janson questiona curioso demais para meu gosto.

- Convenhamos, Janson, isso não te interessa. – digo e Ben segura uma risada, ao contrário dos filhos de BOSS, que chegam a gargalhar com a minha audácia. – Mas se quer saber pretendo ficar com ele no meu quarto de hotel, testando todas as posições existentes no Kama Sutra! Eu adoro esse livrinho! – vibro levantando da poltrona e seguindo para fora a espera de Newt.

Point of View of Newton Brodie-Sangster

- Me conta, vai, anda logo, como ele é? – Teresa não se aguenta quando volto para o quarto pegar algumas roupas para passar o dia com Tommy.

- Uh, ele é... normal. – minto evitando olha-la cara a cara.

- Qual é Sugar, conte pra gente como o cara é! – Aris pede bem curioso sentado ao lado de duas garotas que nunca vi na vida e um rapaz moreno.

- Qual o nome dele? – Harriet indaga.

- Stiles. – penso antes de responder, quase deixando o nome de Thomas O’Brien escapar da minha boca.

- RA! Essa é boa! – Tess ri, ainda me seguindo pelo quarto enquanto busco pela minha escova de dentes no banheiro. – Vocês treparam? – ela pergunta sem o menor pingo de juízo na cara.

- Não... – respondo virando meu corpo até a porta, chocado quando vejo todos os meus amigos dentro do banheiro a espera da minha resposta.

- Como assim não? – Sonya sorri empolgada, mordendo os lábios.

- Não, ué! Stiles me deixou dormir a noite toda. – falo desviando deles com pressa, tentando chegar até minha cama e as mudas de roupas sobre ela.

- Ele te comprou pra que? Pra ficar olhando você dormir? – a garota novata, de cabelos castanhos claros pergunta. – A propósito, sou Taissa, ou Moonlight. – ela estica sua delicada mão.

- Newt, ou Sugar. – digo enfiando minhas roupas dentro de uma sacola de plástico preto.

- Quero detalhes, Sugar! De-ta-lhes! – Minho pede barrando minha saída do quarto.

Lógico que tenho vontade de contar para eles quem Stiles é, tenho vontade de gritar que falei com minha família ontem, que minhas irmãs são lindas, que Thomas é meu melhor amigo e que em breve estarei bem longe daqui com a maioria deles debaixo dos meus braços, mas não posso estragar os planos de O’Brien.

- Okay, detalhes... – suspiro cansado, sabendo que eles não vão me deixar escapar sem falar algo sobre meu comprador e minha noite com ele.

Todos acomodam suas bundas na cama e no sofá, atentos as minhas palavras.

- Anda logo, Sugar! – Scott pede bem abatido com o que aconteceu com sua Allison.

- Bom, quando eu acordei... – gesticulo com as mãos - Stiles estava sentado numa poltrona no escuro e eu mal conseguia ver seu rosto. Ele pediu que fosse até ele de olhos fechados e quando parei, ele fez carinho em mim com uma rosa.

- O QUE? – Sonya grita suspirando.

- UMA ROSA? – Teresa franze a testa.

- NÃO ERA UM CHICOTE, NÃO? – Winston questiona.

- Não gente, era uma rosa, uma rosa branca que ele usou para fazer carinho por todo o meu corpo... – digo quase gemendo.

- E DEPOIS VOCÊS TRANSARAM, NÉ? – a outra novata, uma morena de cabelos longos questiona.

- Shiuuuu, calada Lemonade! Quero saber onde isso vai dar! Sou LolliPop alias. – ele diz fazendo um aceno de cabeça.

- Bom, depois disso ele pediu que abrisse meus olhos e revelou sua identidade. – completei.

- E como ele é? Como ele é? – Teresa dá alguns trancos no meu corpo.

- Alto, moreno, novo, tem as bochechas rosadas e algumas pintinhas espalhadas por elas e preciso ir pois Stiles está lá embaixo me esperando. – finalizo o papo, segurando minha sacola.

- O CARA ESTÁ LÁ EMBAIXO TE ESPERANDO? – todos proferem ao mesmo tempo, saltando das camas.

Eu até tento frear a curiosidade dele, mas meus amigos voam até a porta e descem correndo as escadas, curiosos sobre quem é Stiles. Os mais tímidos ficam parados nos degraus apenas espiando o moreno distraído entre as mesas de postes de pole dance, os mais ousados, como Teresa, Minho e Lollipop, descem e passam por ele, medindo o pobre Thomas da cabeça aos pés.

Caminho devagar até ele, sentindo o olhar de todos sobre nós dois. Thomas percebe o que está acontecendo, ele até sorri pra mim e pisca, me puxando pela cintura até ele, que me agarra com força, antes que despenque de cara do chão.

- Está preparado, loirinho? – Tommy trava meu rosto entre seus dedos grossos, interpretando seu papel.

- Sim, Stiles. Eu estou pronto pra você. – resolvo brincar com ele também.

Digo essas palavras a centímetros do seu rosto e em seguida dou uma lambida na sua bochecha esquerda, fazendo-o arquear as costas com a minha súbita ação.

- Gosto assim, garoto!

Thomas dá um tapa generoso na minha bunda e iça meu corpo com força, jogando minha pequena estrutura em seu ombro, como se eu fosse um mero saco de batatas.

- Anda logo Sheffield, preciso foder ele desesperadamente. – Thomas canta para Ben, que segue conosco até o carro.

- Isso vai ser divertido!!! – sussurro para ele, me segurando para não rir ao ver a cara de choque dos meus amigos.